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Caderno de Direito Administrativo - 1º Bimestre

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DIREITO ADMINISTRATIVO A
Ângela
1º Bimestre
17/04/2013
(Aula 1)
PÚBLICO X PRIVADO
Exemplo 1: Desapropriação, retira um imóvel de um privado em nome do interesse público. Já que isso é preciso existe uma recomposição através da indenização, para que se estabeleça minimamente este equilíbrio. A ideia é de que quando o interesse público pesa é para o interesse de todos.
Exemplo 2: Manifestação do poder de polícia, por que a banca é em um esquina e não na outra? Por que o horário do banco é aquele? Por que não pode ter chaminé de restaurante em determinadas condições? Isso são limitações do poder público em nome do interesse público para garantir os direitos de todos.
MÉTODO
Construtivo: de Henri Valon, há a elaboração do raciocínio e do conhecimento, nós somos responsáveis pelo nosso conhecimento, não é possível avaliar a quantidade e a profundidade de todo o nosso conhecimento. A ideia é de que em alguns momentos nós deixemos de ser os sujeitos passivos e vamos nos tornas os sujeitos ativos, um verdadeiro troca-troca.
Vantagens: Como é um conhecimento elaborado será mais dificilmente esquecido. O que é memorizado é mais facilmente esquecido e iremos tentar evitar o método da memorização, que será utilizada só para o que for realmente necessário, como conceitos.
AFASTE O OBJETO: Quanto mais próximo pior para enxerga-lo.
Administração pública: Atividade típica e atípica. Típica do Poder Executiva e Atípica do Poder Legislativo e Judiciário. O Poder Executivo julga e legisla, através de decretos, etc.
Poder Legislativo Executa e julga. O Poder Judiciário também executa e legisla.
Cuidado ao ler o Art. 37 caput da constituição, pois estamos falando da administração de todos os poderes, pois o Poder Legislativo e Judiciário não tem administração direta.
*Anular é uma coisa revogar é outra*, não confunda.
BIBLIOGRAFIA:
No site há uma bibliografia básica, mas a professora passa algumas bibliografias estrangeiras.
Professora Maria Silvia Zanela
Celso Antônio Bandeira de Melo
Marcel Justen Filho
Romeu Bacelar
Português Marcelo Caetano
Osvaldo Aranha Bandeira de Melo – Princípios do Direito Administrativo
Jean Rivero
Grátis: Tratado de Direito Administrativo – Agustin Gordillo
24/04/2013
(Aula 2)
Trabalho em Grupo a respeito do método. Vamos definir o que lembramos e temos como ideia, discutir, colocar em um papel e definir o que lembrar do que é Estado, o que é Governo, o que é administração, pública, e o que é administração pública. Ex: A mesma pessoa que é eleita exerce o governo e praticam atos de administração pública, essa confusão é normal e não pode acontecer.
01/05/2013
(Aula 3)
Feriado do Dia do Trabalhador.
08/05/2013
(Aula 4)
AP – A ideia de administrar é executar. Na Constituição temos administração pública direta ou indireta. Temos um poder central, com órgãos, ADM direta só a no poder executivo, não há atividade direita no legislativo e no judiciário. O governos estabelece qual será o modelo de estado que se vai adotar dali para frente. Se for um Estado Liberal é menor.
O Estado é uma ficção dotada de personalidade e estrutura. O Estado é muito abstrato, quem dita as regras é o governo. Através do votos escolhemos o governo.
Diretrizes constitucionais: São amplas, há margens que podem ser utilizadas para um Estado Social ou um Estado Neoliberal, em 98 tivemos uma EC (19) que alterou sensivelmente a condição do cidadão, que passou a ser um consumidor do serviço público. Tanto que se discutia um Código do Consumidor do Serviço Estatal. Tudo depende do governo através da tributação, dos serviços públicos, dos direitos fundamentais, aquilo que podemos exigir da administração pública.
A administração não pode se “adonar” do interesse público, ela deve correr atrás para atingir esses interesses, que são interesses da sociedade.
Para Alexy Interesse Público é divido em dois:
Primário: é aquele que coincide com os interesses da sociedade
Secundário: É um interesse da administração pública, mas só é válido quando coincide com o interesse público primário.
Diante do caso jurídico concreto temos certeza de quem é um “interesse público” de um indivíduo localizado.
Ler: Alexy, dworkin.
Tendo a metódica sempre resolveremos o caso concreto, e todas as decisões levam a críticas. 
Decreto Lei 3365/41
A noção de interesse público está relacionada com a ideia de utilidade pública. Ocorrem casos em que não havendo ilegalidade, sendo atingida a finalidade ainda acontece que fere a moralidade.
Resumo da aula: A professora ficou duas aulas falando que interesse público não tem definição.
15/05/2013
(Aula 5)
Professora não veio, fizemos um trabalho com os monitores valendo nota (resolver 5 questões sobre o texto em grupo), valendo 0,5 pontos.
22/05/2013
(Aula 6)
A professora pediu desculpa pela ausência na aula passada, ela ficou mal, mal a noite e não teve condições de vir no outro dia. Mas ela iria aplicar as questões da mesma forma.
A professora diz que vai agregar ideia ao texto da última aula. De tudo isso, o que é fundamental?
O que de tudo isso é fundamental para a compreensão da administração pública? Não só pios é nosso dia-a-dia, mas sobretudo para que consigamos localizar no dia-a-dia o concreto.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO ESTRITO
ADMINITRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO AMPLO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
NOÇÃO ESTATICA: estrutura
NOÇÃO DINÂMICA: pessoas
Existe uma estrutura, e para mover essa estrutura são necessários os agentes públicos. As duas partes se encontram na administração pública subjetiva, que são composta por órgãos, entidades e agentes.
Esses órgãos não tem personalidade, eles são feixes de competência, por exemplo, secretaria do estado da educação no Paraná, Ministério do Exército na união, etc. A pessoa jurídica efetivamente é o município, estado ou união. Esse são chamados órgãos centrais. Atividade executiva, legislativa e julgadora (lembrar de funções típicas e atípicas).
Essa noção orgânica está justamente na parte estrutural. O Fato é que a uma quantidade de competências estabelecida por lei a esses órgãos, podemos visualizar isso melhor no Decreto Lei 200/67. O importante é verificar se os órgãos são feixe de competência dada por lei. Se é uma organização, ela não tem personalidade jurídica e é criada por lei. Não é possível deixar na mão do administrador aumentar ou diminuir os órgãos. Deixar na mão do Administrador extinguir a Copel, ou Extinguir o Ministério da Educação, isso traria uma instabilidade gigante.
Temos o poder central, e dentro dela temos vários órgãos e que tem formado por autarquias, , sociedade de economia mista, empresas públicas e associações. A Petrobrás é uma autarquia, e está ligada ao Ministério de Minas e Energia.
Orgão
Poder Central
Autarquia
Autarquia
Autarquia
Orgão
Orgão
Autarquia
Autarquia
Autarquia
Não é subordinação, é regulamentação. Não é questão de Hierarquia, tudo isso compõe a administração pública, que tem um governo que está dentro de um estado.
Servidores públicos, Agente políticos: 	Quando um funcionário público passa em um concurso e entra no emprego ele adere ao regime trabalhista que é estatutário ou celetista, num primeiro momento entenderam que podia ser tanto celetista ou estatutário, agora o regime jurídico único só pode ser o estatutário. O STF disse que era inconstitucional a manutenção de dois regimes jurídico, o problema é que hoje temos tanto um quanto outros dentro da Administração Pública. Temos os funcionários que tem cargo efetivos (quem fez concurso) temos cargo em comissão (que foram nomeados), temos o cargo vitalício (depende de processo transitado em julgado, é o caso do ministério público, juízes, e quem trabalha em tribunais de contas, a vitaliciedade da maior segurança, como o juiz vai julgar um governador se ele puder ser demitido por ele).
Cargos: A palavra cargo só se usa para estatutário.
ESTATUTÁRIO:
Cargo de provimento efetivo. Aqui tem que ter concurso público de cargose títulos. Art. 37, II, CF), tem a característica de rigidez, depois de três anos (período de estado probatório) passa a ter estabilidade, esse funcionário efetivo para ser demitido deve ser julgado por processo administrativo disciplinar em contraditório e depois da coisa julgada quem decide é a autoridade. Demissão e exoneração são diferentes. Se a professor cometer uma falta grave ela passa por processo administrativo disciplina e quem decide se ela será demitida ou não é o reitor. Se ela quiser sair da faculdade ela pede exoneração do cargo. Tem que ter ampla defesa e contraditório mesmo no estado probatório. Nesse cargo existe a profissionalização, a pessoa faz cursos e se prepara.
Cargo de provimento comissão. Aqui o vínculo se dá pela confiança, não há concurso e pode ser exonerado a qualquer tempo, aqui não tem estabilidade, aqui não tem estado probatório. Perguntar pro kanayama como fica o orçamento dos cargos comissionados? No Paraná tínhamos mais cargos de comissão do que efetivos.
Cargo de provimento vitalício. São as chamadas carreiras de Estado. Para o exercício de determinadas funções o agente público tem que ter mais segurança, tem que ter mais tranquilidades. Os interesses que são submetidos a essa carreira precisam de mais estrutura. Juiz de carreira. Conselheiro do tribunal de contas. Integrando do Ministério Público. O que vale aqui é o exercício da função, nem sempre dependem de concurso público, passam por estado probatório e para ser demitido deve ter coisa julgada pelo judiciário. Passa por Processo judicial para ser demitido. Art. 37, CF.
Cargos temporários Art. 37, CF, IX. Permitisse em casos de grande interesse público, por exemplo surto de epidemia de dengue
Dificilmente há greve de estatutário, pois a punição é de outro tipo, já que o congresso não se mexe para regulamentar a greve no interesse público o STF determinou que vale a mesma lei da “greve privada”.
A efetividade, a comissionado, a vitaliciedade são características do cargos, são garantias que cada vínculo tem. 
A professora disse que se tivesse a opção, ela acabaria com os cargos comissionados e acabaria com as sociedades de economia mista. O Problema dos cargos comissionados é o abuso de quem nomeio, quem nomeia? E pra que fins nomeia? O que acontece é que as vezes alguém nomeia alguém pois uma pessoa tem conhecimento e capacitação, mas na maioria dos casos, o maior problema são as pessoas que entram nos cargos por dívida política entram no cargo pois ajudaram o prefeito a se eleger, então se o prefeito escolhe alguém formado em direito para ser procurador do município, mas essa pessoa não sabe nada de constitucional, administrativo, esse prefeito estará muito mal assessorado.
29/05/2013
(Aula 7)
Feriado de Corpus Christi.
05/06/2013
(Aula 8)
Aula trocada com o professor Maneco.
10/06/2013
(Aula 9)
(Segunda-feira) Reposição da aula trocada como o Maneco.
ADMINISTRAÇÃO MATERIAL
SERVIÇO PÚBLICO
No Brasil temos a ideia de Administração em sentido amplo e estrito. Em alguns momentos a população diz o que é serviço público e em outros os governantes dizem o que é serviço público, nós tomamos a noção de serviço público como atividades que satisfazem necessidades públicas. Os serviços públicos variam no tempo e no espaço, por exemplo, a expansão da banda larga era uma necessidade, agora não é mais. Se pegarmos vinte autores, cada um dará um conceito diferente há serviço público e necessidades públicas.
POLÍCIA ADMINISTRATIVA
Também chamada de Poder de Polícia. É a prerrogativa que tem o poder público de limitar a propriedade e a liberdade dos particulares em prol do serviço público. Aqui temos um leque imensurável de manifestações do poder de polícia. Ex: Poder de polícia sanitário: não pode haver criação de animais em área urbana. Tem um cunho de discricionariedade, vai depender do lugar aonde a pessoa está. Ex2: Por que a banca de jornal está ali e não está aqui? Pois o Estado usando seu poder de Polícia Urbanística que determina isso. A professora só não achou um meio de limitar aquele barulho infernal de aparelhos sonoros automotivos. Ela só é repressiva caso seja descumprida alguma norma.
FOMENTO
É a atividade de incentivo do estado por parte da administração pública a determinadas atividades são consideradas importantes naquele momento. Nas mais variadas áreas, na industrial, serviços e outros. Há quem associa a ideia de fomento a alguma forma de auxilio através das subvenções assistenciais, que normalmente é dinheiro passado a entidades privadas, por Ex: ONGs, APMIs e as APAEs. Quando há isenção de impostos devido a atividade ser considerada importante, por exemplo as escolas particulares, também é considerada fomento. Cessão de bem: caso o poder Público de um bem para o particular exercer alguma atividade de suma importância, porém em alguns casos a empresa fecha e o particular fica com o bem, isso não poderia acontecer, deve ter uma cláusula resolutiva para que ele devolva o bem.
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei formal, Constituição e os Regulamentos Administrativos.
CONDIFICAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Tem uma corrente que não gosta da codificação, pois dizem que o Direito Administrativo é muito dinâmico. A outra corrente é a principiológica, mas essa tem muitos problemas que a professora ficou de falar e não falou, #chateado. Não temos um Código que se aplique, temos coletâneas, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. A professora acha que poderíamos ter um código com Leis Gerais.
**Abre parênteses**
A Lei Federal (sobre processo administrativo) 9784/99 não se aplica subsidiariamente aos Estados e Municípios, ela só se aplica se houver outra lei dizendo que ela deve ser aplicada. Obs: Existem as leis nacionais, que se aplicam a todos, temos as leis federais que só são aplicadas no âmbito da União, e as leis Estaduais que só se aplicam naquele estado e as leis municipais que se aplicam somente em determinado município. Então essa lei só funciona no âmbito da União, caso outro ente da federação queria utiliza-la deve promulgar um lei recepcionando essa outra lei.
**Fecha parênteses**
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
É, de forma simplificado, o sistema que rege principiologicamente a administração pública.
A Doutrina entende que existem dois supra princípios:
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
Para a efetivação do interesse público o Administrador recebe alguns Poderes e Instrumentos para a satisfação do Interesse Público. O Poder Público oferece determinadas prerrogativas a Administração. A Administração Pública tem desigualdade jurídica em relação aos particulares, o melhor exemplo é a desapropriação, é um poder que o Estado ganha para satisfazer algum interesse público, como por exemplo o alargamento de uma Avenida. Só o Estado pode desapropriar, imagina o caos que seria se particulares pudessem desapropriar imóveis ao seu bel prazer.
O Interesse Público prevalece sobre o Interesse Privado, porém ele não anula o privado, que continua existindo.
Presunção de legitimidade, de legalidade: Atos administrativo e atuações administrativas e ações administrativas se pretendem legais até que se prove o contrário, é uma presunção iurs tantum. Ex: Alguém faz concurso, passa e é nomeado, pressupõe-se que esse ato é legítimo até que se prove o contrário, ai vai analisar o concurso e diz que só as pessoas do município podem se inscrever, então o concurso tinha a presunção de legitimidade do concurso e em certo momento se percebe que ele é inconstitucional. Por que isso? Pois a dinamicidade da Administração Pública exige isso, imagine que cada ato fosse passível de impugnação não existiria nada (transporte público, esgoto, etc.). Essa presunção de legitimidade protege quem está de Boa-fé.
Executoriedade: Os atos da Administração Pública não dependem do poder judiciário para serem executados, não precisam da autorização de ninguém.
Poder-dever: Se alguém tem o Dever de cumprir algo, precisa de Poder, foi perda de tempo para descobrir qual prevalecesobre o outro, é um ciclo: Poder-dever-poder-dever-poder-dever-poder... Pra professora tanto faz se é Poder-Dever ou Dever-Poder.
Interesse Pública Primário e Interesse Público Secundário:
Interesse Primário: Diz respeito ao interesse público.
Interesse Secundário: Diz respeito ao Estado.
Remember:
Interesse Público não tem definição:
**Abre parênteses**
Existem muitos outros princípios, porém a professora irá deixar ao nosso critério a adoção destes.
**Fecha parênteses**
12/06/2013
(Aula 10)
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
Trata-se do conjunto de regras e princípios que estruturam o Direito Administrativo lhe conferindo autonomia enquanto um ramo autônomo da ciência jurídica. Para tanto, necessário será analisar os princípios concernentes ao tema, a fim de melhor compreendê-lo.
REGIME ESTATUTÁRIO
A lei das licitações é o Estatuto das licitações, a lei dos servidores público é Estatuto dos servidores públicos. No Regime Estatutário não há discussão das normas.
Não há direito adquirido no regime jurídico administrativo.
Como se trata de uma lei, há a unilateralidade da “vontade” do Estado e da administração pública. Quando não há direito adquirido no regime administrativo? A Ângela é professora estatutária, e a lei diz que a cada 1 ano de trabalho ela tem direito há 30 dias de férias, se a lei mudar para 15 dias de férias ela não pode alegar que quando entrou ela tinha direito a 30 dias, ela não poderá invocar as condições na qual ela fez o contrato de trabalho. Até 1997 a cada 5 anos de trabalho os servidores públicos tinham direito há 3 meses de licença especial, a professora entrou em 1995, e depois de 1997 a lei foi alterada, então, em 2000 a professora não pode mais exigir seus 3 meses de licença especial após os 5 anos. 
Quando se fala de estatuto se fala de uma lei que rege aquela relação jurídica. Quando encontramos uma lei que estabelece e rege uma relação jurídica com o Estado sempre é um estatuto. Rigorosamente, por essa ideia do Regime Jurídico Estatutário não há muito o que invocar perante o judiciário.
Tem que existir um equilíbrio, que é encontrado na indisponibilidade do interesse público na administração (só lembrando, alguns autores [Celso Bandeira de Melo]).
O Administrador só pode fazer o que o interesse público quer. Há deveres implícitos, se tudo depender da lei você esquece da discricionariedade e o poder de escolha. O administrador está submisso a lei e ordem jurídica. O melhor é que haja lei para aquela situação, mas muitas vezes a lei não prevê, mas devemos levar em conta sobretudo a Constituição e os Princípios.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro ensina que “a expressão regime jurídico administrativo é reservada tão-somente para abranger o conjunto de traços, de conotações que tipificam o Direito Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação jurídico-administrativa. Basicamente pode-se dizer que o regime administrativo resume-se a duas palavras apenas: prerrogativas e sujeições”.
Decorre do ensinamento de Celso Antônio Bandeira de Mello que o regime de direito público resulta da caracterização normativa de determinados interesses como pertinentes à sociedade e não aos particulares considerados em sua individuada singularidade. Juridicamente esta caracterização consiste, no Direito Administrativo, segundo nosso modo de ver, na atribuição de uma disciplina normativa peculiar que, fundamentalmente se delineia em função da consagração de dois princípios: a) supremacia do interesse público sobre o privado; b) indisponibilidade, pela Administração, dos interesses públicos.
Cumpre ressaltar que os dois princípios retro mencionados são considerados princípios implícitos, entretanto, tem a mesma força jurídica que os princípios expressos. Ademais são princípios basilares da Administração Pública constituindo a base de todo o sistema normativo sendo, portanto, de alta relevância no ordenamento jurídico em geral. Dessa forma, o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público, informam todo o Direito Administrativo e constituem, por sua vez, o chamado regime jurídico administrativo.
Neste sentido Di Pietro expõe que “ao mesmo tempo em que as prerrogativas colocam a Administração em posição de supremacia perante o particular, sempre com o objetivo de atingir o benefício da coletividade, asrestrições a que está sujeita limitam a sua atividade a determinados fins e princípios que, se não observados, implicam desvio de poder e conseqüente nulidade dos atos da Administração. O conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração e que não se encontram nas relações entre particulares constitui o regime jurídico administrativo. Muitas dessas prerrogativas e restrições são expressas sob a forma de princípios que informam o direito público e, em especial, o Direito Administrativo”
Legalidade estrita: O princípio da legalidade estrita, também chamada simplesmente de legalidade, dita que a Administração Pública somente poderá agir de acordo com aquilo que a lei expressamente dita. É a máxima que muitos doutrinadores usam: "Os cidadãos podem fazer tudo, desde que não seja contrário a leis; a Administração Pública somente pode aquilo descrito em lei.". Nisso, esclarece o prof. Bandeira de Mello, no seu "Curso de Direito Administrativo": "(...) o princípio da legalidade significa que a Administração sempre se submeterá à lei e só poderá agir quando – e como – a lei autorizar. Enquanto ao particular “é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza”, não podendo o administrador afastar-se ou desviar-se dos mandamentos da lei e das exigências do bem comum, sob pena de praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso."
PRINCIPIOS IMPLÍCITOS [1: http://www.webjur.com.br/doutrina/Direito_Administrativo/Princ_pios_da_Administra__o_P_blica.htm]
Não previstos no Art. 37 da Constituição federal
1. Supremacia do interesse público sobre o interesse privado: 
Princípio da supremacia do interesse público é a superioridade do interesse público em face do interesse particular. Jamais é a sobreposição do interesse do administrador, mas sim do interesse público. Também não se trata do atendimento do interesse do Estado enquanto máquina administrativa.
Professor CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO dedica um capítulo todo ao estudo do conceito de “interesse público”. Sintetizando, o INTERESSE PÚBLICO é o SOMATÓRIO dos INTERESSES INDIVIDUAIS representando o interesse majoritário da sociedade.
Interesse Público não pode se confundir com o interesse do Estado (Pessoa Jurídica de Direito Público), este como entidade que representa o todo.
Interesse Público é o conjunto de interesses dos indivíduos enquanto membros da sociedade. Diante dessa afirmativa conclui-se que não há ligação exclusiva entre interesse público e interesse da Administração.
O Estado, como pessoa jurídica pode ter interesses que lhe são particulares, individuais, similares aos interesses de qualquer outro sujeito. Porém o Estado, por ser concebido para a consecução do interesse público (Bem comum), só defenderá seus interesses como pessoa quando este interesse (secundário) for o mesmo que o interesse público propriamente dito (primário).
Ocorrerá quando o interesse do Estado se qualifique como instrumento para atingir o interesse público propriamente dito.
Assim, podemos subdividir as espécies de interesse público em:
Interesse Público Primário: É o INTERESSE SOCIAL, é o que realmente o povo quer. Por exemplo: a vontade do povo é o tributo da forma prevista em lei.
Interesse Público Secundário: É o INTERESSE DO ESTADO; a sua vontade. Por exemplo: O Estado tem a vontade de arrecadar e então extrapola as regras atuando nesse sentido.
Havendo o conflito entre os interesses primário e secundário, sempre PREVALECERÁ O INTERESSEPÚBLICO PRIMÁRIO. O ideal seria que os interesses, primário e secundário, coincidissem.
Nos exemplos dados acima, prevalece então que o tributo deverá ser pago da forma prevista na lei, mesmo que o Estado necessite de uma rápida arrecadação.
O princípio da supremacia do interesse público não possui dispositivo específico. No entanto, ele está implicitamente presente em vários institutos e outros artigos legais ou da Constituição.
Exemplo: o Poder Público pode desapropriar, pode requisitar que o imóvel particular seja utilizado para abrigar sem tetos que sofreram perda de seus bens com uma enchente. Em nome da supremacia do interesse público, ele pode agir deste modo.
Outro exemplo: o Poder Público pode se utilizar do poder de polícia para fechar determinado estabelecimento que não respeita as leis que regulam a utilização de som, perturbando os vizinhos. Ele exerce este poder fundamentado na supremacia do interesse público.
Podemos concluir afirmando que a Supremacia do Interesse Público sobre o particular traduz-se na superioridade do interesse da coletividade em relação a um dado interesse individual ou de grupo de indivíduos.
Essa superioridade gera duas consequências:
o   Posição privilegiada para zelar e exprimir o interesse público na relação com particulares;
o   Supremacia do órgão público.
A soma destes dois elementos gera a exigibilidade dos atos administrativos (possibilidade do próprio estado exigir do particular o cumprimento de determinada obrigação) e a auto-tutela (que faculta ao estado revogar e/ou anular unilateralmente seus atos).
2. Indisponibilidade do Interesse Público: 
O Poder Público, verificando que existe o interesse público, em nome da supremacia poderá proceder de qualquer forma, menos dispondo deste interesse. Assim a indisponibilidade é limite à Supremacia do Interesse Público.
O exercício da função pública é agir em nome e no interesse do povo. O administrador exerce função pública em nome e interesse de toda a sociedade. Se o interesse então é de outrem, o administrador nunca poderá dispor do interesse público.
O cumprimento do interesse público não está entregue à livre disposição da vontade do administrador. O próprio órgão não tem disponibilidade sobre tais interesses, pelo contrário, está obrigado a cumpri-lo para alcançar a finalidade descrita na “intentio legis” (intenção da lei).
“A noção de administração se opõe à noção de propriedade, uma vez que na administração o bem não está vinculado à vontade ou personalidade do administrador, mas sim à finalidade impessoal que este deve perseguir”. (Cirne Lima)
Este princípio não está também expresso nem na Constituição e nem em qualquer lei, mas está implícito em todo o ordenamento e nos institutos de direito administrativo.
Exemplo: o administrador que contrata diretamente, mediante dispensa de licitação, quando não era o caso para tal disponibilidade. Abre mão do instrumento que assegura o interesse público, qual seja, a feitura da licitação. Do mesmo modo quando o administrador coloca uma pessoa em cargo em comissão ou temporário para burlar o concurso público, quando este era obrigatório para o referido cargo.
PRINCIPIOS EXPLÍCITOS
Previstos no Art. 37 da Constituição Federal.
1. Legalidade: exige adequação de toda e qualquer conduta administrativa a todo o ordenamento jurídico, nele estando incluídos todas as normas e todos os princípios. Enquanto o particular é livre para fazer tudo o que não seja proibido, a Administração só pode agir se a lei ordenar, nos termos que a lei traz, no condicionamento da lei e no tempo que a lei determina. Se a lei não traz qualquer comando, a Administração não pode agir.
Importância: 
O Princípio da legalidade é fundamento do Estado democrático de direito, tendo por fim combater o poder arbitrário do Estado. Os conflitos devem ser resolvidos pela lei e não mais através da força.
 
Conceito:
“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (art. 5º, II da CF).
 
O Princípio da legalidade aparece simultaneamente como um limite e como uma garantia, pois ao mesmo tempo que é um limite a atuação do Poder Público, visto que este só poderá atuar com base na lei, também é uma garantia a nós administrados, visto que só deveremos cumprir as exigências do Estado se estiverem previstas na lei. Se as exigências não estiverem de acordo com a lei serão inválidas e, portanto, estarão sujeitas a um controle do Poder Judiciário.
 
Segundo o princípio da legalidade, o administrador não pode fazer o que bem entender na busca do interesse público, ou seja, tem que agir segundo a lei, só podendo fazer aquilo que a lei expressamente autoriza e no silêncio da lei esta proibido de agir. Já o administrado pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe e o que silencia a respeito. Portanto, tem uma maior liberdade do que o administrador.
 
Assim, se diz que no campo do direito público a atividade administrativa deve estar baseada numa relação de subordinação com a lei (“Administrar é a aplicar a lei de ofício”, “É aplicar a lei sempre”) e no campo do direito privado a atividade desenvolvida pelos particulares deve estar baseada na não contradição com a lei.
 
Conceito de Lei:
Quando o princípio da legalidade menciona “lei” quer referir-se a todos os atos normativos primários que tenham o mesmo nível de eficácia da lei ordinária. Ex: Medidas provisórias, resoluções, decretos legislativos. Não se refere aos atos infralegais, pois estes não podem limitar os atos das pessoas, isto é, não podem restringir a liberdade das pessoas.
 
A Administração, ao impor unilateralmente obrigações aos administrados por meio de atos infralegais, deverá fazê-lo dentro dos limites estabelecidos por aquela lei à qual pretendem dar execução. “Compete privativamente ao Presidente da República sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução” (art. 84, IV da CF). “Cabe ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa” (art. 49, V da CF).
2. Moralidade: Objetivamente a imoralidade é o desvio da finalidade pública, alguns autores falam da moral propriamente dita, principio éticos, mas objetivamente é isso, atender finalidade pública. A Administração deve manter-se numa posição de neutralidade em relação aos administrados, ficando proibida de estabelecer discriminações gratuitas. Só pode fazer discriminações que se justifiquem em razão do interesse coletivo, pois as gratuitas caracterizam abuso de poder e desvio de finalidade, que são espécies do gênero ilegalidade. O administrador não pode contratar sem concurso público. Só pode contratar por meio de licitação. Tem que respeitar a ordem cronológica do pagamento de precatórios.
Conceito:
A Administração deve atuar com moralidade, isto é de acordo com a lei. Tendo em vista que tal princípio integra o conceito de legalidade, decorre a conclusão de que ato imoral é ato ilegal, ato inconstitucional e, portanto, o ato administrativo estará sujeito a um controle do Poder Judiciário.
 
Instrumento para se combater a imoralidade dos atos administrativos:
 
Ação Civil Pública: Só pode ser promovida por pessoa jurídica. Ex: Ministério Público, Associação de Classe e etc.
 
Ação Popular: Só pode ser promovida por pessoa física que esteja no pleno exercício dos direitos políticos.
 
“Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má fé, isento de custas judiciais e ônus de sucumbência” (art. 5º, LXXIII da CF). Tendo em vista que só se anula o que é ilegal, confirma-se a idéia de que ato imoral é ato ilegal.
 
“Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular” (súmula 365 do STF).
 
O prazo prescricionalpara propositura da ação de improbidade administrativa é de 5 anos a contar do término do exercício do mandato, cargo em comissão ou função de confiança (art. 23, I, da Lei 8429/92)
19/06/2013
(Aula 11)
3. Impessoalidade: Tem a ver com a noção de privilégio, aqui é limitado qualquer privilégio, concurso público, processos disciplinares, entre outros.
Conceito:
A Administração deve manter-se numa posição de neutralidade em relação aos administrados, ficando proibida de estabelecer discriminações gratuitas. Só pode fazer discriminações que se justifiquem em razão do interesse coletivo, pois as gratuitas caracterizam abuso de poder e desvio de finalidade, que são espécies do gênero ilegalidade.
 
Impessoalidade para ingressar na Administração Pública: O administrador não pode contratar quem quiser, mas somente quem passar no concurso público, respeitando a ordem de classificação. O concurso pode trazer discriminações, mas não gratuitas, devendo assim estar relacionada à natureza do cargo.
 
Impessoalidade na contratação de serviços ou aquisição de bens: O administrador só poderá contratar através de licitação. O edital de licitação pode trazer discriminações, mas não gratuitas.
 
Impessoalidade na liquidação de seus débitos: A Administração tem que respeitar a ordem cronológica de apresentação dos precatórios para evitar privilégios. Se for quebrada a ordem pode gerar seqüestro de verbas públicas, crime de responsabilidade e intervenção federal.
 
“À exceção dos créditos de natureza alimentar, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim” (art. 100 da CF).
 
Teoria do órgão:
Esta Teoria atribui a responsabilidade pelos danos causados a terceiros, em vista de atos administrativos, não ao agente que o praticou, mas à pessoa jurídica por ele representada.
 
“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa” (art. 37, §6º da CF).
 
Publicidade nos meios de comunicação de atos do governo:
“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo, ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos” (art. 37, §1º da CF).
 
A publicidade dos atos de governo deve ser impessoal em razão dos interesses que o Poder Público representa quando atua. Tal publicidade é uma obrigação imposta ao administrador, não tendo qualquer relação com a com a propaganda eleitoral gratuita.
4. Publicidade: Não é sinônimo de publicação. A comunicação por todos os meios possíveis para que determinada informação chegue a toda a sociedade. De um lado temos a publicação como um dos elementos que participa do plano da validade.
Conceito:
A Administração tem o dever de manter plena transparência de todos os seus comportamentos, inclusive de oferecer informações que estejam armazenadas em seus bancos de dados, quando sejam solicitadas, em razão dos interesses que ela representa quando atua.
 
“Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado” (art. 5º, XXXIII da CF). O prazo para que as informações sejam prestadas é de 15 dias (Lei 9051/95).
 
“A lei disciplinará as formas de participação do usuário na Administração direta e indireta, regulando especialmente o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII” (art. 37, §3º, II da CF).
 
Exceções ao princípio da publicidade:
Tendo em vista que algumas informações deverão permanecer em sigilo, podemos concluir que o princípio da publicidade não é absoluto.
 
Informações que comprometam o direito a intimidade das pessoas (art. 37, §3º, II da CF): “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” (art. 5º, X da CF).
 
Informações de interesse particular ou coletivo quando imprescindíveis para a segurança da sociedade ou do Estado (art. 5º, XXXIII da CF).
 
 Garantias contra a negativa injustificada de oferecimento pelo Poder Público:
 
“Habeas data”: Tem cabimento quando a informação negada injustificadamente é personalíssima (a respeito do requerente). Toda informação ao meu respeito é de meu interesse particular, mas nem toda informação de meu interesse particular é ao meu respeito.
 
Mandado de segurança: Tem cabimento quando a informação negada injustificadamente é de meu interesse privado ou coletivo ou geral.
 
Cabe mandado de segurança, pois tenho direito líquido e certo a obter informações de meu interesse privado ou coletivo e geral.  Ex: Informação sobre o número em que está o precatório; Sobre um parente que desapareceu; sobre plano de desapropriação em determinado imóvel; Sobre transferência de um preso para outra penitenciária.
 
A negativa de publicidade aos atos oficiais caracteriza improbidade administrativa. Improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública (art. 11, IV da Lei 8429/92). 
 
O não oferecimento de certidões de atos ou contratos municipais, dentro do prazo estabelecido em lei, gera como consequência a caracterização de crime de responsabilidade do prefeito (art.1º, XV do Decreto-lei 201/67).
5. Eficiência: Emenda Constitucional 19/98. Se traduz pelo controle de meio, ou controle de procedimento. Ela é processualística em si mesma. A professora está aqui praticando um ato de administração, antes disso ela participou de inúmeros outros atos públicos, mas o resultado de a professora estar aqui é resultado de uma ampla processualidade. Não é dada a possibilidade ao administrador público de não ser eficiente. O melhor custo com o melhor resultado. Antes da EC 19/98 pensavam que pouco importa se a prefeitura contrata a empresa da mulher do prefeito e o preço é o mais barato, pouco importa. Mas acontece coisas do tipo: compram caneta pelo menor preço porém elas não escrevem. É uma ideia equivocada que tem que ter o menor custo, café que não tem gosto de café. E o administrador burramente errava achando que era só o menor valor. A EC 19/98 passou da Administração burocrática para a Administração Gerencial. Essa última administração tem como base a produção por célula (o bem x (uma Ferrari) só poderá ser consumido por indivíduos que tem certas características, por exemplo, dinheiro). A noção de eficiência hoje é buscar o melhor resultado “Atingir o melhor resultado com legalidade atendendo aos princípios que regem a Administração Pública”.
1. Conceito:
A Administração Pública deve buscar um aperfeiçoamento na prestação dos serviços públicos, mantendo ou melhorando a qualidade dos serviços, com economia de despesas.  - Binômio: qualidade nos serviços + racionalidade de gastos.
 
É relevante lembrar que mesmo antes da inclusão deste princípio na Constituição com a emenda constitucional 19/98, a Administração já tinha a obrigação de ser eficiente na prestação de serviços. Ex: Lei 8078/90; Lei 8987/95.
Há conflito entre princípios ou eles coexistem? É sempre no caso concreto que verifica-se qual princípio será aplicado.
Dica de prova: a profinha pega alguma decisão de tribunal para que analisemos algo, ou encontremos uma solução para determinado caso.
6. Motivação: O autor tem que dizer “porque”tomou a decisão, o Administrador decida tanto quanto o magistrado, mas ele não tem consciência disso. O administrador tem que falar as motivações de fato e de direito. Ex: Concurso para contratação de funcionários, foram criados novos cargos por lei? Muitas pessoas se aposentaram? Etc. Defiro e indefiro não é nada, tem que ter controle do ato. Não adianta o governados só falar isso. Quando o administrador tem que dizer o motivo ele se vincula (muito parecido com o direito civil) com o ato. “Todo ato tem que ser motivado se a lei assim exigir”, hoje não precisa mais de lei, é um princípio geral do direito público. O motivo tem que ser suficiente e verdadeiro. Se houver pluralidade de motivos todos devem ser suficientes e verdadeiros, e o ônus da prova incumbe a quem o alega. Ex: aposentadoria aos 70 anos é compulsória, a lei vincula. Completou 70 na data x, xerox do rg, pronto. Teoria dos motivos determinantes.
EXCEÇÃO: EXONERAÇÃO DE CARGO DE CONFIANÇA. É o único caso que não necessita de motivação. Se for funcionário público precisa do motivo.

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