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Psicologia hospitalar

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Psicologia hospitalar
Prof: Kátia Barbosa
Psicologia hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento
O adoecimento ocorre quando o sujeito carregado de subjetividade, esbarra em um “real” (doença), presente em seu corpo, produzindo uma infinidade de aspectos psicológicos que podem se evidenciar no paciente, na família ou na equipe de profissionais
Toda doença apresenta aspectos psicológicos (diferente de causas psicológicas), encontra-se repleta de subjetividade e por isso pode se beneficiar do trabalho da psicologia hospitalar
Aspecto psicológico é o nome dado para as manifestações da subjetividade humana diante da doença
A doença é um fenômeno bastante complexo, comportando as dimensões biológica, psicológica e cultural
A psicologia hospitalar enfatiza a parte psíquica, preocupa-se com a reação psíquica diante da realidade orgânica, ou seja, qual a posição do sujeito diante desse “real” da doença, e disso fará o seu material de trabalho
Cabe ao psicólogo ajudar o paciente a atravessar a experiência do adoecimento
O objetivo da psicologia hospitalar é a subjetividade
A psicologia dá voz à subjetividade do paciente, restituindo-lhe o lugar de sujeito que a medicina lhe afasta (Moretto, 2001)
A psicologia hospitalar reposiciona o sujeito em relação à sua doença, trabalha a relação do paciente com o seu sintoma
Para a psicologia todo sintoma além de doer e fazer sofrer carrega em si uma dimensão de mensagem, traz informações sobre a subjetividade do paciente
O sujeito fala por meio de seus sintomas ou é falado por eles. E a psicologia escuta (Simonetti, 2004)
A psicologia hospitalar trata do adoecimento no registro do simbólico, o campo de trabalho do psicólogo são as palavras
Ao escutar, o psicólogo sustenta a angústia do paciente o tempo suficiente para que o paciente possa submetê-la ao trabalho de elaboração simbólica
A psicologia no hospital utiliza duas técnicas:
1- Escuta analítica
2- Manejo situacional: intervenções direcionadas à situação concreta que se forma em torno do adoecimento (controle situacional, mediação de conflitos, etc.)
No hospital é preciso sair um pouco da posição de neutralidade e passividade características da psicologia clínica
É inadequado testar transpor para o hospital o modelo clínico tradicional aprendido
Ao entrevistar um paciente pela primeira vez, procurando diagnosticar sua forma de reação à doença, o psicólogo já está oferecendo uma escuta que permite que ao paciente elaborar sua doença por meio da fala, o que por si só produz efeitos terapêuticos
É precisamente a fala que faz a passagem da doença para o adoecimento
Se o paciente não fala, existe apenas a realidade biológica da doença, mas se ele fala surge a subjetividade e com ela o adoecimento
O psicólogo não é, a priori, um modificador de comportamentos desadaptativos, ele é um facilitador do trabalho de elaboração psíquica, trabalho esse que pode levar a uma mudança ou não
Na psicologia hospitalar a mudança vem como resultado, não como objetivo

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