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Apostila Lab Quimica 2015 DEQ

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Laboratório de Química 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.a Adriene Artiaga Pfeifer 
Prof. Benecildo Amauri Riguetto 
Prof. Edu Barbosa Arruda 
Prof. José Luiz Vieira Neto 
Prof.a Maria Inês Martins 
Prof.a Priscila Pereira Silva 
Prof.a Ricardo Francisco Pires 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2º semestre de 2015 
 
  2
 
 
 
 
Índice 
 
 
 
 
 
Normas de segurança em laboratório...................................................................................................3 
Instalações e equipamentos de segurança ............................................................................................5 
Manuseio do material de vidro...........................................................................................................11 
Medidas em análise química ..............................................................................................................14 
Relatórios ...........................................................................................................................................16 
Nome e função dos principais utensílios de um laboratório químico ................................................18 
Experimento 01 – Introdução às técnicas de laboratório e de medidas de massa, de volume e de 
temperatura.........................................................................................................................................22 
Experimento 02 – Uso do bico de Bunsen e teste de chama..............................................................27 
Experimento 03 – Separação dos componentes de uma mistura .......................................................32 
Experimento 04 – Síntese do alúmen de potássio, KAl(SO4)2.12H2O ..............................................38 
Experimento 05 – Preparo de soluções ..............................................................................................42 
Experimento 06 – Titulação Ácido-Base ...........................................................................................47 
Experimento 07 – Equilíbrio Químico...............................................................................................50 
Experimento 08 – Cinética Química: Velocidade das reações químicas...........................................54 
Experimento 09 – Cinética Química: Determinação da ordem de reação .........................................57 
Experimento 10 – Curva de solubilidade de um sal inorgânico ........................................................60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  3
 
Normas de segurança em laboratório 
 
1. Nunca trabalhar sozinho em um laboratório. 
2. Dentro do laboratório devem-se ter atitudes responsáveis e prudentes. 
3. Utilizar sempre o avental e se necessário, outros equipamentos de segurança próprios para o 
serviço que se vai executar. 
4. Cabelos longos devem ser amarrados. 
5. Antes de utilizar qualquer reagente, leia seu rótulo. 
6. Nunca deixar frascos de reagentes abertos e evitar contaminá-los. 
7. Afaste qualquer produto ou material, antes de utilizar alguma chama. 
8. Evitar qualquer contato dos reagentes com a pele e olhos. 
9. Existindo a formação de gases ou vapores, utilizar a capela. 
10. Evitar improvisações, na dúvida procurar pessoas mais experientes. 
11. Alimentos, doces, gomas de mascar e bebidas devem ser guardados e consumidos fora do 
laboratório. 
12. Nunca se deve usar material de laboratório para beber ou comer. 
13. Deve ser proibido testar amostras ou reagentes pelo gosto e os odores devem ser verificados 
com muito cuidado. 
14. Não leve as mãos à boca ou aos olhos quando estiver manuseando produtos químicos. 
15. Os aventais de laboratório devem ser de algodão ou outro material pouco inflamável, e serem 
usados fechados. 
16. Use calçados fechados de couro ou similar. 
17. O número de visitantes ao laboratório deve ser restrito. Caso haja visitas, estas devem ser 
acompanhadas por um membro da equipe de trabalho e deve-se usar se necessário, proteção de 
olhos e cabeça. 
18. Nunca deve ser permitida a presença de crianças em laboratórios. 
19. Objetos pessoais devem ser guardados em armários ou gavetas fechadas fora do laboratório. 
20. Brincadeiras grosseiras são absolutamente proibidas em laboratórios. 
21. A água para beber deve ser colocada fora do laboratório, ou bebedouros acionados com o pé 
devem ser providenciados. 
22. As escrivaninhas devem ser organizadas e não conter materiais desnecessários, reagentes e 
equipamentos. 
23. As substâncias inflamáveis devem ser manipuladas em locais distantes de fontes de calor. 
24. Quando necessário, deve-se usar lenços de papel e não de tecidos. 
25. O uso de pipetadores é requerido sempre que forem utilizadas pipetas. 
26. Lentes de contato não devem ser utilizadas em laboratórios, pois podem ser danificadas por 
produtos químicos e causar lesões graves aos olhos. 
27. Sinais de advertência apropriados devem ser utilizados quando situações perigosas puderem 
ocorrer. 
28. Todos os reagentes estocados devem ser rotulados; frascos não rotulados devem ser 
imediatamente descartados. 
29. Lixeiras de metal com tampas devem ser providenciadas para papel e vidrarias quebradas, e 
medidas especiais devem ser tomadas para o descarte de solventes e outros produtos perigosos. 
30. Nunca despeje solventes na pia, visto que estes devem ser enterrados (pequenas quantidades). 
Se a quantidade for grande, deve ser armazenada em tambores apropriados para depois serem 
incinerados. 
31. Vidrarias utilizadas devem ser esvaziadas das soluções e solventes e enxaguadas com água 
antes de serem enviadas para a limpeza normal. Se instruções especiais de limpeza são 
necessárias, o pessoal da limpeza deve ser informado. 
32. Vidrarias lascadas ou trincadas devem ser descartadas. 
 
  4
33. Todos os equipamentos de laboratório devem ser revisados, para se prevenir possíveis 
problemas que possam por em risco a segurança. 
34. Escudos de segurança devem ser requeridos ao redor do local onde são realizadas reações de 
alto vácuo ou altas pressões. 
35. Os cilindros de gás devem ser amarrados e protegidos antes das tampas de proteção serem 
removidas. 
36. As soluções de peróxido de hidrogênio com concentrações maiores de 3% devem ser 
manuseadas com cuidado. 
37. Não armazene solventes em refrigeradores, e sim em armários à prova de explosão. 
38. Deve-se conhecer muito bem as características dos reagentes com respeito à sua toxicidade, à 
inflamabilidade e à explosividade antes de utilizá-los. 
39. Deve-se tomar precauções especiais quando se trabalha com substâncias reconhecidas ou com 
potencial carcinogênico, tais como asbestos em todas as suas fórmulas, trióxido de arsênico, 
cloreto de vinila, benzeno, clorofórmio, hidrazina e aminas. 
40. Os reagentes e as soluções devem ser claramente identificados e as soluções apresentar data de 
preparo, validade, e o nome do analista que as preparou. 
41. Todo derramamento de produtos e reagentes deve ser limpo imediatamente. Ácidos e bases 
fortes devem ser neutralizados antes da limpeza. 
42. No caso de derramamentos de líquidos inflamáveis, produto tóxico ou corrosivo interrompa 
imediatamente o trabalho, avise as pessoas próximas sobre o acidente e efetue ou solicite a 
limpeza imediatamente. 
43. Mantenha em todos os momentos uma atitude calma e cuidadosa. Deve-se estar sempre 
consciente do que se está fazendo. 
44. Ande ao invés de correr. 
45. Não carregue volumes em excesso ou que possam obstruir a visão. Não erga pesos excessivos. 
46. Não improvise, pois as improvisações são o primeiro passo para acidentes; deve-se sempreutilizar material e equipamentos adequados. 
47. Todas as substâncias são tóxicas, dependendo de sua concentração. Procure conhecer suas 
propriedades físicas e a toxicidade para manipulá-la adequadamente. 
48. Use os equipamentos de segurança recomendados. 
49. Programe as atividades com colegas de laboratório para evitar a ocorrência de eventos 
incompatíveis no mesmo local. 
50. Não execute ações que possam envolver riscos, quando estiver sob tensão emocional. 
51. Receba visitas apenas fora do laboratório, pois elas não conhecem as normas de segurança, não 
estão adequadamente vestidas e são motivos de distração. 
52. Ao utilizar equipamentos elétricos, verificar a voltagem correta. 
53. Ao término do trabalho, arrumar a bancada e lavar o material utilizado. 
54. Qualquer fato estranho ou incidente, comunicar ao responsável pelo laboratório. 
55. Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue todos 
os aparelhos, deixe todo o equipamento limpo e lave as mãos. 
56. Ao aquecer um tubo de ensaio contendo solução (ou qualquer outra substância) nunca aponte-o 
para si ou para o colega vizinho. O super-aquecimento pode dar origem à formação brusca de 
bolhas de vapor com a expulsão do conteúdo de forma violenta e perigosa. 
57. Acostume-se a retirar quantidades mínimas de reagentes. Nunca se deve recolocar sobras de 
reagentes nos recipientes originais. Adotando a regra acima, você evitará desperdícios e 
contaminações. 
58. Quando você retirar um frasco de reagente da estante, tenha o cuidado de recolocá-lo no 
mesmo lugar, imediatamente após o uso. 
59. Ao introduzir tubos de vidro em rolhas, umedeça-os convenientemente e enrole a peça de vidro 
numa toalha para proteger as mãos. 
60. Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. Desloque 
com a mão, para a sua direção, os vapores que se desprendem do frasco. 
 
  5
61. Nunca adicione água em ácido. Promova a dissolução do ácido em água com resfriamento 
simultâneo para facilitar a dissipação de calor. 
 
Instalações e equipamentos de segurança 
 
♦ As instalações elétricas e hidráulicas devem ser aparentes ou sob piso falso, para facilitar a 
manutenção; 
♦ Em locais onde se trabalha com solventes orgânicos inflamáveis, as instalações elétricas devem 
ser à prova de explosão; 
♦ Os gases sob pressão devem passar por uma canalização visível; 
♦ Os cilindros de gases de alimentação devem ser armazenados fora do laboratório, em área livre 
bem ventilada e sinalizada; 
♦ Bancadas e pisos devem ser construídos com materiais que dificultem a combustão e que sejam 
resistentes ao ataque de produtos químicos; 
♦ Deve existir uma capela, para se trabalhar com produtos voláteis e tóxicos; 
♦ Os produtos químicos devem ser armazenados fora do laboratório, em local de boa ventilação, 
livre do sol e bem sinalizado; 
♦ Aprenda a localização e a utilização do extintor de incêndio existente no laboratório. Este 
também deve estar localizado em lugar de fácil acesso e sinalizado. 
♦ Para se prevenir e contornar situações de emergência devem ser previstas instalações como: 
→ Proteção contra incêndios (portas corta-fogo e sinalização de alarme, ventilação geral 
diluidora, para evitar a formação de misturas explosivas); 
→ Chuveiro de emergência (deve ser instalado em local de fácil acesso e seu funcionamento 
deve ser monitorado); 
→ Lava-olhos (seu funcionamento deve ser monitorado); 
→ Sinalização de segurança (faixas indicativas, cartazes e placas indicativas). 
 
Medidas de segurança relativa a operações específicas 
 
♦ Antes de manusear um reagente químico qualquer, deve-se conhecer as propriedades químicas, 
físicas e toxicológicas deste, seu manuseio seguro e medidas de primeiros socorros em caso de 
acidente. Para isto deve-se consultar o Index Merck ou fichas toxicológicas dos produtos. 
♦ Leia os rótulos dos frascos dos reagentes antes de usá-los. 
♦ Os rótulos devem ser periodicamente vistoriados e, nos casos de maior incidência, providenciar 
a proteção com parafina ou película plástica. 
♦ Nunca use um reagente que não esteja identificado, rotulado. Qualquer etapa de trabalho 
durante a qual possa ocorrer desprendimento de gás ou vapores tóxicos dever ser feita DENTRO 
DA CAPELA. 
♦ Não trabalhar com material imperfeito ou defeituoso, principalmente com vidro que tenha ponta 
ou aresta cortantes. 
♦ Não aquecer nada em frascos volumétricos. 
♦ Nunca acender um bico de gás quando alguém no laboratório estiver usando algum solvente 
orgânico. 
♦ Verifique as condições da aparelhagem. Evite montagens instáveis de aparelhos. Não use livros, 
lápis, caixas de fósforos, etc, como suportes. 
♦ Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais estranhos ao trabalho. 
♦ Faça uma limpeza prévia, com água, ao esvaziar um frasco de reagente, antes de colocá-lo para 
lavagem. 
♦ Rotule imediatamente qualquer reagente ou solução preparada e as amostras coletadas. 
 
  6
♦ Use pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de conservação. 
♦ Limpe imediatamente qualquer derramamento de produtos de petróleo e reagentes. 
 
A ocorrência de acidentes em laboratórios, infelizmente, não é tão rara como possa parecer. 
Visando diminuir a ocorrência e a gravidade destes eventos, é absolutamente imprescindível que 
sejam observadas as normas de segurança durante os trabalhos em laboratório. 
Em um laboratório químico, devemos observar alguns símbolos de advertência para o 
manuseio de reagentes e a execução de procedimentos. Alguns destes símbolos são comuns em 
rótulos de reagentes e nas entradas de laboratórios. Assim, é importante saber o significado destes 
símbolos para que sejam tomados os cuidados necessários. Os principais símbolos são: 
 
Substância Tóxica Substância Irritante Substância Corrosiva Substância Inflamável
 
Radiação ou Raio-X Risco Biológico Entrada restrita Equipe de Limpeza 
 
Muito importante no projeto é o estudo do local que será destinado ao almoxarifado. Quando 
são negligenciadas as propriedades físicas e químicas dos produtos químicos armazenados podem 
ser ocasionados incêndios, explosões, emissão de gases tóxicos, vapores, pós e radiações ou 
combinações variadas desses efeitos. 
No que tange a produtos químicos, é importante considerar não somente a sua toxicidade, mas 
também a quantidade manipulada. Algumas drogas, por exemplo, são efetivas na cura de doenças 
até uma certa dosagem, que se excedida, podem provocar efeitos nocivos. Compostos de mercúrio, 
arsênio e antimônio, que são considerados pelos leigos como altamente venenosos, têm sido 
empregados no tratamento de doenças. É de vital importância para aqueles que tabalham no 
laboratório, conhecer a simbologia existente em frascos de produtos químicos. 
A simbologia apresentada a seguir é utilizada em embalagens de produtos químicos 
(classificados ou não pela ONU). Dentre várias normas em vigor, a simbologia abaixo é a que traz 
informações mais quantitativas sobre os perigos. Esta norma é adotada em todos os paises membros 
da União Européia. 
 
"E" EXPLOSIVO: Este símbolo se refere a uma substância que pode explodir se 
entrar em contato com uma chama, ou se sofrer choque ou fricção. 
"O" OXIDANTE: Este símbolo se refere a uma substância que produz calor 
quando reage com outras substâncias, particularmente inflamáveis. 
 
  7
"F" ALTAMENTE INFLAMÁVEL: Este símbolo se refere a uma substância que 
entra em ignição em condições normais de pressão e temperatura. Caso seja um 
sólido, pode entrar em ignição em contato com a fonte de calor e continuar 
queimando por reação química, mesmo depois da remoção da fonte. Se esta 
substância for gás, ela queima em contato com a ar em condições normais de 
pressão. 
Em contato com água ou ar úmidoesta substância pode lançar gases altamente 
inflamáveis em quantidades perigosas. 
"F+" EXTREMAMENTE INFLAMÁVEL: Este símbolo se refere a uma 
substância líquida que entra em ignição quando seus vapores entram em contato 
com uma fonte de calor. 
O símbolo "F+" fica no corpo da etiqueta. 
"T" TÓXICO: Este símbolo se refere a uma substância altamente perigosa à saúde. 
"T+" MUITO TÓXICO: Este símbolo se refere a uma substância que, se inalada, 
ingerida ou em contato com a pele, pode causar danos imediato à saúde e a longo 
prazo pode levar à morte. 
O símbolo "T+" fica no corpo da etiqueta. 
"C" CORROSIVO: Este símbolo se refere a uma substância que causa destruição 
e queimaduras de tecidos vivos. 
 
"Xn" PREJUDICIAL - MENOS QUE "T": Este símbolo se refere a uma 
substância que pode causar risco à saúde. Pode haver reação alérgica. O símbolo 
"Xn" fica no corpo da etiqueta. 
"Xi" IRRITANTE - MENOS QUE "C": Este símbolo se refere a uma substância 
que pode causar irritação em contato com a pele. O símbolo "Xi" fica no corpo da 
etiqueta. 
"N" PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE: Este símbolo se refere a uma 
substância que causa danos ao meio ambiente. 
EXEMPLO DE ETIQUETAS ENCONTRADAS EM FRASCOS DE PRODUTOS 
QUÍMICOS 
 
 
 
  8
 
DIAMANTE DE HOMMEL 
 
Uma outra simbologia bastante aplicada é o Diamante de HOMMEL. 
 
 
 
Diferentemente das placas de identificação, o diamante de HOMMEL não informa qual é a 
substância química, mas indica todos os graus de riscos (variando de 0 a 5) envolvendo o produto 
químico em questão, ou seja, quando considerado apenas o Diamante de HOMMEL sem outras 
formas de identificação este método de classificação não é completo. Os riscos representados no 
Diamante de Hommel são os seguintes: 
 
VERMELHO - INFLAMABILIDADE, onde os riscos são os seguintes: 
4 - Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis, materiais pirotécnicos 
3 - Produtos que entram em ignição a temperatura ambiente 
2 - Produtos que entram em ignição quando aquecidos moderadamente 
1 - Produtos que precisam ser aquecidos para entrar em ignição 
0 - Produtos que não queimam 
 
AZUL - PERIGO PARA A SAÚDE, onde os riscos são os seguintes: 
4 - Produto Letal 
3 - Produto severamente perigoso 
2 - Produto moderadamente perigoso 
1 - Produto levemente perigoso 
0 - Produto não perigoso ou de risco mínimo 
 
AMARELO - REATIVIDADE, onde os riscos são os seguintes: 
4 - Capaz de detonação ou decomposição com explosão a temperatura ambiente 
3 - Capaz de detonação ou decomposição com explosão quando exposto a fonte de energia 
 severa 
2 - Reação química violenta possível quando exposto a temperaturas e/ou pressões elevadas 
1 - Normalmente estável, porém pode se tornar instável quando aquecido 
0 - Normalmente estável 
 
BRANCO - RISCOS ESPECIAIS, onde os riscos são os seguintes: 
OXY Oxidante forte 
ACID Ácido forte 
ALK Alcalino forte 
 W- Evite o uso de água 
 
 
 
 
  9
 
ACIDENTES MAIS COMUNS EM LABORATÓRIOS 
 
1) Queimaduras: 
a) Queimaduras causadas por calor seco (chamas e objetos aquecidos): 
- No caso de queimaduras leves, aplicar vaselina líquida. 
- No caso de queimaduras graves, cobrir com gaze esterilizada umedecida com solução 
aquosa de bicarbonato de sódio a 5%. 
- Procurar um médico imediatamente. 
b) Queimaduras por ácidos: 
- Lavar o local imediatamente com água em abundância, durante cerca de cinco minutos. A 
seguir, lavar com solução saturada de bicarbonato de sódio e novamente com água. 
c) Queimaduras por álcalis (bases): 
- Lavar, imediatamente, o local atingindo com bastante água durante cinco minutos. Tratar 
com solução de ácido acético a 1% e lavar novamente com água. 
d) Ácido nos olhos: 
- Nos laboratórios existem lavadores de olhos acoplados aos chuveiros de emergência. A 
lavagem deve ser feita por quinze minutos, após a qual se aplica solução de bicarbonato de 
sódio a 1%. 
e) Álcali nos olhos: 
- Proceder como no item anterior, substituindo a solução de bicarbonato de sódio por uma de 
ácido bórico a 1%. 
 
2) Intoxicações por gases: 
- Remover a vítima para um ambiente arejado, deixando-o descansar. 
 
3) Ingestão de substâncias tóxicas: 
- Administrar uma colher de sopa de “antídoto universal”, que é constituído de duas partes de 
carvão ativo, uma de óxido de magnésio e uma de ácido tônico (vitamina do complexo B). 
 
 
DESCARTE DE REJEITOS (RESÍDUOS) 
 
Até há pouco tempo, os laboratórios descartavam seus rejeitos (resíduos) sem os cuidados 
necessários; solventes voláteis eram evaporados (lançados para a atmosfera), sólidos eram 
descarregados em lixo comum e, líquidos e soluções, eram descartados na pia. Essas práticas não 
são recomendadas e, atualmente, existe uma preocupação maior no descarte de rejeitos químicos. 
Existem regras estabelecidas para o descarte de rejeitos, especialmente os perigosos; no entanto, 
muitas vezes são difíceis e de custo elevado para serem implementadas. Assim, na prática, procura-
se, sempre que possível, minimizar a quantidade de resíduos perigosos gerados nos laboratórios de 
ensino. 
Alguns procedimentos são adotados nesse sentido, como por exemplo: 
a) Redução da escala (quantidade de substância) de produtos químicos usados nos 
experimentos; 
b) Substituição de reagentes perigosos por outros menos perigosos; 
c) Conversão dos resíduos para uma forma menos perigosa através de reação química, antes 
do descarte; 
d) Redução dos volumes a serem descartados (concentrando as soluções ou separando os 
componentes perigosos por precipitação); 
e) Recuperação dos reagentes para novamente serem utilizados. 
 
  10
Instruções para descarte dos resíduos são fornecidas junto com as experiências. Quando os 
resíduos gerados na experiência não forem perigosos, poderão ser descartados na pia de acordo com 
as seguintes instruções: 
1) Soluções que podem ser jogadas na pia devem ser antes diluídas com água, ou jogar a 
solução vagarosamente acompanhada de água corrente; 
2) Sais solúveis podem ser descartados como descrito em 1. 
3) Pequenas quantidades de solventes orgânicos solúveis em água (ex: metanol ou acetona) 
podem ser diluídos antes de serem jogados na pia. 
Grandes quantidades desses solventes, ou outros que sejam voláteis, não devem ser 
descartados dessa maneira. No caso, tentar recuperá-los. 
4) Soluções ácidas e básicas devem ter seu pH ajustado na faixa de 2 a 11 antes de serem 
descartadas. Em caso de pequenos volumes dessas soluções (por exemplo, 10 mL ou pouco mais), 
essas podem ser diluídas e descartadas. 
5) Em caso de dúvida, perguntar ao professor como proceder o descarte. 
 
Algumas orientações básicas: 
 
I) RESÍDUO INSOLÚVEL NÃO PERIGOSO: Papel, cortiça, areia, podem ser, 
descartados em um cesto de lixo comum do laboratório. Alumina, sílica gel, sulfato de sódio, 
sulfato de magnésio e outros, devem ser embalados para evitar a dispersão do pó e descartados em 
lixo comum. Se esses materiais estiverem contaminados com resíduos perigosos, deverão ser 
manuseados de outra forma. 
 
II) RESÍDUOS SÓLIDOS SOLÚVEIS NÃO PERIGOSOS: Alguns compostos orgânicos 
(exemplo o ácido benzóico) podem ser dissolvidos com bastante água e descarregados no esgoto. 
Podem, também, ser descartados junto com resíduos insolúveis não perigosos. Caso estejam 
contaminados com materiais mais perigosos deverão ser manuseados de outra forma. 
 
III) RESÍDUOS LÍQUIDOS ORGÂNICOS NÃO PERIGOSOS: Substâncias solúveis em 
água podem ser descartadas no esgoto. Por exemplo, etanol pode ser descartado na pia do 
laboratório; 1-butanol, éter etílico e a maioria dos solventes e compostos que não são miscíveis em 
água, não podem ser descartados dessa maneira. Líquidos não miscíveis com a água deverão ser 
colocados em recipientes apropriados para líquidos orgânicos, para posterior tratamento.IV) RESÍDUOS PERIGOSOS GENÉRICOS: Neste grupo estão incluídas substâncias 
como hexano, tolueno, aminas (anilina, trietilamina), amidas, ésteres, ácido clorídrico e outros. 
Deve-se ter especial atenção para as incompatibilidades, ou seja, algumas substâncias não podem 
ser colocadas juntas no mesmo recipiente devido à reação entre elas. Por exemplo, cloreto de acetila 
e dietilamina reagem vigorosamente; ambos são reagentes perigosos e seus rejeitos devem ser 
mantidos em recipientes separados. 
Compostos halogenados como 1-bromobutano, cloreto de t-butila e outros, também devem ser 
guardados em recipientes separados dos demais compostos. 
 
V) ÁCIDOS E BASES INORGÂNICAS FORTES: Devem ser neutralizados, diluídos e 
então descartados. 
 
VI) AGENTES OXIDANTES E REDUTORES: Oxidar os redutores e reduzir os oxidantes 
antes do descarte. O professor dará informações de como proceder. 
 
Para que tais resíduos de laboratório possam ser eliminados de forma adequada é necessário 
ter-se à disposição recipientes de tipo e tamanho adequados. Os recipientes coletores devem ser 
 
  11
caracterizados claramente de acordo com o sue conteúdo, o que também implica em se colocar 
símbolos de periculosidade. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS RECIPIENTES 
 
Classe A: Solventes orgânicos e soluções de substâncias orgânicas que não contenham halogênios; 
Classe B: Solventes orgânicos e soluções orgânicas que contenham halogênios; 
Classe C: Resíduos sólidos de produtos químicos orgânicos que são acondicionados em sacos 
plásticos ou barricas originais do fabricante; 
Classe D: Soluções salinas: nestes recipientes deve-se manter o pH entre 6 e 8; 
Classe E: Resíduos inorgânicos tóxicos, por exemplo, sais de metais pesados e suas soluções; 
descartar em frascos resistentes ao rompimento com identificação clara e visível (consultar 
legislação específica); 
Classe F: Compostos combustíveis tóxicos; em frascos resistentes ao rompimento com alta vedação 
e identificação clara e visível; 
Classe G: Mercúrio e resíduos de seus sais inorgânicos; 
Classe H: Resíduos de sais metálicos regeneráveis; cada metal deve ser recolhido separadamente; 
Classe I: Sólidos inorgânicos. 
 
Esses são alguns exemplos de procedimentos de descarte de rejeitos produzidos no 
Laboratório Químico. É prática comum, antes de iniciar em experimento, buscar na literatura 
especializada informações sobre os efeitos tóxicos das substâncias que serão utilizadas e os 
cuidados necessários para manuseio e descarte das mesmas. 
 
Manuseio do material de vidro 
 
Lavagem 
 
Todo material de vidro, que tenha sido usado, deve ser lavado imediatamente. Nunca 
reaproveitar um recipiente sem antes lavá-lo, mesmo que ele venha a conter a mesma substância. 
Em laboratórios que empreguem pessoas cuja função é somente de lavagem de materiais e 
peças de vidro, deve o laboratorista, sempre que usar uma substância química, fazer uma lavagem 
preliminar antes de entregar a peça de vidro para limpeza final. Isto serve para ácidos, álcalis, 
solventes, substâncias e elementos químicos perigosos e nocivos à saúde. 
A pessoa que estiver no encargo de lavagem de material de vidro deve usar luvas de borracha 
ou de plástico (neoprene ou PVC) com superfície externa antiderrapante, para dificultar o 
deslizamento de vidro entre as mãos. Observou-se que no afã de segurar a peça de vidro que cai no 
bojo da pia de lavagem, o lavador quase sempre ajuda o choque e os estilhaços da peça de vidro 
poderão atravessar a luva e ocasionar cortes. O uso de luvas neste encargo também evita a dermatite 
pelo contato contínuo com vários produtos químicos. 
 
Vidro Quebrado 
 
Um dos problemas mais sérios no laboratório é a quebra do material vítreo e, como resultado, 
possíveis cortes. O material é caro e, em vários casos, sua substituição depende de importação. Não 
há meio de impedir que o material se quebre, mas devem-se tomar providências para que o fato seja 
reduzido, como instruir o laboratorista para ter o maior cuidado na manipulação. Podem ser 
observadas algumas práticas para minimizar as quebras, tais como forrar o balcão e as pias com 
lâminas de borracha. 
 
  12
Quando houver possibilidade de consertar as peças quebradas, estas devem ser 
provisoriamente recolhidas em recipientes especialmente destinados a esta finalidade existentes no 
próprio laboratório para, posteriormente, terem o destino final adequado. 
 
Aquecimento de Material de Vidro 
 
Apesar de a maior parte dos materiais de vidro de laboratório serem resistentes ao calor, é 
necessário um cuidado especial do laboratorista no que se refere à forma de aquecimento. Sempre 
deverá haver um material intermediário entre o recipiente de vidro e a chama, a não ser em casos 
especiais, como tubos de ensaio e tubos de vidro. Este material é normalmente a tela de amianto. 
Além de isolar o ataque do fogo ao vidro, a tela dispersa o calor e o aquecimento é uniforme em 
toda a superfície de contato tela-vidro. 
Para evitar que líquidos entrem em ebulição de forma violenta, deve-se colocar, no recipiente, 
pérolas ou pedaços de vidro ou de cerâmica porosa. 
As operações que envolvem aquecimento por chama devem ser feitas na capela. No caso de 
aquecimento de tubos de ensaio, é boa prática trabalhar com a janela parcialmente fechada, 
deixando apenas um espaço para a entrada dos braços do laboratorista. No caso de explosão, o vidro 
de segurança defenderá a pessoa que estiver ali trabalhando. As mãos deverão estar sempre 
protegidas por luvas. 
Ao aquecer um recipiente, procure segurá-lo por meio de uma pinça de madeira ou metal para 
evitar ser queimado ou atingido por respingos do material que está sendo aquecido. A boca do tubo 
deverá estar sempre voltada para o lado oposto ao do manipulador, isto é, para o lado interno da 
capela. Para aquecer a substância por igual, pode-se agitar ou girar o tubo, cuidadosamente para 
evitar respingos. Existem substâncias, no entanto, cujo aquecimento por intermédio de chama é 
muito perigoso; assim lança-se mão de outros métodos, como banho-maria, banho de areia ou por 
chapas e mantas. O aquecimento de substâncias com “Ponto de Fulgor” ou “Flash Point” 
(temperatura na qual o material pode se inflamar se estiver próximo a uma fonte de ignição, embora 
a chama não se sustente) baixo pode ser feito no banho-maria, usando-se água ou óleo. Mesmo 
quando se utiliza o banho-maria, deve–se evitar o aquecimento por chama (Bico de Bunsen e 
maçaricos). Informe-se sobre o ponto de fulgor em catálogos apropriados; certos catálogos 
comerciais (Aldrich) apresentam os pontos de fulgor de muitas substâncias. 
 
Maneira Segura de Inserir um Tubo de Vidro em uma Rolha 
 
• proteja as mãos com luvas ou com um pedaço de pano; 
• arredonde as pontas do tubo de vidro com fogo; 
• lubrifique o tubo de vidro e o orifício; 
• segure o tubo de vidro com uma das mãos o mais próximo possível da extremidade a ser 
introduzida no orifício; 
• segure, com a outra mão, a rolha, com firmeza; 
• introduza o tubo em movimento de rotação, sem fazer força. 
 
Maneira Segura de Furar Rolhas Manualmente 
 
Os furadores de rolha geralmente são confeccionados com latão, às vezes niquelados. 
Consistem de tubos de vários diâmetros, usados de acordo com o tamanho do furo desejado. Estes 
tubos têm na parte superior pinos parafusados, deixando o aparelho em forma de “T”. 
 
• Rolhas de Cortiça 
Parece que as rolhas de cortiça são mais facilmente perfuradas, em virtude da sua fragilidade; 
mas também devido a ela se despedaçam e se racham com facilidade exigindo do laboratorista 
maiores cuidados na operação, os quais são: 
 
  13
1. Apoiar sobre a mesa a parte superior da rolha, ou seja, aquela com maior diâmetro; 
 
2. Segurar a rolha firmemente com a mão enluvada porque no caso do furador escapar, sua 
borda cortante poderá atingira mão que segura a rolha, ocasionando ferimentos; 
3. Furar a rolha com movimentos giratórios, como se fosse um saca rolhas, aprofundando o 
aparelho aos poucos; 
4. Não molhar a rolha ou o furador; 
5. Para que o furo saia perfeito e vertical, o operador deverá fazê-lo em uma posição 
conveniente, ou seja, em pé; 
6. Não tentar furar a rolha a partir de ambos os lados, para fazer o encontro de orifícios no 
centro da rolha. O furo sairá imperfeito, e a parte apoiada, que já tenha sido furada, estará mais 
fraca, podendo ocasionar a quebra da rolha e possível ferimento no manipulador; 
7. Para evitar o rompimento da rolha, pode-se reforçá-la envolvendo suas laterais com fita 
adesiva; 
8. Se, depois de furada a rolha, verificar que o furo é de diâmetro menor que o desejado, não 
usar um furador maior, acertar o furo com uma grosa cilíndrica. 
 
• Rolhas de Borracha 
Este tipo de rolha é mais difícil de ser perfurada do que o anterior, porque a borracha oferece 
mais resistência e maior atrito. Pode-se furar segura e facilmente este tipo de rolha seguindo- se 
estas normas: 
1. Ao furar a rolha de borracha, umedecer o furador com solução de sabão ou de silicone. 
Não deixar que a rolha se molhe; 
2. Ao escolher o furador, tomar um que tenha o diâmetro ligeiramente maior que o desejado. 
A borracha cede quando penetrada e o furo será de diâmetro menor; 
3. Os movimentos giratórios para furar as rolhas de borracha devem ser mais rápidos do que 
aqueles feitos na rolha de cortiça; 
4. Os mesmos itens indicados para a rolha de cortiça devem ser seguidos neste tipo de rolha. 
 
 
  14
 
Medidas em análise química 
 
Todas as vezes que realizamos uma medida, mesmo se utilizarmos um ótimo equipamento, 
estamos sujeito a um erro inerente ao processo utilizado. Isto significa que é impossível se 
determinar o valor exato ou real, o que podemos fazer é encontrar o seu valor mais provável. 
A incerteza que existe em uma medida, pode ser relacionada com duas palavras importantes 
(EXATIDÃO E PRECISÃO) que muitas vezes são utilizadas erradamente como sinônimos, mas 
que significam coisas diferentes. 
Para melhor compreender estes significados, podemos exemplificar com um concurso de 
dardos, onde 3 candidatos atiraram seus dardos e conseguiram os seguintes resultados : 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º candidato 2º candidato 3º candidato 
 
Pelo resultado obtido podemos ver que: 
 
1º candidato - foi preciso e exato. 
2º candidato - foi preciso e não exato. 
3º candidato - foi impreciso e não exato. 
 
Podemos definir: 
 
PRECISÃO – pode ser definida como a concordância de uma série de medidas de uma 
mesma grandeza, ou seja, sua “reprodutibilidade”. 
 
EXATIDÃO – pode ser definida como a concordância entre o valor verdadeiro e o valor 
obtido. 
 
O ideal é que a precisão e a exatidão estejam sempre associadas em uma medida, isto é, só 
uma das duas não é suficiente em um trabalho quantitativo. 
O erro em uma determinação pode ser de dois tipos, ou seja: 
 
ERROS DETERMINADOS - são aqueles que podem ser identificados e avaliados, permitindo 
assim, corrigir o resultado final. 
Alguns erros determinados são inerentes ao processo que é denominado de erro constante. 
Podemos enumerar os seguintes erros determinados: 
a) erros instrumentais – como os existentes em equipamentos mal calibrados ou não calibrados. 
b) erros operacionais – depende da prática e do cuidado do operador, como por exemplo, a 
transferência de material, não controle de faixas de trabalho como temperatura, pressão, etc. 
c) erros pessoais - depende do operador, como por exemplo, observação do ponto de viragem, 
forçar resultados, não ler o resultado corretamente, etc. 
d) erros de método – depende da técnica utilizada, e estas fontes de erro dependem de cada 
caso em particular, sendo muitas vezes difícil de se eliminar. 
 
  15
 
ERROS INDETERMINADOS - são aqueles que as causas não podem ser identificadas, mas estes 
erros também afetam os resultados obtidos. 
Depois de detectar e eliminar os erros determinados devem restar apenas os indeterminados 
que devido sua maneira de ocorrer, seguem as leis de distribuição das probabilidades. Para dar uma 
ideia desta lei, podemos exemplificar a partir de uma análise onde se realizou cerca de 50 ou 60 
medidas. Se colocarmos estes valores em um gráfico, teremos o seguinte resultado. (curva de 
distribuição de Gauss). 
Pode-se observar que os resultados se encontram ao redor do valor verdadeiro, de modo 
simétrico. 
 
Na prática, esta curva demonstra que: 
Os erros de mesmo valor absoluto, mas de sinais contrários são igualmente prováveis de 
ocorrer, daí o aspecto simétrico da curva. 
Os erros ou desvios pequenos são mais prováveis de ocorrer que erros grandes, daí os maiores 
desvios se encontrarem na base da curva. 
O químico, depois de definir o método e treinar as técnicas operacionais, a fim de eliminar 
erros determinados, passa a estimar os erros indeterminados e para isto utiliza alguns conceitos de 
estatística que são úteis na avaliação de resultados. 
Na calibração, é necessário o mínimo de 3 ensaios, para obter-se uma medida e seu desvio. 
Com os conceitos de estatística podemos apresentar: 
A fórmula do desvio padrão que se utiliza para um número pequeno de eventos é: 
 
2
1
x x
S
n
Σ −= − 
 
A fórmula da incerteza de medida é: ( )1, 2n xSIM t nα−= ± 
 
Para calcular a incerteza, devemos determinar o grau de confiança, que se baseia na porcentagem de 
confiança desejada para a medida. 
 
∆GC = 100 – GC α = ∆GC n° sigmas = α⁄2 
 100 
 
 Volume Real = média dos volumes ± IM 
 
 
 
 
  16
Relatórios 
Um relatório é o relato detalhado de um experimento científico, geralmente realizado em 
laboratório. Aprender a elaborar um relatório significa, antes de tudo, aprender a organizar dados, 
informações e resultados obtidos e transmiti-los de maneira correta, segundo os critérios científicos 
aceitos no mundo todo. Assim, o relatório faz parte do experimento. 
 Um relatório tem como objetivo principal, informar com exatidão e clareza como um 
experimento foi realizado. Caso queiram repetir o experimento, que sejam capazes de fazê-lo 
seguindo a descrição do seu relatório. 
 Devido à importância de se saber escrever bem dados científicos, o que também é de 
extrema importância para professores, após a realização de alguns experimentos deste curso, cada 
equipe de alunos elaborará um Relatório Científico. Este deverá ser entregue, impreterivelmente, 
após a execução do trabalho experimental, na aula seguinte logo no início, com tolerância de 10 
minutos. Nesse relatório deverão constar obrigatoriamente, e na seqüência indicada abaixo, os 
seguintes itens: 
 
1. Capa 
2. Introdução 
3. Objetivos 
4. Parte Experimental 
4.1. Materiais (Reagentes, Vidrarias, Equipamentos, etc) 
4.2. Métodos (Descrição dos procedimentos) 
5. Resultados e discussão 
6. Conclusões 
7. Referências Bibliográficas. 
 
 A seguir são apresentados alguns esclarecimentos para a preparação de cada item. 
 
Capa – A capa do relatório deverá conter: o nome da instituição, nomes dos autores, título do 
experimento e local/data de realização do experimento. A Figura 1 apresenta um modelo de capa 
em papel A4. 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO 
Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas 
 
 
 
Nomes completo dos Alunos 
Nomes completo dos Alunos 
 
 
Experimento no: XX 
Título doExperimento 
 
 
 
Nome completo do Docente 
Disciplina:_______________ 
 
 
 
 
 
 
Uberaba - MG 
Dia/Mês/Ano 
 
  17
Figura 1: Modelo de capa para relatórios científicos em papel A4. 
 
Introdução: Corresponde a uma breve descrição do assunto central do experimento, de modo a 
apresentá-lo ao leitor, ou seja, inteirá-lo do que será feito e o porquê da realização do experimento. 
Uma introdução pode conter também uma descrição teórica sobre o fenômeno em estudo extraída 
de livros textos relacionados ao assunto. Entretanto, não pode ser uma cópia de um texto ou de 
qualquer outra referência pesquisada, mas sim uma redação que oriente o leitor para o problema 
estudado e sua importância. 
 
Objetivos: Parte do relatório onde são apresentados os objetivos específicos do experimento, ou 
seja, o que realmente se quer observar. Este item pode ser o último parágrafo da Introdução, ou vir 
separado como um ítem. 
 
Parte Experimental – Deve conter uma descrição precisa e detalhada dos procedimentos 
utilizados, inclusive modificações que tenham sido feitas no roteiro, informando todos os dados 
importantes como quantidades de reagentes, solventes, tempo, temperatura das reações, métodos de 
análises, etc. Deve conter uma lista dos materiais, instrumentos , reagentes e soluções utilizadas. 
(Consultar Handbook de química na Biblioteca) 
 
Resultados e discussão – Esta seção é uma das mais importantes de um relatório. Primeiramente os 
resultados obtidos devem ser apresentados da forma mais clara e completa possível, na forma de 
tabelas, gráficos, equações químicas, cálculos, etc. Os dados devem estar inseridos dentro de um 
texto, seguindo uma seqüência lógica e de fácil entendimento. Em seguida, os resultados obtidos 
devem ser discutidos, ou seja, comentados pelos autores. Deve-se discutir possíveis fontes de erro, 
correlaciona-las com os dados obtidos, e, sempre que possível, comparar os resultados obtidos com 
os da literatura. Estes itens podem, opcionalmente, ser apresentados separadamente. 
 
Conclusão: Constitui numa análise crítica e resumida do trabalho todo tendo relação estreita com 
os objetivos propostos. Neste item deve ser verificado se os objetivos específicos foram atingidos, 
podendo-se ainda fazer proposições que levem a melhores resultados. 
 
Bibliografia – É a lista de livros ou obras de referência e artigos de revistas utilizados na confecção 
do relatório. No texto, deve haver citação da referência usando-se números entre colchetes para as 
referências (Exemplo: [1]). As referências bibliográficas devem ser apresentadas segundo as normas 
da ABNT, como exemplificado abaixo. 
Obs: Não será permitido o uso de internet na elaboração dos relatórios, salvo a pedido do 
docente, e todos os relatórios devem ser feitos no computador e entregues impressos. 
a) para citar livros: 
KOTZ, J. C., TREICHEL Jr., P., Química e Reações Químicas, Vol. 1. 4ª ed., Rio de Janeiro: 
Livros Técnicos e Científicos, 2002. p. 250-71. 
b) para citar páginas da internet: 
1 - http://www.ufsj.edu.br. Acesso em: 21 jan. 2005. 
 
NÃO ENCADERNE O RELATÓRIO. SIGA A SEQÜÊNCIA DOS ITENS CITADOS ACIMA! 
 
  18
 
 
Nome e função dos principais utensílios de um laboratório químico 
 
1. Objetivos 
 
Familiarizar o estudante com os principais utensílios empregados em um laboratório 
químico. 
 
 
 
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  22
 
Experimento 01 – Introdução às técnicas de laboratório e de medidas de massa, 
de volume e de temperatura 
 
1. Objetivos 
 
Aprender a manusear alguns equipamentos básicos. Diferenciar as vidrarias volumétricas das 
graduadas. Aprender as técnicas de medidas de temperatura, massa e volume. 
 
2. Introdução 
 
 As experiências de laboratório em química, assim como em outras ciências quantitativas, 
envolvem muito freqüentemente medidas de massa e volume, que são posteriormente utilizados em 
cálculos. Nesta experiência, serão medidas massas e volumes da água. Com os valores tabelados de 
densidade da água em função da temperatura determine Os resultados de densidade calculados 
serão comparados com. 
2.1. Medidas 
 Sempre que uma medida é efetuada, deve-se levar em consideração o erro a ela inerente. O 
erro de uma medida é muitas vezes limitado pelo equipamento que é empregado na sua obtenção. 
Em uma medida exata, os valores encontrados estão muito próximos do valor verdadeiro. A 
precisão refere-se a quão próximos diversas determinações de uma medida estão entre si. Medidas 
podem ser precisas sem serem exatas, devido a algum erro sistemático. O ideal é que as medidas 
sejam precisas e exatas. A precisão de uma medida pode ser melhorada aumentando-se o número de 
determinação de uma medida e fazendo-se o valor médio das mesmas. 
 
2.2. Medidas de Volume 
 Para se efetuar medidas de volume, faz-se necessário a utilização de pipetas, provetas e 
buretas. As medidas de volume de um líquido com esses instrumentos são feitas comparando-se o 
nível do mesmo com os traços marcados na parede do recipiente. Na leitura do volume de um 
líquido usando-se um destes instrumentos, observa-se uma concavidade que recebe a denominação 
de menisco. Se esse menisco estiver formando uma concavidade para cima, a leitura é feita no 
ponto de mínimo dessa curva. Por outro lado, se ele estiver formando uma parábola para baixo, 
então a leitura é feita no ponto de máximo. A Figura 1 mostra a forma correta de se realizar a leitura 
de volume, por exemplo, em provetas e buretas. 
 
 
  23
 
 
Figura 1 – Forma correta de se realizar a leitura de volume em vidrarias graduadas. 
 
 A norma ASTM E542 detalha o método de leitura do menisco da seguinte maneira: ”Para 
todos os aparelhos calibrados por este procedimento, a leitura é feita no ponto mais baixo do 
menisco. Para melhor observar o ponto mais baixo, é necessário colocar a sombra de um material 
escuro imediatamente abaixo do menisco, a qual faz com que o perfil do menisco escureça e fique 
claramente visível contra um fundo iluminado. Algo que pode ajudar muito é um anel de borracha 
grossa, preta, cortada em um dos lados e com um diâmetro tal que abrace firme o tubo ou gargalo 
de vidro. Papel preto pode ser usado com alternativa”. 
 A posição do ponto mais baixo do menisco em relação à linha de graduação é tal que ele as 
encontra no meio do plano formado pelas porções frontal e traseira da linha de graduação. Talposição é obtida fazendo-se o posicionamento do menisco no centro da elipse formada pelas 
porções frontal e traseira da linha de graduação, mantendo-se o olho num plano ligeiramente 
inferior ao da mesma. O posicionamento do menisco será preciso se, ao se elevar o olho, a elipse se 
estreitar no ponto mais baixo do menisco e o mesmo se mantiver a meio caminho entre as porções 
frontal e traseira da linha de graduação. Por este método é possível observar a aproximação do 
menisco de ambos os lados da linha, interior e superior, e manter o posicionamento correto”. 
 
2.3. Cuidados com a Balança 
 As balanças são instrumentos adequados para medida de massa. O manuseio de uma balança 
requer muito cuidado, pois são instrumentos delicados e caros. Quando de sua utilização, devem ser 
observados os seguintes cuidados gerais: 
− Manter a balança limpa; 
− Não colocar os reagentes diretamente sobre o prato da balança; 
− Os objetos a serem pesados devem estar limpos, secos e à temperatura ambiente; 
− O operador não deve se apoiar na mesa em que a balança está colocada. 
 
 
 
  24
3. Parte Experimental 
 
3.1. Reagentes, vidrarias e equipamentos 
− Béqueres de 30, 100, 300 e 600 ml 
− Termômetro 
− Frasco de pesagem 
− Bastão de vidro 
− Rolha 
− Proveta de 10 ml 
− Pipeta volumétrica de 10 ml 
− Pisseta 
− Balança 
− Conta-gotas 
− Gelo 
− Água destilada. 
 
3.2. Procedimento experimental 
3.2.1. Medidas de temperatura 
Coloque cerca de 200 ml de água de torneira em um béquer e meça a temperatura utilizando 
um termômetro. 
Obtenha o valor da temperatura com o número máximo de algarismos significativos. 
Durante a medida mantenha o bulbo do termômetro totalmente imerso na água, sem tocar as 
paredes do recipiente. 
Coloque no béquer 3 cubos de gelo picado. Agite com um bastão de vidro e meça a 
temperatura da mistura água/ gelo a cada minuto até que fique constante. 
 
Pergunta: Qual é o critério necessário para definir se a temperatura está constante? Use um gráfico 
para ilustrar a alteração da temperatura em função do tempo. 
 
3.2.2. Medidas de massa 
Ao se efetuar as pesagens, é importante especificar o erro correspondente. Assim, ao se 
realizar três pesagens de um mesmo corpo, cujos resultados sejam: 1,234 g; 1,233 g e 1,233 g, a 
maneira correta de se expressar a referida massa é a sua média, acrescida da variação 0,001: 
1,233 ± 0,001 g. 
 
3.2.3. Uso da balança 
− Verifique a capacidade e a precisão da balança; 
− Verifique se o prato está limpo; 
− Tare a balança. 
 
 
 
  25
3.2.4. Relação massa – volume 
− Pese uma proveta de 25 ml. 
− Adicione 100 gotas de água destilada utilizando um conta-gotas, pese novamente e leia o 
volume. 
− Determine a massa e o volume de uma gota e a massa equivalente a 1 ml de água. 
− Verifique a temperatura da água. 
 
 3.2.5. Medidas de volume 
− Pese um béquer de 100 ml e anote a massa. 
− Meça 10 ml de água em uma proveta (verifique a temperatura da água) transfira para o béquer 
e pese-o novamente. 
− Adicione mais 10 ml de água ao béquer e pese-o. Repita essa etapa mais uma vez. 
− Execute o mesmo procedimento utilizando uma pipeta volumétrica de 10 ml. 
 
Obs.: Esse experimento permite comparar a precisão e a exatidão de medidas de volume obtidas 
com distintos materiais de vidro - proveta e pipeta volumétrica. Compare os dados obtidos e dê uma 
explicação plausível para seus resultados). 
Sugestão: Utilize uma tabela de densidades da água em várias temperaturas para determinar a massa 
de 10 ml de água na temperatura em que a sua experiência foi realizada. Analise os seus dados e 
coloque os instrumentos de medição de volume que você utilizou em ordem crescente de exatidão. 
Justifique a sua resposta. 
 
4. Questões 
 
1. Cite três cuidados que devem ser observados quando uma balança é utilizada. 
2. Um objeto com massa igual a 15,000 g foi pesado três vezes em duas balanças diferentes. Foram 
obtidos os seguintes dados: 
balança 1 (g) balança 2 (g) 
14,950 15,010 
14,940 14,900 
14,940 15,100 
 
a) Calcule o desvio médio para cada conjunto de medidas. 
b) Qual das balanças é mais precisa e qual é mais exata? Explique. 
3. Qual o número de algarismos significativos em cada uma das seguintes medidas: 
 
  26
a) 0,0230 mm d) 15 L 
b) 8511965 km2 e) 25,5oC 
c) 6,02×1023 moléculas f) 0,27000 g 
4. Arredonde os seguintes números para que eles fiquem com dois algarismos significativos: 
a) 9,754×1010 d) 0,565 
b) 0,5824 e) 50,1000 
c) 0,898 f) 57,435 
5. Efetue os cálculos, observando o número correto de algarismos significativos: 
(50,82 - 1,382) × 50,442 = 
98725 × 0,000891 = 
84545 : 43,2 = 
1492 × 14,0 = 
10,728 + 11,00 + 47,8543 = 
912,80 - 805,721 = 
6. Qual é a diferença conceitual entre: 
massa e peso; 
massa e densidade. 
7. Compare os volumes de dois objetos A e B, que apresentam a mesma massa, sabendo-se que a 
densidade de A é três vezes a de B. 
8. O mercúrio despejado dentro de um béquer com água fica depositado no fundo do béquer. Se 
gasolina é adicionada no mesmo béquer ela flutua na superfície da água. Um pedaço de parafina 
colocado dentro da mistura fica entre a água e a gasolina, enquanto um pedaço de ferro vai situar-se 
entre a água e o mercúrio. Coloque estas cinco substâncias em ordem crescente de densidade. 
9. Um béquer contendo 4,00 × 102 cm3 de um líquido com uma densidade de 1,85 g.cm-3 
apresentou uma massa igual a 884 g. Qual é a massa do béquer vazio? 
 
5. Bibliografia 
 
• BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química A Ciência Central, 9ª. ed. São 
Paulo: Prentice Hall, 2010. 
• MENDHAM, J.; DENNEY, R.C.; BARNES, J.D.; THOMAS, M. VOGEL - Análise 
Química Quantitativa. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. 
• VOGEL, A.I. Química Analítica Qualitativa. 5ª ed. São Paulo: Mestre Jou, 1981. 
 
  27
 
Experimento 02 – Uso do bico de Bunsen e teste de chama 
 
1. Objetivos 
 
Manusear corretamente o bico de Bunsen. Estudar o comportamento de da água quando 
submetida a aquecimento. Identificar alguns metais alcalinos e alcalinos terrosos pela cor emitida na 
chama de um bico de gás. 
 
2. Introdução 
 
2.1. Teste da chama 
A chama tem um papel muito importante em química. A Figura 1 ilustra um esquema de 
uma chama, mostrando as principais regiões e suas temperaturas aproximadas. O teste da chama 
baseia-se no fato de que o fornecimento de uma certa quantidade de energia a um determinado 
elemento, faz com que elétrons da camada de valência absorvam esta energia passando para um 
nível excitado. O retorno destes elétrons ao estado fundamental, emite uma quantidade de energia 
com comprimento de onda característico do elemento e da mudança do nível eletrônico de energia. 
Assim, a cor resultante da chama é usada para identificar o referido elemento. 
 
Figura 1: Chama do bico de Bunsen e suas regiões. 
 
 A radiação eletromagnética ocorre em uma ampla faixa de freqüências chamada espectro 
eletromagnético. Algumas partes do espectro têm nomes populares. Por exemplo, ondas de rádio 
são radiações eletromagnéticas com freqüências muito baixas (e, portanto, com comprimentos de 
 
  28
onda muito longos). Os raios gama (raios γ) estão no final da região de alta freqüência do espectro 
eletromagnético. Eles são produzidos por elementos radioativos. 
 De todas as radiações, seus olhos são capazes de sentir apenas uma faixa muito estreita de 
comprimentos de onda que variam de aproximadamente 400 a 700 nm. Esta faixa é chamada 
espectro visível e consiste em todas as cores que você pode ver desde o vermelho, passando pelo 
laranja, o amarelo, o verdee o azul até o violeta. Na tabela 1 estão apresentados os intervalos de 
comprimento de onda na região do visível e suas cores respectivas. 
 
Tabela 1. Espectro contínuo das radiações eletromagnéticas na região do visível. 
Intervalo de comprimento de 
onda / nm 
Cor observada 
400 – 465 Violeta 
465 – 482 Azul 
482 – 487 Azul – esverdeado 
487 – 493 Turqueza 
493 – 498 Verde – azulado 
498 – 530 Verde 
530 – 559 Verde – amarelado 
559 – 571 Amarelo – verde 
571 – 576 Amarelo – esverdeado 
576 – 580 Amarelo 
580 – 587 Laranja – amarelado 
587 – 597 Alaranjado 
597 – 617 Laranja – Avermelhado 
617 – 780 Vermelho 
Lembrete: 1 nm = 10-9 m = 10-7 cm = 10 Å 
 
3. Parte experimental 
 
3.1. Reagentes, vidrarias e utensílios 
- Bico de Bunsen 
- Béquer de 250 mL 
- Termômetro (-10 a 110 oC) 
- Tripé 
- Tela de amianto 
- Suporte universal 
- Cronômetro 
- Frasco borrifador. 
- Soluções aquosas de: LiCl, NaCl, KCl, 
CaCl2, SrCl2. 
 
 
 
 
  29
3.2. Procedimento experimental 
3.2.1. Uso do bico de Bunsen 
i) Acendendo o bico de Bunsen 
Abra a válvula do distribuidor. Abra lentamente a válvula de controle no bico de Bunsen e 
acenda um palito de fósforo ou isqueiro próximo ao tubo de saída do queimador. 
CUIDADO: o gás poderá apagar o fósforo. Se o palito for apagado feche a válvula de controle 
enquanto um novo palito é aceso. 
ii) Ajustando o bico de Bunsen 
Ajuste a altura da chama abrindo ou fechando a válvula de controle de gás. A chama 
apropriada será a menor chama necessária para executar a tarefa. Uma chama que tem em torno de 
5 a 8 cm de altura é suficiente para a maioria das tarefas no laboratório. 
Ajuste o controle de ar até que a chama do bico esteja azul e contenha dois ou mais cones 
distintos. Chamas amarelas são resultados de pouco oxigênio na mistura gasosa. O fluxo de 
oxigênio pode ser incrementado (ou reduzido) na mistura do gás ajustando o controlador da entrada 
de ar. 
Nota: quando ajustar a entrada de ar, tome cuidado para não extinguir a chama ou desrosquear 
completamente o tubo do bico. 
Gire o anel inferior para um lado e para o outro. Observe a chama com o anel. Com o anel 
fechado a chama se assemelha com uma lamparina, já com o anel aberto se parece com a chama de 
um fogão a gás. 
iii) Apagando a chama 
Apague a chama na ordem inversa na qual ela foi acesa. Feche a válvula de controle do bico 
de Bunsen. Feche a válvula do distribuidor. Desligue o gás no distribuidor. 
Certifique-se de fechar completamente o fornecedor de gás para prevenir o acúmulo de gás 
no laboratório - uma faísca e há uma explosão perigosa. 
iv) Aquecimento da água 
Monte o sistema conforme as instruções. 
Coloque a tela de amianto sobre o tripé. Sobre a tela de amianto coloque o béquer de 250 
mL contendo 150 mL de água. 
Adapte uma garra de três dedos à haste de ferro e fixe o termômetro. Mergulhe o 
termômetro na água mantendo uma distância entre o bulbo do termômetro e o fundo do béquer de 
aproximadamente 1 cm. 
Acenda o bico de Bunsen e ajuste de forma a obter a chama azul. 
Agora aqueça a água contida no béquer e observe como a temperatura da água varia com o 
tempo. 
 
  30
 Use um cronômetro para medir o tempo. A primeira leitura da temperatura será registrada 
como tempo zero. Em intervalos de 2 minutos, leia as temperaturas indicadas no termômetro. 
Anote a temperatura na qual a água entra em ebulição. 
Construa uma tabela, como a descrita abaixo: 
 
Tempo / min Temperatura / oC 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício: com os dados da tabela obtida, construa um gráfico do tempo versus Temperatura. 
Utilize para isto um programa gráfico (EXCEL) para realizar esta tarefa. Discuta qual seria o efeito 
que um aumento da quantidade de água teria sobre a forma da curva obtida? 
 
3.3. Teste de Chama 
 Borrife cada uma das soluções na zona oxidante da chama. Observe a cor da chama e anote 
no quadro de resultados. 
Repita o procedimento anterior até que você tenha utilizado todas as soluções propostas 
neste experimento. 
 Preencha o quadro a seguir com as suas observações e calcule o ∆E da transição eletrônica 
utilizando a seguinte equação: 
λ
chE =∆ , onde h = 6,63 x 10-34 J.s 
Solução Átomo que 
se excita 
Cor observada 
na chama 
λ Estimado do fóton 
 (nm) 
∆E aproximado da 
transição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  31
4. Questões 
 
1. Qual a função do anel no bico de Bunsen? 
2. Em que situação o combustível é queimado totalmente? 
3. Descreva os fenômenos responsáveis pelo aparecimento de cor característica quando os sais 
estudados são levados à chama. 
4. Qual a explicação que se dá para as diferenças de cores características dos vários sais estudados? 
5. O teste de chama pode ser usado para identificação de qualquer cátion? Por quê? 
6. Como o modelo atômico de Bohr pode ser usado para explicar esses resultados? 
 
5. Bibliografia 
 
• ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio 
ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 
• BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química A Ciência Central, 9ª. ed. São 
Paulo: Prentice Hall, 2010. 
• MENDHAM, J.; DENNEY, R.C.; BARNES, J.D.; THOMAS, M. VOGEL - Análise 
Química Quantitativa. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. 
• VOGEL, A.I. Química Analítica Qualitativa. 5ª ed. São Paulo: Mestre Jou, 1981. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  32
 
Experimento 03 – Separação dos componentes de uma mistura 
 
1. Objetivos 
 
Separar os componentes de uma mistura, empregando métodos físicos de separação. 
 
2. Introdução 
 
 Misturas são muito comuns, sendo usadas e consumidas pela sociedade em geral. Exemplos 
de misturas comuns ao cotidiano incluem o café, leite ou suco ingerido nas refeições matinais, o 
combustível empregado nos veículos automotores, os perfumes, cremes dentais e até mesmo o chão 
que você pisa. Na verdade, pouquíssimos materiais empregados no dia a dia são substâncias puras. 
Qualquer material contendo duas ou mais substâncias que não estejam combinadas 
quimicamente é uma mistura. Os químicos desenvolveram uma série de técnicas para separar os 
componentes de misturas, tais técnicas são baseadas nas diferenças das propriedades físicas 
apresentadas pelos diversos componentes de uma mistura. Alguns exemplos de técnicas físicas de 
separação são apresentados a seguir: 
Sublimação: processo pelo qual um sólido é convertido diretamente ao estado gasoso. Exemplos de 
sólidos que sublimam incluem iodo, cafeína, naftalina, etc. Este processo pode ser empregado para 
separar sólidos que sublimam de sólidos que não sofrem sublimação. 
Evaporação: neste processo a mistura é aquecida de modo que o componente mais volátil é 
separado na forma de vapor. Este processo é bastante apropriado para separar sólidos de líquidos. 
Extração: nesta técnica um solvente que seletivamente dissolve um componente é empregado para 
separá-lo dos demais componentes da mistura. Esta técnica pode ser empregada, por exemplo, para 
separar sólidos solúveis em água de sólidos insolúveis neste solvente. 
Filtração: nesta técnica um sólido é separado de um líquido pelo uso de um material poroso como 
filtro. Os materiais mais comuns utilizados como filtros em laboratórios químicos incluem papel e 
carvão ativado. O filtro deve permitir que o líquido passe pelos seus poros e que nenhum sólido o 
faça. Quanto mais eficientemente o filtro for capaz de fazer isto melhor será a eficiência da 
separação. 
 A mistura que será separa neste experimento possui três componentes: naftaleno (C10H8), sal 
de cozinha (NaCl) e areia(SiO2). A separação será realizada de acordo com o esquema apresentado 
na Figura 1. 
 
 
  33
Mistura: Areia + Naftaleno + NaCl
Sublimação do naftaleno
A
quecim
ento
a 250 oC
NaftalenoNaCl + Areia
A
dição
de 
H
2 O
 
Dissolução do NaCl
Solução
de NaCl
Filtração
Areia
úmida
Evaporação
da água
Evaporação
da água
NaCl Areia
A
quecim
ento
A
quecim
ento
Mistura: Areia + Naftaleno + NaCl
Sublimação do naftaleno
A
quecim
ento
a 250 oC
NaftalenoNaCl + Areia
A
dição
de 
H
2 O
 
Dissolução do NaCl
Solução
de NaCl
Filtração
Areia
úmida
Evaporação
da água
Evaporação
da água
NaCl Areia
A
quecim
ento
A
quecim
ento
Mistura: Areia + Naftaleno + NaCl
Sublimação do naftaleno
A
quecim
ento
a 250 oC
NaftalenoNaCl + Areia
A
dição
de 
H
2 O
 
Dissolução do NaCl
Solução
de NaCl
Filtração
Areia
úmida
Evaporação
da água
Evaporação
da água
NaCl Areia
A
quecim
ento
A
quecim
ento
 
Figura 1 – Representação esquemática do procedimento de separação adotado neste experimento. 
 
3. Parte experimental 
 
3.1. Reagentes, vidrarias e equipamentos 
- Mistura contendo areia, NaCl e naftaleno. 
- Gelo. 
- 2 Béqueres de 100 mL. 
- 1 Vidro de relógio φ = 8 cm. 
- 1 Vidro de relógio φ = 10 cm. 
- 1 Bastão de vidro. 
- 1 Placa de Petri (ou cadinho grande). 
- 1 Proveta de 25 mL 
- 1 Funil 
- 1 Pisseta com água destilada 
- 1 Pipeta conta-gotas 
- 1 Espátula 
- 1 Suporte universal 
- 1 Argola com mufa 
- 1 Tripé 
- 1 Tela de amianto 
- 1 Bico de bunsen 
- Papel de filtro qualitativo 
- Balança analítica (0,001 g) 
- Estufa 
 
3.2. Procedimento experimental 
Pese um béquer de 100 mL limpo e seco com precisão de 0,001g e anote a massa (béquer 1). 
Sem retirar o béquer da balança, transfira com o auxílio de uma espátula aproximadamente 1,5 g da 
mistura fornecida (anote ambas as massas com precisão de 0,001 g). Determine a massa exata da 
mistura por subtração. 
 
  34
Aqueça a mistura contida no béquer 1 empregando a montagem experimental apresentada na 
Figura 2. Deve-se tomar cuidado para que a água proveniente do derretimento do gelo não caia no 
interior do béquer. (Cuidado! Ao final das etapas envolvendo aquecimento no bico de bunsen, o 
béquer estará muito quente! Espere que o mesmo se resfrie antes de manuseá-lo!) 
 
Gelo
Mistura
Gelo
Mistura
Gelo
Mistura
 
Figura 2 – Montagem experimental empregada na etapa de sublimação do naftaleno. 
 
Aqueça a mistura até que seja observada a formação de vapores no interior do béquer. Um 
sólido deve ser formado na parte inferior do vidro de relógio colocado sobre o béquer. A mistura 
deve permanecer sob aquecimento por cerca de 10 minutos após a observação do início da 
formação de dos vapores. Pese outro vidro de relógio (φ= 8 cm) com precisão de 0,001 g e anote a 
massa. Após os 10 minutos de aquecimento, desligue o bico de bunsen, retire o vidro de relógio 
tomando cuidado para não perder o sólido aderido. Raspe com uma espátula o sólido aderido 
transferindo-o para o segundo vidro de relógio previamente pesado. Determine a massa de 
naftaleno. 
Com o auxílio de um bastão de vidro revolva exaustivamente a mistura contida no béquer 1. 
Monte novamente o sistema apresentado na Figura 2 e ligue o bico de bunsen. Aqueça por mais 5 
minutos. Caso continue a ocorrer formação de sólido no vidro de relógio continue aquecendo por 
mais 10 minutos e repita o procedimento anterior. (Atenção! Descartar o naftaleno no recipiente 
indicado pelo técnico do laboratório. Não descartar na pia!) 
Após ter se certificado que todo o naftaleno foi removido por sublimação, espere até que o 
béquer 1 retorne à temperatura ambiente e pese-o. Determine a massa de naftaleno sublimado por 
subtração. 
Adicione cerca de 10 mL de água destilada ao béquer 1. Agite vigorosamente o conteúdo do 
béquer com auxílio de um bastão de vidro por cerca de 5 minutos. 
 
  35
Pese um segundo béquer de 100 mL e um papel de filtro, ambos com precisão de 0,001g. 
(Não se esqueça de anotar as massas!) 
Monte o sistema de filtração conforme apresentado na Figura 3A. Dobre o papel de filtro 
conforme ilustrado na Figura 3B. 
 
A 
Filtrado
Resíduo
sólido
Filtrado
Resíduo
sólido
 
B 
Dobra
Dobra
Cortar
(opcional)
Dobra
Dobra
Cortar
(opcional)
 
Figura 3 – A) Ilustração de um sistema de filtração por gravidade. B) Etapas para a dobra do papel 
de filtro. 
 
Filtre a mistura contida no béquer 1. Caso seja necessário, utilize um bastão de vidro para 
transferir o sólido restante. Após a remoção da máxima quantidade possível de sólido do béquer 1, 
adicione a este 5 mL de água destilada para lavá-lo. Transfira também esta água para o funil de 
filtração. Repita este procedimento com mais 5 mL de água destilada. (Atenção para não perder 
parte do resíduo sólido no bastão de vidro). 
Após a filtração, coloque o papel de filtro “aberto” sobre um vidro de relógio e o leve à 
estufa a cerca de 120 oC, deixando-o lá por cerca de 20 minutos. Após isto, verifique se o resíduo 
sólido está completamente seco. Caso não esteja, deixe-o na estufa por mais 10 minutos. Após a 
secagem completa do resíduo sólido, retire-o da estufa, espere até que retorne à temperatura 
ambiente e pese novamente. Determine a massa de areia por subtração. 
Evapore a água do béquer 2 empregando a montagem experimental apresentada na Figura 4. 
Aqueça cuidadosamente para evitar que a solução “espirre” para fora do béquer. Quando quase toda 
a água tiver sido evaporada diminua a intensidade da chama para evitar que o sólido “espirre” para 
fora do béquer. Após a evaporação de toda a água, mantenha o aquecimento em chama branda por 
mais 5 minutos. Caso o resíduo sólido obtido ainda esteja úmido, continue o aquecimento em 
chama branda por mais 5 minutos ou o leve a estufa a cerca de 120 oC por mais 15 minutos. Após a 
 
  36
secagem completa do resíduo sólido, espere até que o béquer 2 retorne a temperatura ambiente. 
Pese-o e determine a massa de NaCl por subtração. 
 
Solução de 
NaCl
Solução de 
NaCl
 
Figura 4 – Montagem experimental empregada para a evaporação da água da solução de NaCl. 
 
4. Resultados e discussão 
 
1. Calcule o rendimento percentual do procedimento de separação. 
2. Determine a porcentagem em massa de cada um dos componentes da amostra. 
3. Algum dentre os métodos de separação descritos neste roteiro poderia ser empregado para 
separar os elementos de um composto químico? Explique. 
4. Quando se prepara um chá mergulhando um saquinho de papel em água quente qual(is) 
procedimento(s) de separação é (são) empregado(s)? 
5. Um grupo de estudantes iniciou este experimento com 1,543 g da mistura. Ao final do 
experimento a massa de sólido recuperada foi de 1,734 g. Assumindo que não houve erro nas etapas 
de pesagem nem nos cálculos, apresente uma explicação experimental para este resultado. 
6. Você determinou a massa de naftaleno por duas maneiras: por subtração e por pesagem direta do 
naftaleno recolhido sob a cápsula de porcelana. Houve diferença entre os dois valores? A que pode 
ser atribuída esta diferença? Em sua opinião, qual é o procedimento mais confiável? 
7. 11,562 g de uma mistura contendo areia, NaCl e naftaleno foi submetida ao procedimento 
descrito neste roteiro. As seguintes massas foram encontradas: 3,642 g de NaCl, 1,564 g de 
naftaleno e 5,921 g de areia. Determine o rendimento percentual da separação e a porcentagem em 
massa de cada componente da mistura. 
8. Apresente pelo menos dois erros experimentais que justificariam um rendimentopercentual 
menor do que 100 %. Apresente pelo menos dois erros experimentais que justificariam um 
rendimento percentual maior do que 100 %. 
 
  37
9. Compare as porcentagens encontradas por seu grupo com as nominais. Faça uma comparação 
crítica. 
 
 
5. Bibliografia 
 
• ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio 
ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 
• BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química A Ciência Central, 9ª. ed. São 
Paulo: Prentice Hall, 2010. 
• KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. M.; WEAVER, G.C. Química e Reações Químicas, vol 1. São 
Paulo: Cengage Learning, 2010. 
• CONSTANTINO, M.G.; SILVA, G.V.J.; DONATE, P.M. Fundamentos de Química 
Experimental. São Paulo: Edusp, 2004. 
• RUSSEL, J.B. Química Geral – vol. 1. 2ª ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  38
 
Experimento 04 – Síntese do alúmen de potássio, KAl(SO4)2.12H2O 
 
1. Objetivos 
 
Realizar a síntese de um sal duplo. Efetuar filtrações por gravidade e a vácuo de uma 
mistura sólido-líquido. Determinar o rendimento percentual da reação. 
 
2. Introdução 
 
 Os sais duplos são compostos cristalinos que podem ser obtidos através de certas reações de 
neutralização específicas e também pela cristalização conjunta de dois sais em solução aquosa. 
Assim, quando um ácido poliprótico neutraliza duas bases diferentes, produz-se um sal duplo. 
Como exemplo, tem-se a reação do ácido sulfúrico com os hidróxidos de sódio e de potássio, 
produzindo o sulfato de potássio e sódio; esta reação é representada através da seguinte equação 
química: 
KOH (aq) + NaOH (aq) + H2SO4 (aq) → KNaSO4 (aq) + 2H2O (l) 
Da mesma forma, quando uma base polihidroxílica reage com ácidos diferentes, também, 
produz-se um sal duplo. A reação de neutralização dos ácidos clorídrico e sulfúrico pelo hidróxido 
de alumínio é um exemplo disso, conforme mostra a seguinte equação: 
Al(OH)3 (s) + H2SO4 (aq) + HCl (aq) → AlSO4Cl (aq) + 3H2O (l) 
A obtenção de um sal duplo pela cristalização conjunta de dois sais em solução aquosa pode 
ser feita misturando-se soluções de dois sais seguida, concentrando-se a solução resultante através 
da evaporação da água. À medida que a solução perde água, em vez de precipitar inicialmente o sal 
menos solúvel em água (KCl) e depois o mais solúvel (MgCl2), formam-se cristais de uma 
substância diferente (KMgCl3.6H2O), chamada sal duplo, onde o estado de oxidação dos íons 
presentes é conservado. 
É importante destacar que essas substâncias apresentam composição estequiométrica 
constante e bem definida, isto é, para uma certa quantidade de um dos íons, existe sempre uma 
mesma quantidade dos demais íons que compõem o sal duplo. Além disto, quando os cristais dessas 
substâncias são dissolvidos em água, a solução resultante apresenta todas as reações características 
dos três íons que constituem o sal duplo, da mesma forma que para os correspondentes sais simples. 
Existe um grande número de sais duplos que são denominados alúmens. Estes são sais 
duplos hidratados, contendo um cátion monovalente, um cátion trivalente e o íon sulfato como 
ânion. Os compostos em que o cátion trivalente é o alumínio são sais duplos típicos, daí a razão do 
nome alúmem para essas substâncias. A fórmula geral dos alúmens é M+M3+(SO4)2.12H2O, onde 
 
  39
M+ pode ser qualquer cátion monovalente, com exceção do Li+ (geralmente Na+, K+, ou NH4+) e 
M3+ principalmente os seguintes cátions trivalentes: Al3+, Cr3+, Fe3+, Ti3+ ou Co3+. Com relação às 
doze moléculas de água de hidratação ou cristalização, seis estão associadas ao cátion monovalente 
e as demais ao cátion trivalente. 
O sal duplo a ser sintetizado na presente experiência é o sulfato de alumínio e potássio, 
KAl(SO4)2.12H2O, também conhecido como alumém de potássio. Para sua obtenção, inicialmente, 
alumínio metálico é dissolvido numa solução aquosa de hidróxido de potássio, de acordo com a 
seguinte equação química: 
2Al (s) + 2KOH (aq) + 6H2O (l) → 2KAl(OH)4 (aq) + 3H2 (g) 
a solução resultante é, então acidificada com ácido sulfúrico. Primeiro, ocorre precipitação de 
hidróxido de alumínio, descrita pela equação química: 
2KAl(OH)4 (aq) + H2SO4 (aq) → K2SO4 (aq) + 2Al(OH)3 (s) + 2H2O (l) 
em seguida, ao se aquecer o hidróxido de alumínio na presença de excesso de ácido sulfúrico, 
ocorre uma reação descrita pela seguinte equação química: 
4Al(OH)3 (s) + 3H2SO4 (aq) → Al2(SO4)3 (aq) + 2Al(OH)3 (s) + 6H2O (l) 
Agora, estando os íons potássio, alumínio e sulfato em solução, ocorre a formação do sulfato 
de alumínio e potássio descrita pela equação química: 
K2SO4 (aq) + Al2(SO4)3 (aq) + 6H2O (l) → 2KAl(SO4)2.12H2O (s) 
a equação química global que representa a síntese do alumén de potássio e: 
2Al (s) + 2KOH (aq) + 22H2O (l) + 4H2SO4 (aq) → 2KAl(SO4)2.12H2O (s) + 3H2 (g) 
O alumém de potássio é um sal duplo de grande importância industrial, sendo muito 
utilizado na tintura de tecidos, purificação de águas, clarificação de açúcar etc. 
 
3. Parte experimental 
 
3.1. Reagentes, vidrarias e equipamentos 
- Argola para filtração 
- Balança analítica 
- Bastão de vidro 
- Béquer de 50 mL 
- Béquer de 250 mL 
- Bico de Bunsen 
- Espátula 
- Funil de Büchner 
- Papel alumínio 
- Papel de filtro 
- Suporte universal 
- Tecido de algodão branco 
- Tela de amianto 
- Tripé 
- Tubos de ensaio 
- Água destilada 
- Ácido sulfúrico 
- Gelo 
 
  40
- Hidróxido de amônio - Hidróxido de potássio (4 M) 
 
3.2. Procedimento experimental 
3.2.1. Síntese do alumém de potássio 
Tome uma folha de alumínio. Caso não disponha de alumínio no laboratório, lembre-se que 
existe uma fonte fácil e “grátis”, lata de refrigerante. Corte-a em pequenos pedaços e pese, com 
precisão, uma massa próxima de 0,5 g destes. Anote a massa. Coloque-os em um béquer de 250 mL 
e adicione lenta e cuidadosamente, com auxílio de um bastão de vidro, 15 mL de solução 3,0 mol.L-
1 de hidróxido de potássio (KOH). Quando a efervescência devida ao desprendimento de gás 
hidrogênio diminuir, aqueça a solução, se necessário, com uma pequena chama de bico de gás, para 
que todo o alumínio se dissolva. Filtre a mistura, coletando em um béquer de 250 mL. 
A seguir, deixe a solução resfriar até a temperatura ambiente e adicione, com o auxílio de 
um bastão de vidro e sob agitação contínua, 10 mL de solução 6 mol.L-1 de ácido sulfúrico (H2SO4). 
Neste ponto deve ocorrer a precipitação de hidróxido de alumínio, Al(OH)3. Torne aquecer 
lentamente a solução até que o precipitado reaja e, então, retire a solução do aquecimento. Deixe 
resfriar até a temperatura ambiente, quando devem aparecer os cristais do alúmem de potássio. 
Coloque a mistura em banho de gelo e observe a formação de mais cristais. Filtre a vácuo os 
cristais obtidos, usando um papel de filtro previamente pesado, e lave-os com etanol gelado. A 
lavagem dos cristais com etanol provoca precipitação de mais cristais na solução filtrada. Esses 
cristais são impuros e não devem ser recuperados através de uma nova filtração. 
 
3.3. Caracterização do produto obtido 
Prepare uma solução dissolvendo, aproximadamente, 0,5 g de alumém de potássio em 20 
mL de água e coloque 1 mL dessa solução em três tubos de ensaio. 
a) Teste para o íon potássio 
Mergulhe o fio de níquel-cromo no ácido clorídrico concentrado e a seguir leve-o a zona 
redutora da chama do bico de Bunsen. Repita esta operação até que o fio, perfeitamente limpo, não 
mais transmita coloração à chama. Mergulhe o fio de níquel-cromo na solução de alumém de 
potássio saturadas, e leve-o à zona

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