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Séries - Profa. Rosely Pestana 1 SÉRIES Considere a seguinte “soma maluca”: S = 1 – 1 + 1 – 1 + 1 – 1 + 1 – 1 + Qual é o valor de S? Seria possível encontrar um valor para as expressão 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + ? E para ?1 1 1 1 11 ... ... 2 3 4 5 n + + + + + + + DEFINIÇÃO 1. Dada uma seqüência {an}, chamamos de série infinita ou, simplesmente, série uma expressão da forma a1 + a2 + a3 + + an + que é representada simbolicamente por Os números a1, a2, a3, sãs os termos da série. ∑∑ ∞ = n 1n n a ou a Considere a seguinte série Vamos considerar o valor da soma tomando um termo, dois termos, três termos, etc. Cada soma dessa é chamada soma parcial n 1 1 1 1 1 ... ... 2 4 8 16 2 + + + + + + 1 1 s 0,5 2 = = 2 1 1 3 s 0,75 2 4 4 = + = = 3 1 1 1 7 s 0,875 2 4 8 8 = + + = = 4 1 1 1 1 15 s 0,9375 2 4 8 16 16 = + + + = = 5 1 1 1 1 1 31 s 0,96875 2 4 8 16 32 32 = + + + + = = 6 1 1 1 1 1 1 63 s 0,984375 2 4 8 16 32 64 64 = + + + + + = = n n n 1 1 1 1 1 1 1 1 s ... 1 2 4 8 16 32 64 2 2 = + + + + + + + = − Observe que essas somas parciais se tornam cada vez mais próximas de 1. De fato, adicionando um número suficiente de termos da série, podemos fazer as somas parciais se tornarem tão próximas de 1 quanto desejarmos. Assim, parece razoável escrevermos n n n 1 1 1 1 1 1 1 ... ... 1 2 4 8 162 2 ∞ = = + + + + + + =∑ De modo geral, dada uma série a1 + a2 + a3 + a4 + + an + chamamos de somas parciais às seguintes somas s1 = a1 s2 = a1 + a2 s3 = a1 + a2 + a3 s4 = a1 + a2 + a3 + a4 sn = a1 + a2 + a3 + a4 + + an = ∑ = n 1i ia Séries - Profa. Rosely Pestana 2 Essas somas parciais formam uma nova seqüência {sn} que é chamada seqüência das somas parciais. Quando n cresce, as somas parciais incluem mais e mais termos da série. Logo, se quando n → +∞, a soma sn tender a um valor finito, então podemos tomar este limite como sendo a soma de todos os termos da série. DEFINIÇÃO 2. Seja uma série e considere {sn} sua seqüência de somas parciais. Dizemos que a série converge (ou é convergente), se a seqüência das somas parciais converge, isto é, se , com S < ∞. O número S é chamado soma da série. Escrevemos . Caso contrário, dizemos que a série diverge (ou é divergente) e, portanto, não tem soma. n n 1 a ∞ = ∑ n n 1 a ∞ = ∑ n n lim s S →+∞ = n n 1 a S ∞ = =∑ Exemplos: ( )n=1 1 a) n n+1 ∞ ∑ ( ) ( )n=1 1 b) 2n-1 2n 1 ∞ +∑ CONVERGENTE ( )n=1 1 1 n n+1 ∞ =∑ ( ) ( )n=1 1 1 2n-1 2n+1 2 ∞ =∑ CONVERGENTE n=1 1 d) n ∞ ∑ n=1 n c) ln n 1 ∞ + ∑ DIVERGENTE n n lim s →+∞ = +∞ n n lim s →+∞ = −∞ DIVERGENTE n n=1 e) a 1 1 1 1 1 ... ∞ = + − + − +∑ n n não existe lim s →+∞ DIVERGENTE n 1 2 3 n 1 n 1 ar a ar ar ar ... ar ..., a 0 ∞ − − = = + + + + + + ≠∑ f) SÉRIE GEOMÉTRICA • Se |r| ≥ 1, isto é, r ≤ -1 ou r ≥ 1, então a série diverge. • Se |r| < 1, isto é, -1 < r < 1, então a série converge e sua soma é igual a/(1 - r). Verifique se as seguintes séries geométricas são convergentes. Em caso afirmativo, determine sua soma. f.1) 0,1 + 0,01 + 0,001 + 0,0001 + . n 1 n=1 1 f.2) 3 2 −∞ ∑ n 2 n=1 1 f.3) 5 −∞ ∑ n 1 n=1 f.4) 4 ∞ −∑ Séries - Profa. Rosely Pestana 3 O conjunto de Cantor, em homenagem ao matemático russo Georg Cantor (1845-1918), é construído como a seguir. Começamos com um intervalo fechado [0,1] e removemos o intervalo aberto ]1/3,2/3[. Isso nos leva a dois intervalos, [0,1/3] e [2/3,1]. Dividimos novamente cada intervalo em três e removemos cada terço intermediário aberto. Quatro invervalos permanecem, e novamente repetimos o processo. Continuamos esse procedimento indefinidamente, em cada passo removendo o terço do meio de cada invertalo aberto que permanece do passo anterior. O conjunto de Cantor consiste dos números que permanecem em [0,1] depois de todos os intervalos terem sido removidos. a) Mostre que o comprimento total de todos os intervalos que foram removidos é 1. Apesar disso, o conjunto de Cantor contém infinitos números. Dê exemplos de alguns números no conjunto de Cantor. b) O carpete de Sierpinski é o correspondente bidimensional do conjunto de Cantor. Ele é construído pela remoção do nono subquadrado central de um quadrado da lado 1 dividido em nove subquadrados. A etapa seguinte consiste em em remover os subquadrados centrais dos oitos subquadrados menores que permaneceram, e assim por diante. Mostre que a soma das áreas dos quadrados removidos é 1. Isso implica que o carpete de Sierpinski tem área 0. PROPRIEDADES ( ) ( ) ∞ ∞ = = ∞ ∞ ∞ ∞ = = = = ± ± = ± ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ n n n 1 n 1 n n n n n n n 1 n 1 n 1 n 1 i) Se as séries a e b convergem, então a b converge e a b a b . ( ) ( ) ∞ = ∞ ∞ ∞ = = = = ∑ ∑ ∑ ∑ n n 1 n n n n 1 n 1 n 1 ii) Se a série a converge e k é uma constante, então ka converge e ka k a . PROPRIEDADES ( ) ∞ ∞ = = ≠∑ ∑n n n 1 n 1 iv) Se a série a diverge e k 0, então ka diverge. ( ) ∞ ∞ = = ∞ = ± ∑ ∑ ∑ n n n 1 n 1 n n n 1 iii) Se a converge e b diverge, então a b diverge. v) Um número finito de termos não afeta a conver- gência ou divergência de uma série.
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