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CIVIL I

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1 
DIREITO CIVIL I – PARTE GERAL 
PROF. DANIEL PAIVA 
 
UNIDADE VI – TEORIA GERAL DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS 
 
1. NOÇÕES GERAIS: 
 
A expressão “negócio jurídico” não é empregada no Código Civil de 2002 no 
sentido comum de operação ou transação comercial, mas como uma das espécies em que se 
subdividem os atos jurídicos lícitos. 
 
Lembramos que o já revogado Código Civil de 1916 referia-se ao ato jurídico de 
forma genérica, sem distinguir as suas subespécies, dentre elas o negócio jurídico, porque a teoria que 
o concebeu desenvolveu-se na Alemanha posteriormente ao ano de 1916. 
 
A teoria do negócio jurídico se desenvolveu na Alemanha e doutrinava que negócio 
jurídico era “espécie do gênero fato jurídico que não era apenas uma ação livre, mas em que a vontade dos sujeitos se 
dirige imediatamente à constituição ou extinção de uma relação jurídica”. 
 
O Código Civil de 2002, influenciado pela doutrina alemã, adota a posição dualista, 
com referência expressa aos negócios jurídicos e aos atos jurídicos. 
 
Com efeito, tratando-se da divisão dos fatos jurídicos decorrente da ação humana, o 
Novo Código Civil os divide em três categorias: Negócio Jurídico, Atos Jurídicos Lícitos e Atos 
Ilícitos. Essas três categorias vêm dispostas no Livro III da Parte Geral do Código, sendo que os 
Negócios Jurídicos estão destrinchados no Título I (do Art. 104 ao Art. 184); os Atos Jurídicos Lícitos 
no Título II (Art. 185); e o os Atos Ilícitos no Título III (do Art. 186 ao Art. 188). 
 
Importante também destacar a diferença entre “ato jurídico” e “negócio jurídico”. 
Há, em ambos os casos, a intenção do agente de praticar o ato, porém, no ato jurídico em sentido 
estrito não há qualquer acordo com a vontade de outrem (Exemplo: o posseiro ocupa um terreno alheio não 
desejando celebrar com o proprietário do imóvel qualquer negociação), já no negócio jurídico existe o 
estabelecimento de um acordo entre os envolvidos, mediante manifestação das vontades (Exemplo: 
contratos em geral). 
 
Adotamos a corrente que admite a bilateralidade como traço característico dos 
negócios jurídicos e a unilateralidade como dos atos jurídicos. 
 
2. CONCEITO: 
 
No negócio jurídico há uma composição de interesses, um regramento bilateral de 
condutas, como ocorre na celebração de contratos. A manifestação de vontade tem finalidade 
negocial, que em geral é criar, adquirir, transferir ou extinguir direitos. 
 
Para MIGUEL REALE, negócio jurídico é “aquela espécie de ato jurídico que, além de se 
originar de um ato de vontade, implica na declaração expressa da vontade, instauradora de uma relação entre dois ou 
mais sujeitos tendo em vista um objetivo protegido pelo ordenamento jurídico”. 
 
 
 
 2 
Em resumo, entende-se NEGÓCIO JURÍDICO como sendo a declaração de 
vontade privada destinada a produzir efeitos que o agente pretende e o direito reconhece, tais como a 
constituição, modificação ou extinção de relações jurídicas, de modo vinculante, obrigatório para as 
partes intervenientes. 
 
3. CLASSIFICAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS: 
 
Os negócios jurídicos, em seus diversos aspectos, são classificados de acordo com o 
número de manifestações de vontade, quanto às vantagens patrimoniais, quanto à forma, quanto ao 
momento de produção dos efeitos, quanto à existência, quanto à eficácia. 
 
Pelo critério número de manifestações de vontade, os negócios jurídicos podem 
ser: 
 
Unilaterais – São os negócios jurídicos que se aperfeiçoam com uma única manifestação de 
vontade. Ou seja, quando o negócio jurídico necessitar somente de 1 (uma) manifestação de vontade 
para se concretizar. 
� Exemplo: o testamento, a renúncia; 
 
Bilaterais – São os que se perfazem com 2 manifestações de vontade, coincidentes sobre o objeto. 
Essa coincidência de vontades será chamada de “acordo de vontades”. Isto é, haverá um negócio 
jurídico bilateral quando houver manifestação de vontade de duas partes, formando um consenso, 
formando uma relação jurídica entre ambos. 
� Exemplo: contrato de compra, contrato de locação; 
 
Plurilaterais – São os negócios que envolvem mais de 2 partes. Assim, serão plurilaterais quando se 
conjugarem mais de 2 vontades paralelas, ou seja, vontades direcionadas para o mesmo sentido e os 
efeitos jurídicos serão os mesmos para todos os envolvidos. 
� Exemplo: contrato para formação de uma sociedade empresária; 
 
Quanto às vantagens patrimoniais, os negócios jurídicos podem ser: 
 
Gratuitos – São aqueles em que somente uma das partes aufere vantagens e benefícios. Outorgam-se 
vantagens a uma das partes sem exigir contraprestação da outra. 
� Exemplo: a doação pura; 
 
Onerosos - Consistem em negócios que impõem ônus e ao mesmo tempo acarretam vantagens a 
ambas as partes envolvidas. Ou seja, ambas as partes terão benefícios e também obrigações. Os 
negócios jurídicos onerosos se subdividem em comutativos (com prestações certas e determinadas) e 
aleatórios (onde as prestações de uma ou ambas as partes são incertas). 
� Exemplo: a doação com encargo, contrato de compra e venda; 
 
Neutros – São os que não possuem atribuição patrimonial, não podendo ser incluídos na categoria 
dos onerosos e nem dos gratuitos. 
� Exemplo: a instituição do bem de família (que não tem natureza gratuita, nem onerosa); 
 
Bifrontes - São os negócios jurídicos que, por sua natureza, poderão ser tanto onerosos, como 
também gratuitos, tudo dependerá da vontade das partes. 
� Exemplo: o contrato de mandato, contrato de fiança; 
 
 
 3 
Quanto à forma, os negócios jurídicos podem ser: 
 
Formais (ou solenes) - São aqueles que devem obedecer à forma prescrita em lei para se 
aperfeiçoarem. Assim, para sua formação não basta o acordo das partes, exige-se ainda a observância 
de certas formalidades, em razão das quais o contrato se diz, também, formal. 
� Exemplo: a compra e venda de imóvel com valor superior a 30 salários mínimos, deve ser feita através de 
instrumento público; 
 
Não-Formais (ou não solenes) – São os de forma livre. São aqueles em que a lei não exige um ato 
especifico para se aperfeiçoarem. Basta o acordo de vontade para a sua formação. Os pactuantes têm 
liberdade de forma, podendo ser realizado, inclusive, de forma verbal. 
� Exemplo: o contrato de comodato; 
 
Em relação ao momento da produção dos efeitos, os negócios jurídicos podem 
ser: 
 
Inter vivos – São os negócios celebrados que produzem seus efeitos entre pessoas vivas. 
� Exemplo: o contrato de locação, o casamento; 
 
Causa mortis - São os negócios destinados a produzir efeitos após a morte do agente. O evento 
morte, nesses casos, é pressuposto necessário de sua eficácia. 
� Exemplo: o testamento; 
 
Quanto ao modo de existência, os negócios jurídicos ainda podem ser: 
 
Principais – São os negócios jurídicos que possuem existência própria e não dependem de outros 
negócios para subsistirem. 
� Exemplo: o contrato de locação de imóvel; 
 
Acessórios – São aqueles que têm sua existência subordinada a de outro negócio tido como 
principal. E, dessa forma, seguem o destino do principal, ou seja, sendo o negócio principal nulo, 
também será o acessório. 
� Exemplo: o contrato de fiança; 
 
Quanto à eficácia, os negócios jurídicos classificam-se em: 
 
Constitutivos – Aqueles cuja eficácia só se opera após a celebração, ou seja, serão ex nunc. 
� Exemplo: o contrato de compra e venda; 
 
Declaratórios ou declarativos – São aqueles cuja eficácia retroage ao momento da ocorrência fática 
da declaração de vontade, ou seja, é ex tunc. 
� Exemplo: reconhecimento da paternidade; 
 
Quanto ao processo de formação, os negócios jurídicos podem ser: 
 
Simples - São os negócios jurídicos que se constituem por um ato único. 
� Exemplo: a renúncia, emissão de um título de crédito;Complexos – São os negócios jurídicos que resultam da fusão de vários atos. Compõe-se de várias 
declarações de vontade, que se completam. 
� Exemplo: constituição de uma sociedade empresária; 
 
 
 4 
Coligados – Quando há uma multiplicidade de negócios, conservando cada qual a fisionomia 
própria, mas havendo um nexo que os reúne substancialmente. Ou seja, são vários negócios jurídicos 
ligados entre si. Diferentemente dos negócios complexos em que são vários atos para concretização 
de apenas um negócio jurídico. 
� Exemplo: aquisição de um posto de gasolina, onde é realizado contrato de locação das bombas, contrato de 
fornecimento do combustível, aluguel do espaço da lanchonete; 
 
4. TRICOTOMIA EXISTÊNCIA-VALIDADE-EFICÁCIA: 
 
Embora o Código Civil de 2002 não tenha adotado expressamente a colocação 
tripartida, se atendo apenas aos planos da validade e da eficácia nos negócios jurídicos. Tais 
vocábulos são comumente utilizados como expressões sinônimas, razão pela qual buscaremos 
estabelecer o sentido de cada expressão para que assim possamos estabelecer a diferença eles: 
 
• Existência – Constatação da presença de certos elementos fáticos no ato; 
• Validade – É a perfeição daqueles elementos, demonstrando aptidão legal para produzir 
efeitos jurídicos. 
• Eficácia – Embora existente e válido, seus efeitos podem estar condicionados ou suspensos por 
disposição de outros elementos acidentais. 
 
3.1. TEORIA DE PONTES DE MIRANDA (ESCADA PONTEANA): 
 
Na visão de Pontes de Miranda, o negócio jurídico seria dividido em três planos, o 
que gera um esquema gráfico como uma escada com 3 (três) degraus, denominada por parte da 
doutrina, como “Escada Ponteana”. 
 
A famosa “Escada Ponteana” nos ensina que no Plano da existência 
encontramos apenas “substantivos” (partes, objeto, vontade, forma), que são adjetivados, quando se 
ingressa no campo da validade (partes capazes, objeto lícito e possível, vontade livre e forma prescrita ou não 
defesa em lei). Na perspectiva do Plano da eficácia é que se vislumbra o momento em que os atos 
jurídicos produzem os seus efeitos. 
 
Esses 3 degraus seriam: 
 
1º Degrau - Plano da Existência – Onde estão os elementos mínimos, os pressupostos de 
existência. Sem eles, o negócio não existe. Substantivos (partes, objeto, vontade e forma) sem adjetivos. Se 
não tiver partes, objeto, vontade e forma, ele não existe. 
 
2º Degrau - Plano da Validade – Os substantivos agora recebem os adjetivos. Requisitos de 
validade: Partes capazes; Objeto lícito, possível e determinado ou determinável; Vontade livre (sem vícios); e Forma 
prescrita ou não defesa em lei. Se houver um vício de validade, ou problema estrutural, ou funcional, o 
negocio jurídico será nulo (arts. 166 e 167) ou anulável (art. 171). 
 
3º Degrau - Plano da Eficácia – Onde estão as conseqüências do negócio jurídico, seus efeitos 
práticos no caso concreto. Elementos não-essenciais do negócio jurídico (condição, termo e encargo). 
 
 
 5 
 
 
3.2. PLANO DA EXISTÊNCIA (ELEMENTOS ESSENCIAIS): 
 
Neste plano não se fala em invalidade ou de eficácia, mas tão somente sua análise 
quanto à presença de certos elementos constitutivos, imprescindíveis à existência do negócio jurídico. 
Quais sejam: 
 
Presença do Agente emissor da vontade (Partes) - Somente existirá o ato jurídico (fruto da vontade 
de uma pessoa humana) com a presença dos agentes. 
 
Objeto - Há necessidade de um objeto, onde estará centrado o interesse jurídico, seja uma atividade 
do devedor, seja um objeto material. 
 
Declaração de Vontade – A vontade é pressuposto básico do negócio jurídico e é imprescindível 
que se exteriorize. Somente a vontade que se exterioriza é considerada suficiente para compor o 
suporte fático de negócio jurídico. Nestes termos, sendo a vontade um elemento de caráter subjetivo 
e interno, esta deverá se revelar através de uma declaração para ser resguardada (declaração de vontade = 
vontade exteriorizada). Registre-se que a simples intenção do agente (o que se passa em sua mente), sem 
exteriorização, não interessa ao direito. 
 
Ver. Art. 110 CC/2002 
 
Forma - É o meio pelo qual a vontade se exterioriza, chega ao mundo exterior. A declaração de 
vontade poderá ser expressa (através da escrita ou da fala, de gestos ou sinais) ou, ainda, tácita (através de 
um comportamento do agente). 
 
 
 
 6 
 
3.3. PLANO DA VALIDADE (ELEMENTOS ESSENCIAIS): 
 
É justamente a análise qualitativa que deverá recair sobre cada um dos elementos 
constitutivos do negócio jurídico. Observe-se que seus elementos são os mesmos do plano da 
Existência, porém analisados sob a ótica de características qualificadas e necessárias que lhe darão 
validade. São pressupostos de validade do negócio jurídico: 
 
Agente emissor de vontade capaz e legitimado para o negócio – O agente deve ser apto a emitir 
validamente a sua vontade. Ou seja, além de ser detentor de capacidade genérica para atuar nos atos 
da vida civil (capacidade civil), deverá estar também legitimado (competência específica para praticar 
determinado ato em relação ao objeto) para atuar em determinado negócio jurídico em função da relação 
em que se encontre face ao objeto deste. Didaticamente, podemos citar o exemplo da compra e 
venda de um imóvel, onde o vendedor além de demonstrar capacidade civil para realizar o ato, 
deverá também demonstrar que tem direitos de propriedade e disponibilidade sobre o respectivo 
bem imóvel 
 
Ver: Arts. 3º e 4º; Art. 104, I, CC/2002 
 
Objeto lícito, possível e determinado (ou determinável) – Lícito, pois não pode o objeto de um 
negócio jurídico ser contrário à lei, à moral, aos princípios da ordem pública e aos bons costumes. 
Possível, já que também o objeto deve ser algo realizável, executável. A impossibilidade do objeto 
pode ser física (que emana das leis físicas ou naturais – por exemplo: construir uma ponte até lua) ou jurídica 
(quando as normas jurídicas proíbem expressamente o negócio a respeito de determinado bem – por exemplo: negócio 
envolvendo herança de pessoa viva). Igualmente determinado (ou determinável), pois o objeto do negócio 
jurídico deve ser determinado (capaz de ser individualizado) ou suscetível de determinação, contando 
com elementos capazes de indicar, pelo menos, gênero, espécie, quantidade ou características 
individuais para que se possa determinar o seu objeto, de modo que a obrigação do devedor tenha 
sobre o que incidir. 
 
Ver: Art. 104, II; Art. 122; Art. 243 CC/2002 
 
Declaração de vontade livre, consciente e de boa-fé - O consentimento deve ser livre, consciente 
e de boa-fé, sob pena de ter a sua validade afetada pelos vícios ou defeitos do negócio jurídico (erro, 
dolo, coação, estado de perigo, lesão e fraude). O consentimento recíproco deve abranger o acordo sobre a 
existência e natureza do negócio, o acordo sobre o objeto do negócio e o acordo sobre as condições 
que compõem o negócio. 
 
Ver. Art. 138 CC/2002 
 
Forma adequada (livre ou legalmente prescrita) - A liberdade da forma dos negócios jurídicos é 
a regra, porém a lei, excepcionalmente, pode determinar forma solene. Isto é, os negócios jurídicos, 
em geral, são celebrados pelo livre consentimento das partes (de forma escrita, verbal ou tácita), salvo 
quando a lei impõe, como essencial, a obediência aos requisitos formais. 
 
Ver: Art. 104, III; Arts. 107, 108 e 109 CC/2002 
 
 
 
 
 
 7 
 
3.4. PLANO DA EFICÁCIA (ELEMENTOS NÃO ESSENCIAIS): 
 
O negócio jurídico ainda poderá conter outros elementos meramente acidentais, 
introduzidos facultativamente pela vontade das partes, não sendo necessários à sua existência. 
 
São facultativos no sentido de que, em tese, o negócio jurídico pode existir sem eles. 
Porém, uma vez apostos no negócio pela vontade das partes, ficam indissociavelmenteligados a ele. 
 
Na moderna doutrina, superado o estudo dos planos de existência e validade, surge o 
chamado plano de eficácia dos negócios jurídicos. 
 
Essas convenções acessórias constituem autolimitações da vontade e são admitidas 
nos atos de natureza patrimonial em geral, como forma de delimitar o momento em que estes atos 
produzirão os efeitos jurídicos esperados. 
 
� Exemplo: Os pais se comprometem a doar uma casa ao filho quando ele se casar; 
 
O Código Civil apresenta três tipos de elementos acidentais: 
 
Condição - É o acontecimento futuro e incerto de que depende a eficácia de um negócio jurídico. 
Da sua ocorrência depende o nascimento ou a extinção de um direito. 
 
Ver. Art. 121 CC/2002 
 
Termo - É o dia ou o momento em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico, 
podendo ter como unidade de medida a hora, o dia, o mês ou o ano. É a subordinação da eficácia do 
negócio jurídico a evento futuro e certo. 
 
Ver. Art. 131 CC/2002 
 
Encargo (ou modo) - É restrição imposta ao beneficiário de uma liberalidade. Apresenta-se como 
restrição à liberdade, quer estabelecendo uma finalidade ao objeto do negócio, quer impondo uma 
obrigação ao favorecido, em benefício do instituidor ou de terceiro, ou mesmo da coletividade. 
 
Ver: Art. 136 CC/2002

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