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Hipótese 1 
“A puberdade masculina é uma transição entre infância e adolescência que 
representa transformações biológicas e ocorre entre 11 e 14 anos”. 
(a) O que é puberdade? Diferença entre puberdade e 
adolescência 
A puberdade é um processo biológico complexo caracterizado por mudanças 
físicas, hormonais e fisiológicas que marcam a transição da infância para a vida 
adulta reprodutiva. Este período é iniciado pela ativação do eixo hipotálamo-
hipófise-gonadal (HHG), resultando na maturação sexual e no desenvolvimento 
de características sexuais secundárias. 
Puberdade é o conjunto de mudanças biológicas (neuroendócrinas, gonadais e 
somáticas) que culminam com a maturação sexual e a capacidade reprodutiva. 
Ela é desencadeada pela reativação, no hipotálamo, da secreção pulsátil de 
GnRH e, secundariamente, de LH/FSH, levando à esteroidogênese testicular 
(testosterona) e à espermatogênese. 
Adolescência é um conceito mais amplo, psicossocial e cronológico, que inclui 
— mas não se limita a — a puberdade. A OMS define adolescência, 
classicamente, como a faixa de 10–19 anos (muitos autores estendem para 10–
24 anos por razões de desenvolvimento). Ou seja, toda puberdade ocorre 
durante a adolescência, mas adolescência envolve também mudanças 
cognitivas, emocionais e sociais. 
(b) Faixa etária em meninos e mudanças esperadas 
Em meninos, a puberdade normalmente se inicia entre 9 e 14 anos, tendo 
como primeiro marco o aumento do volume testicular para ≥4 mL (Tanner 
G2); a mediana populacional para atingir 4 mL fica por volta de 11,5–11,7 anos, 
com variação ampla dentro do normal. 
Mudanças biológicas típicas (ordem aproximada): 
• Crescimento testicular (primeiro sinal), seguido de crescimento 
peniano. 
• Pelos pubianos e axilares (pilosidade androgênio-dependente). 
• Estirão de crescimento (pico mais tardio que nas meninas) e alterações 
de composição corporal (maior massa magra). 
• Mudanças de voz (hipertrofia laríngea) e acne. 
• Início/amadurecimento da espermatogênese com emissões seminais. 
(c) O que estimula o início da puberdade masculina? 
O início da puberdade masculina é desencadeado pela ativação do eixo 
hipotálamo-hipófise-gonadal (HHG). Este processo é iniciado pela secreção 
pulsátil do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) pelo hipotálamo, que 
estimula a hipófise anterior a produzir e liberar os hormônios folículo-estimulante 
(FSH) e luteinizante (LH). 
O LH estimula as células de Leydig nos testículos a produzir testosterona, 
enquanto o FSH atua sobre as células de Sertoli para iniciar a espermatogênese. 
A testosterona é o principal hormônio responsável pelo desenvolvimento das 
características sexuais secundárias masculinas e pela manutenção da função 
reprodutiva. 
Hipótese1 — Parcialmente correta 
-	Correto dizer que é uma transição biológica entre infância e adolescência. 
-	Parcial a faixa etária “11–14 anos”: a literatura define início normal entre 9–
14 anos, com mediana ~11,5–11,7 para 4 mL; limitar a 11–14 ignora meninos 
normais que iniciam aos 9–10. 
 
 
 
 
 
Hipótese 2 
“A capacidade reprodutiva masculina só ocorre após a puberdade”. 
(a) Gametogênese masculina: quando e como começa? 
Relação com a puberdade 
A gametogênese masculina (espermatogênese) compreende a proliferação 
de espermatogônias, meiose (formação de espermátides) 
e espermiogênese (maturação em espermatozoides). Em humanos, a 
espermatogênese efetiva se inicia na puberdade, quando o eixo HPG é 
reativado; FSH (via Sertoli) e testosterona (via LH/Leydig) tornam o testículo 
competente para manter a meiose e a diferenciação. O ciclo completo leva ~64 
dias e prossegue continuamente na vida adulta. 
A gametogênese masculina, denominada espermatogênese, é o processo de 
formação dos espermatozoides que ocorre nos túbulos seminíferos dos 
testículos. Este processo envolve três fases principais: mitótica (proliferação das 
espermatogônias), meiótica (formação dos espermatócitos) e diferenciação 
(espermiogênese). 
Início da espermatogênese: A espermatogênese inicia-se durante a 
puberdade, especificamente quando ocorre a ativação hormonal do eixo HHG. 
Antes da puberdade, as células germinativas primordiais estão presentes nos 
testículos, mas permanecem em estado quiescente. Somente com o estímulo 
hormonal puberal, principalmente pelo FSH e testosterona, estas células iniciam 
o processo de divisão e diferenciação. 
Relação com a puberdade masculina: A espermatogênese é diretamente 
dependente da puberdade, pois requer a ativação hormonal que caracteriza este 
período. O FSH estimula as células de Sertoli, que são essenciais para o suporte 
e nutrição das células germinativas, enquanto a testosterona mantém o ambiente 
hormonal necessário para a progressão da espermatogênese. Este processo 
tem duração de aproximadamente 74 dias e, uma vez iniciado na puberdade, 
continua durante toda a vida adulta. 
 
(b) Componentes do sistema genital masculino e quem 
contribui para o sêmen 
Componentes: testículos, epidídimo, ducto deferente, ductos ejaculadores, 
uretra; glândulas acessórias: vesículas seminais, próstata e glândulas 
bulbouretrais; genitália externa: pênis (corpo esponjoso e cavernoso) e escroto. 
Componentes principais: 
1. Testículos: Gônadas masculinas responsáveis pela produção de 
espermatozoides e hormônios sexuais 
2. Epidídimos: Ductos onde ocorre a maturação e armazenamento dos 
espermatozoides 
3. Ductos deferentes: Canais que transportam os espermatozoides dos 
epidídimos até a uretra 
4. Vesículas seminais: Glândulas que produzem componentes do líquido 
seminal 
5. Próstata: Glândula que contribui significativamente para a composição do 
sêmen 
6. Glândulas bulbouretrais (Cowper): Produzem secreção que neutraliza 
a acidez uretral 
7. Pênis: Órgão copulatório contendo a uretra para ejaculação 
8. Escroto: Estrutura que abriga e regula a temperatura dos testículos 
9. Reto: não integra o sistema genital, mas está intimamente relacionado 
anatomicamente. Fica atrás da próstata e pode ser usado em exame de 
toque para avaliação da glândula prostática. 
10. Ducto ejaculatório: canal que resulta da união do ducto deferente com o 
ducto da vesícula seminal. Sua função é transportar o sêmen (mistura de 
espermatozoides + secreção das vesículas seminais) até a uretra 
prostática. 
11. Bexiga: armazena urina. Indiretamente, tem relação com o sistema 
genital porque a uretra masculina é compartilhada pelos sistemas urinário 
e reprodutor (urina e sêmen passam por ela em momentos distintos). 
12. Osso do púbis: parte do esqueleto da pelve, serve como ponto de fixação 
para músculos do assoalho pélvico e estruturas que sustentam o pênis e 
órgãos genitais internos. 
13. Corpo cavernoso: par de estruturas eréteis que se enchem de sangue 
durante a excitação sexual, promovendo a rigidez do pênis e 
possibilitando a penetração. 
14. Corpo esponjoso: tecido erétil que envolve a uretra peniana, também se 
enche de sangue na ereção, mas menos que os corpos cavernosos. Sua 
principal função é manter a uretra aberta durante a ejaculação, garantindo 
a passagem do sêmen. 
15. Uretra: canal que conduz a urina da bexiga até o meio externo e, no 
homem, também conduz o sêmen durante a ejaculação. 
16. Glande: extremidade distal do pênis, altamente inervada e sensível, 
fundamental para o prazer sexual e estímulo durante a relação. Também 
é o ponto de saída da uretra. 
Estruturas associadas à produção de sêmen: 
• Testículos: Produção de espermatozoides (2-5% do volume seminal) 
• Vesículas seminais: Contribuem com 60-70% do volume seminal, 
fornecendo frutose, prostaglandinas e outras substâncias 
• Próstata: Responsável por 20-30% do volume seminal, produzindo 
enzimas, zinco e antígeno prostático específico 
• Glândulas bulbouretrais: Contribuição menor, mas importante para 
lubrificação e neutralização 
 
 
 
 
Hipótese 2 — Correta. 
A capacidadereprodutiva (produção de espermatozoides viáveis e ejaculação 
fértil) emerge a partir da puberdade, quando o eixo HPG torna 
a espermatogênese efetiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipótese 3 
“O aumento da testosterona, produzida nos testículos, influencia diretamente o 
desenvolvimento da puberdade”. 
(a) Eixo hormonal da puberdade masculina: caracterização 
e função 
O eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (HHG) constitui o sistema neuroendócrino 
fundamental que controla o desenvolvimento puberal e a função reprodutiva 
masculina. 
Componentes e funcionamento: 
1. Hipotálamo: Produz GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) de 
forma pulsátil 
2. Hipófise anterior: Responde ao GnRH produzindo FSH e LH 
3. Testículos: Respondem às gonadotrofinas produzindo testosterona e 
iniciando a espermatogênese 
Mecanismo de ação: O hipotálamo libera GnRH de forma pulsátil na circulação 
portal hipofisária. Este hormônio estimula os gonadotropos da hipófise anterior a 
sintetizar e liberar FSH e LH. O LH atua nas células de Leydig testiculares, 
estimulando a produção de testosterona, enquanto o FSH age sobre as células 
de Sertoli, iniciando e mantendo a espermatogênese. 
Funções da testosterona: 
• Desenvolvimento de características sexuais secundárias masculinas 
• Crescimento e desenvolvimento genital 
• Aumento da massa muscular e densidade óssea 
• Mudanças vocais e desenvolvimento de pelos corporais 
• Manutenção da libido e função sexual 
• Regulação do feedback negativo no eixo HHG 
(b) Avaliação clínica do desenvolvimento puberal: escala 
utilizada e funcionamento 
A avaliação clínica usa a Escala de Tanner (também chamada de Sexual 
Maturity Rating). 
Funcionamento da escala: A escala de Tanner avalia dois parâmetros 
principais nos meninos: 
1. Desenvolvimento genital (G1-G5): Crescimento do pênis e testículos 
2. Desenvolvimento de pelos pubianos (P1-P5): Quantidade, distribuição 
e características dos pelos 
Estágios de Tanner para genitais masculinos: 
• G1 (Pré-púbere): Genitais de tamanho e proporção infantil 
• G2: Aumento do escroto e testículos; pênis pouco ou não aumentado 
• G3: Crescimento do pênis, principalmente em comprimento; maior 
crescimento testicular 
• G4: Aumento do pênis em largura e desenvolvimento da glande; testículos 
e escroto maiores 
• G5: Genitais adultos em tamanho e forma 
Estágios para pelos pubianos: 
• P1: Ausência de pelos pubianos 
• P2: Crescimento esparso de pelos longos, ligeiramente pigmentados 
• P3: Pelos mais escuros, espessos e cacheados 
• P4: Pelos com características adultas, mas área menor 
• P5: Pelos adultos em quantidade e distribuição 
 
 
 
Hipótese 3 — Correta. 
 
O aumento da testosterona testicular (via LH), junto com ações do FSH nas 
células de Sertoli e a modulação hipotalâmica por kisspeptina/NKB, dirige o 
desenvolvimento puberal masculino e suas características sexuais secundárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipótese 4 
“O bullying influencia negativamente o desenvolvimento da puberdade 
masculina”. 
(a) O que é bullying? Tipos 
O bullying é definido como um comportamento agressivo intencional, repetitivo 
e sistemático, caracterizado por um desequilíbrio de poder entre agressor e 
vítima. Este fenômeno pode manifestar-se de diversas formas e contextos. 
Tipos de bullying: 
1. Bullying físico: Agressões corporais diretas como socos, chutes, 
empurrões, destruição de propriedades 
2. Bullying verbal: Insultos, apelidos depreciativos, ameaças, humilhações 
verbais 
3. Bullying relacional/social: Exclusão social, isolamento, espalhamento 
de rumores, manipulação de relacionamentos 
4. Bullying sexual: Comentários, gestos ou ações de natureza sexual não 
consensual 
5. Cyberbullying: Uso de tecnologias digitais para humilhar, ameaçar ou 
excluir socialmente 
OBS: Muitas vezes diferentes tipos de bullying coexistem. Um exemplo é a 
presença do bullying na escola que transcende o meio físico e, mesmo em casa, 
a criança segue sofrendo bullying através do meio digital. 
(b) Como o bullying influencia dimensões biológica, social, 
cultural e psicológica durante a puberdade masculina? 
A exposição ao bullying durante a puberdade pode impactar significativamente 
o desenvolvimento integral do adolescente, afetando múltiplas dimensões: 
Dimensão Biológica: O estresse crônico causado pelo bullying pode alterar o 
funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), resultando em 
elevação persistente de cortisol. Este estado de estresse pode interferir na 
função do eixo HHG, potencialmente atrasando ou alterando o desenvolvimento 
puberal. O estresse crônico também pode afetar o crescimento físico, a 
qualidade do sono e a função imunológica. 
Dimensão Psicológica: O bullying está associado a maior incidência de 
transtornos mentais na adolescência, incluindo depressão, ansiedade, baixa 
autoestima e ideação suicida. Durante a puberdade, período já caracterizado por 
vulnerabilidade emocional devido às mudanças hormonais, a exposição ao 
bullying pode exacerbar problemas psicológicos e prejudicar o desenvolvimento 
da identidade pessoal e sexual. 
Dimensão Social: As experiências de bullying podem resultar em isolamento 
social, dificuldades de relacionamento interpessoal e problemas na formação de 
vínculos afetivos. Durante a puberdade, quando as relações sociais e o 
desenvolvimento da identidade social são cruciais, o bullying pode comprometer 
a capacidade de estabelecer relacionamentos saudáveis e desenvolver 
habilidades sociais adequadas. 
Dimensão Cultural: O bullying pode reforçar estereótipos de gênero prejudiciais 
e perpetuar normas sociais tóxicas sobre masculinidade. Adolescentes vítimas 
de bullying podem internalizar mensagens negativas sobre sua identidade 
masculina, afetando seu desenvolvimento cultural e sua percepção sobre papéis 
de gênero na sociedade. 
 
 
 
 
 
Hipótese 4 — Correta, mas será? 
É correto que o bullying tem impactos negativos nas 
dimensões psicológica, social e de saúde durante a puberdade. Quanto 
a “influenciar o desenvolvimento da puberdade” no 
sentido biológico/temporal (início/ritmo): as evidências 
em meninos são inconsistentes; há mais robustez para o papel do timing 
puberal na vitimização do que o inverso, e os efeitos biológicos diretos sobre 
o início da puberdade masculina não são conclusivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipótese 5 
“A orientação e o acompanhamento durante a puberdade masculina são 
importantes para evitar ISTs e gravidez indesejada”. 
(a) Quais ISTs são mais prevalentes durante a puberdade? 
Durante a adolescência e puberdade, ocorre um aumento da vulnerabilidade 
às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) devido a 
fatores biológicos, comportamentais e sociais: 
• Biológicos: o sistema imunológico ainda está em maturação; a mucosa 
genital (sobretudo feminina) é mais suscetível, mas no caso dos meninos, 
o início precoce da vida sexual pode expô-los antes da consolidação de 
hábitos de autocuidado. 
• Comportamentais: início da atividade sexual muitas vezes ocorre sem o 
uso consistente de preservativo, associado a curiosidade, pressão de 
pares e falta de informação adequada. 
• Sociais/culturais: desigualdades de gênero, acesso limitado a serviços 
de saúde amigáveis ao adolescente, estigma. 
ISTs mais prevalentes nesse grupo etário (OMS, CDC, Ministério da Saúde 
Brasil): 
• Infecção por HPV (Papilomavírus humano): uma das mais comuns, 
associada a condilomas e risco futuro de câncer. A vacinação antes do 
início da vida sexual é a forma mais eficaz de prevenção. 
• Infecção por Chlamydia trachomatis: mais prevalente em adolescentes 
e adultos jovens; frequentemente assintomática em meninos, mas 
transmissível. 
• Gonorreia (Neisseria gonorrhoeae): prevalência significativa nessa 
faixa etária,podendo gerar uretrite em meninos. 
• Sífilis (Treponema pallidum): aumento de casos em adolescentes, 
inclusive no Brasil, com repercussões graves se não tratada. 
• HIV/Aids: a transmissão em adolescentes continua relevante, sobretudo 
por relações desprotegidas e falta de acesso a métodos de prevenção 
combinada (preservativos, PrEP em grupos de risco). 
• Herpes genital (HSV-2): bastante prevalente em jovens adultos, mas 
pode iniciar-se na adolescência. 
Em resumo: HPV, clamídia, gonorreia, sífilis e HIV são as ISTs mais 
relevantes para meninos em puberdade e início da adolescência sexual. 
(b) Como a orientação durante a puberdade é realizada? 
Quem é responsável? 
Orientação e acompanhamento durante a puberdade devem ocorrer de 
forma multidisciplinar, contínua e adaptada ao nível de desenvolvimento 
cognitivo e social do adolescente. 
1. Conteúdos principais: 
• Educação sexual abrangente: baseada em evidências, inclui anatomia, 
fisiologia, prevenção de ISTs/HIV, métodos contraceptivos, 
consentimento, respeito às diversidades e relações saudáveis. 
• Prevenção combinada de ISTs: uso de preservativos masculinos e 
femininos, vacinação (HPV, hepatite B), aconselhamento sobre práticas 
seguras. 
• Prevenção da gravidez não planejada: explicação sobre métodos 
contraceptivos (camisinha, anticoncepcionais, DIU em alguns contextos), 
além de ressaltar a importância da responsabilidade compartilhada. 
2. Quem é responsável pela orientação: 
• Família/pais ou cuidadores: principais mediadores da construção de 
valores, comunicação precoce sobre sexualidade é protetiva contra riscos 
futuros. 
• Escola: por meio de educação sexual formal e programas de saúde 
escolar; UNESCO recomenda programas de Educação Sexual 
Abrangente (ESA). 
• Profissionais de saúde: pediatras, médicos de família, enfermeiros e 
psicólogos — responsáveis por acompanhamento clínico, vacinação, 
diagnóstico/tratamento de ISTs e aconselhamento individual. A atenção 
primária à saúde é porta de entrada essencial. 
• Políticas públicas/governos: formulação de diretrizes, campanhas de 
vacinação e prevenção, garantia de acesso a insumos de saúde sexual e 
reprodutiva. 
3. Estratégias eficazes: 
• Aconselhamento individualizado e confidencial. 
• Serviços de saúde amigáveis ao adolescente (horários flexíveis, 
respeito à privacidade). 
• Parcerias entre escola e saúde para integração de informações. 
• Promoção de habilidades de vida (negociação, autoestima, tomada de 
decisão). 
 
Hipótese 5 — Correta. 
A literatura mostra que a puberdade e adolescência são períodos de maior 
vulnerabilidade a ISTs e à gravidez não planejada. A orientação precoce e 
contínua, realizada por família, escola, profissionais de saúde e políticas 
públicas, reduz significativamente o risco de comportamentos sexuais de 
risco e favorece decisões seguras. Portanto, a hipótese está validada: a 
orientação e o acompanhamento durante a puberdade masculina são 
fundamentais para a saúde sexual e reprodutiva. 
 
 
 
 
 
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