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DISCURSIVA PARA O TST – DISCURSIVA II 
PROFA. JÚNIA ANDRADE E DÉBORAH PAIVA 
Profa. Júnia Andrade www.pontodosconcursos.com.br 
Aula 01 
 Olá! 
Como você já deve saber, esta é a aula que sustenta a base 
de sua discursiva nos concurso da FCC. 
É muito importante que você leia esta aula com cuidado e 
anote tudo o que considerar estrategicamente essencial para fazer o 
efeito desejado, de acordo com a característica do seu texto. 
Há alunos, por exemplo, que têm mais dificuldades para levar 
ao texto mais informações. Ou seja, são objetivos demais e 
precisam aprender a “ganhar linhas”. Há outros que fazem 
justamente ao contrário: escrevem muito e, com isso, não 
conseguem emitir informações claras e objetivas. 
Na aula, o norte é seguir o que sempre gerou resultados 
positivos nas provas da FCC e atualizá-los sobre as cobranças dos 
examinadores hoje. 
Sim, as cobranças mudam de perfil ano a ano. São sutilezas 
que definem os cinco pontos a mais que seu concorrente conseguiu 
e, talvez, você, não. 
Então, concentre-se nesta leitura, anote o que for significativo 
e já vá esquematizando a estrutura dos sonhos para que a prova da 
FCC possa ser feita de maneira ágil, porém segura. 
 
É TRADIÇÃO NA DISCURSIVA DA FCC ACERTAR OS 
SEGUINTES PONTOS 
1º - Ser bem objetivo e apresentar soluções imediatas. 
2º - Escrever com clareza: evite brincar com o vocabulário para não 
criar incoerências entre a linguagem e seus argumentos. Quanto 
mais você simplifica a linguagem, menos você se arrisca. 
3º - letra legível: não importa se você usa letra cursiva, letra de 
forma, se suas letras se misturam. O importante é deixar os sinais 
gráficos bem às claras e cuidar da aparência das letras para evitar 
confusões. Os examinadores da FCC não costumam se esforçar para 
entender que seu A não é um O. 
DISCURSIVA PARA O TST – DISCURSIVA II 
PROFA. JÚNIA ANDRADE E DÉBORAH PAIVA 
Profa. Júnia Andrade www.pontodosconcursos.com.br 
4º - Montar parágrafos que organizem o conhecimento, de acordo 
com a ordem de pedidos, presente no tema. 
5º - Jamais escolha o meio termo quando houver uma polêmica. 
Adote uma posição e a defenda com rigor e com comprovações. 
6º - Título é opção. A maioria das pessoas nem o empregam nas 
suas redações, muito menos nas discursivas que cobram 
conhecimentos específicos. 
7º - A folha definitiva costuma ser menor do que a folha de 
rascunho. É quase imperceptível, mas é uma estratégia comum da 
banca para desespero dos candidatos que correm contra o tempo. 
Assim, para uma redação cujo máximo são trinta linhas, faça um 
rascunho com vinte e sete para que o conteúdo caiba na folha 
definitiva. 
AS COBRANÇAS ATUAIS DA FCC: O QUE 2012 RESERVA NAS 
AVALIAÇÕES. 
1º - Seja bem objetivo e claro, ainda nas primeiras linhas da 
introdução. Quanto mais rápido você responder a questão ou 
oferecer alguma solução para determinado caso, melhor será. 
2º- Não faça parágrafos com menos de quatro linhas. O ideal é que 
eles meçam entre 4 a 8 linhas. 
3º - A estrutura da sua redação deve deixar transparecer as tarefas 
enunciadas. Sendo assim, você deve tomar cuidado para seguir 
essencialmente a ordem do tema. 
4º - Cuidado com a redação do A maiúsculo. Seja ele cursivo ou 
feito em letra de forma, use a forma maiúscula correta. Assim, não 
use o “a” minúsculo grandinho, para que ele possa simbolizar o 
maiúsculo. 
 
 
 
5º- não escreva menos de 26 linhas quando o máximo for 30. Nas 
últimas correções, os examinadores valorizaram redações que 
aproveitaram mais o papel. É lógico que, se seu conhecimento já 
Amanhã... 
DISCURSIVA PARA O TST – DISCURSIVA II 
PROFA. JÚNIA ANDRADE E DÉBORAH PAIVA 
Profa. Júnia Andrade www.pontodosconcursos.com.br 
tiver sido esgotado e a questão estiver respondida corretamente, 
você não precisará criar factoides para encher linhas. 
AS ESCOLHAS DE TEMAS DA FCC HOJE 
 Nos concursos em que há cobrança de discursivas, as bancas 
podem adotar duas posturas temáticas: 
1º - questões diretas e bem objetivas: a banca propõe um tema que 
resume o pedido numa frase ou propõe tema que traz o pedido 
subdivido em tópicos. 
Exemplos: 
TRT- 20ª R/2011 – tema único com proposta objetiva: 
A Prova Discursiva-Redação deverá ter extensão mínima de 20 
(vinte) linhas e máximo de 30 (trinta) linhas. 
1. Responda fundamentadamente no que consiste a penhora, no 
Direito Processual do Trabalho, bem como quais são os seus efeitos. 
 
TRT -14ªR/2011 – tema seguido de tópicos ou aspectos 
complementares 
 
 
2º - apresenta-se uma história fictícia que servirá de base para você 
demonstrar seus conhecimentos teóricos, aplicando-os ao caso 
fictício proposto. 
 
DISCURSIVA PARA O TST – DISCURSIVA II 
PROFA. JÚNIA ANDRADE E DÉBORAH PAIVA 
Profa. Júnia Andrade www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
TST/2008/Cespe 
 
 Não obstante quaisquer formas propostas, o que valerá será 
sempre o seguinte: 
1. Resposta bem objetiva. 
2. Organizada, de acordo com a ordem dos pedidos temáticos. 
3. Fundamentada – em lei, jurisprudência e outras fontes de 
sustentação. 
 
ESTRUTURA E CONTEÚDO 
DISCURSIVA PARA O TST – DISCURSIVA II 
PROFA. JÚNIA ANDRADE E DÉBORAH PAIVA 
Profa. Júnia Andrade www.pontodosconcursos.com.br 
Os temas de provas discursivas são organizados, geralmente, de 
modo a facilitar a leitura dos examinadores. 
 Muita gente idealiza o processo de correção e tende a 
trabalhar seus textos, segundo sua forma de idealização. Mas vale 
conhecer um pouco mais de perto o trabalho das bancas para você 
compreender como é bom ter uma estratégia estrutural de texto que 
atinja, em cheio, seu examinador. Saibamos mais sobre o processo 
de correção! 
Antigamente, e isto ainda acontece com algumas bancas, 
todos os examinadores eram reunidos num só local. Ali recebiam as 
provas dos alunos e naquele local, isolados de tudo, teriam de fazer 
todos juntos a correção das provas discursivas de um concurso. 
 Hoje em concursos, as redações de boa parte de 
organizadoras mais famosas são digitalizadas. Esse processo traz 
duas vantagens: ele permite mais celeridade quanto à entrega de 
resultados e faz com que as redações não precisem ser corrigidas 
num só lugar por um grande grupo de examinadores, praticamente 
trancafiados para isso. 
 O que parece ser hoje um processo inseguro, na verdade, 
acabou resultando numa quase fórmula de correção objetiva. Essa 
objetividade e linearidade de leitura nos permitiu traçar um perfil de 
estrutura para os textos, já que os examinadores promovem uma 
leitura vertical das redações. Essa leitura é pautada por princípios 
textuais, tais como construção objetiva do texto, clareza de 
informações, organização de ideias e comprovação de argumentos. 
 Assim, nos concursos, acerta a redação o candidato que 
consegue se aproximar mais dessa leitura vertical do examinador. 
Nos certames, não pesa a redação exemplar, típico modelo 
escolarizado de quem compõe textos para exprimir sua inteligência 
DISCURSIVA PARA O TST – DISCURSIVA II 
PROFA. JÚNIA ANDRADE E DÉBORAH PAIVA 
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sobre os fatos aventados. Nos concursos, prevalece, sim, a atenção 
ao que está sendo, definitivamente, pedido no tema e ao modo 
como essa estrutura deverá ser organizada no texto. 
 Assim, vamos expor o que deve ser feito para que, logo na 
primeira redação, você possa apresentar uma estrutura familiar à 
leitura tradicional da FCC. 
 Reitero que o que você lê aqui é uma sugestão estrutural. Há 
outros caminhos, mas considero este o mais eficaz, na medida em 
que os cada vez mais testemunho alunossendo aprovados em 
concursos nos quais optaram pela “espinha dorsal do texto”, 
apresentada nas linhas a seguir. 
Desenvolvimento de estudos de casos 
 Comecemos pela temática que mais desafia os redatores em 
concurso: os estudos de caso. Depois, ficará fácil conceber formas 
mais objetivas de propostas temáticas. 
Quando houver estudo de caso – ou seja – um caso fictício a 
partir do qual será desenvolvida a redação, alguns procedimentos 
são importantes: 
1º - antes de começar a responder os pedidos temáticos, faça uma 
síntese do caso. Não é obrigatório fazê-la. Mas é bom para que suas 
respostas encontrem coesão, ou seja, vínculo com o que foi 
proposto no caso fictício. 
Exemplo – tema 01- Aspectos de introdução do texto 
Vinícius, aluno de uma universidade pública, atuava como “trainee”, 
após ter conseguido a vaga por processo de seleção, na área de TI 
da própria universidade, responsável pelo controle de matrículas de 
milhares de novos ingressantes universitários. No mês passado, o 
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coordenador geral da área em que Vinícius atuava descobriu que 
quatro notebooks, pertencentes à universidade, haviam 
desaparecido. No curso das investigações que se iniciaram, 
descobriu-se que era Vinícius quem subtraía os materiais e 
descobriu-se também, por meio de uma denúncia feita pelo próprio 
Vinícius, que Paulo, supervisor dos trabalhos da equipe de Vinícius, 
já sabia dos fatos e vinha constantemente exigindo-lhe dinheiro 
para não denunciar o furto. Acrescenta-se que até a ocorrência de 
todos os fatos Vinícius não possuía vencimentos ou qualquer outra 
ajuda financeira por parte da universidade, pois constava em 
contrato que os pagamentos só ocorreriam dois meses depois do 
período de treinamento inicial dos bolsistas. 
Considerando os fatos e à luz da Lei, disserte acerca dos crimes 
praticados por funcionários públicos, analisando-se, para efeitos 
penais, a posição de Vinícius e de Paulo quanto à prática dos ilícitos. 
Redação – trecho 1 
Vinícius, trainee da área de Tecnologia de Informação de uma 
universidade pública, praticou o crime de furto de quatro notebooks de 
posse da universidade onde trabalha. Pedro, supervisor dos trabalhos 
da equipe de Vinícius, sabendo do caso, exige dinheiro de seu 
subordinado para não denunciá-lo pela prática do furto cometido. 
Para o Direito Penal, Vinícius, embora ocupe o cargo de trainee na 
universidade, ou seja, ele não possui um cargo efetivo na autarquia, é 
considerado funcionário público por equiparação para fins penais. 
Assim, poderá responder pelo crime de peculato-furto, uma vez que se 
valeu de seu cargo para efetuar o delito. 
 Perceba que somente depois de retomar o caso, o candidato 
procede à resposta do primeiro item – a situação de Vinícius, em 
face da Lei. 
 Os parágrafos seguintes, após a introdução, deverão abordar 
na ordem dada pelo tema o desenvolvimento de cada assunto. Sem 
esse ordenamento, o examinador encontra dificuldades para 
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localizar rapidamente as respostas e tende, por isso, a retirar pontos 
do quesito estrutura, visto que esse prevê clareza de exposições. 
Exemplo – tema 02 – clareza, organização e precisão 
vocabular 
TRT 20ª R – FCC/2011. Responda fundamentadamente, no que concerne ao 
Direito Processual do Trabalho, em que consistem os efeitos translativo, 
regressivo, substitutivo, devolutivo e suspensivo dos recursos. 
 
Redação – trecho 2 
 
 Veja que cada parágrafo do trecho da redação acima sustenta 
um efeito (no tema), abordando-o na ordem dada no tema. 
Assim, o correto é o seguinte: 
- abordar cada parte do tema, na ordem dada, e com bastante 
clareza. Para tal, evita-se a substituição por sinônimos, logo na 
primeira abordagem. Tal fato só pode ser feito, depois dessa 
abordagem do aspecto ainda nas primeiras linhas. 
Haverá perda de pontos se fizer o seguinte: 
Abordagem visível do 
primeiro aspecto. 
Abordag
em 
visível do 
segundo 
aspecto. 
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- responder os termos do tema fora da ordem prevista no 
tema. 
- Não usar precisão vocabular, empregando no lugar dos 
termos do tema sinônimos. 
- “Esconder” do examinador o assunto abordado. Sempre o 
deixe à mostra. 
Exemplo – tema 03 – consistência argumentativa 
 Observe as seguintes passagens, extraídas de redações de ex-
alunos: 
Trecho 03 
De acordo com Paulo Viceconti e Silvério das neves, são três os instrumentos 
clássicos da política monetária: o depósito compulsório, a taxa e a condição de 
redesconto e a operação de compra e venda de títulos no mercado aberto (open-
market). Dependendo da situação, o governo necessita expandir ou contrair a base 
monetária (quantidade de moeda que circula na economia) utilizando esses 
instrumentos. 
 
Trecho 04 
 
 
 Tanto o trecho 03 quanto o trecho 04 possuem algo em 
comum: a presença de elementos típicos de comprovação. Ambos 
os textos remontam suas explicações a teóricos importantes. Isso 
traz sustentação aos textos e na FCC isso é algo imprescindível. 
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 Textos sem sustentação podem gerar a perda de até 30% da 
nota, o que significa perda séria para uma banca que exige redações 
impecáveis. 
 Assim, vale anotar as seguintes recomendações: 
- no desenvolvimento, comprove tudo o que explicar. 
- Essa comprovação deve ocorrer parágrafo a parágrafo, sem deixar 
explicações sem sustentação. 
 
A consistência hoje 
 Leis, doutrinas, jurisprudências, regimentos, leis específicas, 
autores, professores (de renome na área na qual lecionam, mesmo 
que não sejam autores), textos de sitos oficiais e Códigos são 
instrumentos essenciais para a comprovação de informações. 
 O candidato não precisa, no caso de citar leis, detalhar artigos, 
incisos etc. Basta aludir à lei. Naturalmente, o detalhamento da 
prova dependerá da habilidade dos demais concorrentes. Mas até 
hoje o simples fato de aventar a prova tem sido motivo de 
aprovação, já que muitos candidatos nem sequer fazem menção a 
uma fonte de comprovações. 
 Hoje o ideal não é fazer como o fez o candidato que redigiu a 
prova do texto 03. O correto é paráfrase, ou seja, escrever com 
nossas palavras o que compreendemos da fonte à qual recorremos. 
Assim, ficam dispensadas as aspas. 
 Citar números e exemplos fatuais também é uma boa 
estratégia. Mas as correções da banca têm revelado a preferência 
pelas fontes de autoridade, ou seja, as primeiras que enumeramos 
no início deste assunto. 
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 Pode-se, então, repetir a fonte de comprovação, expandindo-a 
para outros parágrafos e assuntos? 
 Sim! Podemos repetir a prova. 
Sempre precisaremos fazer uma introdução para a redação? 
 Não! Nos concursos, nem sempre. Tudo depende de como o 
tema está organizado. Há propostas temáticas, típicas das questões 
discursivas, que são muito longas, porque são seguidas de 
“aspectos” complementares. Normalmente esses aspectos, por si 
sós, já movimentam o texto para que este se desenvolva quase que, 
por completo, sobre eles.Assim, no lugar de uma introdução geral, 
caberá a resposta imediata ao primeiro “aspecto” do tema. 
 Se houver estudo de caso, como dissemos, o primeiro 
parágrafo terá a função de resumir o caso. 
 Mas a resposta à problemática deverá ser imediata ao resumo. 
Exemplo - Tema 04 
TRT 24ªR/2011 - Discorra sobre os Embargos de Terceiro no 
Processo Trabalhista mencionando: 
− conceito; 
− hipóteses de cabimento; 
− legitimidade para interposição; 
− procedimento. 
 Introdução eficaz: 
 De acordo com o Código de Processo Civil, Embargos de Terceiro 
é remédio processual, posto à disposição de quem, por estar fora das 
partes do processo, tem seus bens apreendidos por ação judicial. Isso 
acorre nos casos de penhora, depósito, arresto, sequestro, alienação, 
inventário etc. 
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As frases 
 
As frases devem ser curtas e confeccionadas na ordem direta, 
preferencialmente – evitam-se frases com mais de três linhas. 
 
• Cada parágrafo deve ser uma “célula” a conter determinado 
assunto. 
• Enumerações exaustivas devem ser evitadas. 
Logicamente, a banca os envolverá nisso para induzi-los a 
estender a frase. Assim, se vamos enumerar elementos, 
devemos fazê-lo e promover, a cada parágrafo, quebras 
importantes, seguidas de um conector aditivo: Além disso, há 
também etc. 
 
• A linguagem deve permanecer formal e o uso de siglas deve 
ser contido. Assim, só se empregarão siglas oficiais e estas 
deverão ser usadas quando realmente for necessário. 
 
Mas, antes de rascunhar a redação, o candidato deve programar 
os parágrafos do desenvolvimento. Se a redação possui tema único, 
caberá ao redator eleger argumentos para sustentar a introdução do 
texto. Nesse caso, o que se recomenda é sempre o bom senso. 
Trabalhar com dois argumentos (duas explicações, dois fatores) hoje 
é considerado pouco. A maioria das bancas, por exemplo, não 
costuma dar boa nota para redações com apenas dois parágrafos no 
desenvolvimento. 
Assim, nas questões discursivas, pelo fato de a redação ter de ser 
mais objetiva, bastará seguir o propósito do tema. 
Se qualquer de nossas propostas vier com tema dividido por 
aspectos, como tem ocorrido ultimamente na maioria das provas 
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PROFA. JÚNIA ANDRADE E DÉBORAH PAIVA 
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discursivas, teremos de ver tais aspectos como mais um tema 
a ser trabalhado em cada parágrafo. 
Nesse caso, o redator não criará outros argumentos, mas irá 
desenvolver estes tópicos. A redação desses tópicos deve ser 
objetiva e deve ser linear, ou seja, os tópicos serão abordados na 
ordem em que aparecem na composição temática. Além disso, o 
candidato não deverá misturá-los. Cada tópico será envolvido por 
um parágrafo e poderá até ocupar outros parágrafos, se o assunto a 
ser discutido estender-se em demasia. 
O importante é que a organização do texto esteja visível na boa 
equiparação da extensão dos parágrafos da redação. Eles não 
precisam ter o mesmo número de linhas, mas devem se aproximar 
nesse sentido. Parágrafos com mais de dez linhas já sinalizam 
extensão longa e com menos de quatro, extensão curta. 
A CONCLUSÃO 
Vale saber que a conclusão é o espaço textual que funciona 
como resumo das informações do texto. Ela deve ser formal. Não 
deve tender a aspectos subjetivos ou mesmo terminar em forma de 
pergunta retórica. 
 Nem sempre a conclusão e a introdução serão necessárias a 
um texto de conhecimento específico. O mais importante em provas 
discursivas é cumprir tudo o que tema pede. A prioridade é essa. 
 Por outro lado, respostas curtas na FCC têm sido motivo de 
prejuízos na nota. As correções relevam que quem escreveu menos 
de 25 linhas em redações cujo máximo era trinta perdeu pontos 
importantes. 
 Nesse caso, recorrer a uma conclusão para se fazer um 
balanço, ou seja, uma síntese, dos assuntos do texto é necessário. 
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Obs: - jamais deixe cinco linhas sobrando na FCC. Três, 
quatro ou duas está de bom tamanho. 
- Também não faça parágrafos com menos de quatro linhas. 
- As frases não podem exceder três linhas. 
Resumindo: 
1º - sejam muito objetivos – abordem, sem mudar as palavras, cada 
aspecto em parágrafos separados e na ordem em que foram 
propostos. 
2º - Não há problemas em utilizar mais de um parágrafo para 
estender a abordagem de um aspecto. O que não se deve fazer é 
misturá-los. 
3º - Fundamentem, com base em leis, Regimento da Casa e em 
jurisprudência, ou por meio de exemplos, ou por meio de alusão a 
autoridades, todos os aspectos! 
4º - Em dissertações com aspectos, o aluno não precisará fazer uma 
introdução ou uma conclusão, mas deve aproveitar o máximo de 
linhas que puder para totalizar a redação. 
5º - Organizem seus parágrafos. Tamanho ideal: acima de quatro 
linhas, abaixo de oito linhas. 
6º - título é opcional. Mas, sinceramente, não o recomendo. 
7º - linguagem sempre formal, mesmo diante de temas polêmicos. 
Lembre-se de não ficar politizando certos assuntos. Prefira, sempre, 
a impessoalidade diante dos fatos. 
8º - Em redações de conhecimentos específicos, deixem os jargões 
de lado. Priorizem a clareza. 
 
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RESUMO MACROESTRUTURAL 
 Antes de rascunhar sua introdução, releia os aspectos 
macroestruturais. 
A BOA INTRODUÇÃO 
1. Retomar resumidamente o caso ou responder o primeiro 
aspecto ou tópico. 
2. Recuperar pontualmente termos do tema – não precisa ser 
tudo “igual” ao que está lá, mas aproveite palavras-chave. 
Tente fazer isso logo na abertura de cada parágrafo, 
correspondente ao tópico a ser desenvolvido. 
3. Não fazer introdução curta, se optar por ela. Cada parágrafo 
deve ter pelo menos umas quatro linhas. 
 
INTRODUÇÃO – o que não é permitido fazer 
1. Fazer históricos sobre o assunto para, somente, mais tarde 
abordá-lo. 
2. Fazer pergunta retórica, ou seja, retomar o questionamento 
temático ou mesmo criar um questionamento. Parta logo para 
respostas. 
3. Começar a redação em primeira pessoa. Assim, dispense 
expressões como “Acredito”, “Concordo”, “Penso” etc. 
 
O BOM DESENVOLVIMENTO 
1. Mapeie o trabalho a ser feito em cada parágrafo. 
2. Não misture tópicos num só parágrafo, caso você tenha 
diversas tarefas para cumprir no desenvolvimento do tema. 
3. Logo nas primeiras linhas de cada parágrafo, começar com os 
termos dos tópicos ou aspectos e comprovar suas explicações. 
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4. Fazer frases curtas e claras. 
5. Priorizar a clareza e a simplicidade. Escolha palavras simples e 
faça frases mais curtas (estas não devem ultrapassar três 
linhas). 
6. Elaborar parágrafos mais ou menos do mesmo tamanho – 
entre quatro a sete linhas. 
7. Inserir no início dos parágrafos nexos de coesão: 
primeiramente, a princípio, em primeiro lugar, em segundo 
lugar, quanto a, no que diz respeito a, além de, soma(m)-se a 
isso, por outro lado, enfim etc. 
8. Tais nexos também podem ser dispensados. 
9. A qualidade das defesas: hoje o ideal é buscar argumentos 
oficiais – citar leis, organismos públicos,números relativos a 
pesquisas oficiais. Lembre-se de que está concorrendo com 
outras pessoas e qualidade da defesa delas pode ser superior 
à sua. 
10. Caso venha amparar sua defesa em lei, não será preciso 
detalhar artigos ou incisos. 
DESENVOLVIMENTO – o que não fazer 
1. Fazer longas enumerações. Use “por exemplo” e cite duas ou 
três. O “por exemplo” já delimita seu trabalho. 
2. Fazer digressões – ou seja – reflexões de cunho pessoal. Na 
redação use formalidade sempre. 
3. Fazer discursos “furiosos” ou “românticos”. Seja formal, frio, 
impassível. Dê ao seu trabalho um tom monográfico. 
4. Deixar perguntas em aberto. 
5. Fazer parágrafos longos ou muito pequenos. Nada de ideia 
cansativa ou de ideia sem desenvolvimento. 
6. Fazer frases longas, pois estas podem gerar erros gramaticais 
diversos. 
7. Trabalhar com linguagem empolada ou hermética, 
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8. Dizer o que deve ser feito, sem comprovar a eficácia do que 
recomenda. Exemplo: o governo deve investir em educação; é 
preciso aparelhar melhor as polícias... (se fizer isso, comprove 
com um exemplo importante e notável para provar que 
investir em educação e aparelhar a segurança é importante). 
 
A BOA CONCLUSÃO 
Se for desenvolvê-la! 
1. Resumir pontualmente o que há de importante em seu texto. 
2. Confirmar o que escreveu na introdução, caso tenha optado 
por desenvolvê-la. 
3. Fazer umas cinco linhas. 
4. Começar com conjunção conclusiva (esqueça os mitos dos 
fóruns e de algumas aulas e matérias de redação): portanto, 
por conseguinte, logo, assim, por isso etc. 
 
CONCLUSÃO – o que não fazer 
 
1. Deixar perguntas em aberto. 
2. Inserir comprovação nova. Lembre-se de que está fechando o 
texto. 
3. Fazer apontamentos românticos – o futuro da nação ou coisa 
parecida. 
4. Repetir letra a letra a introdução. Use sinônimos! 
5. Concluir em parágrafo com menos de quatro linhas. 
 
Vou provar a você como uma estrutura clara e objetiva é 
importante para que o examinador localize com eficácia suas 
respostas. 
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Para tal, usarei um exemplo de outra seara: lá da Receita 
Federal. Não reparem a “foto da redação”, porque os textos nem 
sempre nos chegam retilíneos. 
Não quero que se preocupem com o conteúdo, mas quero que 
prestem atenção ao modo como a redação se estrutura para levar o 
leitor seus conhecimentos. 
Vocês irão verificar que, mesmo não tendo conhecimento das 
informações acerca de Direito Tributário, é possível notar que a 
redação cumpre efetivamente o desenvolvimento estrutural 
previsto. 
Exemplo- redação comentada. 
 
Tema 02 Auditor-Fiscal/Receita Federal/2010 
 
 Novamente, estamos diante de um excessivo número de 
tarefas. Mas vejam como uma organização simples e objetiva 
consegue desenrolar o texto em busca da nota de excelência. 
Valor do conteúdo: 30 pontos 
Valor do uso do idioma: 30 pontos 
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 O que deu certo? 
1º - o redator notou que o tópico A poderia tomar várias linhas, por 
ter um assunto longo, e tratou, por essa razão, de dividi-lo em 
outros parágrafos. 
2º - As respostas são objetivas e precisas. Vejam que o redator 
retoma palavra-chave original. Dessa vez, eu as circulei no texto 
para vocês notarem. 
3º - Há uso de mecanismo de comprovação argumentativa: o 
Código Tributário Nacional. 
Vamos ao tópico b: 
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 O que deu certo? 
“Explicar e exemplificar” modalidades de lançamento. A tarefa é 
simples, mas, sem organização, o texto pode seguir para a 
explanação confusa, extensa e meramente técnica. 
 1º - o redator optou por, primeiramente, enumerar as 
modalidades de lançamento. 
 2º - Depois de enumerá-las, em cada período (espaço entre 
pontos finais), explicou cada uma. 
 3º - Mais tarde, noutro parágrafo, como veremos a seguir, ele 
exemplificou uma a uma. O ato de exemplificação, por si, já é 
mecanismo de comprovação de ideias. 
 Vejam a continuidade: 
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A partir disso, ele seguirá para a dissertação, não menos objetiva, 
do tópico C: 
 
 
 
 Quero que observem bem que o candidato praticamente 
“copia” os termos do tópico em todas as entradas que promoveu dos 
tópicos nos parágrafos do texto. Também observem a preocupação 
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em comprovar tópico a tópico as explicações (alusão novamente ao 
CTN –l.30) 
 Por fim, ele irá dissertar sobre o tópico D: 
 
 
 
 
 
 Na linha 42, o redator retoma palavra-chave para falar da 
possibilidade de “revisão”. Novamente os mesmos procedimentos 
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são adotados: retomada objetiva do tópico, seguida de 
comprovação. 
 No parágrafo final, com o intuito único de ganhar mais linhas, 
o redator segue para o que podemos chamar de “pequena 
conclusão”. 
Lição final desta aula: introdução e conclusão são peças opcionais 
nas discursivas. Hoje, recomenda-se nem fazer introdução, pois as 
bancas vêm privilegiando redações mais objetivas. Já a conclusão 
pesaria menos, desde que fosse uma mera reafirmação do que já 
dito no texto. Sendo assim, a conclusão, se for feita, não deve 
trazer assunto novo, ter linguagem pendente para o emocional ou 
mesmo deixar perguntas em aberto. 
 Apesar de o texto que analisamos ser de correção da Esaf, 
conter mais linhas, a ideia de objetividade, de ordem e de 
fundamentação cai muito bem para nós aqui na FCC, que 
precisaremos ser claros na exposição dos nossos conhecimentos. 
 Em outras aulas, voltaremos com mais exemplos estruturais 
para que vocês possam sedimentar bem o conhecimento desta 
montagem linear do texto. 
 Agora, vamos aos conhecimentos gramaticais 
substancialmente importantes para as provas da FCC, já que dois 
erros na dissertação podem significar menos 5 pontos. 
 
GRAMATICALIDADE TEXTUAL 
Aqui, minha meta não é lecionar gramática como faço nos 
cursos em que trabalho com português para a prova objetiva. 
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A gramática aqui tem a função precípua de ter suas regras 
contextualizadas e adaptadas para a exigência de cada banca 
examinadora. 
Não quero com isso dizer que existe uma gramática para A ou 
B. Mas é fato que examinadores da FCC, por exemplo, têm suas 
manias, enxergam mais determinados erros cometidos numa área 
do português. Já examinadores do Cespe são versados, por 
exemplo, em verificar a coesão entre as partes textuais, por isso 
valorizam tanto o uso de conectores e outros nexos frasais. 
Assim, o que vamos estudar aqui são aquelas falhas comuns, 
que alunos da seara dos tribunais sempre cometem e que, por essa 
razão, tornam suas falhas presas comuns para o olhar hábil dos 
examinadoresda FCC. 
 
Os Aspectos Formais 
 
1º - Letra: precisa ser legível. Não importa se é cursiva, se é 
escrita em forma ou se vocês misturam letras. Elas precisam ser 
legíveis. 
2º - acentos e demais sinais gráficos: também devem ser 
todos muito claros. Assim, desenhe a vírgula com correção e os 
acentos também. Não deixe dúvidas quanto ao emprego dos sinais 
gráficos. 
3º- rasura: basta riscar a palavra incorreta e redigir em seguida 
sua grafia correta. 
4º - divisão silábica: se for dividir sílabas, use hífen. A gente 
não usa “underline” (traço abaixo da sílaba) no português. 
É muito importante evitar a cacofonia: aquela divisão silábica 
que gera uma leitura desagradável ou que induz o leitor a 
compreender um significado prévio, diferente do que se quer 
escrever ao final. 
Exemplo: 
Cu- 
 
riosidade. 
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a. Também não deixe sobrar apenas uma vogal na divisão. 
a- 
manhece. 
 
5º letra maiúscula: não usamos letra maiúscula após dois pontos 
ou após ponto e vírgula, ressalvados os casos em que o nome for 
próprio. 
• Cargos e órgãos especificados são grafados com maiúsculas: 
Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal de Contas da União, 
Presidente Dilma Rousself etc. 
• Siglas são grafadas com todas as letras maiúsculas e sem 
pontinhos entre elas: TST, TRE, ONU etc. 
• Acrônimos (siglas que viraram palavras) são grafados apenas 
com inicial maiúscula: Petrobras, Mdic, Ibama, Cemig etc. 
Já que falamos em siglas, evite usá-las sem, num primeiro uso, 
acompanhá-las do nome extensivo. A melhor forma de empregar 
siglas é a seguinte: Tribunal Superior do Trabalho (TST) 
Depois desse acompanhamento, usa-se normalmente a sigla, 
ao longo do texto. 
 
 
Os Aspectos Gramaticais 
 
 Aqui está o maior número de erros gramaticais 
facilmente cometidos em prova: 
Concordância Verbal 
• SUJEITO DISTANTE DO VERBO 
Prefira fazer frases curtas, que ocupem no máximo apenas 
três linhas. Isso ajudará você a perder a relação sujeito e verbo. 
Exemplo: 
a) O desfrute dos amigos e da família, na sociedade 
contemporânea, é coisa rara hoje. 
 
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Perceba que o núcleo é “desfrute”, mas, sem querer, 
envolvidos pela conjunção aditiva E, poderemos no distrair e 
levar o verbo para o plural. 
 
• VERBOS TER E VIR 
 O plural desses verbos sempre confunde os redatores. Sua 
forma de expressão correta é 
Eles têm/eles vêm 
 
• VERBOS IMPESSOAIS 
Se forem usar o verbo HAVER ou FAZER, indicando tempo 
decorrido ou fenômeno natural, usem-nos no singular. 
Exemplos: 
Faz anos que o país deixou de investir com seriedade em 
educação. 
A reforma do Estado começou há alguns anos. 
Vale uma observação: se empregarem o verbo HAVER no 
sentido acima, vocês devem tomar o devido cuidado para não 
empregarem a forma redundante “atrás”. Esse advérbio só 
pode ser empregado, quando não há o verbo haver. 
 O verbo TRATAR-SE é outro impessoal que deve ser 
empregado apenas no singular. Mas, como se trata de um verbo que 
induz vocês a erro, recomendo usar sinônimos dele. Assim, usem 
CONSISTE, SIGNIFICA, É etc. Mas não usem “trata-se”. 
 
• Verbos pronominais 
São aqueles verbos que possuem partícula SE. Numa dissertação, 
a gente usa muito tais formas verbais. Sendo assim, é preciso ter 
cuidado com a concordância. 
Portanto, um teste simples ajudará a perceber se a aplicação do 
verbo foi correta: vale tentar reescrever a frase. Se for possível, 
estabeleceremos a concordância. Se não o for, o verbo deverá 
obrigatoriamente ficar no singular. 
Exemplos: 
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Constroem-se prédios de luxo na capital 
 
= 
Prédios de luxo são construídos (apareceu o plural!) 
Portanto, a frase original estava correta (constroem-se) 
 
 Vive-se bem nas urbes pequenas. 
 
 Nesse caso, a gente não consegue reescrever a frase. O verbo, 
então, ficará no singular. 
 
Concordância nominal 
 Alguns casos de concordância nominal, situação em que, 
geralmente, o adjetivo concorda com o substantivo da frase, geram 
dúvidas. Vamos a eles: 
 
• é bom, é necessário, é proibido, etc. 
 Tais expressões estabelecerão concordância, se o substantivo 
vier precedido de artigo. Do contrário, permanecerão invariáveis. 
 Exemplos: 
a. É necessário crase neste a. 
b. É necessária a crase neste a. 
 
Caso 2 – alerta 
 Alerta é advérbio; por isso, deverá ser empregado sempre no 
singular. 
Exemplo: os candidatos devem estar alerta para a mudança 
da data da prova. 
 
Caso 3 – milhar 
Milhar e milhão são expressões masculinas. 
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Assim, dizemos “alguns milhares de mulheres protestaram”. 
 
Regência verbal 
 Vez ou outra ocorre de o candidato ter dúvidas quanto ao 
emprego da preposição para alguns verbos. 
 Nas redações para concursos, os verbos que geram tal dúvida 
são praticamente estes: assistir, visar, lembrar, implicar, acarretar. 
 Assistir 
• Quando tal verbo traz o sentido de ver, presenciar, ele deverá 
ser empregado com preposição “a”. 
Ex.: assiste-se hoje a manifestações contra o governo. 
Visar 
• Com o sentido de desejar, almejar, o verbo visar solicita 
preposição: 
A Polícia visa à contratação de novos agentes. 
• Mas, se for seguido de outro verbo, o verbo “visar” poderá 
dispensar a preposição: 
A Polícia visa contratar novos agentes. 
 
Lembrar/esquecer 
• sem o pronome, tais verbos não recebem preposição. 
Exemplo: lembramos a regra durante a prova. 
• Com o pronome, tais verbos exigirão preposição. Exemplo: 
lembramo-nos da regra durante a prova. 
 
Implicar/acarretar 
• o verbo acarretar nunca deverá ser seguido de 
preposição. E o verbo implicar, quando indica o mesmo 
sentido de acarretar, também não poderá vir 
preposicionado. Exemplo: as leis acarretam segurança 
social./as leis implicam segurança social. 
• Numa boa, recomendo usar um sinônimo no lugar de 
implicar e acarretar. Se sentirem insegurança quanto à 
regência desses verbos, use o verbo GERAR ou 
RESULTAR, pois a regência é sempre mais simples e 
mais popular do que a dos demais verbos. 
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Emprego da Crase 
 
Aqui vamos fazer uma pequena revisão sobre o uso da crase, o 
que é comum tanto para provas objetivas quanto para provas 
discursivas: 
casos de ocorrência da crase 
Como a crase é, na maioria dos casos, fruto de uma relação de 
regência. O primeiro que devemos fazer é observar se há algum 
nome, exigindo a preposição A. Em seguida, devemos observar a 
possibilidade de existir outro A, ao qual a preposição A irá se fundir, 
para formar o que chamamos “crase”. 
Exemplos: 
a. No combate à prática de crimes... (o combate A + A (artigo 
def. feminino) 
b. ...destinado àquele mesmo padrão. (destinado A + A do 
pronome AQUELE) 
Casos em que não deve haver crase 
 Vale lembrar que não se usa crase nos seguintes casos: 
a. Antes de verbo: a partir de hoje,... 
b. Antes de masculino: a prazo, a despeito de, ... 
c. Entre palavras repetidas: dia a dia, cara a cara, ponta a 
ponta,... 
d. Antes de artigo indefinido:refere-se a uma lei... 
e. Antes de pronomes indefinidos: cada, toda, nenhuma, alguma, 
certas, qualquer etc. 
f. Antes de pronomes em geral: esta, essa, ela, V. Exa., etc. 
 
Casos em que a crase possui emprego facultativo 
Antes de possessivos femininos no singular: refere-se a sua ideia = 
refere-se à sua ideia. 
• Se a palavra feminina estiver no plural, haverá crase 
somente se antes dela vier o artigo definido também no 
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plural. Exemplo: refere-se a leis federais/refere-se às 
leis federais. 
• Reiterando: cuidado com UMA, TODA, CADA, ESTA, 
ESSA. Tais formas não recebem crase! 
 
 
 
Emprego de pronomes 
 
a. O pronome ONDE é empregado apenas para referência a 
lugar. Sendo assim, como seu uso é restrito, recomendo um 
sinônimo seguro: EM QUE. 
b. MESMO: não use “o mesmo”, “a mesma”. É jargão!!! Usem 
ELE, ELA, ESTE, ESTA. 
 
Colocação de pronomes oblíquos átonos 
 
a. Quando antes do verbo houver outro pronome, advérbio ou 
conjunção subordinativa, antecipe o oblíquo para que ele 
possa estar em posição de próclise. Exemplos: 
• Estes se dividem em dois grupos. 
• Não se deixou abater pelas denúncias. 
• Certamente se comprometeria... 
• Embora se opusesse ao grupo,... 
b. Não use pronome oblíquo átono após qualquer futuro ou no 
início de frases. Exemplos: 
• Conquistaria-se o poder...(errado) 
• Assim, se manifestando....(errado) 
 
Correto: conquistar-se-ia o poder... / Assim, manifestando-
se... 
 
Pontuação 
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 Faça frases curtas. Isso ajuda você a não gastar vírgula em 
vão. 
Sempre que aplicar a vírgula, ressalvados os casos a seguir, faça 
o seguinte teste: leia frase e pare na vírgula. Se o que leu possuir 
sentido, a vírgula está correta. Se interromper o sentido, vírgula 
errada. 
 
 Agora, é legal empregar vírgula depois de expressões 
adverbiais, tais como as seguintes: Além disso, ...; Portanto (e 
outras conclusivas),...; No entanto,...Sendo assim,... 
 Se empregar a expressão POR EXEMPLO, use uma vírgula 
antes e depois dessa expressão. 
 Jamais use o sinal de dois pontos, sem antes empregar um 
pronome catafórico, ou seja, um pronome que anuncie a 
enumeração ou explicação. Exemplos: ...como o seguinte:... ou 
...como estas:... 
 Agora, jamais use ponto final antes de POIS e de GERÚNDIO, 
principalmente quando o gerúndio estiver continuando a frase. 
 
Os Aspectos Textuais 
 
Agora vamos abordar um conjunto de erros gramaticais que 
podem até alterar o sentido do que o candidato previa para o texto. 
Para este último aspecto, vale manter o gás e centrar-se nos 
estudos: 
 
As conjunções 
 
Causais: na medida em que e porquanto são conjunções com o 
valor de PORQUE. O problema é que muita gente se equivoca com a 
grafia delas. Assim, recomendamos que você use os bons e velhos 
“porque, pois, já que”. 
a. Concessivas: posto que é concessiva. Jamais use posto que 
para dar sentido de porque!!! 
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b. Finais: para e a fim de (que) são as duas, praticamente, 
únicas conjunções finais. O cuidado está no uso da final “a fim 
de que”, cuja grafia correta é essa, em que o “a” fica separado 
do “fim”. 
c. Adversativas (mas, porém, no entanto, entretanto, contudo, 
todavia): não há problemas sérios com o uso de adversativas. 
No entanto, é bom usar vírgula depois delas! 
d. Usem conjunções conclusivas para finalizar a redação! Essas 
conjunções deixam bem claro para o examinador que seu 
texto entrou na reta final. 
São conclusivas as seguintes conjunções: portanto, por 
conseguinte, logo, por isso etc. Usem vírgula depois delas, ok. 
• ”Diante do exposto” é típico de texto narrativo. Essa 
expressão deve ser evitada nas dissertações! 
 
Pronomes anafóricos 
 
 Assunto de extrema importância! Sempre que forem se 
remeter à frase (ideia anterior), usem as formas pronominais esse, 
essa, isso, fazendo-se a devida concordância. 
Exemplo: houve críticas ao programa social. Isso gerou sua 
interrupção. 
Por outro lado, se forem fazer referência a nome isolado, usem 
este, esta. 
Exemplo: houver críticas ao programa social. Este não atendia 
efetivamente as camadas mais pobres. 
 
Vocabulário 
 
Pessoal, evitem usar estes termos, porque vocês podem cometer 
erros, por desconhecimento ou por desatenção: onde, o mesmo, 
tratar-se, carta magna, dentre, posto que, diante do exposto, 
acima, abaixo, mister, hodiernamente. 
Se forem usar termos latinos ou estrangeiros, usem aspas. 
 
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Bom, com isso, vimos os aspectos principais da 
microestrutura. Nosso trabalho agora será aplicar os conhecimentos 
na redação. 
Abraço a todos e até mais! 
Júnia Andrade