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BULLYING Banco do Conhecimento/ Jurisprudência/ Pesquisa Selecionada/ Direito Civil Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro 0003372-37.2005.8.19.0208 - APELACAO - 1ª Ementa DES. ADEMIR PIMENTEL - Julgamento: 02/02/2011 - DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL ESTABELECIMENTO DE ENSINO FALHA NA PRESTACAO DO SERVICO RESPONSABILIDADE OBJETIVA DANO MORAL PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. VIOLENCIA ESCOLAR. "BULLYNG". ESTABELECIMENTO DE ENSINO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. DESPROVIMENTO DOS RECURSOS. I - Palavra inglesa que significa usar o poder ou força para intimidar, excluir, implicar, humilhar, "Bullying" é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos; II - Os fatos relatados e provados fogem da normalidade e não podem ser tratados como simples desentendimentos entre alunos. III - Trata-se de relação de consumo e a responsabilidade da ré, como prestadora de serviços educacionais é objetiva, bastando a simples comprovação do nexo causal e do dano; IV - Recursos - agravo retido e apelação aos quais se nega provimento. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 02/02/2011 =================================================== 0015239-71.2007.8.19.0203 - APELACAO - 1ª Ementa DES. CARLOS EDUARDO PASSOS - Julgamento: 28/07/2010 - SEGUNDA CAMARA CIVEL RELAÇÃO DE CONSUMO. Estabelecimento de ensino. Prestação de serviço de tutela de menor. Alegação de abalos psicológicos decorrentes de violência escolar. Prática de Bullying. Ausência de comprovação do cometimento de agressões no interior do estabelecimento escolar. Adoção das providências adequadas por parte do fornecedor. Observância do dever de guarda. Falha na prestação do serviço não configurada. Fatos constitutivos do direito da autora indemonstrados. Manutenção da sentença. Recurso desprovido. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 28/07/2010 =================================================== 0008921-94.2010.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 1ª Ementa DES. CONCEICAO MOUSNIER - Julgamento: 25/11/2010 - VIGESIMA CAMARA CIVEL Indenizatória. Menor impúbere e portadora de autismo. Vítima de "Bullying" enquanto aluna da instituição de ensino, aqui agravada. Pedido indenizatório de reparação do dano moral em valor correspondente a 100 (cem) salários mínimos. Em momento algum foi requerida qualquer medida punitiva prevista no ECA. Declínio da competência da Vara da Infância e Juventude e do Idoso, em favor de uma das Vara Cíveis da Comarca da Capital. Inconformismo. Entendimento desta Relatora no sentido de prestigiar a decisão impugnada. Demanda exclusivamente indenizatória. Precedentes deste Tribunal de Justiça: 0036931-51.2010.8.19.0000, 0038151-55.2008.8.19.0000 e 0018310-74.2008.8.19.0000. Como bem ressaltado pela Ilustre Procuradora de Justiça, em seu irretocável parecer de fls.106/110, apesar da ação principal ". estar fundada em interesse individual de uma criança, amoldando-se, em tese, ao disposto no artigo 148, IV da Lei nº 8.609/90, nota-se que a demanda guarda conteúdo exclusivamente patrimonial, de reparação de dano, não se vislumbrando situação de risco, na forma do artigo 98 da mesma lei, que justifique a tramitação pelo Juízo da Infância e da Juventude." NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO RECURSO, manifestamente em confronto com a jurisprudência dominante deste Tribunal de Justiça, nos termos do artigo 557, caput do CPC. Íntegra do Acórdão em Segredo de Justiça =================================================== 0050622-06.2008.8.19.0000 (2008.002.34646) - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 2ª Ementa DES. CELSO FERREIRA FILHO - Julgamento: 02/12/2008 - DECIMA QUINTA CAMARA CIVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO contra ato do juiz que indeferiu a produção de prova pericial em vítima de assédio moral e bullying, sob o fundamento de que a mesma seria desnecessária ao deslinde do feito. Rejeição da preliminar argüida pelo agravado, vez que o descumprimento da norma do artigo 526 do Código de Processo Civil, não lhes ocasionou prejuízo. Necessidade de realização da prova pericial psicológica e estudo social por perito de confiança do juízo tendo em vista a natureza da lide. DECISÃO MONOCRÁTICA, COM FULCRO NO ARTIGO 557, §1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, DANDO PROVIMENTO AO RECURSO. Decisão Monocrática: 02/12/2008 =================================================== Tribunal de Justiça do Estado do Acre 0500015-88.2008.8.01.0013 Apelação / Indenização por Dano Moral Relator (a): Miracele de Souza Lopes Borges Órgão julgador: Câmara Cível CIVIL E PROCESSUAL CIVIL: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ASSÉDIO MORAL PRATICADO CONTRA SERVIDOR PÚBLICO POR SUPERIOR HIERÁRQUICO. PROVA NOS AUTOS. DANO COMPROVADO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO. Integra do Acórdão ==================================================================== Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios Classe do Processo : 2006 03 1 008331-2 APC - 0008331-83.2006.807.0003 (Res.65 - CNJ) DF Órgão Julgador : 2ª Turma Cível Relator : WALDIR LEÔNCIO LOPES JÚNIOR DIREITO CIVIL. INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. ABALOS PSICOLÓGICOS DECORRENTES DE VIOLÊNCIA ESCOLAR. BULLYING. OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA. SENTENÇA REFORMADA. CONDENAÇÃO DO COLÉGIO. VALOR MÓDICO ATENDENDO-SE ÀS PECULIARIDADES DO CASO. 1. CUIDA-SE DE RECURSO DE APELAÇÃO INTERPOSTO DE SENTENÇA QUE JULGOU IMPROCEDENTE PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS POR ENTENDER QUE NÃO RESTOU CONFIGURADO O NEXO CAUSAL ENTRE A CONDUTA DO COLÉGIO E EVENTUAL DANO MORAL ALEGADO PELO AUTOR. ESTE PRETENDE RECEBER INDENIZAÇÃO SOB O ARGUMENTO DE HAVER ESTUDADO NO ESTABELECIMENTO DE ENSINO EM 2005 E ALI TERIA SIDO ALVO DE VÁRIAS AGRESSÕES FÍSICAS QUE O DEIXARAM COM TRAUMAS QUE REFLETEM EM SUA CONDUTA E NA DIFICULDADE DE APRENDIZADO. 2. NA ESPÉCIE, RESTOU DEMONSTRADO NOS AUTOS QUE O RECORRENTE SOFREU AGRESSÕES FÍSICAS E VERBAIS DE ALGUNS COLEGAS DE TURMA QUE IAM MUITO ALÉM DE PEQUENOS ATRITOS ENTRE CRIANÇAS DAQUELA IDADE, NO INTERIOR DO ESTABELECIMENTO RÉU, DURANTE TODO O ANO LETIVO DE 2005. É CERTO QUE TAIS AGRESSÕES, POR SI SÓ, CONFIGURAM DANO MORAL CUJA RESPONSABILIDADE DE INDENIZAÇÃO SERIA DO COLÉGIO EM RAZÃO DE SUA RESPONSABILIDADE OBJETIVA. COM EFEITO, O COLÉGIO RÉU TOMOU ALGUMAS MEDIDAS NA TENTATIVA DE CONTORNAR A SITUAÇÃO, CONTUDO, TAIS PROVIDÊNCIAS FORAM INÓCUAS PARA SOLUCIONAR O PROBLEMA, TENDO EM VISTA QUE AS AGRESSÕES SE PERPETUARAM PELO ANO LETIVO. TALVEZ PORQUE O ESTABELECIMENTO DE ENSINO APELADO NÃO ATENTOU PARA O PAPEL DA ESCOLA COMO INSTRUMENTO DE INCLUSÃO SOCIAL, SOBRETUDO NO CASO DE CRIANÇAS TIDAS COMO "DIFERENTES". NESSE PONTO, VALE REGISTRAR QUE O INGRESSO NO MUNDO ADULTO REQUER A APROPRIAÇÃO DE CONHECIMENTOS SOCIALMENTE PRODUZIDOS. A INTERIORIZAÇÃO DE TAIS CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS VIVIDAS SE PROCESSA, PRIMEIRO, NO INTERIOR DA FAMÍLIA E DO GRUPO EM QUE ESTE INDIVÍDUO SE INSERE, E, DEPOIS, EM INSTITUIÇÕES COMO A ESCOLA. NO DIZER DE HELDER BARUFFI, "NESTE PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO OU DE INSERÇÃO DO INDIVÍDUO NA SOCIEDADE, A EDUCAÇÃO TEM PAPEL ESTRATÉGICO, PRINCIPALMENTE NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA." Íntegra do Acórdão =================================================== Classe do Processo : 2008 08 1 010067-2 APC - 0002469-48.2008.807.0008 (Res.65 - CNJ) DF Órgão Julgador : 1ª Turma Cível Relator : FLAVIO ROSTIROLA PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. LIVRE CONVENCIMENTO DO JULGADOR. BULLYING. DANO MORAL. INEXISTÊNCIA. FALTA DE PROVAS. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. ALTERAÇÃO DA VERDADE DOS FATOS. CONSTATAÇÃO. SUCUMBÊNCIA EM DENUNCIAÇÃO DA LIDE. PEDIDO DE REFORMA PARCIAL DE SENTENÇA EM CONTRARRAZÕES INADEQUAÇÃO. 1. NA HIPÓTESE EMESTUDO, A AFIRMAÇÃO DA AUTORA, ORA APELANTE, NO SENTIDO DE QUE SUA FALTA À AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO TERIA IMPLICADO A IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO NÃO TEM LUGAR. A EMINENTE JULGADORA SINGULAR CONFERIU À LIDE DESFECHO SEGUNDO SEU LIVRE CONVENCIMENTO, COM ESPEQUE NO ARTIGO 131 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, EXPONDO SUAS RAZÕES DE DECIDIR. 2. A SITUAÇÃO NARRADA PELA AUTORA DENOMINA-SE BULLYING, TERMO EM INGLÊS UTILIZADO PARA DESCREVER ATOS DE VIOLÊNCIA FÍSICA OU PSICOLÓGICA, INTENCIONAIS E REPETITIVOS, PRATICADOS POR UM OU MAIS INDIVÍDUOS, COM O INTUITO DE INTIMIDAR OUTRO, QUE, GERALMENTE, NÃO POSSUI CAPACIDADE DE DEFENDER- SE. INSULTAR VERBAL E FISICAMENTE A VÍTIMA; ESPALHAR RUMORES NEGATIVOS SOBRE ESSA; DEPRECIÁ-LA; ISOLÁ-LA SOCIALMENTE; CHANTAGEÁ- LA, ENTRE OUTRAS ATITUDES, TRADUZEM EXEMPLOS DESSA ESPÉCIE DE INTIMIDAÇÃO GRATUITA. 3. A SITUAÇÃO EXPERIMENTADA PELA VÍTIMA DO BULLYING PODE AFRONTAR A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E, EM CONSEQUÊNCIA, PODE REFLETIR VERDADEIRO DANO MORAL. 4. NA ESPÉCIE EM DESTAQUE, CONSOANTE A PROVA PRODUZIDA NOS AUTOS, NÃO SE IDENTIFICAM OS ALEGADOS DANOS MORAIS. NÃO SE PODE, PORTANTO, AFIRMAR A OCORRÊNCIA DAS ALEGAÇÕES DA AUTORA. EM OUTROS TERMOS, A DISCRIMINAÇÃO POR ORIGEM NIPÔNICA, OS CONSTRANGIMENTOS, O ASSÉDIO SEXUAL, OS XINGAMENTOS, ENTRE OUTRAS SITUAÇÕES NARRADAS PELA REQUERENTE, NÃO FORAM DEMONSTRADOS. 5. PARA QUE HAJA CONDENAÇÃO NA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ, É PRECISO QUE A CONDUTA DO "ACUSADO" SUBMETA-SE A UMA DAS HIPÓTESES DO ARTIGO 17 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. NO CASO DO INCISO II, ALTERAÇÃO DA VERDADE DOS FATOS, ENTRE OS ASPECTOS A SEREM ANALISADOS, EXAMINA-SE SE A PARTE CONFERIU FALSA VERSÃO PARA OS FATOS VERDADEIROS. NA HIPÓTESE VERTENTE, RESTOU DEMONSTRADA CONDUTA DA REQUERENTE NESSE SENTIDO. 6. NO CASO DE DENUNCIAÇÃO FACULTATIVA DA LIDE, A IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO PRINCIPAL ACARRETA AO RÉU-DENUNCIANTE A OBRIGAÇÃO DE PAGAR HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM FAVOR DO DENUNCIADO. 7. CONTRARRAZÕES DESSERVEM PARA POSTULAR REFORMA PARCIAL DE SENTENÇA. 8. DEU-SE PARCIAL PROVIMENTO AO APELO DA AUTORA, PARA TORNAR SEM EFEITO A CONDENAÇÃO EM LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. QUANTO AO RECURSO DA ESCOLA-REQUERIDA, NEGOU-SE-LHE PROVIMENTO. MANTIVERAM-SE INCÓLUMES OS DEMAIS PONTOS DA R. SENTENÇA. Decisão: CONHECER DAS APELAÇÕES, NEGAR PROVIMENTO AO APELO DA RÉ E DAR PARCIAL PROVIMENTO AO DA AUTORA, UNÂNIME. Íntegra do Acórdão =================================================== Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais Numeração Única: 0118470-07.2010.8.13.0000 Relator: Des.(a) ALMEIDA MELO Representação. Indeferimento sumário. Falta de processamento e julgamento de agravo regimental. Apuração de irregularidade. Provimento parcial ao recurso. A decisão presidencial que não conhece ou indefere sumariamente de representação deve ser revista quando se apura que existem irregularidades no processamento de recursos com uma só numeração e se verifica que um deles não foi devidamente processado e julgado. Como não há indícios de responsabilidade pessoal de membro do Tribunal, a representação deve ser processada como representação por excesso de prazo e, com aplicação analógica do art. 484, § 5º, do Regimento Interno, determinar-se a apuração da irregularidade, bem como definir-se ser caso, ou não de extravio, para que se faça o julgamento o mais rápido possível. Dá-se provimento ao agravo regimental para conhecer-se da representação e julgá-la procedente em parte. Súmula: DERAM PROVIMENTO AO AGRAVO, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR. IMPEDIDOS OS DES. CAETANO LEVI LOPES, PAULO CÉZAR DIAS, AUDEBERT DELAGE, DÁRCIO LOPARDI MENDES, JOSÉ ANTONINO BAÍA BORGES, MOREIRA DINIZ E DELMIVAL DE ALMEIDA CAMPOS. ABSTIVERAM DE VOTAR OS DES. TERESA CRISTINA DA CUNHA PEIXOTO, SELMA MARQUES E MANUEL SARAMAGO. DEU-SE POR SUSPEITO DES. VALDEZ LEITE MACHADO. Íntegra do Acórdão ================================================= Numeração Única: 0162656-30.2004.8.13.0452 Relator: Des.(a) MARCOS LINCOLN AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PERSEGUIÇÃO NO AMBIENTE DETRABALHO. RESPONSABILIDADE CIVIL CARACTERIZADA. REPARAÇÃO DEVIDA. RECURSO NÃO PROVIDO. - Faz jus à indenização por danos morais a parte que comprova ter sofrido perseguição no ambiente de trabalho, consubstanciada em tratamento hostil e limitações de seus direitos, tais como, suspensão do pagamento e impedimento de exercer suas funções. - A quantificação do dano moral obedece ao critério do arbitramento judicial, que, norteado pelos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, fixará o valor, levando-se em conta o caráter compensatório para a vítima e o punitivo para o ofensor."" Súmula: NEGARAM PROVIMENTO. Íntegra do Acórdão =================================================== Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul Número: 70041878885 Seção: CIVEL - Órgão Julgador: Sétima Câmara Cível Tipo de Processo: Agravo Decisão: Acórdão Relator: Jorge Luís Dall'Agnol AGRAVO INTERNO. DECISÃO MONOCRÁTICA. ART. 557, CAPUT, DO CPC. AÇÃO ORDINÁRIA. ACESSO À EDUCAÇÃO INFANTIL. TRANSFERÊNCIA DE ESCOLA. BULLYING. INFANTE QUE APRESENTOU PROBLEMAS PSICOLÓGICOS. MUDANÇA DE COLÉGIO NECESSÁRIA AO DESENVOLVIMENTO FÍSICO E PSÍQUICO DO MENOR. RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO PREVISTA CONSTITUCIONALMENTE. SENTENÇA MANTIDA. Agravo interno desprovido. (Agravo Nº 70041878885, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Luís Dall'Agnol, Julgado em 13/04/2011) =================================================== Número: 70038776571 Seção: CIVEL Tipo de Processo: Apelação Cível Órgão Julgador: Sétima Câmara Cível Decisão: monocrática Decisão: Monocrática Relator: Jorge Luís Dall'Agnol APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. ACESSO À EDUCAÇÃO INFANTIL. TRANSFERÊNCIA DE ESCOLA. BULLYING. INFANTE QUE APRESENTOU PROBLEMAS PSICOLÓGICOS. MUDANÇA DE COLÉGIO NECESSÁRIA AO DESENVOLVIMENTO FÍSICO E PSÍQUICO DO MENOR. RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO PREVISTA CONSTITUCIONALMENTE. SENTENÇA MANTIDA. CONDENAÇÃO DO MUNICÍPIO AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FADEP. DESCABIMENTO. Descabe a condenação do Município a arcar com os honorários advocatícios em favor da Defensoria Pública, pois implicaria determinar que o ente estadual custeie serviço público que compete ao Estado. Agravo retido desprovido e apelação parcialmente provida, de plano. (Apelação Cível Nº 70038776571, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Luís Dall'Agnol, Julgado em 14/03/2011). =================================================== Número: 70031750094 Seção: CIVEL Tipo de Processo: Apelação Cível Órgão Julgador: Sexta Câmara Cível Decisão: Acórdão Relator: Liege Puricelli Pires APELAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INTERNET. USO DE IMAGEM PARA FIM DEPRECIATIVO. CRIAÇÃO DE FLOG - PÁGINA PESSOAL PARA FOTOS NA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES. RESPONSABILIDADE DOS GENITORES. PÁTRIO PODER. BULLYING. ATO ILÍCITO. DANO MORAL IN RE IPSA. OFENSAS AOS CHAMADOS DIREITOS DE PERSONALIDADE. MANUTENÇÃO DA INDENIZAÇÃO. PROVEDOR DE INTERNET. SERVIÇO DISPONIBILIZADO. COMPROVAÇÃO DE ZELO. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE PELO CONTEÚDO. AÇÃO. RETIRADA DA PÁGINA EM TEMPO HÁBIL. PRELIMINAR AFASTADA. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. AUSENCIA DE DE ELEMENTOS. Apelo do autor Da denunciação da lide I. Para restar configurada a denunciação da lide, nos moldes do art. 70 do CPC, necessário elementos demonstrando vínculo de admissibilidade. Ausentes provas embasando o pedido realizado, não há falar em denunciação da lide. Da responsabilidade do provedor de internet II. Provedores de internet disponibilizam espaço para criação de páginas pessoais na rede mundial de computadores, as quais são utilizadas livremente pelos usuários. Contudo, havendo denúncia de conteúdo impróprio e/ou ofensivoà dignidade da pessoa humana, incumbe ao prestador de serviços averiguar e retirar com brevidade a página se presente elementos de caráter ofensivo. III. Hipótese em que o provedor excluiu a página denunciada do ar depois de transcorrida semana, uma vez ser analisado assunto exposto, bem como necessário certo tempo para o rastreamento da origem das ofensas pessoais - PC do ofensor. Ausentes provas de desrespeito aos direitos previstos pelo CDC, não há falar em responsabilidade civil do provedor. Apelo da ré Do dano moral IV. A Doutrina moderna evoluiu para firmar entendimento acerca da responsabilidade civil do ofensor em relação ao ofendido, haja vista desgaste do instituto proveniente da massificação das demandas judiciais. O dano deve representar ofensa aos chamados direitos de personalidade, como à imagem e à honra, de modo a desestabilizar psicologicamente o ofendido. V. A prática de Bullying é ato ilícito, haja vista compreender a intenção de desestabilizar psicologicamente o ofendido, o qual resulta em abalo acima do razoável, respondendo o ofensor pela prática ilegal. VI. Aos pais incumbe o dever de guarda, orientação e zelo pelos filhos menores de idade, respondendo civilmente pelos ilícitos praticados, uma vez ser inerente ao pátrio poder, conforme inteligência do art. 932, do Código Civil. Hipótese em que o filho menor criou página na internet com a finalidade de ofender colega de classe, atrelando fatos e imagens de caráter exclusivamente pejorativo. VII. Incontroversa ofensa aos chamados direitos de personalidade do autor, como à imagem e à honra, restando, ao responsável, o dever de indenizar o ofendido pelo dano moral causado, o qual, no caso, tem natureza in re ipsa. VIII. Quantum reparatório serve de meio coercitivo/educativo ao ofensor, de modo a desestimular práticas reiteradas de ilícitos civis. Manutenção do valor reparatório é medida que se impõe, porquanto harmônico com caráter punitivo/pedagógico comumente adotado pela Câmara em situações análogas. APELOS DESPROVIDOS (Apelação Cível Nº 70031750094, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 30/06/2010) =================================================== Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo 0169350-45.2007.8.26.0000 Apelação Relator(a): Nogueira Diefenthaler Comarca: Ribeirão Preto Órgão julgador: 5ª Câmara de Direito Público Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL DANOS MORAIS HUMILHAÇÃO POR PARTE DE PROFESSOR E COLEGAS BULLYING. I Menor que veio a ser jogado em lixeira por professor que objetivava impor ordem na sala de aula. Ação desproporcional que deu ensejo a zombarias e piadas por parte dos demais colegas Configuração do chamado bulying Reparação por danos morais cabíveis. II Adequação do valor arbitrado na condenação Redução à quantia de R$ 7.500,00 (sete mil e quinhentos reais). Sentença reformada em parte. Recurso parcialmente provido. =================================================== 9136878-66.2006.8.26.0000 Apelação Relator(a): Miguel Brandi Órgão julgador: 7ª Câmara de Direito Privado Reparação por danos morais - Campanha difamatória pela Internet - Blog criado pela colega de escola para prática de bullying - Responsabilidade do genitor em razão da falta de fiscalização e orientação - Sentença reformada apenas para reduzir o valor da indenização, considerando a extensão do dano, a época dos fatos e a realidade das partes. =================================================== 0260226-41.2010.8.26.0000 Direta de Inconstitucionalidade / Atos Administrativos Relator (a): José Santana Órgão julgador: Órgão Especial Ação Direta de Inconstitucionalidade. Lei Municipal n° 2.389, de 03 de março de 2010, do Município de Nova Odessa, de iniciativa da edilidade, que 'autoriza a Administração adotar medidas para combater o denominado 'bullying' nas escolas públicas municipais. Inadmissibilidade. Lei de natureza 'autorizativa' de medidas que competem à Administração adotar é reservada à iniciativa do Chefe do Executivo. Ofensa aos princípios de reserva de iniciativa e repartição de poderes, de observância obrigatória pelos municípios. Aiis. 5", 47, II e 144, da Constituição Estadual ofendidos. Ação procedente. =================================================== Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Diretoria Geral de Gestão do Conhecimento Departamento de Gestão e Disseminação do Conhecimento Elaborado pela Equipe do Serviço de Pesquisa Jurídica da Divisão de Gestão de Acervos Jurisprudenciais Disponibilizado pela Equipe do Serviço de Estruturação do Conhecimento da Divisão de Organização de Acervos do Conhecimento Data da atualização: 18.10.2011 Para sugestões, elogios e críticas: jurisprudencia@tjrj.jus.br Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
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