Buscar

4º slide TGP direito material e direito processual 17 02

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Direito Material e Direito Processual. 
A instrumentalidade do processo.
DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO PROCESSO
 SEMESTRE LETIVO: 2016.1
PROFESSORA: LÍLIAN TATIANA B. CRISPIM
Direito Material
Conjunto de normas que disciplinam as condutas necessárias à manutenção das relações sociais dominantes em uma sociedade;
É um sistema normativo de valoração de condutas sociais, visando a proteção dos interesses considerados essenciais à manutenção de uma dada formação social;
É o corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas referentes a bens e utilidades da vida (direito civil, penal, administrativo, tributário, etc.)
Direito Processual
Conjunto de normas jurídicas que dispõem sobre a constituição dos órgãos jurisdicionais e sua competência; 
Conjunto de normas que tem por objeto disciplinar os atos de vontade dos órgãos jurisdicionais e partes, necessários à criação de novas situações jurídicas;
Complexo de normas e princípios que regem a atividade jurisdicional representada pelo processo; o direito processual é um instrumento a serviço do direito material, seus institutos básicos são concebidos para garantir a autoridade do ordenamento jurídico.
Objetos
Objeto do direito processual – atividade jurisdicional do Estado.
Objeto do direito material – relação material de direito, normas puras de regramento de condutas.
O que distingue basicamente o DM do DP é que este cuida das relações dos sujeitos processuais, da posição de cada um deles no processo, das formas de se proceder os atos processuais, sem nada dizer quanto ao bem da vida, que é o objeto do interesse primário das pessoas, que entra na órbita do direito substancial.
Teoria Unitária
TEORIA UNITÁRIA do ordenamento jurídico (Carnelutti): quer dizer unidade, como se o conjunto do ordenamento jurídico fosse um só, uno e ponto. Cria direitos e obrigações.
Defende que o direito objetivo não tem condições para disciplinar sempre todos os conflitos de interesses, sendo necessário o processo, muitas vezes, para a complementação dos comandos da lei. O comando contido na lei é incompleto, é como se fosse um arco que a sentença completa, transformando-o em círculo.
Para quem pensa assim, não é tão nítida a cisão entre o direito material e o direito processual: o processo participa da criação de direitos subjetivos e obrigações, os quais só nascem efetivamente quando existe uma sentença. O processo teria, então, o escopo de “compor a lide”, ou seja, de editar a regra que soluciona o conflito trazido a julgamento.
Teoria Dualista
TEORIA DUALISTA do ordenamento jurídico (Chiovenda): apresenta uma cisão nítida do DIREITO MATERIAL e DIREITO PROCESSUAL.
MATERIAL: dita as regras abstratas e estas se tornam concretas no exato momento em que ocorre o fato enquadrado em suas previsões, automaticamente, sem qualquer participação do Juiz. 
PROCESSUAL: visa apenas à ATUAÇÃO (realização prática) da vontade do direito; o direito subjetivo e a obrigação preexistem a ele: art. 75 – CC/16: “a todo direito corresponde uma ação que o assegura”. CC/2002 - Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
Assim temos o Direito Material e o Direito Processual. O Direito Material é estipulado pelo Código Civil, Código Penal, etc.; apresentando as obrigações e direitos sobre os bens e utilidades da vida, quando não cumpridas as obrigações, é que obrigam ao processo, que não contribui para a formação de normas concretas, o direito subjetivo preexiste, o processo é apenas o meio de atuação prática do direito objetivo.
A Instrumentalidade do Processo
Instrumentalidade positiva: liga o processo à ordem material e ao mundo das pessoas e do Estado, com realce à necessidade de predispô-lo ao integral cumprimento de todos os seus escopos sociais, políticos e jurídicos. É a necessidade de ter-se um sistema processual capaz de servir de eficiente caminho de acesso à ordem jurídica justa.
Instrumentalidade negativa: alerta para o fato do processo não ser um fim em si mesmo, e não deve ser guindado à condição de fonte geradora de direito; as exigências formais do processo só merecem ser cumpridas à risca, sob pena de invalidade dos atos, na medida em que isso seja indispensável para a consecução dos objetivos desejados (ex.: não se anula o processo por vício de citação, se o réu compareceu e se defendeu).

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais