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Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Filosofias de Produção Evolução Histórica Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Filosofia de produção... • Filosofia (dic. Michaellis): Estudo geral sobre a natureza de todas as coisas e suas relações entre si; os valores, o sentido, os fatos e princípios gerais da existência, bem como a conduta e destino do homem. • Princípios Gerais; • Conjunto de ferramentas; • Forma/encadeamento/relação; • Lógica aceita e difundida; • Século XIX começou a ser formalizada Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Evolução Histórica da Gestão da Produção: Produção Artesanal Produção em Massa Produção Enxuta Mudanças conceituais Mudanças conceituais Década de 70 Final do século XIX Filosofias de Produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Produção artesanal – Artesão • Mestre na construção de um produto em todos os seus detalhes • Principal forma de pagamento: escambo – Produto • Sob-medida • Atendia exatamente as necessidades do cliente Evolução Histórica da Gestão da Produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Produção em Massa – Avanços tecnológicos • Revolução Industrial • Máquina a vapor • Peças intercambiáveis • Administração científica (Taylor) • Economias de escala (volume = baixo custo) • Verticalização (Ford) Evolução Histórica da Gestão da Produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Produção em massa: Taylorismo • Taylorismo • Contraposição à produção artesanal – “Administração Científica”: • substituir os métodos empíricos e improvisados (rule-of-thumb method) por métodos científicos e testados (planejamento); • selecionar os trabalhadores para suas melhores aptidões e treiná-los para cada cargo (seleção ou preparo); • supervisionar se o trabalho está sendo executado como foi estabelecido (controle); • disciplinar o trabalho (execução) • Transferência à gerência da concepção do trabalho - pressupõe a existência de “The one best way Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Produção em massa: Taylorismo • Taylorismo • Contraposição à produção artesanal – “Administração Científica”: • substituir os métodos empíricos e improvisados (rule-of-thumb method) por métodos científicos e testados (planejamento); • selecionar os trabalhadores para suas melhores aptidões e treiná-los para cada cargo (seleção ou preparo); • supervisionar se o trabalho está sendo executado como foi estabelecido (controle); • disciplinar o trabalho (execução) • Transferência à gerência da concepção do trabalho - pressupõe a existência de “The one best way Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Taylorismo • O melhor caminho • Identificação da maneira de execução mais econômica, através de estudos de tempos e movimentos; • Planejamento da execução e prescrição das atividades; • Controle da produtividade pela gerência; • Gilbreth, reduziu de 18 para 5 o número de movimentos do operário na execução de alvenaria. Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Taylorismo: princípios • Padronização • Especialização: – Diferentes operações – Funções gerenciais x operacionais • Reducionismo: – quebrar o todo em pequenas partes para facilitar a gestão Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Taylorismo: estrutura funcional Chefe 1 Chefe 2.3Chefe 2.1 Etc. Chefe 2.2 Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Henry Ford – “Pai da Produção em Massa” – Modelo A – “Qualquer cor desde que preta” Fordismo Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Fordismo: ambiente • Potencial de ampliação do mercado nos EUA • Inovações tecnológicas: mecanização • Grande contingente de mão de obra disponível • Paradigma da produção em massa: custos mais baixos, grande padronização Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Fordismo: elementos fundamentais • Intercambiabilidade • Simplificação das tarefas • Postos fixos de trabalho • Máquina impõe o ritmo da produção • Divisão exacerbada do trabalho • Controle centralizado • Criação de estoques isoladores • Criação da “Linha de montagem” Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Ignora as necessidades dos trabalhadores; – Contextos sociais - Exploração da mão-de-obra; • Falta de continuidade dos “estudos científicos”: – Sobrecarga física de trabalho; • Obsessão pela atividade de conversão • Falta de flexibilidade de saída; • Estoques escondem os erros; • Falta de ambiente para melhoria Críticas à produção em massa Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Críticas à produção em massa Vídeo Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Originou-se no Japão nos anos 50, mas passou a ficar conhecido nos anos 70 • Grande desempenho: – Qualidade do produto – Eficiência – Velocidade de inovação • Nasceu através de um longo processo de tentativa e erro • Passou a ser estudado e disseminado por outras indústrias Lean Production – Produção enxuta Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Adaptação da abordagem da produção em massa ao mercado japonês • Final da 2ª GGM • Recursos escassos • Consumidores com pouco dinheiro • Desafio: aperfeiçoar os processo para que se igualasse à produtividade das empresas americanas Lean Production – Produção enxuta Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • TQM - Total Quality Control • JIT - Just in Time Lean Production – pilares básicos Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Total quality control (TQC) • Melhoria contínua • Foco no cliente • Ênfase na prevenção • Engajamento de todos • Padronização de processos • etc. Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Just in time • Somente no tempo certo • Redução ou eliminação dos estoques Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Just in time x Just in case • Vídeo Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Just in time: estoques escondem perdas Refugo Quebra de máquinaOperadores despreparados Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Just in time: estoques escondem perdas Refugo Quebra de máquinaOperadores despreparados Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Produção empurrada Cliente Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Redução ou eliminação dos estoques • Produção “puxada”, a partir de demanda do mercado Cliente Just in time Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Outro modismo? TQC/TQM Learning Organisation Agile production ? Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho JapãoOcidente Cópia ??? Transferência Implementação Abstração (Lillrank, 1995) Possibilidade de transferência de conhecimentos sobre gestão Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Modelo Convencional x Produção Enxuta Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Construir uma edificação Estrutura Alvenaria Operações: 1) Aplicar argamassa 2) Posicionar bloco 3) Aplicar argamassa entre os blocos4) ... Omodelo convencional de produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Processo de produção é a conversão de um input em output • Processos podem ser divididos em sub-processos (de conversão) • Custo total é a soma dos custos dos sub-processos (de conversão) • Valor do output está associado aos custos (ou valor) dos inputs O modelo convencional de produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Item Unidade Quantidade 4. Estrutura de concreto 4.1. Pilares m3 24 4.2. Vigas m3 54 4.3. Lajes m3 82 5. Alvenaria 5.1. Alvenaria 25 m2 240 5.2. Alvenaria 15 m2 112 Orçamentos no modelo convencional de produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Ignora os fluxos físicos entre as conversões • Maior parte dos custos estão nestes fluxos • Foco na melhoria da conversão pode deteriorar eficiência das atividades de fluxo • Especificações podem ser imperfeitas: pode-se produzir com grande eficiência produtos inadequados Crítica ao modelo convencional de produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho auxiliar 34% produtivo 19% improdutivo 47% Equipe de alvenaria Distribuição dos tempos da mão de obra Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho 0 2 4 6 8 10 12 14 16 (%) PRODUTIVO espalhar massa IMPRODUTIVO deslocamento AUXILIAR limpeza a t i v i d a d e Equipe de alvenaria Distribuição dos tempos da mão de obra Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Obra B Custo total nas operações Movimento 8,2% Transporte 10,7% Administração 1,8% Folgas especiais por falta de material 1,9% Estocagem 0,4% Setup 3,5% Outras folgas 11,0% Processamento auxiliar 8,9% Inspeção 19,4% Processamento efetivo 34,2% Processamento efetivo 22,1% Inspeção 16,7% Processamento auxiliar 9,4% Outras folgas 9,1% Setup 9,4% Estocagem 2,2% Transporte 13,7% Folgas especiais por falta de material 2,1% Administração 6,5% Movimento 8,9% Alvenaria: dois estudos de caso Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Produção é um fluxo de materiais e/ou informações das matérias primas até o produto final Estoque Transporte processamento (conversão) Inspeção F C FF Rejeito Retrabalho Produção como um fluxo (Koskela – 1992) Nova Filosofia de produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Melhoria de processo pode ser alcançada através de: – Aumento de eficiência de atividades de fluxo e de conversão – Eliminação de atividades de fluxo Estoque Transporte processamento (conversão) Inspeção F C FF Rejeito Retrabalho Nova Filosofia de produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Blocos Cimento Areia Cal 1 2 3 7 4 1 2 2 2 1 1 3 3 3 4 4 4 1 2 4 1 Argamassa Alvenaria 6 5 3 Produção como uma rede de processo e operações Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho M a p e a m e n t o d e p r o c e s s o s : a l v e n a r i a Areia Cimento Bloco cerâmico B descarregamento do caminhão Inspeção do número de sacos (A) descarregamento manual do B caminhão C Estoque na baia Espera no carrinho-de-mãoDescarregamento manual do caminhão (B)D transporte para betoneira Estoque definitivo (C) Transporte até o estoque definitivo Transporte manual até a betoneira (D) Estoque C Transporte p/ carrinho Argamassa pronta Espera no carrinho transporte até o guincho Descarregamento no chão Espera no guincho D Espera no chão Transporte vertical Transporte c/ pá p/ carrinho Espera no guincho Espera no carrinho Transporte até o posto D Transporte no carrinho até o guincho Espera no carrinho Espera no guincho Transporte para estoque no posto Transporte vertical Estoque no posto E Transporte no carrinho até a masseira Transporte até a aplicação Espera no carrinho Transporte a pá para masseira E Estoque na masseira Transporte até a aplicação Número de atividades Distribuição (%) Operação 2 5,55 Inspeção 1 2,78 Assentamento da alvenaria Transporte 19 52,78 Estoque 14 38,89 Total 36 100 Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique CoelhoMapeamento de processos: elevadores Parte superior cabina Tempo de execução Portas Suportes de guias Calhas e fiação Botoeiras e indicadores Pré-marcos Cabos de aço e manobra Longarinas Base da cabina Pesos Estrutura contrapeso Quadro de comando Máquina Guias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 8 12 6 7 1 2 3 4 1 2 3 4 13 6 5 Atividades 1...n Placas de parada Calhas e fiação Painéis de cabine Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Fornecedor Cliente Produtos Requisitos Processo como gerador de valor Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • O valor é gerado no projeto através do atendimento das necessidades do cliente. benefícios percebidos sacrifícios percebidos – Benefícios: desempenho do produto para o uso previsto, status, imagem, prestígio, exclusividade e respeito (poder aquisitivo e posição social). – Sacrifícios: preço de aquisição, custos de transporte, taxas, custos de manutenção e operação. Valor percebido = Conceito de valor Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Construtora C l i e n t e s Cimenteira Siderurgica Madeira Cerâmica Loja Mat. Construção Tintas Investidor Usuário F o r n e c e d o r e s Pedra Acabamentos Projetistas Cadeia de Valor Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Perda de valor Definição do empreendimento Projeto Produção Requisitos não capturados Requisitos capturados Entrega do produto Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Origem da Nova Filosofia • Toyota (1940-1950) – Necessidade de processos rápidos e flexíveis que dessem aos clientes o que eles desejavam, quando o desejavam, como máximo de qualidade e com um custo interessante Mesmas condições que as empresas enfrentam hoje Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Toyota (Japão, anos 50) • Necessidade de fabricar uma variedade de veículos na mesma linha de montagem • Flexibilidade • Redução do lead time + flexibilidade – Melhor qualidade – Melhor resposta aos clientes – Melhor produtividade – Melhor utilização do equipamentos e espaço Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Toyota (Japão, anos 50) Vídeo Toyota History Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Sistema Toyota de Produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho “A Casa da Toyota” • As bases do Sistema Enxuto são a estabilidade e a padronização • As paredes são a entrega de peças e produtos just-in-time e jidoka (autonomação) Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho “ACasa da Toyota” • O telhado, a meta do sistema, é o foco no cliente – Entregar a mais alta qualidade para o cliente, ao mais baixo custo, no lead timemais curto • O coração do sistema é o envolvimento – Membros de equipe flexíveis e motivados – Procura constante de uma forma melhor de fazer as coisas Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho a UDA a URA a URI Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho MUDA Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho DESPERDÍCIO Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Muda • Muda significa desperdício, ou qualquer atividade que o cliente não está disposto a pagar • É o oposto de valor (o que o cliente está disposto a pagar Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Atividades que Compõem os Processos de Produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Movimento • Relaciona-se tanto a movimentos humanos como mecânicos –Movimento humano: relacionado à ergonomia do local de trabalho –Movimento mecânico: quando a peça e a máquina que a processa estão longe uma da outra Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Espera • Quando um trabalhador precisa esperar para: – que o material seja entregue – que uma parada na linha seja resolvida – que uma máquina processe uma peça • Quando há excesso de produtos em processo devido a: – grandes lotes – problemas no equipamento linha abaixo – defeitos que exigem retrabalho Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Espera • Espera aumenta o lead time – tempo entre o momento em que o cliente faz o pedido e o momento em que ele o recebe Lead time = tempo de processamento + tempo de retenção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Transporte • Inclui o desperdício causado – pelo leiaute ineficiente no local de trabalho – pela produção tradicional de lotes • quando grandes lotes precisam ser transportados de um processo para outro • Produzir lotes menores e colocar os processos mais próximos uns dos outros pode reduzir o desperdício Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Estoque • Está relacionado à manutenção de matéria- prima, peças e trabalho em progresso desnecessariamente • Resultam: – do fluxo reprimido em uma fábrica – da falta de ligação entre a produção e o ritmo do mercado (puxar) Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Estoques • Os estoques como uma fonte de turbulência Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Excesso de Produção • Significa produzir coisas que não serão vendidas • Há uma série de custos relacionados ao excesso de produção: – manutenção de grandes depósitos – mais trabalhadores e máquinas – mais peças e materiais – mais equipamentos de transporte – problemas escondidos Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • A produção em excesso está na origem de outros tipos de desperdícios: – processamento desnecessário: trabalhadores ocupados produzindo coisas que ninguém quer – espera: relacionada a grandes lotes – transporte: produtos finais desnecessários precisam ser levados aos depósitos – retrabalho: a detecção precoce de defeitos é mais difícil com grandes lotes – estoque: produção em excesso cria matérias-primas, peças e trabalho em progresso desnecessários Excesso de Produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Produzir mais do que o cliente quer em termos de especificações ou desempenho • Produzir antes do que o cliente deseja Excesso de Processamento Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho MURA Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho IRREGULARIDADE Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Mura • Mura refere-se à falta de regularidade ou flutuação no trabalho – Ex.: linha de produção que estivesse produzindo modelos complexos em um dos turnos e modelos simples em outro Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Mura • Nivelamento é a solução para eliminar a irregularidade – Heijunka Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho MURI Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho DIFÍCIL DE FAZER Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Muri • Mura refere-se à tudo o que é difícil de fazer • Pode ser causado por: – variações na produção – mau projeto de funções ou de ergonomia – mau ajuste de peças – ferramentas ou gabaritos inadequados Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho MUDA x MURA x MURI Carga = 6.000 Kg Capacidade = 2.000 Kg Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Qual é a melhor forma de mover uma carga de 6.000 kg com uma empilhadeira com capacidade para 2.000 kg? Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho MUDA x MURA x MURI Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Muda (desperdício) – 6 viagens de 1.000 MUDA x MURA x MURI Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Muda (desperdício) – 6 viagens de 1.000 • Mura (irregularidade) – 2 viagens de 2.000 kg – 2 viagens de 1.000 kg MUDA x MURA x MURI Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Muda (desperdício) – 6 viagens de 1.000 • Mura (irregularidade) – 2 viagens de 2.000 kg – 2 viagens de 1.000 kg • Muri (difícil de fazer) – 2 viagens de 3.000 kg MUDA x MURA x MURI Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Muda (desperdício) – 6 viagens de 1.000 • Mura (irregularidade) – 2 viagens de 2.000 kg – 2 viagens de 1.000 kg • Muri (difícil de fazer) – 2 viagens de 3.000 kg • Melhor – 3 viagens de 2.000 kg MUDA x MURA x MURI Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Mecanismo da Função Produção (Shingo, 1996) “Produção é uma rede de processos e operações” • Um processo - transformação de matéria- prima em produto acabado – Efetivado através de uma serie de operações Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Melhoria dos Sistemas Produtivos • Baseado nas operações • Baseado nos processos Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Melhoria das Operações • Taylor: – Alta produtividade – Baixos custos – Altos salários • Divisão do trabalho (Taylor) • Linha de montagem (Ford) • Especialização das tarefas gerenciais Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Melhoria das Operações • Melhoria dos métodos de trabalho • Conceito de produtividade (eficiência) = peças/hora • Altos estoques Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Melhoria dos Processos • Kanban • Troca rápida de ferramentas • Poka-yoke • Operação-padrão • Fluxo unitário de peças • Autonomação (separação homem/máquina) • Engenharia de valor/análise de valor • Etc. Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Algumas Práticas/Ferramentas da Produção Enxuta Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Gerenciamento Visual/Transparência • Criar um local de trabalho: – auto-explicativo – auto-organizativo – auto-melhorável • Em um ambiente visual,a situação que está fora do padrão fica imediatamente evidenciada Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Sistemas Visuais • Conjunto de dispositivos visuais feitos para compartilhar informações em uma só olhada – indicador visual: apenas comunica (placa de trânsito) – sinal visual: chama a atenção (sinaleira) – controle visual: põe limites em comportamentos (linha demarcatória de estacionamento) – garantia: permite apenas uma resposta correta (interrupção automática do fluxo de gasolina na bomba) Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Andon Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Transparência http://gerenciamentovisual.blogspot.com/ Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Transparência Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Transparência Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Transparência Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Trabalho Padronizado • É o jeito mais seguro, fácil e eficaz de fazer o trabalho hoje em dia • É a base dos Sistemas de Qualidade Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Benefícios do Trabalho Padronizado • Estabilidade de processos (possibilidade de repetição) • Pontos de ínicio e parada claros para cada processo • Aprendizagem organizacional (se um funcionário experient sai, não se perde seu conhecimento) • Solução de problemas • Envolvimento do funcionário e poka-yoke • Kaizen (melhoria) • Treinamento Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Seqüência de Trabalho • Define a ordem em que o trabalho é feito em um processo • Deve-se definir a melhor forma de fazer cada ação de trabalho e a seqüência apropriada – a postura certa – como as mãos e os pés devem se mover – como as ferramentas devem ser seguradas – conhecimento acumulado quanto aos pequenos segredos do trabalho – qualidade crítica e itens de segurança Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Estoque em Processo • É a quantidade mínima de peças incompletas necessárias para que o operador complete o processo sem ficar parado na frente de uma máquina Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Produção Just-in-Time (JIT) • Significa produzir o item necessário na hora necessária na quantidade necessária • Qualquer outra coisa acarreta MUDA Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Por que JIT? • Fabricantes convencionais “empurram” o produto pelo sistema independentemente da demanda real • Um cronograma mestre é elaborado baseado na demanda projetada • Pedidos diários são passados a cada departamento • Os tempos de setup são longos, lotes grandes são comuns Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Por que JIT? • Manter o controle dos níveis reais de estoque é difícil • Falta de peças não é incomum e estoques just- in-case (só para estar seguro) são mantidos como prevenção • São necessárias instalações maiores para acomodar os estoques e mais equipamentos de transporte e pessoal Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Fluxo Contínuo • Fluxo contínuo significa a produção de uma peça de cada vez ao longo de um processo, sem estoque de material entre os recursos • O fluxo contínuo é considerado a maneira mais eficiente de se produzir Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho (Rother; Shook, 2003) Fluxo Interrompido Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho (Rother; Shook, 2003) Fluxo Contínuo Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Layout Celular Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Fluxo e Muda • Muda é geralmente sinal de que existem obstáculos ao fluxo – Estoque de material em processo na frente de uma operação pode significar problemas com: • tempo de setup • disponibilidade de máquinas • qualidade Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Puxar • Significa que ninguém fluxo acima deve produzir bens sem que o cliente fluxo abaixo tenha feito o pedido • Em um sistema puxado, o cliente retira uma quantidade de produto e a lacuna criada é então preenchida pela produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Puxar • Os sistemas puxados controlam o trabalho em progresso • Há um limite superior de trabalho em progresso em um sistema de produção determinado pelo número de kanbans Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Desta forma: – Há redução do tempo de ciclo – Há redução de despesa com a operação – Há melhoria da qualidade – Há melhoria na ergonomia – Há melhoria na segurança Puxar Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Produção Puxada • Sistemas puxados podem também ser definidos a partir do fluxo de informação no sistema – Sistemas puxados são aqueles em que o fluxo de informação tem direção oposta ao fluxo de material na produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Produção Puxada • Sistemas puxados podem também ser definidos a partir do fluxo de informação no sistema – Sistemas puxados são aqueles em que o fluxo de informação tem direção oposta ao fluxo de material na produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Produção Puxada • Sistemas puxados podem também ser definidos a partir do fluxo de informação no sistema – Sistemas puxados são aqueles em que o fluxo de informação tem direção oposta ao fluxo de material na produção – Sistemas empurrados são aqueles em que o fluxo de informação tem a mesma direção do fluxo de material na produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Kanban • É uma autorização para produzir ou parar • É uma ferramenta visual, geralmente representada por um cartão • Pode conter outras informações: – o fornecedor da peça ou produto – o cliente – onde o item deve ser armazenado – como deve ser transportado (tamanho da caixa e o método de transporte) Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Outras Formas de Kanban • Um espaço vazio dentro de uma área de produção • Uma linha em uma prateleira • Uma caixa de peças vazia com espaço para um número específico de peças • Um sinal eletrônico • Um espaço em um carrinho de peças • Uma bola de ping-pong Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Kanban Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Kanban Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Kanban Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Kanban Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Kanban Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Kanban Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Supermercado • As peças são colocadas em um supermercado • É neste supermercado que os clientes vêm “comprar” peças • Um supermercado é um estoque controlado de peças usado para programar um processo fluxo acima através de um kanban Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • A situação ideal é NÃO ter um supermercado e praticar a produção de lote unitário • Porém isto não pode ser possível: – desencontros de tempos de ciclo – distância – instabilidade de processo ou lead time longo Supermercado Gerenciamento da Construção Civil Prof. HenriqueCoelho Efeitos da Variabilidade na Produção Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Variabilidade • Estoques protegem a produção dos efeitos da variabilidade MAS O PROBLEMA NÃO É DOS ESTOQUES, MAS SIM DA VARIABILIDADE!! Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Variabilidade Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Variabilidade • É a variação no fluxo de produção. • Dois tipos de variação: – Controlável, resultado de decisões – Aleatória, fora do controle (quebra de uma máquina) Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Variabilidade de Tempo de Processo – Natural – Oriunda de quebras – Oriunda de preparação – Oriunda do retrabalho • Variabilidade de Fluxo – Processos variáveis (filas, estoques em processo) – Tamanho dos lotes de transferência e produção Variabilidade Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Gera: – Incerteza na duração das atividades – Volume de atividades que não agregam valor – Aumento do tempo de ciclo – Perdas no processo – Pouca confiabilidade sobre o produto – Riscos financeiros para os agentes envolvidos • A variabilidade aumenta o lead time Variabilidade Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Redução da Variabilidade • A redução da variabilidade poder ser considerada como uma meta intrínseca ao fluxo de produção • A abordagem prática para redução da variabilidade consiste em encontrar e eliminar as causas-raiz Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Jogo da Variabilidade • Objetivo: mostrar os efeitos da variabilidade nos processos produtivos • Regras do jogo: – Formar grupos com o mesmo número de jogadores (linhas de produção) – Cada jogador representa um operador na linha – Cada operador processa uma certa quantidade de produtos – Esta quantidade de produtos é definida pela jogada do(s) dado(s) Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Regras do jogo: – Os dados representam a taxa de produção (variável) • Operadores com 1 dado apresentam menor variabilidade • Operadores com 2 dados apresentam maior variabilidade – Jogadores com 1 dado ignoram o valor 1 (joga novamente) – Jogadores com 2 dados ignoram os valores 2 e 3 (joga novamente) Jogo da Variabilidade Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho Número de Dados Produção Diária Mínima Média Máxima 2 4 6 4 8 12 Jogo da Variabilidade Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Cada dia de produção é representado por uma jogada do(s) dado(s) • A cada rodada, o operador registra: – Qual a produção possível (jogada dos dados) – Qual a produção real (quantidade passada adiante) • Serão simulados 20 dias de produção (20 rodadas) – Cada nova rodada só dever ser feita quando todos os operadores já tiverem completado seu dia de trabalho Jogo da Variabilidade Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Dois cenários: – Cenário 1: estoques isoladores entre os processos – Cenário 2: estoques não presentes • Como vão se comportar as linhas de produção nos dois cenários? Jogo da Variabilidade Gerenciamento da Construção Civil Prof. Henrique Coelho • Avaliação do jogo Jogo da Variabilidade
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