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QUESTIONÁRIO – PSICODIAGNÓSTICO COMO SE DESENVOLVEU O PROCESSO DO PSICODIAGNÓSTICO? R: A partir do século XIX e início do século XX, como uma forma de cumprir as solicitações de outros profissionais. QUAIS FORAM AS CRÍTICAS FEITAS A ENTREVISTA ESTRUTURADA DA PSIQUIATRIA? R: A ausência de elementos para o rapport que é a observação do paciente com o psicólogo, a confiança e a empatia do psicólogo para o paciente. A ausência de riqueza subjetiva, que mostra que a entrevista muito fechada, não dá a liberdade do paciente relatar a sua história; e interações menos estruturadas devido a flexibilidade das perguntas, ou seja, é preciso ir na ferida para conseguir um diagnóstico mais profundo. QUAIS FORAM AS ORIGENS DO PSICODIAGNÓSTICO? R: *Galton: estudo das diferenças individuais; (recebia uma grande quantidade de pessoas com dificuldades para enxergar e criou uma régua para mostrar o quanto o paciente conseguia ver. *Cattel: testes mentais; (identificava os fatores psicológicos, como a personalidade) *Binet: mostrava a importância da bateria de testes psicológicos. *Rorschach: teste essencial do processo psicodiagnóstico; (estudo das manchas, avaliava a personalidade aprofundada). QUAL DEVE SER A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO PSICODIGNÓSTICO? R: O psicólogo e é um depositário de problemas íntimos do paciente e por isso precisa ter recursos de personalidade adequados e aprender a elaborar as emoções que surgem durante o processo, ou seja, deve pontuar e frear o discurso do paciente. Deve preservar o sigilo com o paciente; não se deixar manipular pelo paciente, não se levar pelas suas crenças e julgamentos, tendo objetividade no processo de diagnóstico, enfatizando os pontos positivos da personalidade. QUAL ERA O PROBLEMA ENFRENTADO PELOS PSICÓLOGOS QUE APLICAVAM A PSICANÁLISE NO PROCESSO DO PSICODIAGNÓSTICO? R: A ausência da aplicação de teste, a psicanálise não tem. A psicanálise foi um problema devido ao fato de adotarem a técnica da entrevista livre, e com isso muitos testes foram abandonados, já que essa abordagem não uso de muitos. O QUE É PSICODIAGNÓSTICO? R: É um tipo de avaliação psicológica mais complexa com enfoque clínico; situação bipessoal de duração limitada, com o objetivo de conseguir uma descrição mais profunda da personalidade do paciente ou grupo familiar. Abrangendo aspectos do passado, presente (diagnóstico) e futuro (prognóstico). QUAL A DIFERENÇA DE PSICODIAGNÓSTICO PARA A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA? R: O “psicodiagnóstico” é um procedimentos científico que necessariamente utiliza testes psicológicos; também é limitado no tempo, utilizando os testes de forma individual ou coletiva para entender os problemas do sujeito. A “avaliação psicológica” diz respeito a um procedimento de levantamento de informações a respeito de um paciente, obtidos por meio de um conjunto de procedimentos confiáveis. QUAIS SÃO OS MOMENTOS DO PROCESSO DO PSICODIAGNÓSTICO? R: O primeiro contato e entrevista inicial com o paciente; como a anamnese. Aplicação de testes e técnicas projetivas. Encerramento do processo: devolução oral ao paciente e aos pais, se for criança. Informe escrito ao remetente (devolve a que, solicitou o psicodiagnóstico, seja a justiça, a escola e ao psicólogo). NO QUE CONSISTE O ENQUADRAMENTO? R: Manter constantes certas variáveis que intervêm no processo; como o esclarecimento dos papéis; lugar onde serão realizadas as entrevistas; horário e duração do processo e os honorários que é referente ao valor cobrado; o custo do psicodiagnóstico do paciente. QUAL A DIRENÇA ENTRE PSICOMETRISTA E TESTÓLOGO? R: Psicometrista: elabora instrumentos para avaliar os procedimentos psicológicos; testes, inventários e escalas. Testólogo: é quem vai aplicar os testes. QUAIS SÃO AS FORMAS DE INVESTIGAÇÃO UTILIZADAS NO PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICOS E QUAL A FINALIDADE DE CADA UMA DELAS? R: Entrevista e teste. A entrevista tem por objetivos puramente psicológicos a investigação, diagnóstico, terapia, etc. Ou seja, consiste em obter dados completos sobre o comportamento total do indivíduo no decorrer da entrevista. Teste um psicológico é fundamentalmente uma mensuração objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento. Uma verificação ou projeção futura dos potenciais do sujeito. QUAL O PROBLEMA DA CO-MORBIDADE PARA O PSICODIAGNÓSTICO? R: São os sintomas que aparecem para confundir, camuflando o diagnóstico real e com isso dificultando o fechamento. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DO PSICODIAGNÓSTICO? R: Elaborar um laudo ou parecer sobre a personalidade e fazer o encaminhamento mais adequado conforme o diagnóstico; pois nem sempre é terapia e nem sempre é medicamento. QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS USUAIS PARA A DEFINIÇÃO DE UM PROBLEMA? R: Reconhecimento das alterações comportamentais do paciente frente ao psicólogo; Quantitativa: quando percebidos (para mais ou para menos); mudança na fala, motora, humor e etc. Qualitativa: sinal de perturbações quando percebidos, mas não medidos; quando o psicólogo percebe que a pessoa está incomodada e seu comportamento altera. Um sintoma único não fecha o diagnóstico, deve haver um conjunto. QUAIS SÃO OS PROBLEMAS ENCONTRADOS NAS ENTREVISTAS? R: Fantasias e a busca por explicações retardam a ajuda, negações. Na fantasia o discurso seria distorcido e não consegue organizar as ideias. COMO PODEMOS DIFERENCIAR OS MOTIVOS CONSCIENTES E INCONSCIENTES NUMA ENTREVISTA CLÍNICA? R: motivos conscientes seria os relatos claramente e motivos inconscientes seria obscuro, escondidos. COMO O PSICÓLOGO PODE IDENTIFICAR AS MOTIVAÇÕES INCONSCIENTES DO PACIENTE? R: Aplicando as suas técnicas como as entrevistas e os testes psicológicos. QUAIS SÃO ALGUMAS DAS VÁRIAS CONSEQUÊNCIAS ADVINDAS QUANDO O PSICÓLOGO NÃO SABE IDENTIFICAR OS ASPECTOS CONSCIENTES E INCONSCIENTES? R: Com isso ele pode adotar uma aliança ambígua e pode criar um parecer técnico contaminado. QUAL O PROCESSO CIENTÍFICO DO PSICODIAGNÓSTICO? R: A formulação de hipóteses e a confirmação e negação delas. QUAIS SÃO OS CONTEXTOS E SITUAÇÕES QUE ENVOLVEM A APLICAÇÃO DO PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO? A EXPLICAÇÃO DEVE SER RESUMIDA. R: Formulação de hipóteses e confirmação delas QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS DE NORMALIDADE? EXPLIQUE-OS. R: Normalidade como ausência de doença: interpreta o individuo de acordo com o que ele possui. Perguntas feitas em exames admissionais. Normalidade como processo: mudanças, conflitos e perturbações fazem parte do processo de amadurecimento. Normalidade de estatística: o normal é aquilo que se observa com maior frequência. Ex: peso, altura, pressão, etc. Família com transtorno alimentar tem intepretação diferente sobre comportamento alimentar em comparação a família que não tem esse tipo de transtorno. (vai de acordo com a cultura) OBS: nem todos os fenômenos que são frequentes são normais. Ex: depressão, cárie, uso de álcool. QUAL O PAPEL DO PSICÓLOGO NO PSICODIAGNÓSTICO NO CONTATO COM O PACIENTE? Papel do psicólogo: lidar com as inúmeras resistências por meandros das angústias, da desconfiança e do sofrimento. NO momento da entrevista inicial uma das defesas pode ser negar sua realidade e depositar sua responsabilidade numa terceira pessoa. COMO O PSICÓLOGO DEVE AGIR? Neste momento o psicólogo deve demonstrar tranquilidade, aproximar-se e demonstrar-se colaborativo. COMO É POSSÍVEL PERCEBER AS RESISTÊNCIAS OU CONTRADIÇÕES NAS INFORMAÇÕES TRAZIDAS PELO PACIENTE? No vestir, comunicação verbal e não verbal, movimento corporal deve ser considerado como mecanismo interior. CASO O psicólogo não identifique as motivações conscientes e inconscientes QUAIS SERÃO AS consequências SERÃO RELATADAS? Parecer técnico contaminado e distorcido. O psicólogo encontra aliança com os aspectos patológicos Adota uma postura ambígua, não sendo totalmente explícito. Deixa claro somente os pontos tolerados pelo paciente e por seu grupo familiar. QUAL O SIGNIFICADO DA ENTREVISTA CLÍNICA? r: conjunto de técnicas de investigação,de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utilize conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional. QUAIS SÃO OS DOIS MOTIVOS PARA SE FAZER A ENTREVISTA INICIAL? Conhecer exaustivamente o paciente. Extrair dados que permitam formular hipóteses qUANDO O PROCESSO DO PSICODIAGNÓSTICO É REALIZADO COM CRIANÇAS COMO DEVE SER A ENTREVISTA INICIAL? E SE OS PAIS FOREM SEPARADOS? r: DEVE-SE ENTREVISTAR OS PAIS PRIMEIRAMENTE. sE OS DOIS FOREM CASADOS E PUDEREM IR JUNTOS ISSO FACILITA O DIÁLOGO. pAIS SEPARADOS PODEM IR JUNTOS OU SEPARADOS. COMO DEVE SER O PROCESSO DO PSICODIAGNÓSTICO COM CRIANÇAS ADOTADAS? r: VERIFICAR COM OS PAIS SE A CRIANÇA SABE DA INFORMAÇÃO E COMO ESTA FOI DADA. CASO A CRIANÇA NÃO SAIBA O PSICÓLOGO PODE ESCOLHER PERMANECER COM A MENTIRA OU ROMPER COM A PSICODIANGÓSTICO. o PSICÓLOGO, NESTE CASO, NÃOS SERÁ A PESSOA QUE DARÁ A NOTÍCIA. DIFERENCIE ENTREVISTA DIAGNÓSTICA DE ENTREVISTA TTERAPÊUTICA. DIAGNÓSTICA: Visa estabelecer diagnóstico, prognóstico e indicações terapêuticas. Caracteriza-se por uma ampla coleta de dados sobre a história do paciente. Não emprega a interpretação. TERAPEUTICA: Visa colocar em prática estratégias de intervenção psicológica para acompanhar o paciente, esclarecer suas dificuldades e tentar solucionar os problemas trazidos por ele Emprega a interpretação Permite que o paciente fale livremente ao mesmo tempo em que o entrevistador pode esclarecer os dados que achar confusos ou incompletos. No que consiste o entendimento dinâmico do paciente no processo do psicodiagnóstico? R: Identificar a origem de certos aspectos comportamentais e que define os principais focos terapêuticos e assim antecipar as possíveis fontes de dificuldades na terapia. O que deve ser observado quando um paciente chega por encaminhamento ao processo do psicodiagnóstico? R: Quem o encaminhou, em que circunstâncias ocorreu o encaminhamento e quais as questões propostas para a investigação. Qual é a característica voyerista do psicodiagnóstico? R: O psicólogo examina e observa com vários olhares o interior do paciente, quanto se matem preservado pela neutralidade e curta duração do vínculo. Na marcação a consulta para o psicodiagnóstico quais características podem ser observadas? R: Angústia, ambivalência e admissão da existência de algum grau de perturbação e de dificuldades que justificam a necessidade de ajuda. Para que seve a hipótese diagnóstica? R: Ela orienta o profissional e Psicologia para a escolha dos instrumentos e das suas possíveis ações. O que devemos levar como prioridade na escolha dos testes e suas aplicações? R: Um teste que mobiliza uma conduta que corresponde ao sintoma nunca deve ser aplicado em primeiro lugar. Deve-se levar em consideração a queixa princial. Quando é preciso utilizar o jogo no processo do psicodiagnóstico e qual seria o papel do psicólogo nesta situação? Observar, compreender e cooperar com a criança Atenção flutuante que permite compreensão e formulação de hipóteses Observador não participante (ativo e passivo) Criar condições ótimas para que a criança possa brincar com maior espontaneidade A participação carece de limites: o psicólogo deve estabelecer limites quando o paciente rompe o enquadramento Quais são os aspectos técnicos na hora do jogo diagnóstico? Espaço: sala não muito pequena, com poucos móveis, paredes e pisos laváveis Material: diversas modalidades de brinquedos (tamanho, textura, formas), a caixa deve apresentar diversos objetos do mundo real Instruções: “Esclarecer para a criança que pode utilizar como quiser o material que está sobre a mesa, que observaremos sua brincadeira com o propósito de conhecê-la e de compreender suas dificuldades para uma ajuda posterior, tudo isto num tempo determinado e nesse lugar” (Ocampo) Registro do material: anotar o mínimo possível (Aberastury); anotar itens (Arzeno) Sigilo Por que dar preferência primeiro aos testes gráficos? R: Abarcam os aspectos sentidos como menos próprios; Motiva o indivíduo a continuar no processo; Econômicos quanto ao tempo. Quando aplicados em pessoas psicóticas Predomina a simbólica interna, o sentido do sem-sentido, a lógica da ilógica. Quais são os pontos principais que devem conter na redação dos documentos emitidos pelo psicólogo após o psicodiagnóstico realizado? R: Apresentar uma redação bem estruturada e definida, ou seja, expressar o pensamento, o que se quer comunicar. O emprego de expressões ou termos deve ser compatível com as expressões próprias da linguagem profissional, garantindo a precisão da comunicação e evitando a diversidade de significações da linguagem popular. A comunicação deve ainda apresentar como qualidades a clareza, a concisão e a harmonia. O que se deve levar em consideração na entrevista de devolução? R: A entrevista de devolução consiste em transmitir os resultados do psicodiagnóstico de forma discriminada, organizada e dosada segundo o destinatário. Deve ser feita também com os pais no caso de crianças, jovens e psicóticos. Observar a reação emocional (isso nos indicará também até onde poderemos chegar na devolução). Conforme as reações dos pais, do filho ou do adulto em questão, durante a entrevista, manteremos a recomendação terapêutica previamente pensada ou a modificaremos apropriadamente. Importante mobilizar as resistências e obter um pouco de insight. Importante resumir os motivos da consulta trazidos pelo sujeito e pelos familiares. Falar primeiro nos aspectos sadios e positivos para depois entrar naqueles que não estão bem. A devolução é feita primeiro para a pessoa ou as pessoas que consultaram em primeiro lugar: aos pais que se consultaram por um filho, o filho será chamado depois, já que na devolução dele será incluída a decisão que os pais tenham tomado em relação a alguma recomendação terapêutica. Com crianças a devolução é feita de forma lúdica, através de brinquedos ou de dramatização. Nem tudo que obtivermos como informação será necessariamente transmitido ao sujeito ou a seus pais. Algumas capacidades da criança são exploradas pelo brinquedo na entrevista lúdica dentre elas a criatividade, capacidade simbólica e personificação. Explique-as? R Criatividade: Capacidade da criança de assumir papéis no brinquedo. É um elemento comum em todos os períodos evolutivos, através do qual as crianças transformam seus brinquedos ou a sim mesmas em personagens imaginários ou não, de acordo com sua faixa etária. Capacidade simbólica: Capacidade da criança utilizar uma variedade de elementos para se expressar no brinque. Personificação: Capacidade da criança de assumir papéis no brinquedo. É um elemento comum em todos os períodos evolutivos, através do qual as crianças transformam seus brinquedos ou a sim mesmas em personagens imaginários ou não, de acordo com sua faixa etária. Comente a importância das reações emocionais dos indivíduos envolvidos no processo de devolução dos resultados do psicodiagnóstico e a forma como as mesmas podem ser utilizadas dentro do processo. R: A reação emocional diante das mensagens do avaliador são tão importantes quanto as reações verbais. Assim, por exemplo, se nessa ocasião um dos pais falta a uma entrevista sem justificativa fica evidente que não deseja saber o que está ocorrendo. Neste caso seria importante fazer a entrevista com a pessoa que compareceu e marcar outra com a pessoa que faltou, marcando posteriormente uma nova entrevista com todos os envolvidos. Todos os esclarecimentos referentes ao diagnóstico comunicado devem ser dados a fim de se obter maior confiança no trabalho realizado.
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