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Roteiro, Modelo e Caso - Mandado de Segurança

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MANDADO DE SEGURANÇA
1. Denominação: mandado de segurança (Writ - ordem/mandado).
2. Previsão legal: Constituição Federal/88, art. 5º, LXIX e LXX; Lei nº 12.016/09.
3. Conceito / natureza jurídica: 
Ação de conhecimento => procedimento especial
Prestação mais ágil da tutela jurídica (antecipação da tutela)
Prioridade de processamento e julgamento sobre todos os atos judiciais, exceto habeas corpus.
Amparar direito líquido e certo – direito individual ou coletivo 
4. Sentido jurídico de liquidez e certeza: 
verdade processual [o direito é reconhecido pelas provas apresentadas (documentais) ou não (art. 206, IV, C.F. - pagamento de mensalidade)]
direito susceptível de apreciação imediata.
5. Autoridade (arts. 1º e 2º da Lei 12.016/09): toda pessoa representante do Poder Público, ainda que com função delegada, de categoria que for e independente das funções que exerça (poder de decisão ou o executor do ato). Também se equiparou à autoridade os representantes ou órgãos de partidos políticos, que são pessoas jurídicas de direito privado (art. 1º, §1º, Lei 12.016/09).
6. Ato de autoridade - classificação: 
Ilegal: o ato praticado é contrário à lei (lançamento de tributo não previsto); 
Abusivo: o ato contraria indiretamente a lei; a autoridade vai além (incompetência da autoridade - delegado de polícia que determina o arresto de um bem); 
por ação: autoridade vai além dos limites (exoneração de funcionário sem poder para fazê-lo); 
por omissão: autoridade está obrigada a praticar o ato, mas não o faz (expedição de alvará).
7. Tipos de mandado de segurança:
Preventivo: o ato (ilegal/abusivo) ainda não foi praticado, mas não paira dúvida de que a autoridade o praticará - secretário da Educação determina cobrança de mensalidade. É dedutível que o diretor da escola o fará. A prova pré-constituída será o ato do agente que prove a iminência da prática de outro, o qual já se antevê ser ilegal ou abusivo. Ex: notificação; carnê de IPTU.
Repressivo: a ilegalidade ou o abuso de poder já ocorreu. 
8. Não cabimento do mandado de segurança: 
atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedades de economia mista e concessionárias de serviço público (art. 1º, §2º da Lei 12.016/09);
ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução (art. 5º, inciso I, Lei 12.016/09; exceto MS p/ omissão, por força da Súmula 429, STF) => por outro lado, a não interposição do recurso administrativo é considerada uma renúncia da parte – daí será cabível o writ; 
decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo ou correição parcial (art. 5º, inciso II, Lei 12.016/09; e Súmula 267, STF);
decisão judicial transitada em julgado (art. 5º, inciso III, Lei 12.016/09; e Súmula 268, STF);
lei em tese: incabível (a hipótese é de ação direta de inconstitucionalidade), pois o direito individual ainda não está sendo ofendido nem sob a forma de ameaça (por exemplo, aprovação de lei que determina cobrança ilegal de tributo, mas que ainda não foi exigida) – Sum. 266, STF.
ato disciplinar (baseado no poder discricionário); 
9. Legitimidade: 
ordinária: pessoa física; pessoa jurídica, de direito público ou privado; entes despersonalizados (massa falida; herança jacente; espólio; sociedade de fato; condomínio; assembléias, tribunais, câmara etc); 
extraordinária: substituição processual - art. 3º da Lei nº 12.016/09 (fechamento de uma escola - legitimidade originária da direção; na omissão, os alunos).
10. Prazo - natureza jurídica (art. 23, Lei 12.016/09): 120 dias da ciência do ato impugnado - decadencial (não há suspensão e nem interrupção - inclusive nas férias); a perda do prazo não impede a discussão do direito pelo procedimento comum (art. 19, Lei 12.016/09). 
11. Competência:� 
11.1 regras gerais:
matéria especial: Justiça Especial (matéria eleitoral; matéria trabalhista etc).
matéria comum: Justiça Comum, a saber:
- STF (art. 102, d, CF.); 
- STJ (art. 105, b, CF.); 
- TRF (art. 108, c, CF.); 
- Juiz Federal (art. 109, VIII, CF; art. 2º, Lei 12.016/09); 
- Justiça Estadual (Código de Organização Judiciária e Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás).
11.2 regras específicas:
11.2.1 Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, d, C.F)
- ato do Presidente da República;
- atos das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; 
- ato do Tribunal de Contas da União;
- ato do Procurador Geral da República; e
- ato do próprio Supremo Tribunal Federal.
12.2.2 Superior Tribunal de Justiça (art. 105, I, b, C.F)
- ato de Ministro de Estado;
- ato do próprio Superior Tribunal de Justiça.
12.2.3 Tribunais Regionais Federais (art. 108, I, c, C.F)
- ato do próprio Tribunal Regional Federal;
- ato de juiz federal, de vinculação respectiva;
11.2.4 Juizes Federais (art. 109, VIII, C.F; art. 2º, Lei 12.016/09)�: ato de autoridade federal (inclusive entidade autárquica), excetuados os casos de competência dos tribunais federais; são exemplos:
- Universidade Federal de Goiás;
- De pessoa jurídica/natural com função delegada pela União:
- universidade e faculdade particulares (dependem de autorização do Ministério da Educação e Cultura);
- fundações educacionais particulares de ensino universitário autorizadas pela União (excetuados os casos em que o Estado organiza o seu sistema de ensino)�; 
- serviços de telecomunicações e eletricidade; 
- casos de delegação de competência pela União a autoridades estaduais e municipais para recolhimento de certos tributos; 
- Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de Goiás;
- Conselhos Regionais (de Química, Farmácia etc.).	
11.2.5 Tribunal de Justiça de Goiás (Regimento Interno do Tribunal de Justiça e Código de Organização Judiciária do Estado de Goiás)�
- Tribunal Pleno (art. 9, inciso XXIV, letra "i", do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás):
- ato do Governador do Estado;
- ato da Mesa ou do Presidente da Assembléia Legislativa;
- ato de seus próprios órgãos;
- Câmaras Cíveis Reunidas/ Seções (art. 10, inciso II, letra "c", do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás):
- ato de Juiz de Direito;
- Câmaras Cíveis [isoladas (art. 14, inciso III, letra "b", do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás)]:
- ato de Secretário de Estado;
- ato do Procurador Geral de Justiça;
- atos do Presidente e membros do Conselho Superior do Ministério Público;
- atos do Presidente e membros do Tribunal de Contas;
- atos do Auditor e membros da Justiça Militar;
- ato do Comandante da Polícia Militar;
- ato de Juiz de Direito;
- Juizes de Direito - na Vara da Fazenda Pública Estadual (art. 30, inciso I, letra "a", números 1 e 2, do Código de Organização Judiciária do Estado de Goiás): 
- atos das autoridades estaduais, inclusive os administradores e representantes de autarquias e pessoas naturais ou jurídicas com função delegada do poder público estadual, somente no que entender com essa função, ressalvados os mandados de segurança sujeitos à jurisdição do Tribunal;
- Juizes de Direito - na Vara da Fazenda Pública Municipal (art. 30, inciso II, letra "a", números 1 e 2, do Código de Organização Judiciária do Estado de Goiás):
- atos de autoridades municipais, inclusive os administradores ou representantes das autarquias e das pessoas naturais e jurídicas com função delegada do poder público, somente no que entender com essa função.
12. Petição Inicial (art. 6º, Lei 12.016/09 c/c arts . 319 e 320, NCPC) – são duas vias (sendo uma para contra-fé), com os documentos necessários, indicando:
o juiz ou tribunal a que é dirigida (arts. 102, 105, 109 e 114 da CF; regras do CPC e Código de Organização Judiciária e Regimento Interno do TJGO) => define-se pela autoridade coatora;
a identificação e qualificaçãodas partes
impetrante => legitimidade ordinária ou extraordinária (art. 3º da Lei nº 12.016/09);
impetrado=> a autoridade coatora (§3º do art. 6º define autoridade coatora com sendo “aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática”) E a pessoa jurídica que a autoridade coatora integra, a qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições;
os fatos e fundamentos jurídicos do pedido (para a admissão do mandamus deve-se comprovar o direito líquido e certo por meio de documentos; para a concessão da ordem liminarmente, deve-se provar ainda o fumus boni iuris e o periculum in mora – art. 7º, III c/c restrições do §2º);
o pedido e suas especificações, como:
a) notificação da autoridade coatora para prestar informações no prazo de 10 dias - natureza jurídica de citação. A autoridade deve prestar as informações pessoalmente, assinando a peça; poderá fazê-lo juntamente com advogado;
b) a intimação do órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, para que, querendo, ingresse no feito;
c) procedência do pedido, inclusive liminarmente (concessão da segurança); 
d) intimação Ministério Público
e) benefícios da assistência judiciária (Lei nº 1.060/50), se for o caso;
Observações:
não se requer a produção de provas, pois estas devem acompanhar a inicial; excepcionalmente, pode haver requerimento no sentido de intimar a autoridade coatora a juntar aos autos documentos que estejam em seu poder (art. 6º, §2º); 
não há condenação de honorários advocatícios - Súmulas 105 do STJ e 512 do STF.
o valor da causa – estimativa ou compatível com o proveito econômico pretendido (segue-se as regras comuns às outras ações – arts. 291 e 292 do NCPC).
 
8. Pedido de deferimento.
9. Local, data e assinatura do advogado.
MODELO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DA FAZENDA PÚBLICA (ESTADUAL OU MUNICIPAL) DA COMARCA DE GOIÂNIA – onde houver; caso contrário, será Vara Cível.
(ou)
EXCELENTÍSSIOMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA _____ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE GOIÂNIA/GOIAS
(ou)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS/TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO
(ou)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO EXCELSO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA/SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
IMPETRANTE, QUALIFICAÇÃO, vem respeitosamente à digna presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra assinado (procuração em anexo), com escritório profissional situado na Rua ....., onde recebem as comunicações judiciais de estilo, impetrar o presente
MANDADO DE SEGURANÇA REPRESSIVO – COM PEDIDO DE LIMINAR
contra ato ilegal do Ilustríssimo Senhor Secretário tal....., IMPETRADO, que exerce suas funções no (Orgão tal...), situado na Rua ......, onde deve ser notificado, com fulcro no art. 5º, LXIX e LXX da CF/88, na Lei nº 12.016/09 e nos demais dispositivos legais aplicáveis à espécie, pelos fundamentos fáticos e jurídicos a seguir transcritos:
I - DOS FATOS
II - DA TEMPESTIVIDADE
Tal como mencionou-se na exposição dos fatos, o Impetrante teve ciência inequívoca do ato ilegal do Impetrado ..... no dia ......
FUNDAMENTAR NA LEI DO MS
III - DO CABIMENTO DO PRESENTE MANDADO DE SEGURANÇA – demonstrar a existência de prova inequívoca que torna o direito líquido e certo.
IV - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS – demonstrar a ilegalidade ou o abuso de poder da autoridade impetrada e o direito líquido e certo. 
V – DO PEDIDO LIMINAR – demonstrar os requisitos do art. 7º, III da Lei do MS
VI – DOS REQUERIMENTOS
Por todo o exposto, com fulcro nos fundamentos fáticos e jurídicos anteriormente expostos, o Impetrante requer:
Seja concedida, LIMINAR inaudita altera pars, para ....;
Seja notificada a autoridade coatora a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações que entender necessárias;
Requer ainda, a intimação do Ilustre Representante do Ministério Público, a fim de que se manifeste nos atos e termos do presente mandamus;
Sejam concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita à Impetrante, na medida em que a mesma não tem condições de acorrer ao judiciário sem o comprometimento do sustento próprio e o de sua família, como se prova na declaração de insuficiência financeira anexa, nos termos do art. 5°, LXXIV da CF/88 e da Lei n° 1.060/50; (SE FOR O CASO)
Ao final, prestadas ou não as informações, sejam os presentes pedidos julgados procedentes, e, ao final seja concedida em definitivo a segurança e mantida a decisão liminar anteriormente pleiteada, com a consequente condenação do Impetrado aos ônus processuais cabíveis.
As provas a serem produzidas são documentais, as quais seguem anexas, e as demais provas em direito admitidas, nos termos legais.
Dá-se à presente causa, o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), nos termos legalmente estabelecidos.
				Nestes termos, 
				Pede e Espera deferimento.
				Local e data.
			
ADVOGADO
 (OAB – GO XXXXX)
CASO SIMULADO
Jéssica, menor de idade, é portadora de necessidades especiais, com deficiência em uma das pernas, que foi amputada em decorrência de uma cirurgia de separação de gêmeas siamesas no ano de 1999, e não possui nenhum tipo de prótese que facilite sua locomoção para realizar suas atividades diárias. 
Em razão disso, sua mãe, Geralda, adquiriu, no nome da filha, um veículo 0 Km da marca/modelo RENAULT/DUSTER, o qual será por ela conduzida, já que a menor não possui requisitos necessários para conduzir o veículo. 
Todavia, por ser portadora de necessidades especiais, requereu a isenção legal dos seguintes benefícios tributários, o ICMS, IPI e IPVA, sendo-lhe concedida apenas em relação aos dois primeiros tributos.
Ao buscar o beneficio de isenção do IPVA, junto à Secretaria de Estado da Fazenda do Estado de Goiás, Jéssica teve seu requerimento negado pelo Secretário da Fazenda, no dia 26 de Junho de 2015, através da Ouvidoria da Fazenda, que alegou que a mesma não seria a condutora do veículo e que a legislação estadual proíbe o benefício aos portadores não condutores. 
Diante de tais circunstâncias, tome a providência cabível a favor de Jéssica, observando o último dia de prazo de que dispõe para tanto. 
� Constituição Federal, Código de Organização Judiciária e Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.
� Observar o art. 109, inciso I, da Constituição da República Federativa do Brasil, que diz: "Aos juizes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidente de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho". 
� Art. 211 da Constituição da República Federativa do Brasil: "A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino".
� Quando não houver competência estabelecida em razão da matéria ou da pessoa, define-se a mesma pelo foro da sede da autoridade.
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