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GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES AMBIENTAIS CAPÍTULO 2 - A CIÊNCIA DAS RELAÇÕES HUMANAS AFETA O CRESCIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES? Fernanda de Souza Sezerino INICIAR Introdução As organizações estão presentes na vida dos seres humanos desde o seu nascimento, como é o caso da família. Elas podem ser de diversos tamanhos, com diversos objetivos e finalidades. Schultz (2016, p. 101), em uma análise dos teóricos que contribuíram nos estudos sobre as organizações, conclui que elas são sistemas sociais constituídos por subsistemas que procuram resolver quatro problemas principais: adaptar as organizações ao ambiente externo; definir quais são seus objetivos e quais os recursos necessários para atingi-los; integrar e coordenar as diferentes unidades da organização; e, por fim, manter a motivação e a cultura organizacional. Será que existe um modelo de organização ideal? Pela grande diversidade e complexidade, elas podem ter diferentes estruturas organizacionais. Além disso, elas se estruturam a partir das diferentes concepções teóricas. Mas o que isso significa, na prática? As organizações geridas a partir das teorias clássicas da administração estão focadas, especialmente, nas tarefas, na organização, no cumprimento de metas; enquanto aquelas baseadas na teoria das relações humanas possuem uma abordagem focada no comportamento humano e em suas relações sociais. Considerando a complexidade dos seres humanos e as diferentes culturas, será que isso pode afetar negativamente as organizações? Você já se deparou com o termo “cultura” e “clima” organizacional? Eles auxiliam na compreensão destas relações sociais e na análise de como isso pode afetar, positiva ou negativamente, uma organização. É o que estudaremos neste capítulo. Bons estudos! 2.1 Estrutura Organizacional Para iniciar nossos estudos, veremos neste tópico quais são as definições e as funções da estrutura organizacional de uma instituição. Ela se refere a forma com que as instituições se organizam e se estruturam. No entanto, como veremos a seguir, existem diferentes estruturas organizacionais, estabelecidas conforme a complexidade, o tamanho, os objetivos e as finalidades de cada uma delas. Também iremos compreender e refletir sobre como a abordagem comportamental influencia na estrutura organizacional, destacando quais sãos seus pontos positivos e negativos. Essa abordagem tem o foco no comportamento das pessoas envolvidas nas atividades da organização, pois, ao contrário das abordagens clássicas, onde os seres humanos eram vistos como “máquinas”, temos sentimentos e comportamentos que podem influenciar nas nossas atitudes. 2.1.1 Definições e funções da estrutura organizacional O termo “estrutura organizacional” remete à forma como as instituições estão “estruturadas” e “organizadas”. Mas, na prática, o que isso significa? Schultz (2016, p. 110-111) entende que a estrutura organizacional é o formato interno da organização, ou seja, a representação dos seus níveis hierárquicos, que podem ser compostos por diferentes setores, departamentos, áreas e funções. Para o autor, é ela que vai determinar a divisão do trabalho, as atribuições dos cargos de chefia, quais são as relações de subordinação, a centralização ou descentralização na tomada de decisões, além dos fluxos de informação que deverão ocorrer, internamente, para que os objetivos da organização sejam alcançados. A estrutura organizacional, para Hall (2004, p. 47), pode ser considerada como a combinação das partes organizacionais e apresenta três funções principais: 1. produzir resultados e atingir metas organizacionais, ou seja, ser eficaz; 2. minimizar ou regular a influência das variações individuais na organização, fazendo com que os indivíduos se adaptem às exigências da organização e não o contrário; 3. determinar a hierarquia do poder e, consequentemente, as estruturas para a tomada de decisão e a realização das atividades organizacionais. No entanto, devemos considerar que as organizações são complexas e diferentes umas das outras, o que, consequentemente, proporciona a identificação de várias diferenciações entre as estruturas organizacionais, como veremos a seguir. 2.1.2 Complexidade e as diferentes estruturas organizacionais Pela teoria burocrática, desenvolvida por Max Weber, existe um ideal de organização, chamado de burocracia, com uma hierarquia de autoridade, divisão do trabalho, especialistas competentes, métodos de trabalhos, regras para os cargos e funções e remunerações diferenciadas. Ocorre que, na prática, existem diferenças estruturais entre as unidades de trabalho, setores, departamentos e divisões (por exemplo: financeiro, gestão de pessoas, produção; ou entre organizações de educação, do ramo alimentício, automobilístico, entre tantos outros) e também diferenças de acordo com o nível de hierarquia, pois alguns desses setores ou departamentos necessitam de maior ou menor detalhamento de níveis hierárquicos e subsistemas (HALL, 2004). Essas variações são visíveis no caso das multinacionais, em que cada unidade em um país possui uma estrutura organizacional diferente, adaptada ao contexto e às externalidades envolvidas. Estes fatores explicam a complexidade envolvida nas organizações, e quanto mais complexa, entende-se que é maior a dificuldade na sua coordenação e controle. Hall (2004) explica que a complexidade apresenta três elementos principais: a diferenciação horizontal, a diferenciação vertical (ou hierárquica) e a dispersão geográfica, conforme apresentamos abaixo. A diferenciação horizontal se refere ao modo como as tarefas desempenhadas pela organização são divididas entre os especialistas e não especialistas. Nesta percepção, quanto maior o número de especialidades ocupacionais e maior o tempo de capacitação e treinamento necessário, maior a complexidade da organização. Como exemplo, podemos citar o hospital, com suas diversas especialidades médicas, por isso é considerado uma organização complexa. Outra percepção se refere à divisão do trabalho das tarefas altamente especializadas, repetitivas e Figura 1 - Diferentes estruturas organizacionais de departamentos ou setores de uma mesma organização. Fonte: Vaju Ariel, Shutterstock, 2018. rotineiras, ou seja, quanto mais dividido, respeitando a hierarquia – diferenciação vertical (por exemplo: Analista I, II e III ou Diretor 1, 2 e 3, diferenciados pelo tempo de serviço e remuneração) –, maior a complexidade. A diferenciação vertical está relacionada com a hierarquia, ou seja, com o número de cargos a partir do principal executivo até os trabalhadores da produção. Nessa concepção, quanto maior o nível hierárquico, maior a autoridade, e quanto mais níveis hierárquicos, maior a complexidade. A dispersão geográfica se refere à distribuição dos centros de poder ou das tarefas, como a divisão entre matriz e filiais, ou escritório central e escritórios regionais, entre outros. Com a dispersão geográfica, a complexidade aumenta, mesmo que a diferenciação vertical seja a mesma em ambas as unidades ou escritórios dispersos. No geral, podemos perceber que as organizações simples seriam as pequenas empresas, com uma pequena divisão do trabalho e poucos níveis hierárquicos, enquanto a maioria das organizações modernas é complexa, em uma ou em todas as diferenciações analisadas, como é o caso de grandes empresas como a Microsoft ou a Ford Motors, o Governo Federal, a Igreja Católica, entre tantas outras organizações. Essas diferenciações irão compor o desenho organizacional, também conhecido como organograma, ou seja, as inter-relações entre os componentes da estrutura (áreas, setores, departamentos, entre outros) (SCHULTZ, 2016). Trata-se de um desenho esquemático ou gráfico que mostra a disposição dos componentes da estrutura organizacional e as relações existentes entre eles, como ilustra a figura a seguir. Cabe ressaltar que os organogramas apresentam a estrutura organizacional formal, tanto funcional como hierárquica, porém, muitas organizações apresentam relações sociais que não estão descritasna estrutura formal, como explica Schultz (2016, p. 113-114). Para o autor, essa estrutura organizacional informal pode surgir a partir das necessidades pessoais ou de grupos de trabalhadores. Ambas as estruturas auxiliam no entendimento dos fenômenos que ocorrem nas organizações: a formal é planejada, racionalizada e previsível, ou seja, é possível saber quem é responsável pela tomada de decisão e quais as rotinas de gestão; enquanto a informal é dinâmica, resultado das interações sociais, nas relações de trabalho ou amizade Figura 2 - Organograma do Ministério do Meio Ambiente com a divisão dos órgãos e secretarias. Fonte: MMA (2017). dentro da organização. Elas podem refletir em maior produtividade, eficiência e qualidade das atividades, assim como podem se tornar uma barreira na implantação de novos projetos, programas ou uma mudança organizacional. 2.1.3 Abordagem comportamentalista das organizações A abordagem comportamentalista é considerada como um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, por isso também é conhecida como “novas relações humanas”. Ela faz uma crítica à Teoria Clássica, por sua rigidez e mecanicismo, assim como à Teoria Burocrática, pelo seu “modelo de máquina”, valorizando o comportamento individual e a redução das normativas, característica das teorias anteriores (SILVA, 2008). Schultz (2016, p. 103) também destaca que a teoria comportamental da administração, parte do entendimento da personalidade e dos condicionantes cognitivos dos indivíduos, considerando que eles são determinantes do comportamento das organizações. Uma das principais contribuições sobre a abordagem comportamental foram os estudos de Kurt Lewin (1890-1947), alemão e doutor em psicologia, que buscava estabelecer uma ligação entre a teoria social e a ação social, com o foco nos pequenos grupos (menos de sete pessoas). Para ele, os grupos se formam a partir de um consenso interpessoal, resultando na solidariedade grupal. Além disso, devem ser considerados os seguintes elementos dos grupos: a continuidade e a duração da associação, o tamanho, o papel e a natureza das tarefas, os objetivos e a produção do grupo, a autonomia e acomodação dentro da instituição. Os grupos precisam ter interação, proximidade na localização, interesses comuns, tamanho que possibilite a interação e comunicação. A partir disso, eles se estruturam, controlam o comportamento dos participantes, são mais resistentes às mudanças e produzem seus líderes (SILVA, 2008). Entretanto, essa solidariedade grupal pode se refletir negativamente para a organização, como vimos anteriormente sobre as estruturas organizacionais informais – por exemplo: um grupo pode acordar em diminuir o ritmo de produção, como forma de resistência a alguma mudança institucional. Alguns autores constatam que os indivíduos ou grupos reagem e moldam suas condutas conforme forem os estímulos e as pressões recebidas pelo ambiente em que estão integrados. Dessa forma, o comportamento organizacional depende da natureza do ser humano e da sua personalidade (SCHULTZ, 2016, p. 103). Hebert Simon (1916-2001) também se destaca na abordagem comportamentalista ao se preocupar com o comportamento humano no processo de tomada de decisão e resolução dos problemas organizacionais. Ele destaca o conceito de “homem satisfatório”, que significa que “o objetivo da administração não deve ser maximizado ou otimizar a atividade, e sim, alcançar a condição que satisfaça”, ou seja, adotar um curso de ação satisfatório sob todos os pontos de vista, ao invés do melhor curso de ação possível (SILVA, 2008, p. 203). Hebert Alexander Simon (1916-2001) foi um economista e psicólogo norte americano muito influente nas ciências sociais. Ao longo da sua carreira, dedicou suas pesquisas no campo da psicologia, economia, administração e inteligência artificial. Seus estudos sobre o comportamento humano foram premiados internacionalmente, dentre eles, destaca-se o prêmio Nobel da Economia em 1978 e a Medalha Nacional da Ciência em 1986 (CARNEGIE MELLON UNIVERSITY, 2003). Na concepção de Simon, a hierarquia é entendida como uma forma de se estabelecer as possíveis relações entre os meios (por meio da tomada de decisões pelas autoridades) e os fins (os objetivos da organização), condicionadas pelos valores e regras da organização (SCHULTZ, 2016, p. 105). Podemos concluir, portanto, que a abordagem comportamental tem como foco as pessoas, uma preocupação com o processo de trabalho e a tomada de decisão, ou seja, o comportamento organizacional, além do entendimento de que todas as pessoas precisam estar motivadas para responder às suas funções e atribuições. VOCÊ O CONHECE? 2.2 Dimensões estruturais das organizações As organizações podem ser analisadas e explicadas a partir de duas dimensões principais: as contextuais (características internas) ou as estruturais (características da organização e do ambiente). Elas são interdependentes e revelam informações significativas sobre a organização. Neste tópico estudaremos os elementos que compõem cada uma das dimensões. A dimensão contextual inclui o tamanho da organização, as tecnologias utilizadas, a cultura interna, assim como a cultura do país onde a organização está instalada, além do ambiente, do projeto, das metas e estratégias organizacionais. Enquanto a dimensão estrutural inclui a formalização, a especialização, a hierarquia e a centralização. Veremos o significado de cada um desses elementos a seguir. 2.2.1 Dimensões contextuais A dimensão contextual inclui o tamanho organizacional, a tecnologia, a cultura interna e os fatores culturais nacionais, o ambiente e o projeto organizacional, bem como suas metas e estratégias. Hall (2004, p. 80-81) explica que essas condições contextuais, ou seja, a situação em que a organização se encontra, são resultados de decisões tomadas anteriormente, na tentativa de conduzi-la a um nível maior de eficiência. O tamanho tem vários componentes: a capacidade física da organização, o pessoal disponível, os insumos ou resultados (como o número de clientes, o volume de vendas, entre outros), e os recursos para investimento. Essas variáveis podem estar inter-relacionas, por exemplo: maior capacidade física, mais pessoas e mais resultados. Hall (2004) destaca que elas podem ser uma consequência, mas também uma covariação ou um determinante do tamanho, por isso ele é considerado a principal variável desta dimensão. A tecnologia tem um grande impacto nas organizações. Ela pode ser muito positiva, quando está adequada à estrutura organizacional, caso contrário, pode se tornar um problema e até mesmo influenciar na ineficiência da organização. A Cultura interna, ou cultural organizacional, é um conjunto de valores, de crenças, percepções, padrões de comportamento dos integrantes da organização. Geralmente elas são marcantes e fortes e, por isso, têm resistências às mudanças. Ela faz parte do contexto da organização em que as estruturas são formadas. Já a cultura nacional se refere à cultura do país onde a organização está localizada e tem grande influência na forma como as organizações se estruturam, como vimos anteriormente no caso nas organizações multinacionais. O Ambiente organizacional pode ser considerado hostil ou amigável e engloba diversos fatores, como a concorrência, o contexto ambiental e de recursos naturais, as novas tecnologias e produtos, entre outros. Por fim, o Projeto organizacional é o conjunto de planos, ações e procedimentos para atingir as metas e os objetivos da organização, conforme as estratégias que serão definidas. Para saber mais sobre os componentes da dimensão contextual, leia o Capítulo 4 do livro Organizações: estruturas, processos e resultados, de Richard Hall (2004). O autor explica cada um dos componentes (tamanho, tecnologia, cultura interna, ambiente, cultura nacional e o projeto organizacional) a partir de diversos exemplos, experiências e concepções de estudiosos das organizações. Agora vamos entender mais sobre a dimensão estrutural das organizações.2.2.2 Dimensões estruturais As dimensões estruturais representam suas estruturas formal e informal (como vimos acima) e são influenciadas, significativamente, pela estrutura burocrática (SCHULTZ, 2016, p. 114). A estrutura burocrática pode se alterar ao longo do tempo para se adaptar às exigências ou pressões do ambiente organizacional. No entanto, os estudos de Max Weber, pioneiro na descrição e análise da estrutura burocrática, apontam que se trata de um sistema de gestão que busca eliminar as características voluntárias inerentes à natureza humana, pois elas podem influenciar no controle dos processos de gestão (SCHULTZ, 2016, p. 117). A estrutura organizacional pode revelar qual é o grau de burocratização a partir das suas dimensões: formalização, especialização, hierarquia e centralização. Cabe ressaltar que esta estrutura burocrática pode ser acordada e pactuada com os integrantes da organização, ou ser imposta pelas autoridades. VOCÊ QUER LER? Estas características estão presentes em maior ou menor grau em cada organização, o que possibilita a classificação em diferentes tipos, como veremos no tópico a seguir. Quadro 1 - Dimensões estruturais das organizações burocráticas e suas principais características. Fonte: Elaborado pela autora, baseado em SCHULTZ (2008). 2.3 Tipos de estruturas organizacionais e de organizações As dimensões contextuais e estruturais com suas variáveis, como vimos anteriormente, contribuem para que as organizações sejam diferentes umas das outras. Com isso, existem algumas formas de classificá-las, como veremos neste tópico. As organizações podem ser classificadas conforme sua formalidade (formal ou informal), quanto aos seus objetivos (com ou sem fins lucrativos ou, ainda, produtora de bens ou prestadora de serviços), quanto ao setor de atuação, como agrícola, automobilística, médica, educacional, entre outras. Além disso, outros autores estabelecem diferentes critérios para a classificação em tipologias, como é o caso do grau de hierarquia. Vamos apresentar exemplos de cada tipologia de organização e suas principais características. 2.3.1 Tipologias de organizações Existem diversas maneiras de estruturar uma organização. A combinação das diferentes características dos níveis organizacionais irá resultar em uma multiplicidade de tipos de estruturas (SCHULTZ, 2016, p. 128). As organizações podem ser classificadas de diversas formas: por finalidade: formal ou informal; quanto ao objetivo: com fins lucrativos ou sem fins lucrativos; produtoras de bens ou prestadoras de serviços. setor de atuação: organização educacional, agrícola, médica, entre outras. Além disso, é possível dividir esses tipos em mais classificações, por exemplo: uma organização formal pode ser inteiramente, parcialmente ou não formalizada. No entanto, essa forma de classificação não contempla, necessariamente, as tipologias de estruturas organizacionais, pois nem sempre teremos organizações educacionais (classificação por área de atuação), por exemplo, com a mesma estrutura organizacional. Por isso, os pesquisadores desenvolveram outras formas de classificá-las. Para Maximiano (2000, p. 328-329) as organizações podem ser classificadas em mecanicista ou orgânica. A mecanicista, também conhecida como burocrática, imita o funcionamento de uma máquina, ou seja, as pessoas têm pouca autonomia, não há espaços para improvisos, são muito rígidas e regulamentadas. Além disso, há outras características desse tipo de organização. Veremos a seguir. A filosofia da organização enfatiza os princípios da eficiência, previsibilidade, segurança e aversão ao risco. As tarefas são pouco interdependentes. Elevado nível de especialização das pessoas e atividades. A organização busca a simetria e uniformidade em seu organograma. Centralização de autoridade. Liderança autocrática. Regras, regulamentos e procedimentos bem definidos, registrados por escrito, que possam prever todas as possibilidades de comportamento para submetê- los às normas. As relações humanas são formais, entre outras. O tipo de organização orgânica, ao contrário, dá maior ênfase ao sistema social, às pessoas e à comunicação, e a hierarquia e especialização são menos importantes do que no tipo anterior. São características das organizações orgânicas, segundo Maximiano (2000): a administração adota uma filosofia que tem como princípios a eficácia, a adaptabilidade e a sensibilidade para as mudanças. os objetivos são definidos a partir da ampla participação das pessoas envolvidas e de todos os níveis organizacionais. o conhecimento é a fonte da autoridade. o estilo de liderança é o democrático e as decisões são discutidas em conjunto e compartilhadas entre os chefes/líderes e os seus subordinados. reduzido nível de especialização. a departamentalização é heterogênea, entre outros. Já Schultz (2016) considera que o primeiro passo para a classificação das tipologias é a identificação dos níveis hierárquicos existentes. 1. O nível técnico: os operários em fábricas, médicos em hospitais, professores em universidades, entre outros. 2. O nível da administração: a coordenação das partes e dos esforços. 3. O nível institucional: vinculação da organização ao sistema social mais amplo. Mintzberg (1991) propõe uma classificação com sete tipos de organização, a partir da combinação dos componentes da organização, sendo eles: a cúpula estratégica (os proprietários, diretores, presidentes, reitores), a linha intermediária (os gerentes, ou pró-reitores, por exemplo), o núcleo operacional, a tecnoestrutura (os analistas de planejamento, de controle, de pessoal, entre outros) e, por fim, a assessoria de apoio (departamento ou setor financeiro, de logística, serviços em geral, entre outros), como mostra a figura a seguir. A partir das diferentes combinações entre esses componentes, podem ser identificados sete tipos de organização, como mostra o quadro abaixo. Figura 3 - Componentes da organização: cúpula estratégica, linha intermediária, núcleo operacional, tecnoestrutura e assessoria de apoio. Fonte: Mintzberg (2001) apud Schultz (2016). Parsons (1960) apud Hall (2004, p. 37) apresenta outra proposta de classificação, baseada no tipo de função ou na meta estabelecida pela organização. Nessa concepção, as organizações são classificadas em quatro tipos. 1. Organização de produção: aquela que fabrica os bens de consumo. Quadro 2 - Tipos de organização a partir da combinação dos diferentes componentes, suas características e exemplos. Fonte: Elaborado pela autora, baseado em Schultz (2016). 2. Organização orientada a metas políticas: aquela que possibilita que a sociedade alcance as metas às quais atribui valor, por meio da geração e distribuição de poder. 3. Organização integradora: aquela cujo objetivo é a resolução de conflitos, por isso, direciona os estímulos e as motivações para a concretização das expectativas da organização, assegurando que toda a sociedade e as pessoas envolvidas trabalhem em conjunto. Organização de manutenção de padrões: aquela que proporciona a continuidade da sociedade por meio de atividades educacionais, culturais, patrimoniais, entre outras. No entanto, essa proposta é ampla, pois podemos encontrar exemplos de organizações que se enquadram em mais de um desses tipos. Ao mesmo tempo, algumas organizações não conseguem se encaixar em um desses tipos, como é o caso dos hospitais, por exemplo. Podemos concluir que a complexidade das organizações, especialmente as contemporâneas, dificulta a classificação em tipologias, seja qual for seu critério para agrupamento em determinados tipos, porém, elas auxiliam no estudo dessas instituições e possibilitam análises comparativas. 2.4 Cultura e mudança organizacional A cultura e o clima organizacional, embora sejam conceitos diferentes, estão diretamente relacionados e afetam a eficiência da organização, seja no desenvolvimento das atividades ou nos resultados finais. Neste tópico veremos a diferença entre clima e cultura organizacional, suas definições,e a forma como se inter-relacionam. Tanto o clima como a cultura dentro de uma organização são dinâmicos, ou seja, podem se alterar a qualquer momento, conforme forem os fatores de influência. Isso pode afetar, inclusive, na mudança das organizações, ou, ao contrário, a cultura organizacional pode se tornar resistente às mudanças. Portanto, analisaremos também quais são as mudanças que podem ocorrer nas organizações, por que elas ocorrem, quais são os tipos de mudanças e como elas afetam na organização, e se essas mudanças a afetam positiva ou negativamente. 2.4.1 Clima organizacional Segundo Maximiano (2000, p. 107), o clima é “representado pelos conceitos e sentimentos que as pessoas partilham a respeito da organização e que afetam de maneira positiva ou negativa sua satisfação e motivação para o trabalho”. Esses sentimentos podem ser manifestados pelo trabalho, salários, comportamento dos chefes, relação com os colegas, até pelas instalações físicas. O clima organizacional, portanto, reflete as percepções que os colaboradores têm sobre o ambiente de trabalho. Para Araújo e Tagliocolo (2007), o clima organizacional é afetado por quatro dimensões: 1. resistência à mudança: alterações na rotina de trabalho, mesmo que por outra mais eficiente; 2. estresse: devido às ações rotineiras e ao relacionamento com as pessoas no trabalho; pode ser causado por fatores organizacionais ou pessoais; 3. liderança: relacionamento com o líder, podendo ser motivacional ou desestimulante; 4. motivação: é muito relacionada a aspectos internos, mas a organização pode gerar estímulos externos que motivem ou funcionários, contudo, cada pessoa tem diferentes percepções, podendo se motivar ou não com determinado estímulo. Para conhecer abordagens de análise do clima organizacional, leia o Capítulo 4 do livro Cultura e Clima Organizacional: compreendendo a essência das organizações, de Carla Patricia da Silva Souza (2014). A autora reúne vários modelos apresentados e aplicados por diversos autores, a fim de evidenciar a familiaridade e as particularidades de cada uma delas. VOCÊ QUER LER? O clima organizacional é um dos principais fatores na determinação da qualidade de vida no trabalho, por isso merece atenção por parte dos gestores. VOCÊ SABIA? A Qualidade de vida no trabalho (QVT) busca satisfazer as necessidades dos trabalhadores ao desenvolver suas atividades na organização. Ela compreende ações de desenvolvimento pessoal e profissional, melhoria e adequação da estrutura física, promoção da saúde e segurança, integração social. Ela parte do pressuposto de que as pessoas são mais produtivas quando estão mais satisfeitas com o trabalho, por isso se preocupa em conciliar os interesses dos indivíduos com a organização (MMA, [20--?]). Existem diversos indicadores e metodologias de pesquisa do clima organizacional, que ajudam as organizações a identificarem o alinhamento entre os esforços individuais organizacionais e as estratégias da organização. Diversas instituições desenvolveram modelos de pesquisa do clima organizacional nas empresas. A Endeavor (NANTES, 2011) ressalta a importância e dá dicas de como elaborar a pesquisa do clima nas empresas e disponibiliza quatro modelos diferentes, que podem ser consultados em: . Para Altmann (2000) apud Souza (2014), o monitoramento do clima organizacional tem vários benefícios, como: a. maior envolvimento dos funcionários no ambiente de trabalho, gerando maior satisfação e motivação, e, consequentemente, melhor desempenho; VOCÊ QUER LER? https://rdstation-static.s3.amazonaws.com/cms%2Ffiles%2F6588%2F1425321504Ferramenta_Pesquisa_Clima+%281%29.pdf https://rdstation-static.s3.amazonaws.com/cms%2Ffiles%2F6588%2F1425321504Ferramenta_Pesquisa_Clima+%281%29.pdf https://rdstation-static.s3.amazonaws.com/cms%2Ffiles%2F6588%2F1425321504Ferramenta_Pesquisa_Clima+%281%29.pdf https://rdstation-static.s3.amazonaws.com/cms%2Ffiles%2F6588%2F1425321504Ferramenta_Pesquisa_Clima+%281%29.pdf https://rdstation-static.s3.amazonaws.com/cms%2Ffiles%2F6588%2F1425321504Ferramenta_Pesquisa_Clima+%281%29.pdf https://rdstation-static.s3.amazonaws.com/cms%2Ffiles%2F6588%2F1425321504Ferramenta_Pesquisa_Clima+%281%29.pdf b. melhoria da comunicação e acesso às informações entre os gerentes e demais colaboradores; c. oportunidade de comparação do ambiente de trabalho com outras organizações; d. planejamento de ações de prevenção de situações críticas e conflituosas que poderão afetar negativamente as equipes de trabalho, entre outras. CASO A Endeavor Brasil, uma organização global sem fins lucrativos que atua na área do empreendedorismo, divulgou uma pesquisa sobre os fatores que mais motivam os trabalhadores em uma empresa, e em 1º lugar estava: “ter um bom relacionamento com as pessoas com quem trabalho”. Ou seja, eles conseguiram identificar a importância do clima organizacional na motivação individual e coletiva dos trabalhadores (ENDEAVOR, 2018). O clima organizacional é mutável, ou seja, pode se alterar a qualquer momento, quando há alguma alteração nessas quatro dimensões. Ele também é diretamente influenciado pela cultura organizacional, como veremos a seguir. 2.4.2 Cultura organizacional A cultura organizacional começou a ser estudada após a Segunda Guerra Mundial, quando a produção americana entrou em declínio, enquanto a japonesa estava tendo sucesso. Os pesquisadores identificaram que a cultura japonesa é fortemente pautada pelo espírito de equipe, pela disciplina e ética, o que refletiu nos resultados positivos da produção. Assim, a análise da cultura organizacional passou a ser um importante instrumento de competitividade (SOUZA, 2014, p. 20). De acordo com Schein (2009, p. 3 apud SOUZA, 2014, p. 20), a cultural organizacional é o conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu para poder lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna, os quais funcionam bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir. Podemos compreender, portanto, que a cultura é uma construção coletiva de uma visão de mundo, de um sistema de valores, crenças, hábitos e costumes que direcionam as atividades e atitudes dos indivíduos (CAMPOS, 2014; SOUZA, 2014). O filme O Diabo Veste Prada (MCKENNA, 2006) aborda diversas situações do ambiente organizacional, como estilos de liderança, valores, assédio moral e também a cultural organizacional. Ele conta a história de uma jornalista que busca uma vaga em uma revista de moda, no entanto, com uma cultura organizacional completamente diferente dos seus valores pessoais, visando à lucratividade, à competitividade, à ampliação da atuação no mercado, entre outros. É essa cultura que diferença uma organização das demais, assim como ocorre com as diferentes nações, marcadas por culturas específicas, como é o caso do Brasil. Nosso País tem como características culturais o coletivismo, lealdade às pessoas, aversão ao conflito, personalismo, cordialidade, formalidade, mas também a malandragem, flexibilidade, o conhecido “jeitinho brasileiro”, além do paternalismo, postura de espectador e orientação a curto prazo (CHU, 2010 apud SOUZA, 2014). VOCÊ SABIA? A expressão “jeitinho brasileiro” é definida por Barroso (2017) como “comportamentos de um indivíduo voltados à resolução de problemas por via informal, valendo-se de diferentes recursos, que podem variar do uso do charme e da simpatia até a corrupção pura e simples”. Normalmente, junto com o jeitinho está embutida a tentativa de criar um vínculo afetivo ou emocional com o interlocutor envolvido na situação. VOCÊ QUER VER? O clima organizacional é um dos principais elementos da cultura das organizações,mas é importante entender as diferenças entre esses dois conceitos. O quadro abaixo apresenta as características de clima e cultura organizacional. A cultura organizacional é dinâmica, podendo ser aprendida, alterada e transmitida para novos membros. Ela abrange, principalmente, as normas informais de condutas na organização, também identificadas em rituais, cerimônias, mitos e preconceitos. Quadro 3 - Diferenças entre os conceitos de clima organizacional e cultura organizacional. Fonte: Elaborado pela autora, baseado em Souza (2014). Ela também desempenha várias funções na organização, dentre as quais, Souza (2014) destaca: delimitar as fronteiras da organização e de seus grupos; distinguir as organizações; criar a identidade dos membros da organização; definir e limitar a estratégia empresarial; controle social, como forma para alcançar os objetivos da organização; estabilidade do sistema social. Quadro 4 - Elementos da cultura organizacional e suas respectivas descrições e exemplos. Fonte: Elaborado pela autora, baseado em Souza (2014). A Google Brasil é bastante reconhecida pela sua cultural organizacional e por suas estratégias de motivação dos colaborares, o que reflete em um bom clima de trabalho na organização. Você pode conhecer mais, assistindo à entrevista ao jornal Valor Econômico (2014), disponível em: . Apesar dos benefícios, como aumento de competitividade, a tranquilidade, participação, confiança e melhoria na qualidade de vida no trabalho, a cultura organizacional pode dificultar o estabelecimento de mudanças nas estratégias da organização, como veremos a seguir. 2.4.3 Mudanças organizacionais A mudança organizacional é essencial para a promoção da criatividade e inovação, no entanto, lidamos com muitas incertezas no ambiente externo, além da cultura da organização se tornar resistente às mudanças. Entretanto, as mudanças só ocorrem pela atuação das pessoas, pois isso ela deve ser pensada e estudada em conjunto com todos os envolvidos, caso contrário, pode não ser colocada em prática e até abalar o clima na organização. Para Lima e Bressan (2003, p. 25) citado por Souza (2014, p. 76), a mudança organizacional é qualquer alteração, planejada ou não, nos componentes organizacionais – pessoas, trabalho, estrutura formas, cultura – ou nas relações entre a organização e seu ambiente, que possam ter consequências relevantes de natureza positiva ou negativa, para a eficiência, eficácia e/ou sustentabilidade organizacional. Existem diversas definições, porém esta destaca que as mudanças podem ser positivas ou negativas, além de ressaltar que nem sempre elas são planejadas. VOCÊ QUER VER? https://www.youtube.com/watch?v=Gg4GHGoqu3o&t=9s https://www.youtube.com/watch?v=Gg4GHGoqu3o&t=9s https://www.youtube.com/watch?v=Gg4GHGoqu3o&t=9s Para conhecer outros conceitos de mudança organizacional, leia o capítulo 3 do livro Cultura e Clima Organizacional (SOUZA, 2014). A autora apresenta a evolução histórica dos conceitos e as principais diferenças entre as abordagens dos autores citados. As razões das mudanças são inúmeras: novas coalizões e parcerias, novos mercados, novos investidores, ciclo de vida natural da organização, adaptações a novas tecnologias, inovação e competitividade, para obter mais lucro, para atrair novos membros, dentre outras. Sendo assim, podemos observar que elas podem ser influenciadas por situações internas, mas especialmente pelas externas. Um dos modelos de mudança organizacional mais conhecido é o do Kurt Lewin, que divide o processo de mudança em três fases: descongelamento, movimento e recongelamento O descongelamento se refere à insatisfação com a situação atual e implica em um equilíbrio que precisa ser rompido. O movimento é o processo das mudanças, quando serão implementados os novos modelos, comportamentos e sistemas. Por fim, o recongelamento se refere à institucionalização da mudança, retornando para a fase inicial (HATCH; CUNLIFFE, 2006). VOCÊ QUER LER? Figura 4 - Modelo de mudança organizacional de Lewin que divide o processo de mudança em três fases: Cabe ressaltar ainda que a organização pode demandar três tipos diferentes de mudanças (LAWLER III; WORLEY, 2006 apud SOUZA, 2014). 1. Ajustes estratégicos: são aqueles que envolvem as mudanças táticas do dia a dia, com objetivos de conquistar novos clientes, podendo trazer melhorias dos produtos e serviços. Essa mudança deve ser incremental, constante e natural. 2. Reorientações estratégicas: significa alterar ou adotar uma nova estratégia para a organização, o que demanda o desenvolvimento de novas competências e capacidades. 3. Mudança transformacional: se refere à transformação do modelo de negócio, seus produtos, serviços e clientes, requerendo novas competências e capacidades. O processo de mudanças é natural em muitas organizações, visto que o ciclo de vida (nascimento ou fundação, transformações, e a morte ou fechamento) demanda esses processos, seja para resolver algum problema interno, adequar-se às externalidades, ou para aumentar a produção e o lucro. No entanto, nem sempre é um processo simples, pois como vimos anteriormente, a cultura organizacional geralmente é resistente às mudanças. descongelamento, movimento e recongelamento. Fonte: Hall (2004). Síntese Chegamos ao fim deste capítulo. Podemos analisar se o comportamento humano afeta o crescimento das organizações e concluímos que sim, ele afeta diretamente na eficiência, no crescimento ou, também, ao contrário, podendo refletir em conflitos e problemas organizacionais. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: compreender o que é a estrutura organizacional e como as diferentes teorias influenciam nas suas diferentes formas; observar que existem várias diferenças nas estruturas organizacionais: horizontais, verticais e de dispersão geográfica; identificar que cada instituição possui um desenho organizacional, normalmente representado por um organograma; compreender quais são as dimensões contextuais e estruturais das organizações; conhecer as formas de classificação das organizações e quais as principais tipologias; estudar as diferenças entre cultura e clima organizacional e como elas podem influenciar a eficiência e o cumprimento dos objetivos e das metas da organização; compreender a importância da mudança organizacional, quais seus tipos e as razões pelas quais a organização passa por mudanças. Referências bibliográficas ARAÚJO, G. C. de; TAGLIOCOLO, C. Clima Organizacional: um estudo sobre as quatro dimensões de análise. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA. Anais... Rio de Janeiro: 2007, p. 1-15. BARROSO, L. R. Ética e jeitinho brasileiro: por que a gente é assim? Publicado em 08/04/2017. Disponível em: . Acesso em: 12/01/2018. CAMPOS, I. F. de; HEADLEY, S. S. Administração e teoria das organizações. Londrina: UNOPAR, 2014, 176 p. CARNEGIE MELLON UNIVERSITY. Hebert Simon Collection. Publicado em 14/11/2003. Disponível em . Acesso em: 11/01/2018. ENDEAVOR. 5 passos para construir uma grande equipe. Endeavor Brasil, 2018, 68 p. Disponível em: . 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