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* Bacilos Gram-negativos Profª. Jane M. Costa Medicina - 5º Semestre Infectologia * * Bactérias Gram Negativas Adquirem coloração rosada quando adequadamente preparadas pelo método de Gram. Suas paredes apresentam lipopolissacarídeos que são potentes indutores de febre e mediadores associados ao choque séptico. Frequentemente são causadoras de ITUs. Associadas a Germes Aneróbicos são causa freqüente de Peritonites. Espécies pertencentes ao Gênero Haemophilus são freqüentemente associados com infecções respiratórias. Estão freqüentemente associadas com Infecções Hospitalares em pacientes debilitados * Bactérias Gram negativas: Haemophilos ssp. Escherichia ssp. Klebsiella ssp. Citrobacter ssp. Enterobacter ssp. Serratia ssp. Providencia ssp. Pseudomonas ssp. Acinetobacter ssp. Burkholderia cepacia Stenotrophomonas maltophilia * Características gerais Bacilos Gram negativos com 0.3-1.0 x 1.0-6.0 µm Muitos gêneros móveis Vários gêneros capsulados Anaeróbios facultativos Pouco exigentes nutricionalmente Crescimento de 22 - 37ºC Catalase positivos, Oxidase negativos Ampla distribuição na natureza Água, solos, trato intestinal de animais (nematóides ao homem), vegetais * Importância Econômica e Médica Plantas: doenças em árvores, flores (rosas, crisântemos), plantações (milho, trigo, batatas, cenoura, cana de açúcar) Animais: Salmonella => 125 espécies Insetos, Répteis (serpentes), Peixes, Aves, mamíferos (animais de estimação, gado, equinos, etc) Homem: 40 a 50% de infecções hospitalares * Bacilos Gram Negativos Família Enterobacteriaceae Shigella Salmonella Patógenos intracelulares facultativos * Bacilos Gram Negativos Família Enterobacteriaceae 30 gêneros > 100 espécies * 1. Características Gerais Bactérias aeróbias ou anaeróbias facultativas. Fermentam grande quantidade de carboidratos. Produzem várias toxinas e fatores de virulência. ENTEROBACTÉRIAS * Introdução Definição Bacilos Gram negativos AAF / Fermentadores da glicose Oxidase negativa e catalase + Móveis / imóveis Cresce em meios comuns Habitat Plantas, solo, água, intestino do homem e animais Família Enterobacteriaceae * Introdução Nomenclatura e Classificação Métodos Fenotípicos Moleculares novas espécies reclassificação Classificação Gêneros ( 42) Espécies ( centenas ) biotipos e sorotipos Complexos Família Enterobacteriaceae * Classificação - patogenia - Enteropatógenos - Infecções nosocomiais - espécies importantes - Outras espécies - raras em material clínico isoladas em : meio ambiente plantas animais Identificação de Enterobactérias * Enterobactérias - principal componente da flora intestinal normal do homem. • Infecções -intestinal, feridas e trato urinário • Abcessos, pneumonia, meningites • Infecções nosocomiais Família Enterobacteriaceae Patogenia * Infecções intestinais Características normalmente na comunidade DTA – doença transmitida por alimento surtos / casos isolados hospitalar Patógenos entéricos clássicos Salmonella spp Shigella spp E.coli - categorias diarreiogênicas Yersinia enterocolitica Família Enterobacteriaceae Patogenia * Infecções extra-intestinais Comunidade Hospitalar Qualquer espécie Fatores de risco: Paciente Veículos de transmissão Alimentos contaminados Espécies mais comuns Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Klebsiella oxytoca Proteus mirabilis Enterobacter spp Salmonella ( sorotipos) Serratia marcescens Citrobacter spp Providencia spp Família Enterobacteriaceae Patogenia * * * Fluxograma BGN Oxidase Lac + Lac - E.coli Enterobacter Klebsiella Kluyvera Citrobacter Shigella Salmonella Serratia Proteus Providencia Morganella Ágar Mac Conkey IAL IAL Cit. Simmons Cit. Simmons + Enterobacter Klebsiella Kluyvera Citrobacter - E.coli VP + + Salmonella Serratia Proteus/Prov.(V) - Shigella Morganella * Principais gêneros e espécies Citrobacter freundii*, diversus* Edwardsiella tarda Enterobacter aerogenes*cloacae* Escherichia coli*, fergusonii, hermannii Hafnia alvei Klebsiella pneumoniae*, oxytoca* Morganella morganii* Proteus mirabilis*, vulgaris*, penneri* Providencia rettgeri*, stuartii*, alcalifaciens* Salmonella enterica*, gomboni Shigella dysenteriae, flexneri*, boydii, sonnei* Serratia marcescens*, liquefaciens* Yersinia enterocolitica*, pseudotuberculosis, pestis * Enterobacteriaceae A B C A: Escherichia coli B: Salmonella typhi C: Proteus mirabilis * Aspecto das colônias Salmonella. E.cloacae E.coli * E. coli S. typhi S. dysenteriae P. mirabilis K. pneumoniae Y. pestis * Cápsula(K) Flagelo (H) Cadeias laterais de lipopolissacarídeos O (O) Envoltório da célula ENTEROBACTÉRIAS 3.Estrutura Antigênica * Gênero Escherichia - E. coli Theodor Escherich (1885) - Bacterium coli commune Microbiota intestinal normal 1935 => Diarréias Indicador de contaminação fecal (“coliformes fecais”) E. coli diarreiogênicas: EPEC, EHEC, ETEC, EAEC, EIEC e DAEC E. coli extra-Intestinais: UPEC * Escherichia coli: Bacilos Gram negativos. Freqüentemente associados a infecções comunitárias. Principal causa infecções urinárias. Freqüentemente associadas às infecções intra-abdominais. Frequentemente associadas e Gastroenterites bacterianas. * * * EPEC Adesão localizada Lesões A/E Ilha de Patogenicidade Sistema de Secreção Tipo III (TTSS) * * * Outros patotipos de E. coli EHEC (STEC): 1983 - Hamburguer (E. coli O157:H7) Diarréias e SUH LEE, Stx, enterolisina (plasmidial), EspP Ausência de EAF Toxina Stx (A/B): bloqueio da síntese protéica * * * * Dinâmica da infecção por EHEC Sobrevivência no estômago (DI = 100 a 200) Adesão aos enterócitos do intestino grosso Lesão A/E Produção de Stx - endotélio de pequenos vasos SUH: obstrução de vasos do glomérulo por trombos (plaquetas e fibrina) => hemólise * Epidemiologia EPEC: humanos EHEC: humanos e animais (bovinos) carne moída mal passada águas, verduras, legumes, frutas sucos fermentados Argentina: SUH * Diagnóstico diferencial EPEC x EHEC EPEC: Cultivo em meios seletivos (MacConkey) padrão de adesão, testes bioquímicos e moleculares EHEC: MacConkey com sorbitol (sem lactose) PCR * Outros patotipos ETEC: 1960 - “diarréia do viajante” Fatores de virulência: adesinas (21), LT e ST LT: A/B (semelhante à CT – 80%) LT-I e LT-II LT-I - periplasmática (sais biliares, tripsina) , >cAMP - < entrada de Na+, > excreção de Cl >líquidos ST: monômeros pequenos (2 kDa) STa e STb secretadas >cGMP - > excreção de Cl * EAEC 1987 - Chile Virulência ?? Adesinas Toxinas EAST-1 e Pet Pic - mucinase Dispersina - disseminação * DAEC Virulência ?? Adesinas Afa/Dr - CD55 Ausência de genes de outros patotipos * EIEC (Shigella?) Cólon Virulência: pINV (invasinas), ShET2 * UPECVirulência: Fímbrias Tipo 1 e P Fímbria Tipo 1: endocitose, proliferação HlyA - poros * Dinâmica da infecção Intestino => periuretra Bexiga: adesão, invasão, multiplicação Morte celular, esfoliação (recorrência) Ascenção: ureteres e rins adesão, produção de toxinas * Diarrheagenic Escherichia coli ETEC Third world, Children, Travellers, Watery diarrhoea, 400 million cases per annum, 6 million deaths EPEC Nurseries, also third world EHEC Hamburger disease EAggEC EIEC Bloody Diarrhoea (Shigella-like) ExPEC- Extraintestinal Pathogenic E. coli UPEC 7 million cases per annum in US NMEC 1:1000 live births sepsis, 10 % develop meningitis * ENTEROBACTÉRIAS 5. Epidemiologia, Prevenção e Controle As bactérias entéricas estabelecem-se no trato intestinal normal dentro de poucos dias após o nascimento, passando a constituir parte da microbiota normal. Em hospitais essas bactérias são transmitidas pela equipe, pelos instrumentos ou pela medicação parenteral. O controle depende da lavagem das mãos , de assepsia vigorosa , da esterilização do equipamento, de desinfecção, da restrição da terapia intravenosa e de precauções estritas para manter as vias urinárias estéreis. * 6. Shigella 6.1.Morfologia e identificação Bastonetes gram negativos. Em culturas, apresentam-se em formas cocobacilares. Anaeróbios facultativos. Formam colônias convexas, circulares e transparentes, com bordas regulares. Fermentam glicose. Formam ácidos a partir de carboidratos, sem gás. ENTEROBACTÉRIAS * 6. Shigella 6.3.Espécies Patogênicas S. sonnei. S. dysenteriae. S. flexneri. S. boydii. ENTEROBACTÉRIAS Imóveis - sorotipagem AgO * Epidemiologia Reservatório: homem 50% infecções assintomáticas ou sub-clínicas Alta resistência Aumento de linhagens multirresistentes 1 milhão de mortes anuais 1984 - seqüenciamento do genoma de S. flexneri 4700 genes com 64 possíveis PAIs * ENTEROBACTÉRIAS 6. Shigella 6.5.Toxinas Endotoxina: Autólise com liberação de lipopolissacarídeo tóxico que provoca irritação da parede intestinal. Exotoxina de Shigella dysenteriae Afeta sistema nervoso central e intestino. Proteína antigênica que estimula a produção de antitoxina. Inibe a absorção de açúcar e de aminoácidos no intestino delgado. * 6. Shigella 6.6.Epidemiologia, Prevenção e Controle São transmitidas por alimentos, dedos, fezes e moscas de pessoa para pessoa. A infecção ocorre em crianças com menos de 10 anos de idade. Eliminação do microorganismo do reservatório (ser humano): Através do controle sanitário da água, alimentos e leite. ENTEROBACTÉRIAS * 6. Shigella 6.6.Epidemiologia, Prevenção e Controle Eliminação do microrganismo do reservatório (ser humano): Disponibilidade de esgotos e controle das moscas. Isolamento dos pacientes e desinfecção das fezes. Detecção de casos subclínicos e portadores (manipuladores de alimentos). ENTEROBACTÉRIAS * Salmonella Classificação????? S. enterica - 6 sub-espécies (I a VI) S. bongori Gastroenterite Febre tifóide Portadores assintomáticos * 7. Salmonella 7.1.Morfologia e identificação São móveis. Possuem flagelos peritríquios. Não fermentam a lactose. Formam ácido , algumas vezes gás, a partir da glicose. Produzem H2S. ENTEROBACTÉRIAS * 7. Salmonella 7.2.Estrutura antigênica Antígenos O Antígenos H Antígenos K ( capsulares - Vi ): Capacidade de invasão. ENTEROBACTÉRIAS * 7. Salmonella 7.3.Classificação Existem três espécies principais: Salmonella typhi (um sorotipo) Salmonella choleraesius (um sorotipo) Salmonella enteritidis (mais de 1500 sorotipos) ENTEROBACTÉRIAS * ENTEROBACTÉRIAS 7. Salmonella 7.4.Patogenia Ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas Penetração da mucosa intestinal Disseminação via linfáticos e corrente sanguínea Multiplicação local Febre Entérica Septicemia Enterocolite * ENTEROBACTÉRIAS 7. Salmonella 7.4.Patogenia * 7. Salmonella 7.5.Epidemiologia, Prevenção e Controle Portadores : Após infecção manisfesta ou subclínica 3% dos pacientes continuam a abrigar Salmonellas em seus tecidos ( vesícula biliar, trato biliar ou, raramente, intestino ou vias urinárias). Fontes de infecção: Consistem em bebidas e alimentos contaminados. Água: Contaminação por fezes. ENTEROBACTÉRIAS * 7. Salmonella 7.5.Epidemiologia, Prevenção e Controle Leite e derivados: Contaminação com fezes e pasteurização inadequada ou manipulação imprópria. Frutos do mar : Devido à água contaminada. Ovos desidratatos ou congelados : Aves infectadas ou contaminadas durante o processo. Carne e seus produtos: Aminais infectados , ou contaminação por fezes de roedores ou humanos. ENTEROBACTÉRIAS * ENTEROBACTÉRIAS 7. Salmonela 7.5.Epidemiologia, Prevenção e Controle Drogas: Maconha. Corante de origem animal : Utilizados em fármacos, alimentos e cosméticos ( carmim). Animais domésticos. Devem ser tomadas medidas sanitárias para evitar a contaminação da água e dos alimentos por roedores e outros animais que excretam salmonelas. * ENTEROBACTÉRIAS 7. Salmonella 7.5.Epidemiologia, Prevenção e Controle Cozimento total das aves domésticas carnes e ovos infectados. Portadores não devem trabalhar em manipulação de alimentos. * Epidemiologia Microrganismos ubiquitários (125 espécies animais) Resistência ambiental (congelamento) Legislação = ausência em 25 g ou mL Portadores assintomáticos Maria tifóide (Mary Mallon) 1901 - cozinheira - febre tifóide - 2 pessoas doentes 1902 - 2 semanas após contratação - 9 pessoas 1904 - 4 pessoas 1906 - 6 pessoas SUSPEITA!!!! =>mudou-se mais doentes * 1907 - mais doentes 1907 - hospitalizada (“aprisionada”) Eliminação de Salmonella por 3 anos Escapou 1914 - cozinheira em um HOSPITAL!!! Surto com 25 pessoas doentes Fugiu! Identificada, com outro nome! Estudos retrospectivos de sua história: 1903 - Surto com 1300 pessoas, pela água From M J Rosenau. Preventive Medicine and Hygiene, 6th ed New York: Appleton, 1935 * ENTEROBACTÉRIAS 4. Patogenia 4.2.Enterobacter aerogenes Pode ser encontrado em vida livre ou no trato intestinal. Provoca infecção das vias urinárias e sepse. * Enterobacter sp, particularmente Enterobacter cloacae e Enterobacter aerogenes, são importantes patógenos de IH, responsáveis por uma grande variedade de infecções, incluindo: Bacteremia, infecção trato respiratório inferior, infecções de pele e partes moles, ITUs, endocardite, infecções intra-abdominais, artrite séptica, osteomielite, e infecções oftálmicas * IH por Enterobacter sp – Fatores de risco: hospitalização superior a 2 semanas, procedimentos invasivos nas últimas 72 hs, uso de antibióticos nos últimos 30 dias, presença de CVC. Específicos para cepas MR: uso recente de cefalosporinas de amplo espectro ou aminoglicosídios em CTI. * Fisiopatologia: Enterobacter sp raramente causam doença em indivíduos saudáveis. Patógeno oportunista, similar a outros membros da família Enterobacteriaceae, possui endotoxina com papel importante na fisiopatologia da sepse e suas complicações. * Infecções por Enterobacter são observadas mais frequentemente em neonatos e idosos, refletindo a elevada prevalência de doenças subjacentes severas nos extremos etários. Em UTI pediátricas idade inferior a 2.5 é um fator de risco para a colonização. * Em surtos de IH por Enterobacter sp, devem ser implementadas medidas de barreira, de forma similar às situações de IH por Multi-R. Higienização das mãos pelos profissionais da saúde antes e após a manipulação dos pacientes, previne a transmissão das bactérias nosocomiais, especialmente em CTI. Administração prévia de antimicrobianos é o principal fatorpara a colonização e infecções secundárias por microorganismos multi-R. * Administração prolongada e desnecessária de antimicrobianos devem ser evitadas. A profilaxia cirúrgica não deve ultrapassar 24 hs. Programas de Educação para médicos e outros profissionais devem ser implementadas pela CCIH em cada instituição visando reduzir o risco da transmissão de Enterobacter sp e outros patógenos hospitalares. * ENTEROBACTÉRIAS 4. Patogenia 4.3. Klebsiella pneumoniae É encontrada nas vias respiratórias e nas fezes de cerca de 5% dos indivíduos normais. Pode provocar extensa consolidação necrosante hemorrágica dos pulmões. Provoca infecção das vias urinárias e bacteremia com lesões focais em pacientes debilitados. * Klebsiella ssp. Frequentemente associada às ITUs. Frequentemente associada às infecções do trato biliar e feridas operatórias. Frequentemente associada às peritonites. Frequentemente associada às PNMs aspirativas. Frequentemente associada às infecções em unidades neonatais. * * * * * * * * * * 4. Patogenia 4.4. Proteus As espécies provocam infecções em humanos apenas quando deixam o trato intestinal. Provocam ITU, bacteremia, pneumonia e lesões focais em pacientes debilitados ou que recebem infusões intravenosas. ENTEROBACTÉRIAS * 4. Patogenia 4.4. Proteus As espécies produtoras de urease quando provocam ITU favorecem a formação de cálculos. As cepas movéis de proteus contêm antígenos H ENTEROBACTÉRIAS * 4. Patogenia 4.5. Providencia São membros da microbiota intestinal normal. Causam infecções das vias urinárias. 4.7.Citrobacter Podem causar infecções urinárias e sepse. ENTEROBACTÉRIAS * ENTEROBACTÉRIAS 4. Patogenia 4.6. Serratia marcescens Patógeno oportunista em pacientes hospitalizados. Causa pneumonia, bacteremia e endocardite em viciados em narcóticos. * ESBL * CESP * Resistência no grupo CESP * Parede celular bacteriana Bactéria Gram-positiva Bactéria Gram-negativa Pelcza, Microbiology, 1999. * Bactéria Gram-positiva * Bactéria Gram-negativa * Bacilos Gram-Negativos: Alta eficiência na regulação ou aquisição de novos genes que determinam resistência Diversos mecanismos de resistência * N Engl J Med 362;19 2010 * Pacientes de risco para infecção ou colonização por bacilos Gram-negativos: • Longa permanência hospitalar; • Uso prévio de antimicrobianos; • Internação em UTI; • Severidade das doenças de base e deficiência imunológica; • Queimaduras graves ou cirurgia extensa; • O uso de procedimentos invasivos. * Reservatórios dos bacilos Gram-negativos: • Pacientes e profissionais de saúde colonizados ou infectados. • Artigos hospitalares contaminados (estetoscópio, termômetro, torniquetes, nebulizadores, umidificadores, circuito de respirador e outros); • As bactérias têm predileção pelos locais úmidos, pias, panos de chão, medicamentos abertos, vegetais, e são altamente resistentes a variações de temperatura. * Se não sabe o que tem use Carbapenem!!!! * Resistência aos carbapenêmicos Modificações da permeabilidade da membrana e alteração dos sistemas de efluxo + hiperprodução de Betalactamases AmpC ou ESBL Betalactamases que hidrolizam carbapenêmicos Lancet Infect Dis 2009; 9: 228–36 * KPC Hidrólise de todos os betalactâmicos Hidrólise fraca de: Cefamicinas e Ceftazidima Imipenem, Meropenem,Ertapenem, Cefotaxime, Aztreonam: hidrólise menos eficiente que Penicilinas * AIDS – pré HAART Quarentena - 1918 Carbapenemases em 2012 ?? * Importância das enterobactérias – comunidade x hospital Betalactamases (ampi C, ESBL, “carbapenemases ou ESBL CARBA”, ...) Fácil disseminação e alto risco de aquisição de resistência (transferência de genes mediada plasmídeos, transposons) ESBL – hidrolisam todas cefalosporinas aumento do uso de carbapenêmicos 1993 - 1º carbapenemase (hidrolisa carbapenêmicos) 2012 – “Grave situação de doença” Emerg Infect Dis. 2011 Oct;17(10):1791-8. * Carbapenemases Classe A (serina) Cromomossômicas: NMC (not metalloenzyme carbapenemase) enterobacter SME (Serratia marcescens enzyme) serratia IMI-1 (imipenem-hydrolyzing) enterobacter Plasmidiais: KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), IMI-2 GES (Guiana extended spectrum) Pseudo Hidrolisam carbap e são inib parcialmente por ac clav Emerg Infect Dis. 2011 Oct;17(10):1791-8. * Carbapenemases Classe B (zinco) Metallo – beta – lactamases (MBLs) VIM ( Verona integron – encoded MBLs), IMP NDM-1 (New Delli MBLs descoberta na Suécia paciente indiano GIM SPM pseudo Hidrolisam carbapenêmicos, exceto Aztreonam (apesar de suscetibilidade, limitada experiência clínica) Emerg Infect Dis. 2011 Oct;17(10):1791-8. * Carbapenemases Classe D (serina) 2003 – 1º Kleb pneum - Turquia Tipo Oxa- 48, Oxa 181, Oxa 48/181, Oxa 23 Emerg Infect Dis. 2011 Oct;17(10):1791-8. * KPC – Aspectos Clínicos e Epidemiológicos Não há relação específica com órgãos ou tecidos Infecções sistêmicas (dispositivos invasivos) Trato urinário sem sonda vesical Pacientes imunossuprimidos * KPC – Aspectos Clínicos e Epidemiológicos Fatores de virulência não foram relatados Fatores de risco: UTI Dispositivos invasivos Imunossupressão Uso prévio de múltiplos antimicrobianos * Detecção de KPC Testes de sensibilidade? Expressão heterogênea da resistência aos betalactâmicos * * Breakpoints + métodos de identificação > 2010 – redução dos valores MIC Teste de Hodge modificado (ajuda p deteção de KPC e OXA48) Etest – MBLs Testes moleculares (PCR) ideal Espectometria (ideal para KPC) Emerg Infect Dis. 2011 Oct;17(10):1791-8. * Klebsiella pneumoniae Carbapemenases A) Carbapenemase - (KPC-2), B) New Delhi metallo –β - lactamase-1 (NDM-1) C) Oxacillinase-48 (OXA-48) Emerg Infect Dis. 2011 Oct;17(10):1791-8. * Classe A de Amber Classe funcional enzimático 2f de Bush 9 tipos – KPC 2 até KPC10 Capaz de transferência plasmidial Típico de K pneumoniae, mas também vista em E.coli, Enterobacter sp, Salmonella entérica, Proteus mirabilis e Citrobacter freundii Pseudomonas aeruginosa 2007 (USA), Acinetobacter baumannii 2010 (Porto Rico) 1. Hirsch EB, Tam VH. JAC 2010:1119-1125. * Detecção de KPC Biologia molecular Provável padrão-ouro Alto custo, necessidade de mão-de-obra qualificada e equipamentos * NOTA TÉCNICA No 1/2010 Medidas para identificação, prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por microrganismos multirresistentes Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde * Detecção de KPC Lancet Infect Dis 2009; 9: 228–36 * 08/06/11 Detecção de KPC Teste de Hodge modificado Anderson KF et al.J Clin Microbiol 2007; 45: 2723–25 * Fatores que determinam o comportamento de um microorganismo como patógeno oportunista Distribuição ubíqua Necessidades nutricionais e metabólicas modificáveis Capacidade de adaptação a diferentes ambientes Relativa resistência a antimicrobianos * O Que nos Reserva o Futuro? * Fatores de risco de infecção por Bacilos Gram-negativos não fermentadores em ambientes hospitalares Terapia antimicrobiana prévia Quinolonas Cefalosporinas Carbapenêmicos Aminoglicosídios Instalação de CVC * Fatores de risco de infecção por Bacilos Gram-negativos não fermentadores em ambientes hospitalares Terapia imunossupressora Neutropenia Estada em UTI Ventilação mecânica ou TOT Doenças de base, neoplasias, esteróide Contato com pacientes com infecção * Bacilos Gram-negativos não fermentadores 1. Característicasgerais São aeróbios, não esporulados. Não utilizam carboidratos como fonte de energia ou os degradam através de vias que não a fermentação. Apresentam reação positiva de citocromo oxidase. Podem crescer ou não em ágar-MacConkey. * BACILOS GRAM NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES Características microbiológicas: Bacilos Gram negativos Não fermentadores de glicose Não fastidiosos Características epidemiológicas: Ampla distribuição no ambiente Patógenos oportunistas * Bacilos Gram-negativos não fermentadores * BGN não Fermentadores * * Bacilos Gram-negativos não fermentadores 2. Família Pseudomonadaceae 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Morfologia e Identificação Bastonetes gram-negativos, móveis. Apresentam-se como bactérias isoladas, em pares ou em cadeias curtas. Aeróbios obrigatórios. Forma colônias redondas e lisas de coloração esverdeada e fluorescente * 2. Família Pseudomonadaceae 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Morfologia e Identificação Cresce bem a 37-42ºC que ajuda a diferenciá-la de outras espécies de Pseudomonas (tolera 4ºC a 42º C), É oxidase positiva Catalase positiva Não fermenta carboidratos Ambiente terrestre, água doce, ambiente marinho, plantas e animais; Bacilos Gram-negativos não fermentadores * Princípio: baseia-se na capacidade de produção de enzimas oxidativas que na presença de oxigênio e de aminas aromáticas reagem produzindo um composto colorido. Prova de Oxidase * 2. Família Pseudomonadaceae 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Estrutura antigênica e Toxinas Pili (fímbrias) Lipopolissacarídeo: responsável por muitas das propriedades endotóxicas (febre, choque, oligúria, leucocitose e leucopenia) Cápsula Polissacarídica (glicocálice), ancora as bactérias às células epiteliais, protége da fagocitose e da atividade de entibióticos como os aminoglicosídeos. Bacilos Gram-negativos não fermentadores * 2. Família Pseudomonadaceae 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Estrutura antigênica e Toxinas Enzimas extracelulares: elastases, proteases, hemolisinas (fosfolipase C – Termolábil e um glicolipídio termoestável) Exotoxina A: provoca necrose dos tecidos e tem ação idêntica ao da toxina diftérica (bloqueia a síntese de proteína) Bacilos Gram-negativos não fermentadores * Pseudomonas aeruginosa Bacilo Gram negativo Aeróbico Móvel ( flagelo polar único ) Geralmente oxidase (+) Nutricionalmente versátil Mesófilos Geralmente produzem piocianina * * Pseudomonas aeruginosa * * 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Patogenia P.aeruginosa só é patogênica quando introduzida em áreas desprovidas de defesas normais Resistente a vários antibióticos (-lactâmicos, aminoglicosídeos, cloranfenicol) e desinfetantes. A bactéria adere às mucosas ou a pele colonização invasão local (infecção) disseminação (doença sistêmica) Bacilos Gram-negativos não fermentadores * 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Síndromes Clínicas Infecções pulmonares (podem variar a traqueobronquite benigna a broncopneumonia necrosante grave) Infecções Primárias da pele (princ. em queimadura) Infecções do trato urinário Infecções dos ouvidos Infecções oculares (após traumatismo inicial da córnea) Bacilos Gram-negativos não fermentadores * 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Diagnóstico Amostras: dependente do local da infecção Esfregaços: bastonetes gram-negativos. Não existe nenhuma característica morfológica capaz de diferenciá-la das enterobactérias Cultura: cresce facilmente nos meios utilizados para o crescimento de enterobactérias (MacConkey); porém, não fermenta a lactose. Testes bioquímicos Bacilos Gram-negativos não fermentadores * Bacteremias por Pseudomonas * Endocardite por Pseudomonas * Meningite por Pseudomonas * Otite por Pseudomonas * ITU por Pseudomonas * Pseudomonas aeruginosa Epidemiologia Distribuição ampla na natureza Solo, água, plantas, animais e humanos Predileção por ambientes úmidos Ocasionalmente coloniza humanos saudáveis Pele Conduto auditivo externo Trato respiratório superior Cólon * Pseudomonas aeruginosa Epidemiologia Portadores humanos: Infrequente em humanos sadios Fatores predisponentes para o estado de portador: Doença de base debilitante Comprometimento do sistema imune Procedimentos invasivos Terapia antimicrobiana prévia Antecedente de hospitalização prévia Paciente de risco a colonização geralmente precede a infecção * 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Epidemiologia e Controle P. aeruginosa é um patógeno hospitalar As pseudomonas crescem em ambientes úmidos (pias, banheiras, chuveiros, banhos quentes e outras áreas úmidas) A vacina de tipos apropriados em pacientes de alto risco, confere alguma proteção contra a sepse por Pseudomonas Bacilos Gram-negativos não fermentadores * Pseudomonas * Fatores de Risco * Sequência de eventos na infecção por Pseudomonas aeruginosa Aderência e colonização da superfície cutânea ou mucosa Invasão local e dano a tecidos Infecção localizada Extensão da infecção a tecidos vizinhos Disseminação Invasão da corrente sanguínea Disseminação hematogênica SIRS FMO Morte * Base da patogenia das infecções por P. aeruginosa Patogenia é variável Diversidade de apresentações clínicas Múltiplas fontes de virulência Raramente causa infecção em hospedeiro sadio Expressão de seus fatores de virulência frente a: Ruptura de barreira cutânea e/ou mucosa Queimado Trauma Cirurgia Procedimentos invasivos de via aérea ou urinária * Base da patogenia das infecções por P. aeruginosa Comprometimento do sistema imune como: Neutropenia HIV Extremos etários Fibrose cística Neoplasias Alteração da flora comensal devido à antibioticoterapia Exposição a ambiente contaminado (reservatório hospitalar) * Infecções Hospitalares por P. aeruginosa Reservatórios hospitalares associados à infecção: Equipamentos respiratórios Soluções de limpeza ambiental Desinfetantes Pias Vegetais, flores Endoscópios Equipamentos de fisioterapia * Infecções Hospitalares por P. aeruginosa A maioria dos reservatórios são úmidos A transmissão ocorre pelas mãos do pessoal ou por fômites Apresentação endêmica, ocasionalmente surtos Estudo epidemiológico Sorotipificação Sequenciamento de ácidos nucléicos * * * * * * * Mecanismos de Resistência * Mecanismos de Resistência Recentemente foi descrita uma enzima chamada de Imepenemase veiculada por plasmídios que determina resistência aos inclusive aos carbapenêmicos. Nos próximos anos não há perspectiva de novas drogas antipseudomonas. * 3. Acinetobacter São bactérias gram-negativas aeróbias Distribuição ampla no solo e na água; em certas ocasiões, na pele, mucosa e secreções Em geral, apresentam-se na forma de cocobacilos ou cocos (semelhante a Neisseria) e bastonetes São oxidase negativo São freqüentemente comensais, porém podem provocar infecção hospitalar Bacilos Gram-negativos não fermentadores * * * * * 3. Acinetobacter O A .baumannii é a espécie mais importante na clínica Infecção associada a dispositivos (cateteres intravenosos, tubo orotraqueal...) As cepas de Acinetobacter são freqüentemente resistentes a agentes microbianos Bacilos Gram-negativos não fermentadores * Acinetobater ssp. Acinetobacter baumannii. Acinetobater calcoaceticus. Bacilos Gram negativos que podem apresentarem-se como cocobacilos Gram negativos. Tem sido isolados em locais diversos tais como leite, alimentos congelados, vaporizadores, torneiras, respiradores, endoscópios etc. * Bacilos Gram-negativos não fermentadores 3. Acinetobacter O A .baumannii é a espécie mais importante na clínica Infecção associada a dispositivos (cateteresintravenosos, tubo orotraqueal...) As cepas de Acinetobacter são freqüentemente resistentes a agentes microbianos * Acinetobacter ssp. Coloniza pele de pacientes sadios bem como equipe médica. Acomete principalmente pacientes imunodeprimidos ou portadores de co-morbidades após a 1º semana de hospitalização. As principais drogas para seu tratamento são: Ampicilina/Sulbactam, Imipenem ou meropenem e polimixina B. * Acinetobacter baumannii Bacilo Gram negativo não fermentador Ampla distribuição na natureza Flora comensal da pele Comportamento oportunista Agente de infecção hospitalar Adquire com facilidade resistência a antimicrobianos * Acinetobacter baumanii http://www.sanitizercorp.com/images/acinetobacter_baumanii.jpg * Acinetobacter spp - Caracterização BGN curtos ou cocóides (conforme fase de crescimento e meio de cultura) GN* Não-fermentador, estritamente aeróbio, imóveis, catalase positivo, oxidase negativo, crescem em MacConkey *GP!? em Gram de frascos de hemocultura Schreckenberger et al. Acinetobacter... In Murray et al. MCM. 2007 * Acinetobacter spp Taxonomia Estudos de homologia DNA-DNA 25 grupos de homologia DNA (genomoespécies) - somente 11 sp foram estabelecidas Maioria das genomoespécies não pode ser diferenciada por testes bioquímicos: 1, 2, 3 e 13 = complexo A.calcoaceticus-A.baumanni Dificuldade de diferenciar = proposta de apenas dois grupos = assacarolíticos e sacarolíticos Schreckenberger et al. Acinetobacter... In Murray et al. MCM. 2007 * Acinetobacter spp Taxonomia – “resumo da ópera” Schreckenberger et al. Acinetobacter... In Murray et al. MCM. 2007 * Adultos podem se colonizar transitoriamente na pele, cavidade oral , nasofaringe , trato respiratório, gastrointestinal e vaginal com espécies de Acinetobacter. * E o ambiente??? * Reservatórios no hospital Pseudomonas e Acinetobacter Materiais úmidos equipamentos de suporte ventilatório cateteres de aspiração soros água alimentos como vegetais crus * Acinetobacter sp Sobrevive em superfícies e materiais secos até 13 dias Em roupas = até 69 dias Tem capacidade de aderir a plásticos ( superfícies cateteres, TET, etc ) Também sobrevive em fontes úmidas (válvulas e circuitos de VM, umidificadores e leite humano) A média de sobrevivência desses microrganismos no ambiente é de 27 dias * Acinetobacter baumannii Epidemiologia hospitalar Hospedeiro suscetível Doença de base Procedimentos invasivos de via aérea, urinária ou cirurgia Hospitalização prolongada Terapia antimicrobiana * Acinetobacter baumannii Epidemiologia hospitalar Reservatório animado Paciente infectado ou colonizado Pessoal portador (pele, intestino) Reservatório inanimado: ambiente úmido ou alimentos Via de transmissão: contato direto ou indireto * Acinetobacter baumannii Apresentação clínica Pneumonia associada a ventilação mecânica Bacteremia secundária a foco pulmonar Infecção de sítio cirúrgico ITU associada a procedimentos invasivos Terapia de acordo com estudo de sensibilidade * * Acinetobacter baumannii Medidas de prevenção Precauções padrão para manejo de todo o paciente hospitalizado Normatizar indicação e manutenção de procedimentos invasivos Racionalizar o uso de antimicrobianos Em condições de surto de cepa multi-R: Isolamento de contato Coorte Estudo de reservatório ambiental ou de portadores no pessoal da saúde * Acinetobacter spp: Principal problema Resistência aos antibióticos * Stenotrophomonas maltophilia Apresentação clínica: Bacteremia Infecção do trato Urinário Infecção do Trato Respiratório * Reservatórios hospitalares de Stenotrophomonas maltophilia Material de coleta Monitores de pressão central ou arterial Lentes de contato Destiladores de água Máquinas de diálise * Reservatórios hospitalares de Stenotrophomonas maltophilia Soluções desinfetantes Mãos do pessoal da saúde Equipamentos de fisioterapia Equipamentos de terapia respiratória Umidificadores de oxigênio Circuitos de ventiladores * Burkholderia cepacia Epidemiologia Reservatório Solo Água fervida Plantas Via de transmissão: contato direto ou indireto * Burkholderia cepacia Epidemiologia Fatores de risco: Fibrose cística Doença pulmonar crônica Apresentação clínica: Infecção pulmonar em pacientes com fibrose cística (prognóstico) * Diagnóstico Laboratorial de Bacilos Gram Negativos não Fermentadores Sistemas de identificação Convencional Miniaturizados Automatizados Estudo da sensibilidade Métodos recomendados Seleção de drogas a avaliar * Emergência de resistência em microorganismos hospitalares Introdução de um organismo resistente a uma população suscetível Aquisição de resistência por cepa sensível Mutação espontânea Transferência genética Expressão de resistência regulada previamente presente na população Seleção de subpopulações resistentes Disseminação de organismos resistentes * Mecanismos de resistência em bactérias gram negativas Alteração de sítio de ação Aminoglicosídios Beta lactâmicos Quinolonas Prevenção do acesso da droga ao sítio de ação Diminuição da permeabilidade: beta-lactâmicos, carbapenêmicos Aquisição de mecanismo de efluxo: quinolonas * Mecanismos de resistência em bactérias gram negativas Inativação da droga Beta-lactamases (cromossômica, plasmidial) Enzimas inativadoras de aminoglicosídios Alteração de via metabólica * Pseudomonas aeruginosa Resistência intrínseca Resistência adquirida: Resistência a β lactâmicos: β lactamases cromossômicas induzíveis Associados a alteração da permeabilidade, alteração de PBP Resistência a carbapenêmicos: Aquisição de imipenase mediada por plasmídio Alteração de proteína da membrana externa * Pseudomonas aeruginosa Quinolonas Mutação da DNA girase Mecanismo de efluxo Aminoglicosídios Produção de enzimas modificadores mediada por plasmídios Mecanismo de efluxo ou alteração das porinas * Acinetobacter baumannii Resistência múltipla Mecanismos de resistência adquirida: Cefalosporinases cromossômicas Novas beta lactamases plasmidiais Enzimas modificadoras de aminoglicosídios Resistência a quinolonas Resistência a carbapenêmicos Plasmídios Alteração de permeabilidade Alteração de PBP * Stenotrophomonas maltophilia Resistência inata Cefalosporinases cromossômicas: carbapenêmicos Resistência adquirida: Cefalosporinas Aminoglicosídios Sulfa-trimetoprim * Medidas para controle das BM Controle do Uso dos Antimicrobianos. Vigilância dos Exames Microbiológicos. Precauções Universais/Lavação das Mãos. Controle do Ambiente. Uso de Barreiras (luvas, Capotes, Máscaras). Alocação de Pacientes Colonizados/Infectados Quarto Privativo – Coorte de pacientes. Descolonização. Culturas de vigilância em Profissionais de Saúde. * Importância do Ambiente * AMBIENTE INANIMADO COMO FONTE DE INFECÇÃO Abstract: The Risk of Hand and Glove Contamination after Contact with a VRE (+) Patient Environment. Hayden M, ICAAC, 2001, Chicago, IL. X culturas positivas para VRE * * * * Agência Nacional de Vigilância Sanitária Emergência de microorganismos MR Ambiente ideal Flaherty JP, Weinstein RA. (Infect. Control. Hosp. Epidemiol., 17: 236-248, 1996) A. baumannii P. aeruginosa S. aureus Enterococcus spp. Uso de antimicrobianos de amplo espectro Equipe multidisciplinar DEVIDO AO GRANDE uso de antimicrobianos de amplo espectro e uma equipe multidisciplinar na grande maioria das vezes atarefada e tendo que atuar rapidamente, podendo ocorrer a quebra em técnica de assepsia. Criam um ambiente ideal para o: aparecimento e transmissão dos patógenos MR tais como: os Bacilos Gram-negativos Multirresistentes S.aureus resistente a meticilinaNo que se refere aos enterococos resistentes a vancomicina * VIAS DE TRANSMISSÃO: por contato direto indireto Direto : pele a pele Indireto: objeto intermediário contaminado , usualmente inanimado, do ambiente do paciente Transmissão * Transmissão VEÍCULO PRINCIPAL: MÃOS * Cuidado Limpo é Cuidado Seguro Estratégia Multimodal Eixo 2: Treinamento/Instrução Os ‘cinco momentos’ da higienização de mãos é a abordagem em que se baseia o treinamento dos profissionais de saúde. 1. Antes de contato com o paciente; 2. Antes da realização de procedimento asséptico; 3. Após a exposição a fluídos corporais; 4. Após contato com o paciente; 5. Após contato com o ambiente próximo ao paciente. * * * Cocos Gram negativos Neisseria N. gonorrhoeae N. meningitidis * Gênero Neisseria * Gonorréia: Alta prevalência e baixa mortalidade Gonococo: ausente na microbiota normal Meningite: Baixa prevalência e alta mortalidade Meningococo: portadores nasofaríngeos sadios * Características gerais Cocos Gram negativos com 0,6 - 1,5 m Imóveis Não esporulantes Aeróbios Muito exigentes - sangue hemolisado Crescimento de 35 - 37ºC Catalase e oxidase positivos Fímbrias: N. gonorrhoeae Cápsula: N. meningitidis * Neisseria gonorrhoeae Coloração de Gram: A) cultura pura e B) exsudato purulento A B * Gonorréia => fluxo de sêmen (Galeno séc. II) Albert Neisser (1879) - primeira descrição - exsudato purulento 1885: primeira cultura pura Transmissão direta por contato sexual parto * Fatores de virulência e dinâmica da infecção pelo gonococo N. gonorrhoeae => Não produz exotoxinas Adesão => Invasão =>Resposta inflamatória Adesão: Fímbrias adesão inicial - fímbria tipo IV (PilE e PilC) receptor CD46 sofrem modificações: alterações de fase e antigênica * * Manifestações clínicas Uretrite e cervicite gonocóccicas * Outras manifestações Doença inflamatória pélvica: peritônio Proctite Faringite Endocardite Meningite Artrite * Oftalmia neonatal * Infecções assintomáticas Mulheres: 50% Homens: 10% * Epidemiologia Hospedeiro natural: Ser humano Doença erradicada: Escandinávia EUA: 700.000 casos/ano Transmissão: mulheres p/ homens: 35% homens p/ mulheres: 50-60% * Neisseria meningitidis 1887 - Weichselbaum: isolamento Presença de cápsula polissacarídica 13 sorogrupos: A, B, C, D, E29, H, I, K, L, W135, X, Y e Z * Fatores de virulência e dinâmica da infecção pelo meningococo Adesão e invasão do epitélio da nasofaringe fímbria tipo IV e proteínas de ME Disseminação na corrente circulatória Fatores de virulência: semelhantes * * Manifestações clínicas Meningite Meningococcemia Bacteremia branda * * OBRIGADA!!!! * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *