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CLÍNICA MÉDICA DE EQUÍDEOS E RUMINANTES (Revisão SM1) Patologias do sistema locomotor, tegumentar e cardiovascular Deficiência de desenvolvimento normal ou metabolismo anormal Suspetibilidade a fraturas ETIOLOGIA CAUSAS NUTRICIONAIS: Cálcio,fósforo e vitamina D Deficiência Ca Desequilíbrio Ca/P Osteomalacia – Ru. (def. vit D) Osteodristrofia fibrosa – Eq. (relação Ca/P) AGENTES QUÍMICOS: Envenenamento crônico por chumbo → osteoporose Osteodistrofia em equinos → plantas – ex. Panicum maximum var. trichoglume Calcinose enzoótica por plantas (ex. Solanum malacoxylum) – vit. D CAUSAS CONGÊNICAS E HEREDITÁRIAS:, Acondroplasia e condrodistrofia – nanismo bovino Osteopetrose – bezerros raça Hereford e Angus, Exostoses – Eq. FÍSICO E AMBIENTAL: Bovinos confinamento, mesmo com dietas adequadas – piso inadequados – lesão epífises Defeitos na placa de crescimento em potros de raças pesadas Fraturas femorais – bezerros em parto distócico PATOGENIA Diferentes osteodistrofias associadas a dieta (Ca, P, Vit. D) Raquitismo → Ruminantes(Deficiência de calcificação associada a deficiência de mineralização da matriz cartilaginosa do osso em desenvolvimento) OSTEOMALACIA → Ruminantes Reabsorção de depósitos minerais nos ossos Falha da mineralização da matriz óssea Fraturas espontâneas OSTEODISTROFIA FIBROSA→ Equinos Hiperparatireoidismo secundário Dietas pobre em Ca → reabsorção óssea ▪ Tecido conjuntivo/fibroso PATOLOGIAS DO SISTEMA LOCOMOTOR OSTEODISTROFIAS (DOENÇAS DOS OSSOS) ACHADOS CLÍNICOS Fraqueza óssea → mineralização defeituosa Encurvamento dos ossos → dor e claudicação Fraturas espontâneas Calcinose em bovinos – calcificação ectópica DIAGNÓSTICO Dosagem sérica – Ca e P (Valores normais por longos períodos → lesões avançadas) Dosagem sérica de Fosfatase Alcalina(Não é bom indicador; Tecidos ósseos, intestino e fígado) Análise do teor Ca, P, vit. D e outros minerais nos alimentos Biópsia óssea Radiografia(Método sensível) Histórico nutricional DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Osteodistrofia → causa mais frequente alimentar Deficiência de Cobre (“perna fraca”)– Bovinos TRATAMENTO Correção da dieta / Deficiência ou Desequilíbrio Fosfato dicálcico – VO Injeção de vit. D Lesões não inflamatórias das superfícies articulares ETIOLOGIA ?? Multifatorial Secundária a defeitos de conformação CAUSAS NUTRICIONAIS Secundária ao raquitismo e osteomalácia Deficiência de Mg e Mn INDUZIDA POR CORTICOSTEROIDES Injeção intra-articular – diminui a expressão dos condrócitos – contribui degeneração cartilaginosa TRAUMAS BIOMECÂNICOS Trauma agudo - Touros reprodutores Trauma subagudo repetitivo - Cavalos de corrida jovens TAXA DE CRESCIMENTO, TAMANHO CORPÓREO E PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA: Artropatia coxofemoral degenerativa – bovinos de corte jovens – hereditário PROCESSO DE ENVELHECIMENTO: Doença articular degenerativa – osteocondrose PATOGENIA Desgaste natural – envelhecimento – redução da permeabilidade da matriz cartilaginosa Defeitos congênitos Desgastes por traumas ACHADOS CLÍNICOS Claudicação crônica Dificuldade na flexão Decúbito prolongado Queda no apetite e produção de leite Dificuldade para levantar Protuberância articular – atrofia muscular X Distensão cápsula articular – artrite infecciosa PATOLOGIAS DO SISTEMA LOCOMOTOR ARTROPATIAS(DOENÇAS DAS ARTICULAÇÕES) DIAGNÓSTICO Análise líquido articular(Artropatia degenerativa pouco usado; Diferenciar artropatias infeciciosas) Concentração e viscosidade de proteína total – líquido sinovial DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Artrite infecciosa TRATAMENTO Tratar a causa Sintomático e inespecífico Cirurgia: Curetagem da cartilagem e remoção de osteófitos Prevenção! Gado leiteiro ARTRITE E SINUVITE Inflamação da membrana sinovial e superfícies articulares – infecção Doença sistêmica ETIOLOGIA Infecções bacterianas (ex. mastite, pneumonia) Bacteremia ou septicemia Recém-nascidos – colostro + de 4 horas BEZERROS Actinomyces (Corynebacterium) pyogenes, Fusobacterium necrophorum, Staphylococcus sp POTROS Actinobacillus equuli, C. equui, Salmonella abortivoequina, Chlamydia sp (poliartrite) EQUINOS Artrite séptica – feridas penetrantes Injeção intra-articular Cirurgia Garrotilho generalizado TODAS AS ESPÉCIES Trauma com perfuração da cápsula articular Difusão dos tecidos ao redor, ex. abscessos interdigitais Disseminação hematogênica PATOGENIA Origem hematógena: Agente infeccioso na membrana sinovial Inflamação / Edema / Deposição de fibrina / Dor / Calor Presença de bactérias Distensão da cápsula articular Crônico → tecido de granulação, osteófitos, até anquilose Supurativa → destrutiva → ruptura da cápsula Serofibrinos ACHADOS CLÍNICOS Dor;Claudicação ; Inflamação → Ruptura da cápsula articular; Febre; Inapetência - anorexia; Endotoxemia; Perda de peso; Jarrete / Soldra / Joelho PROGNÓSTICO Desfavorável / Ruim DIAGNÓSTICO Artrocentese; Análise; Cultura; Sorologia; Radiografia; Ultrassonografia; Artroscopia DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Doenças articular degenerativa ;Osteodistrofia; Miopatias TRATAMENTO Antimicrobianos (oral, injetável, intra-articular); Lavagem da articulação; Drenagem; Antiinflamatórios CONTROLE Colostro; Higiene instalações Doenças de bacteremias sistêmicas DIAGNÓSTICOS Avaliação física geral / cascos detalhadamente, integridade e qualidade; Pulso digital; Temperatura; Banda coronária (edema, depressão e sensibilidade); Avaliação em estação e caminhando (se possível) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Rabdomiólise; Tétano; Cólica; Ataxia vertebral TRATAMENTO Determinar a etiologia Identificar situações de alto risco para laminite: endotoxemia, retenção de placenta, sobrecarga de grãos e etc.... Eliminar ou minimizar qualquer fator predisponente, reduzir a dor, reduzir ou prevenir a magnitude da lesão laminar permanente, prevenir o deslocamento da terceira falange dentro do estojo córneo ▪ PACIENTE DEMANDA CUIDADOS E TERAPIA INTENSIVA!! LÂMINITE AGUDA=EMERGÊNCIA!!! CONTROLE PREVENIR TODOS OS FATORES DE RISCO NECROBACILOSE INTERDIGITAL BOVINA (PÉ PODRE, FLEGMÃO INTERDIGITAL) Apodrecimento podal ETIOLOGIA Dermatite necrosante aguda ou subaguda do espaço interdigital ▪ Fusobacterium necrophorum EPDEMIOLOGIA Ambientes úmidos ;Falta de higiene; Solos abrasivos ; Bovinos de leite; Bovinos de corte ACHADOS CLÍNICOS Claudicação; Febre; Pele interdigital edemaciada, necrótica com fissuras; Odor característico; Poder causar artrite séptica DIAGNÓSTICO Clínico TRATAMENTO Antimicrobianos; Tratamento tópico; Drenagem cirúrgica; Curativos; Amputação do dígito se necessário CONTROLE Prevenção de lesões; Pedilúvios; Antimicrobianos; Vacinação (?) DERMATITE DIGITAL BOVINA (DERMATITE DIGITAL PAPILOMATOSA BOVINA) Lesão cutânea erosiva Semelhante aos papilomas Região interdigital ETIOLOGIA Não foi determinada; Bactérias Gram negativas;Treponema → intestino; Porta de entrada EPDEMIOLOGIA Clima – período de chuvas; Manejo do animais ;Instalações ; Falta de higiene PATOGENIA Perda de querativa; Hiperplasia e hipertrofia de cél eptélio; necrose; Buracos + espiroquetas ACHADOS CLÍNICOS Lesão cutânea erosiva ;Semelhante aos papilomas; Região interdigital ; ETIOLOGIA; Não foi determinada; Bactérias Gram negativas;Treponema → intestino ▪Porta de entrada DIAGNÓSTICO Esfregaço do exsudato e raspados → espiroquetas DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Erosão do talão; Necrobacilose interdigital; Dermatite verrucosa; Fibroma interdigital TRATAMENTO Antimicrobianos; Tópico; Pedilúvios; Curativo CONTROLE Controle dos fatores predisponentes LAMINITE ETIOLOGIA Degeneração aguda das lâminas (epiderme e derme) do casco; Causa da degeneração → desconhecida; Secundária EPDEMIOLOGIA Equinos → fatores de risco individuais ▪ Bovinos → raro → hereditário ou CHO FATORES DE RISCO Três teorias principais → vascular, traumática e metabólica (enzimática e endócrina) VASCULAR: vasoconstrição - alteração da perfusão digital → iniciador da cascata de eventos → disfunção metabólica e falência estrutural da lâmina do casco → ISQUEMIA LAMINAR TRAUMÁTICA:trauma direto no casco ou não direto → laminite de enduro, laminite de apoio (claudicação), laminite após longas viagens em trailers. Força excessiva aplicada sobre as interdigitações das lâminas dérmica e epidérmica → RESPOSTA INFLAMATÓRIA ENZIMÁTICA: chegada de TOXINAS através do sangue até a lâmina epidérmica, resultando em enfraquecimento e perda da fixação celular. Hiperperfusão x Hipoperfusão (vascular) Endocrinopática: excesso de glicocorticoides → resistência à insulina → Cushing → ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS → enfraquecimento tecido laminar PATOGENIA Separação das lâminas dérmicas da terceira falange Rotação da terceira falange Mecanismo exato desconhecido PATOLOGIAS DO SISTEMA LOCOMOTOR DOENÇAS PODAIS ACHADOS CLÍNICOS Temperatura elevada da muralha do casco Pulsação da artéria digital Sensibilidade aumentada aos testes de pinçamento Edema do borda coronária Deslocamento do peso do corpor para membros não acometidos Descolamento da sola → rotação ou afundamento da falange distal Classificação quanto a progressão (OBEL 1948) Fase podrômica – desenvolvimento Fase aguda Fase sub-aguda Fase crônica Processo patológico e síndrome resultante da exposição de certos componentes fotoativos, anormalmente presentes nos tecidos, à luz com comprimentos de onda específicos IMPORTÂNCIA DAS FOTOSSENSIBILIZAÇÃO ESPÉCIES AFETADAS: bovinos, ovinos, caprinos, bubalinos, equinos, suínos e ruminantes selvagens REFLEXOS ECONÔMICOS: TIPO I → Primária(ingestão agentes fotodinâmicos são exógenos, agentes presentes em plantas) TIPO II → Causada por síntese de pigmentos aberrante(ocorre em consequência da síntese anormal de pigmentos aberrante (porfiria congênita → porfirina) TIPO III OU HEPATÓGENA(ocorre pelo acúmulo de filoeritrina, composto porfirínico formado pela degradação microbiana da clorofila no intestino, normalmente é conjugada no fígado e excretada na bile, em consequência de lesão hepática, a excreção via bile fica impedida) PATOGENIA E CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA Agente fotodinâmico + pele + Luz ultravioleta de comprimento específico de onda + absorção pela pele Agente fotodinâmico entra na pele + Raio solar(luz ultravioleta) + Ativa inflamação + Reação fotoquímica + Lesão cutânea Regiões sem pelo Regiões claras ou não pigmentadas Áreas micocutâneas Luz + pele = Fotodermatite TIPO I PRIMÁRIA - Agente ou metabólito fotodinâmico atinje a pele através da circulação Após ingestão ou administração parental Causa primária: Plantas Algumas drogas TIPO II HEPATÓGENA - Secundária a uma hepatopatia Função hepática reduzida] Aumento dos níveis de filoeritrina(metebólito da clorofila A administração tiazidas ou de fenotiazina, sulfonamidas fotossensibilização também primária AFECÇÕES SISTEMA TEGUMENTAR FOTOSSENSIBILIZAÇÃO PLANTAS QUE CONTÊM TOXINAS HEPÁTICAS Pithomyces chartarum é um fungo do azevém perene que causa eczema facial; Periconia spp., fungo do capim Bermuda; Cianobactérias associadas a alga azul-esverdeada (Microcystis flosaquae - flor d`água) presente na água de beber dos açudes, represas e abrigos; Tremoço - Lupinus angustifolius juntamente com o fungo Phomopsis leptostromiformis; Ervas daninhas como a lantana (Lantana camara), Lippia rehmanni, Nolina texana, óleo de carvão vegetal (Tetradymia spp.), alecrim (Holocalyx glaziovii), Myoporum laetum, entre outras PLANTAS QUE CONTÉM SAPONINAS E ESTEROIDES Causam colangioepatopatia relacionadas com cristais Agave lecheguilla, Narthecium ossifragum, Panicum spp. e Tribulus terrestres (tríbulo) Brachiaria decumbens SINAIS CLÍNICOS(TARDIOS) Dermatite em áreas pouco pigmentadas (dorso, vulva, úbere, focinho) Lacrimejamento Ceratoconjuntivite Exsudação, descamação e crostas Edema, eritema Vesículas, derrames e necrose cutânea Verificar a disponibilidade da planta tóxica para os animais acometidos nas pastagens DIAGNÓSTICO Fácil Deve ser feito o diagnóstico diferencial de fotossensibilização primária, na qual a dermatite é menos severa e não são observadas lesões hepáticas e nem de fotossensibilização por agentes fotodinâmicos endógenos (origem hereditária), afeta poucos animais da mesma origem familiar. Problema? Determinar a fonte do agente fotossensibilizante. Identificar se a condição é primária, congênica ou hepática EXAME CLÍNICO Anamnese • Exame físico EXAMES COMPLEMENTARES AST GGT Albumina Fosfatase alcalina TRATAMENTO Retirada da luz solar Glicose/Rehidratação do animal Laxantes Carvão ativado Unguentos Antibioticoterapia Repelentes Ruminotomia e Antiinflamatórios Estimulantes da função hepática FIBROPAPILOMAS Enfermidade transmissível da pele e mucosas caracterizada pelo crescimento excessivo das células basais, formando tumores benignos conhecidos como "verrugas” Agente Papillomavirus AFECÇÕES SISTEMA TEGUMENTAR PAPILOMATOSE BOVINA OU FIBROPAPILOMAS PATOGENIA Vírus infecta células basais (queratinócitos) As células podem manter o vírus em estado latente Vírus replica seu genoma nas camadas espinhosa e granular Crescimento excessivo (hiperplasia) verruga PAPILOMA X FIBROPAPILOMA PAPILOMA - Muito tecido epitelial, Pouco tecido conjuntivo FIBROPAPILOMA - Pouco tecido epitelial, Muito tecido fibrótico TRANSMISSÃO Contato direto e Contato indireto LESÕES CUTÂNEAS Aspecto de couve-flor Superfície crostosa e áspera Cor branca ou cinzenta Base larga (aspecto filiforme) ou pedunculada Localizadas ou generalizadas Lesões que não regridem = deficinência imunitária DIAGNÓSTICO Biópsia Principalmente em equinos Diferenciação sarcóide e melanoma Papilomas verdadeiros: Epiderme hiperplásica com tecido dérmico escasso Fibropapilomas: Tecido dérmico TRATAMENTO Vacinas autógenas Estimular a imunidade Prevenção! CLOROBUTANOL: Administrar 2 doses de 50mg/Kg Antisséptico Atua na cadeia respiratória LEVAMISOL: Administrar em dias alternados Dosagens inferiores as do uso como antihelmíntico Promove diferenciação e proliferação de linfócitos T PAPILOMAX: Composto de Carbonato de Cálcio e Formaldeído Seca as lesões Permite regeneração do tecido CROCIRURGIA: Congelamento dos tecidos com Nitrogênio líquido CONTROLE Vacinação Evitar contato com animais infectados Fômites Persistência por + 18 meses = IMUNOSSUPRESSÃO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Papilomatose Carcinoma de células escamosas Tumores cutâneos malignos Massa infiltrativa, destrutiva e proliferativa BOVINOS: Carcinoma do núcleo do chifre Carcinoma genital (pênis e prepúcio) EQUINOS: Carcinoma ocular OVINOS E CAPRINOS: Carcinoma vulvar (exposição excessiva à luz solar) Carcinoma de orelha Carcinoma cutâneo BOVINOS E OVINOS: Carcinoma de marcação (massa granulosa na Bovinos e Ovinos região de marcação da pele (fogo ou congelamento) ETIOLOGIA Luz solar; Idade; Genética; Falta de pegmentação pele; A partir de ferimentos; Infecção por VPB Tumos mais comuns em bovinos, principalmente leiteiros PATOGENIA Lesões se desenvolvem em 3 estágios Placa → Papiloma → Sem malignidade → Alta taxa de regressão Carcinoma de células escamosas → Não regride Terceira pálpebra ou pálpebra inferior Se dissemina através da drenagem linfática dos linfonodos cervicais Substâncias imunossupressoras SINAIS CLÍNICOS Massa rosada Abaulada Saliente ou ulcerada Em área despigmentada DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Ressecção cirúrgica e Avaliação Citologia Biópsia Imunoterapia Vacina BCG METÁSTASE(10% dos casos) AFECÇÕES SISTEMA TEGUMENTAR CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS MELANOMA Melanocitoma → caráter benigno Melanoma → caráter maligno Melanomas → neoplasias que afetam os melanócitos Melanina → pigmentação Grande parte tumores equinos Tordilhos e mais velhos (80%) Regiões genital, ocular e lábios ETIOLOGIA Susceptibilidade genética + Fatores ambientais (luz solar) = Melanoma PATOGENIA Susceptibilidade genética Fator ambiental (luz solar) Idade Alteração funcional de melanoblastos Precursores de melanócitos Desorientação do metabolismo da melanina Super produção de pigmentos Nódulo firme único ou múltiplo Pode ulcerar ou não Metástase via hematógena, linfática ou implantada Linfonodos,baço, fígado, pulmões, etc SINAIS CLÍNICOS Prejuízos na produção e saúde dos animais Região genital → obstrução física do esfíncter anal, pênis, prepúcio ou comissura vulvar → disquesia, disúria e afastados da reprodução Metástase para órgãos vitais → Morte Sinais clínicos sistêmicos → inespecíficos e pouco auxiliam no diagnóstico → apatia, perda de peso, cólicas e edemas periféricos. DIAGNÓSTICO Exame clínico Biopsia Avaliação histológica → Morfologia celular e atividade celular Diferenciação → BENIGNOS x MALIGNOS Formas malignas → agressivas, com rápida e generalizada disseminação nos principais órgãos e cavidades corpóreas Malignidade → fator prognóstico TRATAMENTO Cirurgia Cirurgia a laser Quimioterapia Cimetidina (controverso) → ação imunomoduladora INFESTAÇÃO MOSCAS VAREJEIRAS Fazem postura de ovos em ferimentos Favoráveis em clima quente Proliferam em calor e umidade SINAIS CLÍNICOS Odor necrótico Larvas se movendo no ferimento TRATAMENTO Limpar Debridar Matar e retirar as larvas Aplicar unguento, pomada ou spray repelente AFECÇÕES SISTEMA TEGUMENTAR DOENÇAS PARASITÁRIAS DOENÇAS CONGÊNITAS E HEREDITÁRIAS “SÍNDROME DO BEZERRO CARECA” Hipotricose Viável Raro PATOLOGIAS OTOLÓGICAS OTITE EXTERNA Causas geralmente secundárias Parasitoses Corpo estranho Rhabditis bovis TRATAMENTO: Antiparasitários e antibióticos PATOLOGIAS OFTÁLMICAS CONJUNTIVITE E CERATOCONJUNTIVITE Inflamação das camadas abaixo da conjuntiva BOVINOS: Ceratoconjuntivite infecciosa bovina Moraxella bovis EQUINOS: Conjuntivite Moraxella equi CAPRINOS E OVINOS: Rickettsia conjuntivae CISTOS DERMÓIDES Crescimento anormal de tecido Benigno Pouco relatado Potros Bovinos da raça Hereford Podem ser hereditários TOXICOSES QUÍMICAS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS PITIRÍASE: Descamação cél. epi. queratinizadas • Deficiência vit. A e comp. B / Intoxicação por iodo HIPERQUERATOSE: Pele seca e enrugada, descamação, alopecia Envenenamento por naftalenos Intoxicação por arsênio PARAQUERATOSE:Queratinização incompleta das cél. epiteliais Deficiência de zinco MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DERMATOLÓGICA RASPADO DE PELE: Avaliação parasitológica TRICOTOMIA: Avaliação micótica direta CULTURA FÚNGICA E BACTERIANA CITOLOGIA Esfoliação Impressão “imprint” PAF / PAAF DERMATOHISTOPATOLOGIA INSUFICIÊNCIA CONGESTIVA X INSUFICIÊNCIA AGUDA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC) É definida como a redução da eficiência de bombeamento cardíaco associada à sobrecarga de pressão ou volume, ou à lesão no miocárdio Principais causas: Doença valvular – endocardites, defeitos valvulares e ruptura da valva Doença miocárdica – miocardites, degeneração miocárdica, cardiomiopatia congênita ou hereditária Doença pericárdica – pericardites Hipertensão pulmonar Defeitos congênitos Divisão: ICC esquerda e ICC direita ICC esquerda → sinais clínicos notáveis no pulmão (equinos) ICC direita → sinais clínicos evidenciados ao longo da circulação portal e visceral (bovinos) PATOGENIA Demanda fisiológica (exercício) Capacidade de aumentar o DC – RESERVA CARDÍACA Aumento da FC; aumento VS; aumento da retirada de O2 do sangue Demanda fisiológica (exercício) Aumento cardíaco como RESPOSTA COMPENSATÓRIA a uma sobrecarga Hipertrofia ou Dilatação cardíaca Reserva cardíaca reduzida Animal não supera as emergências circulatórias (exercício) Normal em repouso Intolerante ao exercício Mecanismos compensatórios atingem o limite ICC se desenvolve Animal não satisfaz necessidades circulatórias em repouso ICC esquerda Hipertensão pulmonar → congestão venosa, diminuição da complacência pulmonar e aumento da FR ICC direita Congestão venosa Edema Consequências renais Congestão hepática SINAIS CLÍNICOS ICC esquerda FC FR Tosse Dispnéia Cianose ICC direita FC Veias ingurgitadas Edema subcutâneo Ascite Fígado Respiração profunda Diarréia (estágio avançado) EXAMES COMPLEMENTARES CK (lesão muscular) CK-MB(lesão muscular cardíaca) AST(lesão hepática e muscular) Troponina(lesão de cardiomiócitos) LDH • (lesão muscular) Células cardíacas lesionadas DIAGNÓSTICO Exame clínico Radiografia Eletrocardiograma Ecocardiograma Angiocardiografia Necropsia TRATAMENTO Agente inotrópico positivo → digoxina (glicosídeo cardíaco) → atua melhorando a contratilidade: 2,2mg/100kg inicialmente • em seguida 0,34mg/100kg q4h IV • Diurético → furosemida → função de eliminar o excesso de líquido corporal: 2,5 a 5mg/kg IM ou IV PROGNÓSTICO → DESFAVORÁVEL É um acontecimento súbito e catastrófico e que ocorre devido a qualquer situação que torne o coração incapaz de uma ação eficaz Geralmente a ICA é consequente a uma arritmia severa do coração PRINCIPAIS CAUSAS Alterações do enchimento – ruptura atrial e ventricular Taquiarritmia – miocardite, miopatia, plantas tóxicas Bradicardia – iatrogênica, plantas tóxicas Sobrecarga aumentada – Ruptura valva aórtica Equinos – indução anestésica (arritmias e parada cardíaca) PATOGENIA Taquicardia intensa Diástole curta – enchimento ventrículo prejudicado Débito cardíaco diminui Fibrilação ventricular Sangue não é ejetado do coração Anoxia tecidual Sinais clínicos neurológicos Em casos superagudos (fibrilação) – sinais neurológicos Em casos menos agudos (edema pulmonar) – desconforto respiratório SINAIS CLÍNICOS Dispnéia Andar cambaleante e queda Palidez de mucosas Movimentos incoordenados Convulsão Morte Exacerbados no esforço físico EQUINOS: Angústia respiratória – ruptura da valva aórtica ICA – Causa de óbito significativo NECROPSIA: Hemorragia e edema pulmonares Miopatias EXAMES COMPLEMENTARES Geralmente não há tempo para exames – agudo CK CK-MB AST Tronponina LDH Lesão de células cardíacas?? DIAGNÓSTICO Necropsia TRATAMENTO Não é viável em grandes animais Massagem cardíaca (??) Desfibrilação (??) Injeções intracardíacas de epinefrina (fibrilação??) PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES Avaliação da eficiência cardíaca = manutenção do equilíbrio circulatório e nutrição dos tecidos Defeito no enchimento cardíaco Anormalidade no miocárdio ou sistema de condução Sobrecarga excessiva Combinação dos fatores: Arritmia cardíaca / Fluxo obstruído / Fluxo regurgitante / Disfunção contrátil (insuficiência sistólica) / Enchimento inadequado (insuficiência diastólica) INSUFICIÊNCIA CARDIACA Volume de sangue efetivo diminui Retorno venoso insuficiente leva a um enchimento incompleto do coração e uma redução no seu volume-minuto → débito cardíaco INSUFIÊNCIA CIRCULATÓRIA PERIFÉRICA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA(ICA) PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES PERICARDITE ETIOLOGIA Não é comum Traumática – Bovinos - Perfuração do saco pericárdico por corpo estranho Infecção hematogênica Infecção direta – miocardite EQUINOS: Nenhum agente é isolado Histórico de doença respiratória Fibrinosos ou sépticos Pericardite Expansiva Idiopática Retículo Pericardite Traumática: Anatomia - Ingestão pouco seletiva Retículo Pericardite Traumática Síndrome do corpo estranho Lesão cardiotorácica → penetração de metais pontiagudos no retículo e coração Formação de exsudato no interior do saco pericárdico → efusão purulenta PATOGENIA Inflamação pericárdio Exsudato fibrinoso Acúmulo de líquido comprime AD e VD ICC SINAIS CLÍNICOS INICIALMENTE: Dor Auscultação – atrito pericárdico SEGUNDO MOMENTO: Auscultação – abafada DISTÚRBIOS CARDIOVASCULARES: Taquicardia Estase da veia jugular Edemas em diferentes regiões do corpo Taquipneia ou dispneia Apatia, inapatência e/ou anorexia Redução da produção leiteira, hipomotilidade ruminal EXAMES COMPLEMENTARES Hemograma: Leucocitose com DNNE Radiografia Ecocardiograma Eletrocardiograma DIAGNÓSTICO Histórico Anamnese EXAME CLÍNICO Prova do beliscamento de cernelha – reflexos dolorosos Prova do bastão Prova da rampa Punção do líquido pericárdico Achados de necropsia – post mortem TRATAMENTO Conservador: Imãs profiláticos Rumenotomia (cirúrgico) Antimicrobianos Antiinflamatórios PROGNÓSTICO EQUINOS: Desfavorável – pericardite séptica Favorável – pericardite expansiva idiopática BOVINOS: Reservado ENDOCARDITEETIOLOGIA Lesões nas válvulas cardíacas ou na parede de átrios e ventrículos Endocardite valvular e mural Animais de produção → etiologia bacteriana, com porta de entrada incerta Quadros clínicos sistêmicos de bacteremia → mastite, metrite, retículo pericardite traumática, abscesso de casco BOVINOS: Trueperella (Arcanobacterium) pyogenes* EQUINOS PATOGENIA Bactérias no endocárdio: Via hematógena Trauma endotelial Exposição de colágeno Adesão de plaquetas Cascata de coagulação + adesão de fibrina Secundária a infecção crônica: Bacteremia persistente Valva atrioventricular direita Valva aórtica SINAIS CLÍNICOS Tricúspide ou Mitral ICC ou ICA Morte ocorre por insuficiência cardíaca devido à disfunção valvular juntamente com os efeitos da bacteremia Sopro Embolia Taquicardia Equinos – ruptura das cordas tendíneas – ICA – morte súbita DIAGNÓSTICO Hemograma: Leucocitose, neutrofilia, hiperfibrinogenemia GGT e FA aumentadas – congestão hepática • Hemocultura Ecocardiografia TRATAMENTO Não é satisfatório Controlar infecção Recidiva comum Sequelas – embolias de outros órgãos ETIOLOGIA E EPDEMIOLOGIA Causa desconhecida Hereditária (?) Bovinos > Equinos Defeitos Congênitos Bovinos: Septo interventricular Ectopia cardíaca Hipoplasia dos ventrículos Equinos: Septo interventricular Tetralogia de Fallot Alterações na valvas Defeito septo interventricular Desvio de sangue para VD Sopro pansistólico intenso e forte Consequências: depende do grau de defeito e grau de resistência ao fluxo do VD (resistência vascular pulmonar) Morte ao nascimento ou não apresentar sinais clínicos (evidenciado na necropsia) Complicações: cianose (Complexo de Eisenmenger); endocardite valva ATD (bov) e valva aórtica (eq) Regurgitação aórtica A - Estenose pulmonar B – Dextroposição da aorta (valva aórtica com conexão biventricular) C- Defeito septo interventricular B – Hipertrofia do VD Tetralofia de Fallot SINAIS CLÍNICOS INICIAL: Diminuição da tolerância ao ex. físico FC Arritmias Inicial CASOS GRAVES: Morte súbita ou síncope – ICA Dispnéia e edema - ICC DIAGNÓSTICO Histórico Anamnese Exame clínico – sopros, FC, taquiarritmias • ECG e ECO Exames hematológicos, cultura sanguínea e sorologia – causa primária • Infarto e necrose – Troponia, CKMB, LDH, CK TRATAMENTO Causa prmária PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES ETIOLOGIA Miocardite bacteriana: Garrotilho*; Tuberculose*; Clostridium chauvoet; Pericardite; Endocardite Miocardite viral: Febre aftosa; AIE Miocardite parasitária: Cisticercose Deficiência nutricional: Deficiência de vit. E; Def. selênio; Def. Cobre Introxicação: Fluoroacetato (1080); Plantas – Palicourea marcgravii; Fármacos – xilazina (ru); montesina (eq) ; Vit. D – calcificação Venenos: Crotalus sp* Infarto embólico: Int. broto de samambaia Tumor: Leucose viral bovina Hereditária: Cardiomiopatia congênita (bov) ETIOLOGIA Hereditária: Cardiomiopatia congênica(bov) Etiologia desconhecida: Rabdomiólise*; Necrose miocárdica; Secundária a doença respiratória* PATOGENIA Dependente da causa primária Tipo de lesão miocárdica Reduzir a reserva cardíaca e restringir a compensação nas emergências circulatórias Distúrbios de condução e arritmias: Envolvimento primário do sistema de condução Necrose miocárdica multifocal: Catecolaminas endógenas ou exógenas Degeneração cardiomiócitos: Intoxicação Insuficiência Cardíaca Congestiva: Função do coração como bomba DOENÇA DO MIOCÁRDIO DEFEITOS CONGÊNITOS DOENÇA VALVULAR E SOPROS ETIOLOGIA Adquirida: Endocardite;Ruptura de cordas tendíneas Congênita: Estenose Doenças valvares em animais de produção são subdiagnosticadas → achados de abatedouros e necropsia EPDEMIOLOGIA EQUINOS: Cavalos de corrida – sopro fisiológico 68%; Lesões valvulares – 25% BOVINOS: Endocardite - abatedouro Sopro: Sopro cardíaco é um ruído produzido pela passagem do fluxo de sangue através das estruturas do coração. Pode ser funcional (fisiológico) ou patológico em decorrência de defeitos no coração. Formação dos sopros LESÕES VALVARES: Fechamento inapropriado – regurgitação ou insuficiência Estenose Gravidade aumenta – exercício físico e anemias e hipoproteinemia SOPRO SEM DOENÇAS VALVULAR: Diâmetro do vaso Viscosidade do sangue – anemia – sopro hêmico SOPRO FUNCIONAL: Velocidade do fluxo INTENSIDADE DO SOPRO TIPOS DE SOPROS SOPROS SISTÓLICOS → Começam com a primeira bulha, ou logo depois dela, e terminam com a segunda bulha, ou logo antes dela SOPROS DIASTÓLICOS → Aparecem durante a diástole, e conforme o momento em que nela se situam, podem ser chamados de protodiastólicos, mesodiastólicos e telediastólicos (ou pré-sistólicos) PROTOSSISTÓLICO - começa com B1, diminui em decrescendo, e termina bem antes da B2, geralmente no meio ou antes do meio da sístole MESOSSISTÓLICO - começa depois de B1, e termina antes de B2 (Som de diamante) • TELOSSISTÓLICO - o que se percebe é um sopro em crescendodecrescendo. O sopro termina antes de B2. • HOLOSSISTÓLICO – começa com B1 e termina em B2. Tem um som em platô, som contínuo. LINFADENITE Bovinos – leucose viral bovina (LVB) Equinos: Multiforme • Influência em qualquer sistema orgânico ; Multicêntricos Debilidade crônica e diarréia; comprometimento vias aéreas; anemia; febre de origem desconhecida; edema subcutâneo; perda de peso; Neoplasia no tórax Diagnóstico Aumento dos linfonodos periféricos Resposta à infecção distal Infecção ou neoplasia → Linfadenomegalia: Linfadenite caseosa ovinos – Corynebacterium; pseudotubercolosis; Garrotilho equinos – Streptococcus equi; Tuberculose Obstrução secundária linfadenomegalia – dificuldade respiratória LINFOSSARCOMA PATOLOGIAS DO SISTEMA LINFÁTICO