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Sistemas de tubarões

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Universidade Federal do Maranhão 
Departamento de Oceanografia e Limnologia 
Curso de Oceanografia 
Disciplina de Ictiologia 
Professor: dr. Jorge Luís Silva Nunes 
 
Alunos: Ana Paula Chaves Silva 
Gabriel Silva dos Santos 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE AULA: SISTEMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2016 
Introdução 
A ictiologia é a ciência que estuda os peixes, esse termo é derivado do 
grego (ichthyo = peixes + logos = estudo); os peixes são um dos grupos com 
maior número de espécies viventes, tem morfologias e cores variadas, com 
inúmeras adaptações que favorecem quase todos os tipos de estratégias de 
alimentação e reprodução, são vertebrados aquáticos e possuem a capacidade 
de fazer variar sua temperatura corporal de acordo com a do meio ambiente 
(PECILOTERMOS). Respiram por meio de trocas gasosas com o meio, 
promovidas geralmente pelas brânquias. 
Embora tenhamos conhecimento de que os peixes não são de um grupo 
monofilético, os peixes exibem a maior diversidade de espécies do que 
qualquer outro grupo de vertebrados, possuem mais de 31.000 espécies e 
representam aproximadamente 50% das espécies de vertebrados existentes 
(conhecidas), isso porque seu habitat (oceano, lagos e rios) correspondem a 
quase ¾ da área do nosso planeta. Suas formas variam de acordo com as 
condições ambientais em que vivem sendo a mais comum a fusiforme (sofre 
pouca resistência da água à locomoção). Quase sempre apresentam simetria 
bilateral e se locomovem em sentido longitudinal, sendo que nadadeira caudal 
funciona como principal apêndice locomotor. Em relação ao tamanho, os 
maiores podem atingir até 20 metros, como o tubarão-baleia; e os menores, 
não mais que alguns centímetros (Moreira. H. L. M; 2001). 
Existem três grupos principais de peixes atuais, cada qual vindo de um 
caminho evolutivo diferente, o grupo mais primitivo inclui os peixes sem 
mandíbula, as Classes Myxini (peixes-bruxa) e Petromyzontida (lampreias) 
originadas há mais de 500 milhões de anos. O grupo dos peixes ósseos inclui a 
Classe dos Sarcopterygii, a mais primitiva com registros há 410 milhões de 
anos, inclui os peixes celacantos e os pulmonados e a Classe Actinopterygii, 
mais recente (250 m.a.) e diversa, a esta classe pertencem todos os peixes 
com raios nas nadadeiras (Bemvenuti M. A. & Fischer L. G.;2010). 
 Há ainda a Classe dos Chondrichthyes que inclui tubarões, raias e 
quimeras; são predadores ativos que sofreram modificações ao longo do tempo 
desde sua origem há 440 milhões de anos, tiveram seu ápice em diversidade 
no Devoniano e no Carbonífero e seu declínio no Permiano (251 m.a.).Em sua 
maioria são marinhos com aproximadamente 1200 spp. sendo ~30 spp. 
dulcícolas e 165 epécies spp. marinhas registradas no Brasil (Rosa, R.S. & 
Gadig, O.B.F. 2014). 
Sua maior característica é o esqueleto formado por cartilagem e são 
derivados de peixes que possuem essa estrutura formada por ossos – por isso 
os esqueletos cartilaginosos são ainda considerados uma sinapomorfia – e 
essa diferença de composição, permite uma maior leveza da sua massa 
corporal em um todo além de possuírem o corpo coberto por escamas 
placóides que diminui o atrito com a água apesar de alguns possuírem hábitos 
bentônicos, mas aos pelágicos isso possibilita uma maior agilidade. 
Tais fatores juntos contribuem para a redução do gasto energético, o que 
é muito importante para a sobrevivência dos tubarões por exemplo que nadam 
constantemente para manter ativo o seu sistema respiratório, são animais que 
possuem uma boa diversidade de especializações como a capacidade de 
predação bem desenvolvida, mecanismo peculiar de osmorregulação, 
estruturas de percepção sensorial bem elaboradas além de diversas 
estratégias reprodutivas. 
Justificativa: 
A escolha do tema foi dada mediante a vontade de aprofundar os 
conhecimentos sobre os sistemas de peixes cartilaginosos pois o estudo da 
morfologia é importante para entender o comportamento desses animais e 
assim definir melhores medidas efetivas de conservação. 
 
 
 
 
 
 
Aspectos Específicos 
 SISTEMAS 
 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Os elasmobrânquios possuem de 5 a 
7 pares de fendas brânquias, sendo elas 
posicionadas, normalmente, na lateral do 
corpo dos tubarões, após a boca, variando 
de espécies, pode terminar antes ou 
chegar até o meio da primeira barbatana 
dorsal e na parte ventral das raias e um 
par de abertura não respiratórias, o 
espiráculos, localizados pouco atrás dos 
olhos. 
Para a entrada da agua os peixes abrem a boca para a entrada de agua 
que será direcionada para as fendas branquiais pelo canal orobranquial, 
entrando em contato com a os filamentos branquiais na lamela onde ocorrem 
as trocas gasosas e o oxigênio é absorvido para a corrente sanguínea e 
transportado para o coração enquanto uma água rica em dióxido de carbono é 
expelida para o ambiente pelas fendas branquiais, a maioria dos tubarões 
necessitam nadar continuamente com a boca aberta para manter o fluxo de 
água, quanto mais rápido é esse fluxo de agua, mais eficiente é essa 
oxigenação algumas espécies possuem a capacidade de realizar um 
movimento de sucção, abrindo e fechando a boca em posição de descanso 
para manter a entrada de água, já na maioria das raias a entrada da água 
ocorre pelos espiráculos por serem de maioria bentônicas e a boca ficar em 
contato com o sedimento, a direção para qual o sangue corre é oposta o fluxo 
da água visando um maior aproveitamento do oxigênio. 
 
 
 
 
Figura 1 - Entrada e Saída de água 
 Sistema Circulatório 
Os chondrichtyes como todos os outros peixes, possuem o sistema 
circulatório fechado no qual o sangue nunca sai da rede de vasos sanguíneos 
composta por veias, artérias e capilares; é o responsável, através do transporte 
do sangue, pela distribuição, condução e remoção de substancias dos vasos 
para o tecido do corpo, é essencial esse tipo de comunicação (vasos 
sanguíneos/tecidos do corpo). 
O sistema circulatório é simples, o sangue é bombeado pelo coração, 
circula pelas brânquias – onde é oxigenado no processo de entrada de água 
devido a função de absorção de oxigênio das brânquias – pelos capilares do 
corpo, voltando ao coração no final do ciclo. Portanto o coração dos 
chondrichthyes é composto por uma única bomba com duas câmaras cada 
uma com apenas uma cavidade, um átrio e um ventrículo, pelo coração só 
passa o sangue venoso pois ele provém do corpo e não das brânquias – 
sangue rico em CO2 – antes de chegar ao coração. 
O sistema circulatório é composto por um coração responsável pelo 
bombeamento e condução do sangue pela rede de vasos sanguíneos que por 
sua vez é composta por veias (vasos sanguíneos que levam sangue em 
direção ao coração); artérias (carregam o sangue a partir dos ventrículos do 
coração para todas as partes do corpo); arteríolas (vasos sanguíneos de 
dimensões pequenas que resultam das ramificações das artérias); capilares 
(vasos sanguíneos com formas de tubo de pequeníssimo calibre, constituem a 
rede de distribuição e recolhimento de sangue nas células) e vênulas 
(pequenos vasos sanguíneos que fazem o sangue pobre em oxigênio voltar 
dos capilares para as veias, participam nos intercâmbios entre os tecidos e o 
sangue e também nos processos inflamatórios, podem influencias o fluxo de 
sangue nas arteríolas através da produção e secreção de substancias 
vasoativas e difusíveis). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sistema Excretor 
O sistema excretor dos chondrichthyes é formado por um par de rins do 
tipo mesonéfrico (série de túbulos renais enrolados) queficam localizados 
acima do celoma em cada lado da aorta dorsal, esses órgãos são importantes 
para a filtração do sangue, formação da urina e eliminação dos excretas; a 
urina de cada rim é coletada por uma série de tubos segmentares que se 
reúnem no ureter (tubo pelo qual a urina é propelida através de movimentos de 
contração por peristalse) que se dirigem para trás, desembocam por uma 
papila urogenital única, situada dorsalmente na cloaca – órgão comum no 
sistema digestório, excretor e reprodutivo – onde a ureia eliminada; uma 
característica interessante dos chondrichthyes é que como são em sua maioria 
animais marinhos, eles mantem alta concentração de ureia no sangue o que é 
muito importante para manter o equilíbrio osmótico e evitar a perda de agua 
para o meio por osmose. 
Como as aves marinhas os elasmobrânquios possuem um órgão excretor 
acessório que auxilia na excreção de sal. A glândula retal é composta por 
diversos túbulos rodeados por capilares. Cada túbulo é composto por um único 
tipo de célula epitelial; como outras células epiteliais de transporte, as células 
tubulares da glândula retal possuem muitas mitocôndrias e invaginações 
basolaterais, semelhantes a microvilosidades, que aumentam a área de 
superfície para a troca de íons com o sangue. Os túbulos são capazes de 
transferir NaCl do sangue para o lúmem tubular. Embora a osmolaridade das 
secreções tubulares seja semelhante à do plasma, as secreções possuem uma 
concentração muito maior de NaCl, pois a ureia é retida no sangue. Dois 
mecanismos independentes são responsáveis pelo movimento transepitelial de 
Na+ e Cl-. As células tubulares epiteliais transportam ativamente o Cl- do 
sangue através de transporte transcelular ao passo que Na+ se move entre as 
células tubulares epiteliais do sangue para o lúmem tubular através de 
transporte paracelular. 
O processo de transporte realizado pelo epitélio tubular funciona de forma 
semelhante ao das células de cloreto das brânquias dos teleósteos e das 
glândulas de sal das aves utilizando uma combinação entre o NKCC, a Na+/K+-
ATPase, os canais de K+ e os canais apicais de Cl-. A principal fonte de entrada 
de Cl- nas células epiteliais é o NKCC. Os movimentos de entrada de Na+ e de 
K+ são revertidos pela ação dos canais de K+ basolaterais e da troca de Na+ e 
K+ através da Na+/K+-ATPase. Uma vez que Cl- entra no citoplasma da célula 
epitelial, ele pode escapar através da membrana plasmática apical por canais 
de Cl-. A glândula retal também é um local de excreção de Na+ que se move 
entre as células, do liquido intersticial para o lúmem do túbulo. Esse transporte 
paracelular é direcionado pelo potencial eletroquímico transepitelial. 
A secreção de sal pela glândula retal ocorre em pulsos após um tubarão 
ter enfrentado uma sobrecarga de sais através da ingestão de água ou de 
alimento rico em sais. As perturbações osmóticas desencadeiam a liberação de 
hormônios que estimulam a secreção da glândula retal. As alterações na 
osmolaridade e no volume de sangue estimulam a liberação de peptídeo atrial 
natriurético pelo coração. Nos tubarões a liberação desse peptídeo 
desencadeia liberação de um hormônio neuroendócrino, o peptídeo intestinal 
vasoativo (VIP vasoactive intestinal peptide). Quando o VIP se liga ao seu 
receptor acoplado a proteína G, ele ativa a adenilato-ciclase, aumentando a 
síntese de cAMP, que ativa a proteína-cinase A (PKA protein kinase A). 
O principal alvo da PKA neste processo é o próprio canal de Cl- apical; a 
fosforilação abre o canal. A PKA também pode afetar o tráfego intracelular, 
gerando de mais canais de Cl- até a membrana apical para aumentar ainda 
mais a condutância do Cl-. Embora as alterações da concentração do Cl- 
provavelmente direcionem este processo, a atividade do NKCC também é 
durante a estimulação da secreção de sal. O efluxo de Cl- gera uma diminuição 
reguladora no volume celular e nos níveis citoplasmáticos de Cl-. As alterações 
no volume celular desencadeiam a fosforilação de NKCC, que normalmente 
está inativado na membrana basolateral. Embora as proteína-cinases exatas 
que fosforilam o NKCC ainda não tenham sido estabelecidas, a PKA não está 
envolvida. Estas proteína-cinases, sejam quais forem suas naturezas, também 
devem ser ativadas através de fatores hormonais ou neuroendócrinos (Moyes 
C.D. & Schulte P.M. 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sistema digestório 
Os tubarões, em sua maioria, possuem dentes pontiagudos que 
permitem agarrar e cortar presas grandes, podem haver várias fileiras de 
dentes e esses não são fixados em suas maxilas com crescimento continuo 
da última fileira até a primeira, possibilitando uma troca constante de sua 
dentição à medida que vai perdendo, já nas raias, pela maioria possuir 
hábitos bentônicos os dentes são achatados, parecidos com placas 
utilizados para abrir carapaças e conchas de moluscos e crustáceos 
Possuem um esôfago curto e largo, com algumas saliências para evitar 
que parte do alimento escapes quase não se diferencia do estomago, estes 
possui formato em “U”, é cheio de rugas que permitem que a dilatação para 
acomodar um maior número de comida, possuem glândulas secretoras que 
secretam ácidos e enzimas digestivas fortes que quebram o ossos e 
amaciam o que foi ingerido, partes que não podem ser digeridas são 
regurgitadas, passando para o intestino que é curto porem tem uma grande 
área de absorção em decorrência do seu formato em espiral, apenas uma 
papa liquida adentra essa estrutura onde ocorre a absorção de nutrientes e 
distribuído para a circulação sanguínea. 
 
 
 
 Sistema sensorial 
 
 Visão 
A muito tempo acreditava-se que os elasmobrânquios possuíam uma 
visão ruim, o que estudos posteriores desmentiram mostrando a existência de 
pigmentos visuais e de faixas visuais de destaque, além de possuírem visão 
binocular onde as imagens provenientes dos dois olhos são combinadas no 
cérebro para formar uma imagem tridimensional, utilizada para olhar 
espacialmente e visão monocular que engloba um campo de visão de um único 
olho, utilizada para visualizar a profundidade (McCombi, D.M; Kajiura, S.M, 
2007 e McCombi et al 2009), os tubarões possuem uma grande quantidade de 
bastonetes (estruturas que identificam luminosidade) e há presença da 
membrana tapetum lucidum (é uma membrana que reflete a luz melhorando a 
visão em ambientes de pouca luminosidade) o que possibilita a formação de 
imagens mesmo em locais escuros, há também o auxílio de músculos que são 
capazes de puxar para mais perto ou mais longe da retina suas lentes oculares 
formando melhor a imagem e também ajudam no controle da direção de onde 
os tubarões olham, algumas espécies desenvolveram uma membrana que é 
utilizada como proteção na hora de ataques que recobre o seu olho, chamada 
de membrana nictitante, outra espécies que não possuem essa membrana 
desenvolveram a habilidade de rolar seus olhos com a parte de fora para 
dentro em ambos os mecanismos o tubarão se torna cego, se guiando apenas 
Figura 2 - Trato digestivo em destaque 
por outros instintos. Os olhos dos tubarões localizam-se na parte lateral do 
corpo antes fendas braquiais e nas raias os olhos ficam posicionados em sua 
dorsal assim, ao se enterrarem elas continuam visualizando se há presença de 
predadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Audição 
Os ouvidos são minúsculos poros 
localizados no topo da cabeça levam ao 
ouvido interno e possuem 3 tubos 
internos cheios de fluidos que são 
sensíveis a aceleração nos três planos, 
fornecendo assim o reconhecimento de 
seus movimentos, além de responderema gravidade informando sua inclinação na 
agua, seja de cabeça pra cima, de 
cabeça para baixou ou de lado, os 
receptores são muito sensíveis a estímulos de baixa frequência e irregulares 
que são os emitidos por possíveis presas feridos estudos identificaram que 
emissões sonoras variadas atraem os tubarões, porém acredita-se que eles 
tenham uma maior capacidade de ouvir sons vindo de cima e da frente, os 
tubarões apresentam 1,5 vezes maior sensibilidade a captação das vibrações 
dos que a as raias. 
Figura 3 –Membrana nictitante em Galeocerdo Cuvier 
 Linha Lateral 
A linha lateral é uma estrutura para identificar alterações mecânicas essa 
estrutura é bem desenvolvida, se estende da cabeça até a calda de ambos os 
lados, é subepidérmica, formada por pequenos canais tubulares, visível 
externamente por uma fileira de microscópicos poros que se ramificam-se na 
cabeça do tubarão, esses poros dão origem a células ciliadas, que possuem 
um neuromastos grande e dois menores que se estendem até uma cúpula 
gelatinosa cilíndrica que fica parcialmente exposta, qualquer onda mecânica 
que passe através da água entra nesses poros causando vibrações nessas 
cavidades gelatinosas o que faz com que em resposta às células ciliadas se 
dobrem e assim provocando impulsos elétricos que chegam aos 
neurotransmissores e enviam a mensagem ao cérebro onde é interpretado, 
qualquer vibrações fora do comum de baixa e média frequência na água seja 
de presas ou predadores é recebida, além de alterações nas correntes, 
temperatura e pressão, assim como possíveis parceiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ampolas de 
Lorenzini 
Em 1678 ao 
remover a pele, Stefano 
Lorenzini descobriu um 
liquido cristalino ao 
retirar a pele que a 
Figura 4 – Linha lateral de tubarões 
cobria, as ampolas de lorenzini, em 1909 Parker descobriu que elas reagiam ao 
ser tocado, em 1938 Alexander Sand percebeu que com certos estímulos as 
correntes passada para os nervos aumentavam ou diminuíam, na década de 
60 Murrey ativou acidentalmente um campo magnético e percebeu que as 
ampolas reagiram e que também variavam de acordo com a polaridade da 
campo, na década de 70 Adrianus Kalmjin provou que os animais produzem 
campos elétricos ao se moverem na água do mar e que os tubarões de 
cativeiro percebiam e atacavam um amplificador enterrado na areia do aquário 
que emitia ondas elétricas , sendo assim, as ampolas são eletro receptores que 
localizam-se em pequenos poros que estão mais concentrados no focinho dos 
tubarões e na ponta do disco das raias são ligados por longos canais a 
estruturas em forma de saco contendo fluidos gelatinosos que se junta a 
ramificação do nervo da linha lateral e ligados ao sistema nervoso, eles são 
capazes de reconhecer alterações de salinidade, temperatura e pressão da 
agua, e em cada ampola possui uma única célula ciliada, porem possui maior 
sensibilidade de detectar campo elétrico formados por outros animais como 
ondas cerebrais e contrações musculares cardíacas e de onde eles vem, 
portanto se houver algum peixe escondido entre o sedimento os tubarões são 
capazes de localiza-los através dessa estrutura, além de ser muito útil para 
migrações se guiando pelo campo magnético da terra em decorrência disso 
são excelentes predadores de topo de cadeia, 
 
 
 Olfato 
O nariz dos tubarões 
localiza-se no focinho e na parte 
ventral das raias e ao nadarem a 
água passa por suas narinas que 
são compostas por numerosas 
lamelas olfativas que são dobras 
de pele que aumentam a área de 
contato com a agua, aumentando 
a chance de sentir odores, elas 
recobertos por um epitélio olfativo cheios de neuroreceptores (Meredith, T.L; 
Kjiura, S.M. 2010), esses são completamente separados da boca, portando não 
tem função de respiração, espécies bentônicas são capazes de bombear agua 
para as narinas mesmo em posição de descanso quando o tubarão capta um 
cheiro ele apresenta natação em zigue zague, ele segue nadando em um 
sentido até não sentir mais o cheiro e então muda de sentido e assim por 
diante. 
 
 
 
 
 Sistema muscular 
O esqueleto do tubarão é composto de cartilagem, isto é uma estrutura 
flexível que cresce com o tubarão e é mais leve do que o osso, ela é 
constituída por células especializadas chamadas condrócitos, suas partes 
rígidas como vertebras de dente foi adquirida através de calcificação mineral. 
Os músculos responsáveis por movimentar o corpo do tubarão pode ser 
de dois tipo, os músculos vermelhos que estão presente em finas camadas por 
debaixo da pele, esses músculos possuem um bom suprimento de sangue e 
permitindo assim que o tubarão nade muito tempo em velocidade baixa sem 
que haja cansaço, isso ocorre porque há a quebra das gorduras no corpo do 
tubarão e os músculos brancos que possuem uma circulação de sangue pobre 
em oxigênio, são capazes de dar tiros muitos rápidos porem curtos, geralmente 
são utilizados para perseguir uma presa isso ocorre pois a há quebra de 
açucares que são transformados em energia. Esses músculos estão dispostos 
de forma longitudinal. 
 
 
 
Figura 7 – Distribuição muscular de tubarões 
 Sistema reprodutivo 
A reprodução dos peixes cartilaginosos é mais evoluída do que a dos 
peixes ósseos, aproximando-se mais das aves e de outros mamíferos do que 
dos osteichthyes. Nos peixes ósseos a fêmea (com exceção dos syngnathidae) 
produz milhares ou até milhões de ovos todos os anos que passam pelo estado 
larval antes de completar seu desenvolvimento e ainda sim a taxa de 
sobrevivência é baixa. 
Os chondrichthyes produzem um número reduzido de descendentes, 
porém com uma probabilidade de sobrevivência muito maior haja visto que os 
filhotes já nascem completamente formados e independentes, são a cópia em 
miniatura dos adultos. Este modo de reprodução requer um alto gasto 
energético de ambos, mas principalmente da fêmea que por sua vez deve ter a 
uma pele bem espessa que a do seu parceiro para suportar as mordidas e 
sobreviver a este ato complexo e violento de reprodução. 
Os machos possuem um par de ductos deferentes que conduzem apenas 
esperma. A extremidade anterior de cada ducto é contorcida formando o 
epidídimo onde os espermatozoides são armazenados, e o volume dos fluidos 
aumentado. A extremidade posterior de cada ducto se expande formando a 
vesícula seminal, as duas vesículas seminais podem se fundir antes de chegar 
a cloaca. Nas fêmeas os funis ovarianos localizam-se na parte anterior do 
corpo e muitas vezes podem se fundir na linha mediana; os ovidutos passam 
pela glândula de casca que envolvem os ovos com albúmen, e em algumas 
espécies, com uma casca córnea. Alguns tubarões retém os ovos em 
desenvolvimento no interior dos ovissacos ou úteros expandidos; a nutrição do 
embrião pelo vitelo pode ser suplementada por uma placenta vitelínica simples. 
A fecundação é interna em todas as espécies; os clásper pélvicos 
possuem uma estrutura esquelética que amplia a eficiência da cópula, durante 
este ato apenas um clásper é introduzido na cloaca da fêmea, o esperma flui 
pela fenda dorsal do clásper que se limita dorsalmente a papila cloacal. O 
clásper flexionado é introduzido na cloaca da fêmea e permanece preso a ela 
por meio de barbas, ganchos e espinhos localizados na porção distal do 
clásper. Os elasmobrânquios desenvolveram três estratégias reprodutivas 
diferentes: oviparidade, ovoviviparidade (ou viviparidade aplacentária) e 
viviparidade. 
A oviparidade consiste na produção de grandes ovos protegidos por 
capsulas de quitina com várias aberturas que permitem diferentes tipos detroca entre o embrião e o meio externo, possuem filamentos para a fixação no 
substrato marinho. Conforme a espécie o desenvolvimento embrionário pode 
durar de 3 a 15 meses, durante esse período o embrião se alimenta de 
substancias nutritivas do saco vitelino. 
A ovoviviparidade é o tipo de reprodução mais comum entre os tubarões. 
Os ovos não possuem uma casca e desenvolvem-se no interior do útero, onde 
se completa o desenvolvimento embrionário. Não existe placenta, por isso os 
embriões se alimentam a partir do saco vitelino e de ovos nutritivos produzidos 
pela mãe em algumas espécies pode existir o canibalismo intra-uterino, em que 
embriões em estado de desenvolvimento mais avançado comem os menos 
desenvolvidos. A redução na produção da secreção na casca feita pelas 
glândulas nidimentais e o aumento significativo na vascularização dos ovidutos 
e sacos vitelínicos são as diferenças mais notáveis entre as formas de ovíparas 
e ovovivíparas. 
A viviparidade é a estratégia mais evoluída e também a mais exigente, ela 
ocorre em espécies ao qual o suprimento de alimentos não se limita ao vitelo. 
Os embriões desenvolvem-se no interior do útero onde existe uma placenta a 
qual estão ligados através de um cordão umbilical. Nos primeiros meses de 
vida os neonatos possuem uma cicatriz de nascimento que parece com um 
umbigo e que desaparece com o tempo; conforme a espécie o período de 
gestação pode variar entre 10 e 24 meses. Os elasmobrânquios não 
apresentam cuidado parental. 
Existem alguns relatos de reprodução assexuada de tubarões, por 
partenogênese, ou seja, sem participação de um macho. São conhecidos três 
casos, todos ocorridos em cativeiro e com três espécies de tubarões diferentes. 
o 1º caso em 2001- Tubarão Martelo (Sphyrna tiburo) ocorrência 
registrada no aquário do zoológico de Omaha, em Nebraska/ EUA 
(Chapman D.D. et al; 2007). 
o 2º caso em 2007– Tubarão Galha-negra (Carcharhinus limbatus), 
ocorrência no aquário de Norfolk Canyon, na Virgínia/EUA (Feldheim 
K.A. et al; 2010) 
o 3º caso em 2011- Tubarão-zebra (Stegostoma Fasciatum) ocorrência 
registrada em um aquário em Dubai/Emirados Árabes Unidos. (Robinson 
D.P. et al; 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Conclusão 
Há um consenso de que as raias formam um grupo monofilético 
(Bartoidea) mas existem ainda relações com os tubarões que geram 
controvérsias a esse consenso; alguns pesquisadores consideram que os 
tubarões e raias forma grupos monofiléticos cada, outros consideram 3 grupos 
como no esquema acima e há pesquisadores ainda que consideram que os 
Bartoidea seriam um grupo especializado de tubarões. 
Como foi descrito no relatório, características do ciclo de vida desses 
animais como crescimento lento, maturação sexual tardia, baixa fecundidade e 
alta longevidade os tornam frágeis e sujeitos a sobrepesca, todos esses 
aspectos somados a falta de políticas de conservação para esses grupos, 
impactos causados a biodiversidade e riqueza das espécies dessa classe vem 
se agravando ao longo dos anos. No Brasil, pouco se conhece sobre a 
conservação das espécies marinhas, principalmente quando trata se de 
tubarões que devido a mídia tem uma imagem de “devoradores de humanos”, o 
que desfavorece e desestimula a adesão a causa e até mesmo a criação de 
políticas de conservação. 
Tanto para o ecossistema como para o ser humano, os tubarões são de 
grande importância. Por serem grandes predadores, estão no topo da cadeia 
alimentar e contribuem para o controle e a saúde das populações das espécies 
que são suas presas. Além disso, muitas vezes se alimentam de bichos 
doentes e velhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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