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* Espinha Bífida Emília Alencar * Espinha Bífida DEFINIÇÃO: termo usado para designar defeitos do tubo neural resultante de falha, durante o período embrionário, da fusão normal dos arcos vertebrais; Resultado de seqüências inoportunas no desenvolvimento ventricular iniciado pela falha no fechamento do tubo neural * ETIOLOGIA: estudos revelam que existem: - predisposições genéticas, - ambientais (medicações e hipertermia) e - nutricionais (baixo de nível de ácido fólico); * Espinha Bífida CLASSIFIÇÃO: a EB é dividida em: Espinha Bífida Oculta ( EBO ) . Espinha Bifida Aberta: - Meningocele; - Mielomeningocele; * Espinha Bífida Meningocele: forma mais branda permanecendo intactas as estruturas nervosas e costumam ter um bom prognóstico após reparo cirúrgico. Raramente está associado a déficits sensoriais e/ou motores; * MENINGOCELE E MIELOMENINGOLECE * Espinha Bífida Mielomeningocele: caracteriza-se pela presença de tecido neural exposto, podendo apresentar-se em qualquer ponto da coluna vertebral (torácica, lombar baixa e lombar alta) * FOTOS MIELOMENINGOCELE * * Manifestações clínicas Paralisia flácida; Diminuição da força muscular; Atrofia muscular; Diminuição ou abolição dos reflexos tendíneos; Diminuição ou abolição da sensibilidade exterioceptiva e proprioceptiva; Incontinência dos esfíncteres de reto e bexiga; Deformidades de origem paralíticas e congênitas e; Hidrocefalia (acomete 100% das crianças com mielomeningocele torácica; 90% das lombotorácicas; 78% das lombares; 60% das lombossacras e 50% das sacrais: causada por malformação de Arnold Chiari). * Malformação de Arnold-Chiari II Caracteriza-se pelo deslocamento em direção caudal do cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal, provocando obstrução do LCR; Causado por uma série de defeitos inter-relacionados e dependentes do tempo, ocorridos durante o período embrionário do sistema ventricular. * Malformação de Arnold-Chiari II Casos graves: opistótono e fraqueza muscular significativa; Tratamento: descompressão cervical. * Mielomeningocele A Hidrocefalia é a principal manifestação pós-cirúrgica da EBA. Características da hidrocefalia: olhar do “sol poente”; separação das suturas cranianas com abaulamento da fontanela anterior. * * * Principais sintomas de mau funcionamento do dreno/válvula: - convulsões; vômitos; letargia irritabilidade; edema e vermelhidão ao longo do dreno. * Manejo da hidrocefalia Circunferência; US, TC, RM (ventrículos) CUIDADOS: AUMENTO DA PIC – TRONCO CEREBRAL – PARADA RESPIRATÓRIA * Outras manifestações secundárias a mielomeningocele - Úlceras de decúbito, já que há perda de sensibilidade, má nutrição da epiderme e o paciente passa muito tempo na mesma posição (acamado ou em cadeira de rodas); - Alterações vasomotoras graves; - Osteoporose e com ela, fraturas; - Atraso do desenvolvimento mental, físico e psíquico, devido a incapacidade da criança de se locomover e explorar seu ambiente e relacionar-se com outras crianças; - Contraturas dos tecidos moles e; - Deformidades ósseas, devidas a falta de oposição à ação dos músculos, da gravidade e da postura. * Mielomeningocele Testes e diagnósticos pré-natais: - A alfa-fetoproteína (AFP): encontra-se aumentado no líquido amniótico após a 14º semana de gestação; - US: confirma o diagnóstico da amniocentese e identifica anormalidades encefálicas. * US FETAL * * Mielomeningocele Nível de lesão da Mielomeningocele: * Avaliação do Nível Motor Nível - Músculo - Movimento - Teste L1-L2: Psoas - Flexão do quadril - Levantar o joelho na posição sentada L3-L4: Quadríceps - Extensão da perna - Chutar uma bola na posição sentada L5-S1: Flexores do joelho - Flexão do joelho - Fletir a perna na posição prona L4-L5: Tibial anterior - Flexão dorsal do pé - Andar no calcanhar S1-S2: Panturilha - Flexão plantar do pé - Andar na ponta dos pés * Fisiologia geral do tratamento do neonato com EB: Tratamento do Neonato: Objetivo cirúrgico: tecido nervoso dentro do canal medular, fechamento da bolsa; EVITAR: - INFECÇÕES (ENCEFALITES) * Fisioterapia para bebês com EB Visão Geral: A fisioterapia pode começar no período pré-operatório, mas é limitado pelo estado clínico do bebê; Objetivos: evitar contraturas e deformidades, encorajar o desenvolvimento sensoriomotor; Tratamento: ADM, posicionamento, estímulos auditivos e visuais. * Fisioterapia para bebês com EB Teste muscular manual: Objetivo: presença e quantidade de força, realizado antes da cirurgia e repetido após 10 dias; Fatores que influem na habilidade do movimento: anestesia, PIC, fadiga do parto. * Mielomeningocele : Teste Muscular Manual * Teste Muscular Manual Objetivos: - Diferenciar movimentos reflexos de movimentos ativos; Prever desequilíbrios; Comparar com testes posteriores. * Fisioterapia Pós-operatória EXERCÍCIOS devem ser breves e 2 ou 3 vezes por dia; usar braço de alavanca curta; devem ser contínuos por toda a vida para evitar contraturas. * Fisioterapia Pós-operatória POSICIONAMNETO E MANUSEIO pós-operatório imediato limitado a posição prona e lateral; embalar ou deslizar o bebê para os lados. * Fisioterapia para a criança em crescimento Posição prona: Fortalecimento do tórax e pescoço; Há fortalecimento também de glúteos, quadríceps e flexores plantares se houver inervação; Inclinando para a lateral favorece as reações de endireitamento; Posição supina: Facilita atividades bilaterais; Dissociação das cinturas escapular e pélvica. * Fisioterapia para a criança em crescimento Estimular a posição sentada (sessões de 10 a 15min); Melhora equilíbrio; Melhora o controle da cabeça e tronco; - Aumenta o campo visual; - Experiência mão-olho. * Quadro Clínico: Paralisia em nível torácico: perda de sensibilidade e de movimentação ativa nos quadris; presença de ferimentos, úlceras e fraturas; extremidades inferiores flácidas com tendência a desenvolver uma deformidade em “pernas de sapo”; * * Quadro Clínico Paralisia lombar alta (L1-L3): exibem flexores e abdutores fortes; são capazes de passar para posição de pé com ajuda dos membros superiores; tendência a subluxações do quadril; deambulação através de órteses longas bilaterais com auxílio de muletas; * Quadro Clínico Paralisia lombar baixa (L4 – L5): normalmente apresentam sensibilidade e atividade muscular de flexores e adutores do quadril, de extensores e flexores do joelho; são capazes de realizar todas as atividades motoras deambulam com uso de goteiras podálicas e muletas canadenses; deformidades do pé são freqüentes; * Quadro Clínico Paralisia nível sacral: apresentam atividade muscular de quadril e joelho; exibe todas as etapas motoras ; possui eventual força flexora plantar; alterações de sensibilidade ao nível da face plantar; deambulação com uso de órteses; * Treino de equilíbrio utilizando a bola suíça e o rolo * * FISIOTERAPIA *
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