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EXPERIMENTO11CONDENSACAOALDOLICACRUZADASINTESEDADIBENZALCETONA

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QUI 136 – QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL I – 2012/II
	EXPERIMENTO 
11
	CONDENSAÇÃO ALDÓLICA CRUZADA: A SÍNTESE DA DIBENZALACETONA 
1. INTRODUÇÃO
A construção de ligações carbono-carbono corresponde a um dos aspectos mais relevantes quando se considera o planejamento de uma síntese de maior ou menor complexidade. 
A condensação aldólica é um dos métodos mais usados na formação de novas ligações carbono-carbono. Essa reação foi descoberta em 1864 por Aleksandr Borodin, um químico russo, ao misturar pentanal com sódio, com o objetivo de obter pentanoato de sódio. Após tratamento com água, Borodin obteve uma mistura complexa, na qual um dos produtos parecia resultar da condensação entre duas moléculas de pentanal com eliminação de uma molécula de água. Ao utilizar o etanal, Borodin obtinha um produto com duas funções orgânicas: álcool e aldeído. Posteriormente, Charles Adolphe Wurtz, um químico alemão, empregou o termo aldol a fim de retratar a bifuncionalidade do produto: ald (de aldeído) e ol (de álcool). Desta forma, inicialmente, a adição aldólica ficou conhecida como a reação entre dois aldeídos com hidrogênios enolizáveis na posição ( à carbonila (1), na presença de bases, levando à formação de (-hidroxi-aldeídos (2), conforme ilustrado a seguir (Esquema 1). De forma mais geral, a reação pode ser descrita como a adição de um enol ou de um enolato a um grupo carbonila para geração de compostos (-hidroxi-carbonílicos.
Esquema 1. Representação geral de uma reação de adição aldólica entre dois aldeídos.
	Borodin também constatou que, com o aquecimento, o aldol eliminava água, dando origem a um aldeído (,(-insaturado. A eliminação de uma molécula de água para fornecer um composto carbonílico (,(-insaturado é denominada condensação aldólica. Os produtos de adição aldólica são facilmente desidratados, pois a ligação dupla formada como resultado da desidratação está conjugada à carbonila, o que aumenta a estabilidade do produto de condensação obtido. Portanto, a reação de condensação combina duas moléculas e elimina uma molécula pequena (água ou álcool). Se as duas moléculas que se combinarem forem diferentes, a reação é chamada de condensação aldólica cruzada ou mista. 
	Neste experimento, a substância dibenzalacetona deverá ser sintetizada a partir da reação da condensação aldólica cruzada entre benzaldeído e acetona, conforme ilustrado abaixo (Esquema 2).
Esquema 2. Síntese da dibenzalacetona a partir de benzaldeído e acetona.
2. OBJETIVOS
	A presente experiência tem como objetivo a síntese de uma cetona (,(-insaturada (dibenzalacetona), empregando-se a reação de condensação aldólica cruzada entre o benzaldeído e a acetona. A purificação da dibenzalacetona será realizada via recristalização. Será ainda determinada a temperatura de fusão do produto formado, que será comparada com o valor descrito na literatura. 
3. MATERIAL E REAGENTES
	- béquer de 100 mL
	-funil de vidro
	- funil de Büchner
	- bastão de vidro
	- papel de filtro
	- espátula
	- Kitasato
	- solução de NaOH 10%, m/v
	- chapa de aquecimento
	- álcool etílico 95%, v/v
	- 3 Erlenmeyers de 100 mL
	- benzaldeído
	- barra de agitação magnética
	- acetona
	- Aparato para determinação da temperatura de fusão
	
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. Síntese da dibenzalacetona
Em um Erlenmeyer de 125 mL, coloque 3,0 mL de benzaldeído, 1,0 mL de acetona e 25 mL de álcool etílico (95 %, v/v). Adicione, em seguida, 30 mL de uma solução aquosa de NaOH (10 % m/v) e agite magneticamente a mistura (agitação vigorosa) por 30 minutos. O produto desejado precipitará no meio reacional como um sólido amarelo.
Para isolar a dibenzalacetona, filtre o precipitado em funil de Büchner, sob vácuo. Interrompa a sucção e triture o sólido com uma espátula ou bastão de vidro e adicione água destilada gelada (20 mL). Deixe por alguns segundos e aplique novamente o vácuo. Repita o processo anterior mais duas vezes. 
4.2. Purificação e caracterização da dibenzalacetona
	A um Erlenmeyer de 100 mL, contendo 10 mL de álcool etílico (95% v/v), adicione toda a dibenzalacetona obtida conforme procedimento descrito no item 4.1. Aqueça a mistura até que todo o sólido tenha se dissolvido. Caso seja necessário, adicione porções adicionais de álcool etílico até que o sólido esteja completamente dissolvido.� Caso haja impurezas insolúveis, filtre a mistura a quente, em papel de filtro pregueado (conforme descrito no Experimento 8), recolhendo o filtrado em outro Erlenmeyer de 100 mL. Deixe a mistura resfriar lentamente à temperatura ambiente para que ocorra formação de cristais. Termine a recristalização resfriando o Erlenmeyer em um banho de água e gelo. Filtre a mistura a vácuo em funil de Büchner, lavando os cristais com álcool etílico gelado (10 mL). Recolha os cristais em um vidro de relógio, limpo e previamente pesado, colocando-os para secar em estufa até massa constante. Após a secagem completa dos cristais, determine a massa obtida. Determine a temperatura de fusão da dibenzalacetona purificada.
5. QUESTÕES
1. Complete a tabela seguinte com os resultados experimentais encontrados durante a síntese e purificação da dibenzalacetona. Para determinação do rendimento da reação, utilize a massa de dibenzalacetona obtida após a recristalização.
	Temperatura de fusão determinada para a dibenzalacetona recristalizada
	
	Rendimento da reação
	
Densidades (25 oC):
Benzaldeído – 1,045 g/mL;
Acetona- 0,791 g/mL.
2. Forneça um mecanismo apropriado que explique a formação da dibenzalacetona a partir do benzaldeído e da acetona. 
3. Escreva as estruturas dos outros estereoisômeros possíveis para a dibenzalacetona.
4. Justifique a lavagem da dibenzalacetona bruta com água destilada gelada.
5. Justifique a lavagem da dibenzalacetona recristalizada com álcool etílico gelado.
6. BIBLIOGRAFIA
Demuner, A.J.; Maltha, C.R.A.; Barbosa, L.C.A.; Peres, V. “Experimentos de Química Orgânica”. Editora UFV, 2ª ed, Viçosa, 2004.
Pavia D.L.; Lampman, G.M.; Kriz, G.S.; Engel, R.G. “Química Orgânica Experimental – técnicas de escala pequena”. Editora Bookman, 2ª ed, São Paulo, 2009.
Marques, J.A.; Borges, C.P.F. “Práticas de Química Orgânica”. Editora Átomo, Campinas, 2007.
 
� Não adicione excesso de etanol. Lembre-se: o sólido deve estar dissolvido na menor quantidade possível de solvente a quente para que o processo de recristalização seja bem sucedido.
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