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DOR Camille Cesca Fauro Greyka Franceschini Mayara Lay Bornhiati Rafaela Turra Zeani Lugarini René Descartes no século XVII, propunha que os animais eram fisiologicamente diferentes do homem e que a reação destes seres a um estímulo doloroso seria puramente mecânica, sem haver consciência da dor. 2 Graças à teoria evolutiva de Charles Darwin no século XX, considera-se o homem é descendente dos animais, desta forma, prova-se que os homens e animais possuem estímulos dolorosos. Todos os estímulos ou fenômenos que desencadeiam sofrimento no ser humano podem potencialmente desencadeá-lo em animais. Além das injúrias, traumas e doenças, os animais são susceptíveis a outros estímulos que causam dor e sofrimento. Em equinos as maiores causas de estresse são confinamento, alimentação inadequada causando desconforto abdominal e alterações ortopédicas. Cavalos mantidos em Jockeys ou Hípicas apresentam acima de 95% de incidência de úlceras gástricas, demonstrando claramente o manejo inadequado a que estão submetidos. As alterações fisiológicas relacionadas à dor se caracterizam por estímulo do sistema nervoso simpático, com aumento da freqüência cardíaca, respiratória e da pressão arterial, dilatação da pupila, sudorese intensa. Os cavalos ao sentir dor podem apresentar movimentos de arranque, podem ranger os dentes, morder a área afetada, apresentar movimento de esquiva, balançar a cabeça e a cauda, se esfregar, ou em dores intensas, decúbito . Alguns animais enchem a boca de alimento, mas não mastigam, nem engolem e podem brincar e espalhar a água sem ingestão. Sinais de dores nos membros se caracterizam por apoiar e levantar constantemente o membro, aliviando o peso do membro afetado, mantendo o discretamente flexionado e relutância em se movimentar (Taylor et al 2002). Os cavalos com dor lombar apresentam além dos sinais gerais de dor já mencionados, intensa sensibilidade ao serem encilhados ou montados, se abaixando, possuem dificuldade em se curvar não permite ser cavalgado, ocorrem tropeço, passos curtos, relutância em se moverem e perda de desempenho. Os sinais de dor abdominal em equinos são clássicos e envolvem desde depressão a agitação intensa, abaixamento da cabeça, relutância em se movimentar, olhar para o flanco, movimentos de cavar com a pata, sudorese profusa, com rolamento e movimentação das patas, conhecida como sinal clássico da cólica o espojamento doloroso havendo a possibilidade de choque neurogênico e óbito. O óbito de um equino com dor abdominal é uma cena chocante e inesquecível. Dor muscoesquelética A identificação do animal com dor grave associado ao pé ou articulação é facilmente notável, uma vez que, essa dor afeta a capacidade de suporte de seu peso. Características relacionadas ao desenvolvimento da claudicação ajudam a classificar a gravidade da dor musculoesquelética. A mais difícil de quantificar é a dor lombar. Sinais associados com grave dor musculoesquelética em equinos: Cabeça ao nível da cernelha ou abaixo dela Pouco ou nenhum interesse por visitantes ou comida Pouco interesse por atividades fora da baia Sudorese e taquipnéia podem ser evidentes Aumento do deslocamento do centro de gravidade, modificação na marcha ou falta de apoio do peso pode ser evidentes Em alguns casos o animal adota a posição de decúbito Controle da dor A analgesia é um controle de dor sem perda de consciência. Existem várias técnicas e fármacos destinados a dor. Da mesma forma que a dor deve ser avaliada de forma multidisciplinar, também deve ser tratada preferencialmente por associação de vários métodos, a “Analgesia Balanceada”. A dose do fármaco deve ser estipulada de acordo com a intensidade da dor. A duração da ação do agente é outro ponto importante, é necessário estar preparado para renovar ou rever tal escolha após o tempo adequado, até que o equino esteja livre da dor. Para o controle da inflamação, e consequentemente da dor, os AINE, os corticosteroides e as drogas condroprotetoras vão atuar predominantemente no local da lesão. Já os anestésicos locais trabalham em receptores de dor para altera a percepção da dor sem modificar a inflamação. Conclusão O emprego de analgésicos é um tópico de grande importância na abordagem terapêutica do equino, principalmente na dor visceral e na musculoesquelética. visando assim proporcionar alívio da dor, sem prejudicar o diagnóstico e tratamento adequados. A dor é a única doença incapacitante de toda a plenitude do corpo Obrigada
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