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Resumo Fundamentos Epistêmicos da Psicologia

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A universalidade da razão foi o pressuposto racionalista que sofreu críticas duras do movimento empirista. A questão da aquisição da verdade é um problema desde os primórdios da filosofia e um problema central é se possuímos todo o conhecimento em nossa alma desde a nossa concepção (embora latente) e precisa haver um esforço racional para adquiri este conhecimento de fato. O empirismo afirma que a alma não tem conhecimento algum quando a pessoa nasce; todo conhecimento é adquirido pela experiência e com a prática racional. O Inatismo, pos sua vez, defende que o conhecimento adquirido é resultado da reflexão racional das verdades que estão desde sempre em nossa alma. Segundo a corrente filosófica do Racionalismo, sinônimo de Inatismo, a razão leva ao conhecimento decorrente de princípios a priori evidentes e irrecusáveis. Opostamente a ideia de nossa mente como Folha em Branco ou Tábua rasa o Inatismo defende que tudo está inscrito e que a experiência fará recordar.
O encontro informal entre filósofos e cientistas realizado no período de 1922 a 1936 resultando na proposição de diversas teorias ficou conhecido como circulo de Viena. 
Immanuel Kant nasceu na Alemanha em 1724. Seu pensamento representa um esforço em avaliar os alcances da razão humana. Segundo Kant ANTINOMIA são o onfronto entre duas afirmações contraditórias. A razão coloca-se diante de questões das quais se vê forçada a admitir, com igual intensidade, uma tese e uma antítese .
O questionamento de Kant em relação ao objeto de estudo da filosofia ficou conhecido como Revolução Copernicana na Filosofia. As questões colocadas por Kant envolveram o questionamento sobre a realidade como ponto de partida para a filosofia. "A revolução Copernicana do Conhecimento" consistiu na inversão da relação entre sujeito e objeto do conhecimento. Não é o sujeito que deve girar em torno do objeto, mas o objeto que deve girar em torno do sujeito.
Kant pretendia aplicar o pensamento de Newton sobre a física para fundamentar o conhecimento metafísico. Entende-se por metafísica o campo filosófico que estuda a essência do mundo, o que é ou não real e a natureza das coisas.
De acordo com Kant, o engano dos inatista foi supor que os conteúdos ou a matéria do conhecimento são inatos, quando o que é inato é a estrutura da razão. Kant propõe uma solução para o conflito Empirismo e Inatismo. A partir do conceito de filosofia transcendental, Kant, passa à análise das condições de possibilidade do conhecimento. 
Em seus estudos, Kant retoma a distinção entre juízos analíticos e juízos sintéticos. Os analíticos são de caráter lógico, não produzem conhecimento e são a priori. Os juízos sintéticos são a posteriori, dependem da experiência e constituem uma ampliação do nosso conhecimento.
Uma doutrina é idealista quando “concebe que o sujeito tem um papel mais determinante que o objeto no processo de conhecimento. Em consequência, tudo o que o sujeito conhece com certeza são suas idéias, suas representações do mundo, sua consciência” . Hegel foi um dos filósofos a dar sua contribuição ao idealismo e sua obra é considerada “a última grande tentativa para fazer do pensamento o refúgio da razão e da liberdade”. Hegel pensava a realidade como um processo, como movimento, que caracteriza os momentos pelos quais determinada realidade se apresenta. Esse processo é denominado movimento dialético.
Por sua vez a fenomenologia é uma disciplina da filosofia que estuda os objetos e as estruturas da consciência pura e transcendental. Entre as contribuições da fenomenologia de Husserl encontramos a prioridade à consciência reflexiva. Consciência segundo Husserl é uma coisa entre as coisas, não é um fato observável, nem é como imaginava a metafísica, uma substância pensante ou uma alma, entidade espiritual. A consciência é uma pura atividade, o ato de constituir essências ou significações, dando sentido ao mundo das coisas.
Segundo Leibniz, as Verdades de Fato, advinda de nossa experiência, poderão ser consideradas Verdades de Razão, verdades de nossa razão. As verdades de fato são verdades porque para elas funciona o princípio de razão suficiente, segundo o qual tudo o que existe, tudo o que percebemos e tudo aquilo de que temos experiência possui uma causa determinada e essa causa pode ser conhecida. Pelo princípio da razão suficiente (pelo conhecimento das causas) todas as verdades de fato poderão, em certas condições, tornar-se, um dia, verdades necessárias e serem consideradas verdades de razão, ainda que para conhecê-las dependamos da experiência, podemos desenvolver procedimentos pelos quais descobrimos que a experiência está oferecendo relações causais necessárias entre as coisas.
No século XIX os avanços tecnológicos e a industrialização começaram a gerar conflitos sociais. A revolução Francesa é considerada um marco da época contemporânea. "A Revolução Francesa também trouxe à cena, além dos anseios próprios das burguesias, as aspirações dos trabalhadores urbanos e do campesinato. Essas aspirações iriam gerar, em seus desdobramentos, as lutas e correntes socialistas do século XIX" . Diante desses desafios surgem propostas para os dilemas humanos, como o Romantismo - movimento cultural que envolveu a arte e filosofia, repudiando o excesso de razão.
Os estudos epistêmicos da Psicologia tem um objetivo claro e ao mesmo tempo polêmico para o curso de Psicologia. A epistemologia é um conceito filosófico e, por isto, importante enquanto análise crítica das teorias psicológicas para os estudantes de Psicologia. A epistemologia é uma das atividades da filosofia que consiste em estudar as ciências quanto aos seus pressupostos básicos, quais as suas características e quais os méritos e quais as lacunas apresenta.
A Epistemologia histórica é associada ao nome de Bachelard. Para Bachelard, o "novo espírito científico" encontra-se em descontinuidade, em ruptura com o senso comum, o que significa uma distinção, nesta nova ciência, entre o universo em que se localizam as opiniões, os preconceitos. Enfim, o senso comum e o universo das ciências, são algo imperceptíveis nas ciências anteriores, baseadas em boa medida nos limites do empirismo, em que a ciência representava uma continuidade, em termos epistemológicos, com o senso comum. A "ruptura epistemológica" entre a ciência contemporânea e o senso comum é uma das marcas da teoria bachelardiana. O espírito científico é essencialmente uma retificação do saber, um alargamento dos quadros do conhecimento. Julga o seu passado condenando-o. A sua estrutura é a consciência dos seus erros históricos. Cientificamente, pensa-se o verdadeiro como retificação histórica de um longo erro, pensa-se a experiência como retificação da ilusão comum e primeira. Bachelard lutou contra a perenidade das idéias científicas e a continuidade destas com o senso comum. A superação do empirismo, para Bachelard, se dá através do racionalismo. A postura epistemológica do novo cientista não se satisfaz com aproximações empiristas sobre os objetos, ao contrário, proclama-se no "novo espírito científico" o primado da realização sobre a realidade. As experiências já não são feitas no vazio teórico, mas são, ao invés disso, a realização teórica por excelência. O cientista aproxima-se do objeto, na nova ciência, não mais por métodos baseados nos sentidos, na experiência comum, mas aproxima-se através da teoria. Isso significa que o método científico já não é direto, imediato, mas indireto, mediado pela razão. O vetor epistemológico, segundo Bachelard, segue o percurso do "racional para o real", o que é contrário à epistemologia até então predominante na história das ciências. Uma das distinções mais importantes, pois, entre as ciências anteriores ao século XX é a superação do empirismo pelo racionalismo.

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