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Artigo (responsabilidade social)

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Responsabilidade Social: A percepção dos universitários de Administração
Leilson da Silva Woelbert
Resumo
O termo responsabilidade social vem ganhando destaque tanto no meio organizacional, como no modo de vida de cada cidadão. Esta relação empresa sustentável e consumidor consciente vem se fortalecendo cada vez mais, neste mundo globalizado e competitivo. Uma séria de fatores são responsáveis pela conjuntura e eficácia de todas as ações voltadas para um equilíbrio social, passando pela ética e a moral e resolvendo algumas pendências relativas a cidadania. Ser responsável socialmente é saber agregar valor com responsabilidade, sabendo avaliar seus projetos e sendo coerente nas tomadas de decisões e na realização de projetos que envolvem relativamente questões ambientais e humanas, fazendo deste valor um meio de valorização e diferenciação de seu negocio, através do marketing e outros processos de divulgação. O presente estudo propõe analisar a percepção dos alunos do curso de administração em relação à responsabilidade social e se isso influencia em seus atos e atitudes. Este artigo foi elaborado através de um processo de pesquisa envolvendo os alunos do curso de administração e suas opiniões a respeito das questões aqui desenvolvidas. As pessoas poderiam contribuir muito mais com seus atos do que apenas ter consciência sobre a responsabilidade social, os universitários de administração possuem atitude, porém não transformam essas atitudes em ações diretas para contribuirem um pouco mais nas questões de responsabilidade social.
 
Palavras-Chave
Responsabilidade social; ética e moral; fonte de vantagem competitiva. 
Introdução
 Atualmente o mercado está cada vez mais globalizado e competitivo. Levando em consideração esses fatores, as organizações estão preocupadas em atrair seus consumidores agregando valores aos seus produtos e serviços. Responsabilidade social é definida como a responsabilidade de quem é chamado a responder pelos seus atos frente à sociedade ou a opinião pública. (Hanashiro, 2008, p. 82). Ao falar em responsabilidade social lembra-se logo das ações socialmente corretas adotadas pelas empresas como: “plante uma árvore, suas doações de caridade e etc.”. 
 A responsabilidade social tem como objetivo promover ações que contribuam para uma sociedade melhor, além de gerar qualidade de vida para seus colaboradores. As organizações socialmente responsáveis atingem uma vida mais longa no mercado, as mesmas mostram suas ações através de balanços sociais divulgados para toda sociedade.
 Quando as empresas passam a se preocupar com a sociedade elas atraem olhares daqueles consumidores conscientes, que passam a valorizar, reconhecer e admirar seus valores e postura, é neste momento que elas ganham credibilidade tornando-se um diferencial competitivo. Devido ao constante estudo e preocupação com a responsabilidade social surgiram várias idealizações que abordam e defendem o tema e tudo que está relacionado com a mesma. Pode-se usar como exemplo: O instituto ETHOS (organização não-governamental idealizada por empresários e executivos do setor primário).
“Foi criada uma missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-se parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa”. (Ethos, 2010)
Com a evolução dos conceitos sobre o assunto, hoje temos uma visão muito mais ampla sobre responsabilidade social. O primeiro passo é termos em mente que responsabilidade social não é obra de caridade. São ações conjuntas que se geridas com eficiência e eficácia produzem um resultado que traz maior produtividade e bem estar para as pessoas no caso de um ambiente de trabalho, e traz também benefícios para a sociedade como um todo, como por exemplo, a empresa decide investir em uma ONG. Os benefícios para sociedade se tornam tão abrangentes que em suma podemos citar o cumprimento das obrigações legais, que, consequentemente, irá disponibilizar e destinar recursos para saúde, segurança, educação, preservação do meio ambiente, saneamento básico e etc. E se pode hoje também desfrutar dos benefícios legais que a responsabilidade social nos oferece, como por exemplo, em nosso país há descontos em impostos, permite a consolidação e divulgação da marca, entre outros.
Falar de responsabilidade social não é algo novo, sabe-se que ela surgiu pela incapacidade do estado em promover condições favoráveis de sobrevivência de forma adequada e equilibrada. Uma vez agindo na construção de ambientes favoráveis a sociedade, a empresa age em favor da sobrevivência do negócio. E também não é interessante para uma empresa manter seu recurso acessível apenas para uma minoria. Quando há essas diferenças sociais o ciclo normal da sociedade de consumo não se completa de uma maneira saudável (ou sustentável), o consumo não ocorre como deveria e o dinheiro não completa seu ciclo. Ou seja, isso só solidifica a idéia de que hoje as empresas não fazem ou praticam a responsabilidade social apenas por mera caridade. Reforça que, para sustentabilidade constante é necessário “investir em quem investe, ou em quem possivelmente poderá investir em você” (clientes, futuros clientes).
O presente estudo propõe analisar a percepção dos alunos do curso de administração em relação à responsabilidade social e se isso influencia em seus atos e atitudes.
 Neste estudo será utilizada uma pesquisa em forma de questionário sobre a visão da sociedade na hora da escolha de um produto ou serviço. Sendo o mesmo realizado a universitários do curso de administração da UNIABEU no município de Belford Roxo estado do Rio de Janeiro.
Responsabilidade social uma questão de: ética ou moral
Muitas pessoas ainda cultivam o conceito de que ética e moral são a mesma coisa. Segundo a fundamentação teórica: A moral consiste em um conjunto de princípios que orientam o comportamento e são compartilhados por uma sociedade. (HANASHIRO, 2008, p.80).
A visão de moral de uma determinada sociedade pode não ser a mesma visão de outra determinada sociedade. Por exemplo: em alguns países do Oriente Médio a fornicação por parte da mulher provoca a mutilação das partes intimas pela sua própria família, na China o adultério pode levar a pena de morte, na África do Sul o homossexual que se declarar publicamente, ou que for pego cometendo pederastia é preso em flagrante.
A moral também pode variar de acordo com a época, na maioria das vezes isso se torna possível apenas por duas vertentes:
Pela educação dos futuros formadores de opinião, que são as crianças que por sua vez com a reeducação são multiplicadores de novas idéias. (Por exemplo, no Brasil atualmente vemos nas escolas a implantação da educação no trânsito, também a questão da educação sexual e etc.) Esta é uma maneira adotada em longo prazo, ou seja, só pode ser inserida se o assunto em questão não precisar de resultados “imediatos”.
Pela implantação de leis. Quando precisamos de ações imediatas, ou a reeducação não traz a solução necessária, infelizmente é preciso colocar o poder legislativo em ação. (Por exemplo, no Brasil: a prática de fumar em locais fechados está expressamente proibida, esse é o exemplo de uma questão onde a reeducação não foi o suficiente. Na África do Sul exemplo citado anteriormente, está com uma lei aguardando aprovação que permitirá que os homossexuais sejam condenados a pena de morte.).
Já a ética diz respeito à conduta humana e consiste em um ramo da filosofia. É comum as pessoas pensarem que o comportamento ético é aquele orientado por princípio impostos por uma determinada sociedade. Em teor ética se refere às intenções que orientam as ações. 
A questão da conduta humana tem sido admirada e estudada pela filosofia desde os gregos na antiguidade, assumindo, configurações diversas de acordo com cada filósofo. Segundo Murphy e Laczniak (apud HANASHIRO etal, 1981, p.80) as teorias referentes a ética podem ser alocadas em duas classes: deontológica e teleológica. A primeira, deontológica, estuda as regras de conduta, focando comportamentos específicos e a segunda, teleológica, as conseqüências do comportamento. Portanto até agora tivemos três descrições:
Ética deontológica: que se baseia em princípios universais. Como respeitar o direito dos outros, honestidade e etc. (Na maioria das vezes podemos dizer que a responsabilidade social esta ligada diretamente a esta ética porque promove o bem estar mutuo.)
Ética teleológica egoística: baseia-se nos próprios interesses, tudo que for necessário fazer nesse sentido, é válido, mesmo que isso implique em ultrapassar os direitos alheios. (Essa ética fundamentalmente não faz parte da responsabilidade social, pois não tem nenhuma preocupação direta com os interesses alheios ou da sociedade como um todo.)
Ética teleológica altruística: é orientada também pelos seus próprios interesses, porém, com desejo de recompensa visa o bem-estar comum e considera os direitos alheios. (Um exemplo perfeito para este tipo de ética seriam as empresas que tem/fazem a responsabilidade somente para se manterem moralmente corretas perante a sociedade, mais a fazem com intuito principal de se manterem competitivas no mercado.)
Em um resumo prévio sobre assunto podemos dizer que valores morais dizem respeito a crenças pessoais sobre comportamento “eticamente correto e incorreto”, e que é altamente influenciada pela nação, grupo social ou organização a qual o cidadão pertence.
A ética possui um sistema já pré-disposto que corresponde a uma teoria de ação rigidamente estabelecida. A moral em contrapartida é menos rígida, pode variar de acordo com o país, grupo social, organização ou indivíduo em si. 
Portanto podemos dizer que responsabilidade social trata-se tanto de ética como de moral. Em questão ética podemos dizer que responsabilidade social está ligada tanto a ética deontológica, quanto a ética teleológica altruística. Quanto à moral não há dúvidas de que responsabilidade social está ligada diretamente a moral, pois a moral abrange as representações imaginárias que dizem aos agentes sociais o que espera deles, que comportamentos são bem vistos, o aceitável e o proibido, o certo e o errado, a melhor maneira de agir coletivamente. Enfim, demonstra também o que a sociedade espera da organização. 
Cidadania está diretamente vinculada aos direitos humanos e pode relacionar-se com a Ética Teleológica Altruística, pois preocupa-se com os que estão ao seu redor e a valores universais como Ética Deontológica.
Segundo o educador brasileiro Dermeval Saviane, ser cidadão significa ser sujeito de direitos e deveres: “Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a participar da vida da cidade e, extensivamente da vida da sociedade” (apud OLIVEIRA, 2001, pág.57). Para o cientista político italiano Norberto Bobbio, “O direito do cidadão é a convenção universal, em direito positivo, dos direitos do ser humano” (apud OLIVEIRA, 2001, pág.57).
Como o mercado vem se globalizando e as pessoas se conscientizando, as empresas estão cada vez mais preocupadas com os direitos dos cidadãos, como: remuneração justa, a segurança social, segurança pessoal. Levando em consideração essa preocupação, as empresas recebem em troca a admiração de consumidores, sendo assim, uma fonte de vantagem competitiva.
Uma empresa que entende e valoriza o cidadão promove igualdade entre as desigualdades, através da educação, promovendo cursos profissionalizantes, palestras como não se deve prejudicar o meio ambiente, oportunidades de emprego com qualidade de vida no trabalho, dentre outros benefícios sociais. Uma empresa que assume este papel se destaca sobre as demais por sua Responsabilidade Social e ambiental.
Responsabilidade social perante o ambiente interno e externo 
Independente de um rótulo “socialmente responsável”, “socialmente consciente”, ou “ socialmente reflexivo”, o que importa é mostrar que as empresas devem se transformar em força voltada para uma mudança social positiva. (apud HANASHIRO et al, 2002, p. 91). Esta preocupação hoje não se reflete somente no ambiente externo das organizações, mas há também a preocupação com o ambiente interno.
Pode – se classificar como:
AMBIENTE EXTERNO: 
Gestão responsável 
Cadeia logística
Cadeia produtiva
Meio ambiente
AMBIENTE INTERNO:
Evitando assédio moral
Balanceamento trabalho x família
Contratação responsável 
Redução do quadro responsável
Saúde segurança e bem-estar
Ambiente Externo
A responsabilidade social perante o ambiente externo pode se resumir na necessidade que as organizações têm de retribuir para sociedade tudo aquilo que tem recebido, também de manter sustentabilidade e a necessidade de se manter socialmente correta perante os consumidores.
Gestão Responsável - é a gestão que procura contribuir com políticas de sustentabilidade investindo continuamente em atitude inovadoras e positivas não relacionando apenas o espaço financeiro e econômico, mas se preocupando também com aspectos sócio ambientais.
Cadeia logística e Produtiva- A preocupação em praticar responsabilidade social levando em conta o ambiente externo implica a percepção da organização inserida em uma cadeia logística e produtiva, e não como uma realidade isolada.
A percepção da organização enquanto um elo da cadeia logística remete ao fato de que os elos são interdependentes e, por conseqüência, as decisões tomadas em uma das partes impactará os demais. (HANASHIRO, 2008, p100)
Meio ambiente - A questão da responsabilidade ambiental levada em conta nas atividades empresarias/organizacionais se evoluiu a partir da conscientização e de uma nova visão da sociedade de que os recursos naturais não são infinitos, e de que sua exploração de forma imprópria acarreta em grandes conseqüência para a sobrevivência das gerações futuras.
“Uma responsabilidade ambiental por processos e produtos que envolvem um relacionamento diferente, compartilhado com fornecedores e consumidores, no que se refere à prevenção de poluição, à minimização dos resíduos e à proteção dos recursos naturais. A essa responsabilidade, adicionam-se outras, por questões ambientais mais difusas, como o bem-estar dos trabalhadores, da comunidade e de gerações futuras. Isso obriga as empresas industriais a usarem horizontes de longo prazo e visões mais amplas de seus processos de desenvolvimento de produto e analise de desempenho. Com isso, requer-se um novo conjunto de valores, incluindo políticas e metas que incorporem a dimensão ambiental na organização.” (2000 apud. HANASHIRO et al,p102).
Responsabilidade Ambiental consiste em um conjunto de atitudes voltadas para a proteção do meio ambiente. Essas atitudes podem ser tanto individuas, quanto empresarias. Seu surgimento deu-se através da percepção de que devido à ação do homem os recursos naturais podem se esgotar, causando assim escassez de insumos utilizados pelas próprias empresas além de causar doenças. 
A Responsabilidade Social junto com a Responsabilidade Ambiental formam a Responsabilidade Socioambiental. Levando em consideração essa junção pode-se concluir que tanto os recursos naturais quanto os recursos humanos devem estar sempre associados, pois ambos pertencem ao mesmo meio ambiente.
Podendo ser considerado como exemplo de responsabilidade ambiental individual tais atitudes: prática de reciclagem de lixo, economia de energia elétrica, utilização de sacolas recicláveis, economizando água, etc. Já em relação às atitudes empresarial pode-se citar como exemplo: treinar e informar os funcionários sobre a importância da sustentabilidade, criar e implantar um sistema de gestão ambiental, tratar e reutilizar a água dentro do processo produtivo, etc. As empresas devem revisar suas atitudes e tentar atender as necessidades da sociedade que esta cada vez mais consciente. 
 Ambiente interno
Atualmente a responsabilidadesocial perante o ambiente interno tem se mostrado uma vantagem, pois pode-se também ser traduzida pelo bom relacionamento dos gestores para com os colaboradores. 
Evitando o assédio moral – (abuso do poder) O relacionamento socialmente responsável entre os lideres formais e colaboradores implicam a preservação da integridade de ambos.
Pequenos atos perversos são tão corriqueiros que parecem normais. Começam com uma simples falta de respeito, uma mentira ou uma manipulação [...] Se o grupo social em que tais condutas aparecem não se manifesta, elas se transformam progressivamente em condutas perversas ostensivas, que têm conseqüências graves sobre a saúde psicológica das vitimas. (apud HANASHIRO et al, 2002, p.93) .
Balanceamento trabalho x família – Ao longo dos anos a idéia do relacionamento entre empresa e família sofreu algumas mudanças. Tínhamos uma visão mais sistemática do assunto, e hoje já são tomadas medidas a favor do assunto. Mas para que um programa de balanceamento entre trabalho e família seja praticado, é necessário que os valores deste balanceamento estejam incorporados na cultura da organização.
Contratação e Redução de quadro responsável - As práticas diferenciadas de contratação de pessoal constituem responsabilidade social à medida que possibilitam a todos os segmentos da sociedade estar inseridos no mercado formal de trabalho. (Apud HANASHIRO, 2008, p.97). 
Atualmente temos diferentes quadros para contratação, alguns específicos para contratação consciente, como por exemplo: a contratação de pessoas portadoras de necessidades especiais (PNES), oportunidades para ex-detentos, políticas para contratação de pessoas com mais de 45 anos, a contratação de menores aprendizes, dentre outras oportunidades que as organizações têm hoje para agir socialmente consciente na sua contratação.
Assim como as contratações as demissões também possuem impacto para a sociedade, por isso elas devem ser planejadas e executadas cuidadosamente. Como diz Caldas “Infelizmente para esta não há melhor forma, mas algumas maneiras parecem ser menos traumáticas que outras” (apud HANASHIRO et al, 2000, p 98).
Saúde, segurança e bem-estar – como visto em conteúdo acadêmico estas fazem parte da pirâmide das necessidades básicas, a saúde, o bem-estar e trabalho são fenômenos inteiramente ligados, que pode afetar não somente o empregado, mas também as organizações
Responsabilidade social como fonte de vantagem competitiva
Dentre as teorias relacionadas a alguns estudiosos, a que mais se relaciona com a competitividade é a de Druker que disse que “responsabilidade social deveria se converter em oportunidades de negócio” (apud HANASHIRO, 2008, P.83). E realmente se pararmos para analisar, neste mundo globalizado a empresa que não faz algo de diferente e não inovam a favor das situações atuais perdem campo neste mercado competitivo. 
Conforme pesquisa do instituto ethos são relatadas três iniciativas sobre práticas de responsabilidade social: esforços para o término do trabalho infantil, esforços para se garantir cumprimentos da legislação trabalhista em relação aos trabalhadores terceirizados, e apoio ao desenvolvimento dos fornecedores.
Com a sociedade informacional, surge um consumidor mais consciente, havendo preocupação dos mesmos em relação às atividades e práticas realizadas por determinadas empresas. Embora seja uma minoria, seu comportamento indica relevância sobre os comportamentos empresariais socialmente responsáveis. Esses consumidores defendem esforços no sentido de exigir da empresas, um comportamento responsável, pois há uma crescente desconfiança do consumidor em relação às empresas. 
No decorrer desta nova visão do consumidor, as empresas vêm adaptando-se com atividades socialmente responsáveis; neste momento que a empresa ganha vantagem competitiva em relação às outras, pois atrai olhares do consumidor consciente. No entanto, uma postura reativa das empresas pode resultar em perca de vantagem competitiva e consequentemente em prejuízos. Para uma empresa se manter competitiva no mercado ela precisa ter uma postura pró- ativa na consideração dos stakeholders interessados/relacionados.
Se pararmos para analisar a responsabilidade como foco na vantagem competitiva gerida com eficácia, esta pode ser uma das melhores fontes de divulgação em curto prazo, da marca da empresa. Relatando a importância da responsabilidade social para imagem de uma empresa para a sociedade, podemos citar o Mc Donald’s. Uma empresa passiva de acusações de que os produtos comercializados por ela são grandes colaboradores para o câncer; pensando também em sua imagem perante a sociedade foi criado o instituto Ronald mc Donald (em 1999) que auxilia no tratamento de crianças e adolescentes com câncer no Brasil; interessante também destacar o Mc dia feliz que é anualmente marcado geralmente para o último sábado do mês de agosto, onde toda a verba do mc lanche feliz é revertida em doações para o instituto Ronald Mc Donald’s. Essa mobilização com certeza faz com que muitos se lembrem do Mc Donald’s pelo fato desta ação memorizar a marca, isso faz muita diferença no ambiente competitivo. E além desse exemplo temos vários outros exemplos que podem ser considerados eventos realizados com eficácia e eficiência com foco na vantagem competitiva. 
Considerado a responsabilidade social como fonte de vantagem competitiva não se poderia passar por alto um fator predominante com relação a este assunto, o Marketing social.
Marketing social
Atualmente o conceito de marketing social tem se associado à responsabilidade social. Para a organização e os stakeholders relacionados, a multiplicação de valores positivos, além de contribuir para o desenvolvimento da sociedade também é capaz de melhorar a imagem da empresa. Este embasamento nos leva a conclusão que esse envolvimento do setor privado com a questão de âmbito social, está ligado a uma questão estratégica para a sustentabilidade da empresa, por isso o crescimento do interesse pelo assunto pelas corporações. Hoje o marketing social ou a imagem de uma empresa socialmente correta caiu no modismo das corporações, pela atual necessidade de se manterem ascendentes no mercado, e manterem sua vantagem competitiva pensando também no cunho de sustentabilidade da própria organização. O antigo pensamento de empresas socialmente corretas relacionando à questão de filantropia, fazer o bem a humanidade e etc, deu lugar hoje a uma visão muito mais abrangente a respeito do assunto, atualmente não só as organizações vêem a responsabilidade social como algo a mais do que apenas “querer o bem ao próximo”, a própria população na verdade tem se conscientizado de que a responsabilidade social traz benefícios para sociedade, também traz benefícios visíveis para a organização (ou as empresas). É uma pena que atualmente possa se contar com uma pequena minoria de nossa sociedade como indivíduos socialmente conscientes e extremamente conscientes com as questões sociais, mais esta minoria tem contaminado o todo, mesmo sendo de uma forma indireta; isso tem se dado porque mesmo que o indivíduo não seja consciente e nem extremamente antenado com as questões sociais ele leva em conta a responsabilidade social na hora da escolha de um bem ou serviço, muitas das vezes até mesmo sem querer.
(...) O verdadeiro marketing social atua fundamentalmente na comunicação com os funcionários e seus familiares com ações que visam aumentar comprovadamente o seu bem-estar social e o da comunidade. Essas ações de médio e longo prazos garantem sustentabilidade, cidadania, solidariedade e coesão social (...) a empresa ganha produtividade, credibilidade, respeito, visibilidade e, sobretudo, vendas maiores (MELO NETO e FROES, 2001, p. 74)
Na realidade a vantagem competitiva está nos olhos de quem vê; nos olhos do cidadão que mesmo que não concorde, acredita e reconhece que a responsabilidade social pode ser considerada como fonte de vantagem competitiva.
A Pesquisa
O seguinte estudofoi realizado na universidade Uniabeu, sendo direcionado aos alunos do curso de administração, sendo aplicados aos 2°, 4°, 6° e 8° períodos com intuito de analisar a visão e conscientização dos mesmos.
1° Etapa (Elaboração das questões)
Foram feitas questões com perguntas fechadas para que os alunos mostrassem sua conscientização a respeito do tema, e uma pergunta com evocação de palavras para percebermos sua visão.
2° Etapa (Aplicação)
A pesquisa foi realizada durante o período de aula, sendo aplicado pelo professor de cada período.
3° Etapa (Analise)
Foram analisados os questionários, chegando a uma conclusão sobre a pesquisa.
Análise da pesquisa
O presente estudo revela através da pesquisa realizada alguns fatores importantes; a maioria dos entrevistados não observa na hora da compra de um produto, se a empresa possui algum tipo de responsabilidade social (gráfico1), mas também não adquiriria algum produto ou serviço cuja empresa seja suspeita de contaminar o meio ambiente (gráfico 2).
Gráfico 1
 �
Gráfico 2
 �
Uma segunda constatação é de que a maioria também considera a responsabilidade social como importante fonte competitiva (gráfico 3) e que as empresas socialmente responsáveis se destacam no mercado (gráfico 4).
Gráfico 3
 �
Gráfico 4
 �
Outro fato constatado foi de que a responsabilidade social é amplamente relacionada com a ética (Gráfico 5), por outro lado uma questão preocupante foi quanto a conscientização e participação, analisando a evocação de palavras percebemos a diversidade de idéias e conceitos onde mais de 30 palavras (Tabela 1) foram descritas, dando uma visão real do quanto as pessoas se diferem em seus conceitos; e sobre a participação ou empenho em algum tipo de movimento, mais de 90% não participaram da “Hora do planeta” movimento mundial contra o aquecimento global (Gráfico 6).
Gráfico 5
 �
Descreva com 2 palavras Responsabilidade social
Tabela 1
	PALAVRAS
	REPETIÇÕES
	PALAVRAS
	REPETIÇÕES
	Conscientização
	5
	Igualdade
	1
	Compromisso
	3
	Ação
	1
	Planeta
	2
	Benefício
	1
	Sustentabilidade
	2
	Direito
	1
	Diferencial
	2
	Confiabilidade
	1
	Dever
	2
	Dedicação
	1
	Respeito
	2
	Mundo
	1
	Contribuir
	1
	Melhor
	1
	Preservar
	1
	Meio Ambiente
	1
	Amor
	1
	Atitude
	1
	Próprio
	1
	Competitivo
	1
	Qualidade
	1
	Valores
	1
	Competitividade
	1
	Viver
	1
	Responsabilidade
	1
	Moral
	1
Gráfico 6
 �
CONCLUSÃO
Por fim, todos os resultados nos levaram a perceber que em sua maioria as pessoas de alguma forma interagem sobre o assunto, possuem algum tipo de conhecimento e opiniões próprias, tem a sua visão e conscientização, mas de alguma forma não praticam ações voltadas para essas questões, ou se preocupam em avaliar se realmente as empresas cumprem seu papel na responsabilidade social.
Responsabilidade social vai além da ética pessoal ou do marketing organizacional, é uma questão de cidadania e conscientização. Cabe a cada um de nós avaliarmos nossos atos e fazermos algo para que tenhamos um mundo mais sustentável e consciente. Em relação à atitude as pessoas sabem da necessidade e da importância da responsabilidade social e suas consequencias, mas em seus atos são poucos os que expressam em suas ações e condutas a verdadeira responsabilidade social.
BIBLIOGRAFIA
LIVROS CONSULTADOS
 ANDREW, J. Dubrin. Princípios de Administração. Rio de Janeiro: Ltc, 2001.
CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional: A dinâmica do sucesso das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
HANASHIRO, Darcy Mitiko Mori et al. Gestão do fator humano: Uma visão baseada nos stakeholders. São Paulo: Saraiva 2008.
 MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Gestão da responsabilidade social corporativa: o caso brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
 OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociedade. São Paulo: Ática, 2001.
VAZ, Gil Nuno. Marketing Institucional: O Mercado de idéias e Imagens. São Paulo: Pioneira, 1995. 
SITES VISITADOS
AUGUSTO, Marcos. Administradores: Responsabilidade social e ambiental. Disponível em <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/responsabilidade-ambiental-questao-ambiental/22264/>. Acesso em: 30 mai. 2010. 
Instituto Ethos: O Instituto Ethos. Disponível em <http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/pt/31/o_instituto_ethos/o_instituto_ethos.aspx>. Acesso em: 20 abr. 2010.
Instituto Ronald MacDonald: O Instituto Ronald McDonald. Disponível em <http://www.instituto-ronald.org.br/index.php/quem-somos/o-instituto-ronald-mcdonald>. Acesso em: 25 mai. 2010. 
Responsabilidade social: Responsabilidade Social. Disponível em <http://www.responsabilidadesocial.com/institucional/institucional_view.php?id=1>. Acesso em: 11 abr. 2010.
Sua Pesquisa: Responsabilidade Ambiental. Disponível em <Http://suapesquisa.com/ecologiasaude/responsabilidade_ambiental.htm>. Acesso em: 30 mai. 2010. 
SOUZA, Marion de. Instituto do câncer infantil Rio Grande do Sul: Mac dia feliz. Disponível em <http://www.ici-rs.org.br/calendario/mc-dia-feliz>. Acesso em: 25 mai 2010.
 
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