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1 Apicomplexa T. gondii Cryptosporidium Parasitologia Prof. Msc. Fernanda Siqueira Classificação Filo Apicomplexa Classe Sporozoae Ordem Eucoccídea Família Sarcocystidae Subfamília Toxoplasmatinae Gênero Toxoplasma Histórico Isolado em 1908 de um roedor do deserto: Ctenodactylus gondii por Nicolle e Manceaux(França) e por Splendore em coelhos (São Paulo) 1923 – descrição do primeiro caso humano 1937 – documentada a transmissão congênita humana 1940 – demonstrada a transmissão adquirida 1965 – observou-se a transmissão pelo contato de fezes de gatos infectados 1976 – foi descrito o ciclo sexuado do parasita Importância Ser a infecção cosmopolita mais comum (60% população dependendo da região) Atacar fetos e crianças Constituir uma infecção oportunista Causar mortalidade em animais : prejuízos econômicos Morfologia e formas evolutivas Taquizoíto 2 Taxon – arco e plasma – molde Alongado, encurvado em arco (banana) Núcleo no meio da célula Complexo apical – conóide, anel polar, roptrias, micronemas Membrana interna dupla Encontrados na fase aguda da infecção Sinonímias: trofozoíto, forma livre ou proliferativa Forma móvel Pouco resistente à ação do suco gástrico Multiplicação rápida (endodiogenia) Bradizoito Encontrado dentro do vacúolo parasitóforo Resiste à ação do suco gástrico Presente em vários tecidos Sinonímia: cisto, cistozoíto 3 Oocisto Produzido nas células intestinais dos felinos Esféricos, parede dupla Contém 2 esporocistos, com 4 esporozoítos cada Forma de resistência Eliminados imaturos Ciclo de vida Heteroxênico Ciclo sexuado ou enteroepitelial: Gato e outros felinos Ciclo assexuado ou extra-intestinal Gato e outros hospedeiros 1. O parasita invade o epitélio intestinal e vários tipos celulares, particularmente células mononucleares. 2. Multiplicação por reprodução assexuada, formação de taquizoítos 3. Disseminação por via sanguínea ou linfática. 4. Os taquizoítos invadem o tecido muscular, nervoso (cérebro) e vísceras 5. Fase aguda da doença. 4 Reprodução Assexuada Dentro das células se dividem por reprodução binária Reprodução Assexuada Taquizoítos livres podem atravessar a placenta e infectar o feto. Transmissão vertical: 1. Ocorre somente nas fases iniciais da infecção primária quando não há resposta imune. 2. Só ocorre em fêmeas que adquirem o parasita durante a gestação. Uma vez nos tecidos e coincidindo com início da resposta do sistema imune bradizoítos, reprodução por endodiogenia de forma lenta. 1. Há formação dos cistos em vários tecidos principalmente muscular e nervoso, particularmente cérebro. Fase crônica da doença 2. Cistos podem permanecer viáveis por muitos anos, protegidos da resposta imunológica. 3. Em imunodeprimidos o cisto pode se romper, os bradizoítos readquirem as características invasivas dos taquizoítos pode ocorrer disseminação fatal do parasita. Reprodução assexuada e sexuada no epitélio intestinal do gato Gatos se infectam após ingerirem carne contendo cistos (ex. roedores) Infecção secundária de hospedeiros carnívoros ingestão de tecidos contendo os cistos (ingestão de carne crua ou mal passada) Esporogonia ocorre no meio ambiente Oocisto não esporulado 1 a 5 dias Oocisto esporulado Oocisto contém 2 esporocistos com 4 esporozoítos cada 5 Transmissão Ingestão de carne crua ou mal cozida (bradizoítos) Ingestão de verduras contaminadas com oocistos Ingestão de leite não pasteurizado(taquizoítos) Transmissão congênita (taquizoítos e cistos) Transplante de órgãos (cistos) Patogenia Depende de: Cepa do parasito Resistência do hospedeiro Modo de infecção Forma adquirida Período de incubação: 1 a 4 semanas Febre Mialgia Adenopatia Cefaléia Cronicidade de infecção Lesão ocular Toxoplasmose congênita 1º trimestre – aborto 2º trimestre – aborto ou prematuro 3º trimestre – normal ou com doença Síndrome de Sabin - Coriorretinite - Calcificações cerebrais - Perturbações neurológicas - Alteração do volume craniano Profilaxia Saneamento Educação sanitária Incineração de fezes de gatos Controles de roedores Tampar caixas de areia Não ingerir carne crua ou mal cozida Higienização adequada de verduras Cryptosporidium spp 6 Cryptosporidium spp. Filo: Apicomplexa Ordem: Eucoccidiida Família: Cryptosporidiidae Gênero: Cryptosporidium MORFOLOGIA: O Cryptosporidium desenvolve-se preferencialmente: - Nas microvilosidades de células epiteliais do epitélio do trato gastrintestinal; -Também: parênquima pulmonar, vesícula biliar, ductos pancreáticos, esôfago e faringe. OOCISTOS: pequenos, esféricos ou ovóides (5,0-7,4 m X 4,5-5,6 m), com 4 esporozoítos. Oocistos de Cryptosporidium spp. BIOLOGIA: Ciclo: monoxênico. Inclui um processo de multiplicação assexuada (merogonia) com 2 gerações de merontes e um de multiplicação sexuada (gametogonia) com formação de macro e microgametas. Ciclo Biológico: TRANSMISSÃO: - Ingestão ou inalação de oocistos ou pela auto-infecção PATOGENIA E SINTOMAS: - Em imunocompetentes: diarréia aquosa (1-30 d), anorexia, dor abdominal, febre, náusea, etc. Quadro é benigno e auto- limitado. -Crianças: Sintomas mais severos, com vômitos e desidratação. -Imunodeficientes: Sintomas crônicos, diarréia aquosa por meses, refratária a antimicrobianos, perda de peso acentuada. Mortalidade elevada principalmente em indivíduos com AIDS. 7 EPIDEMIOLOGIA: - É uma zoonose emergente - Cosmopolita - Oocistos detectados nas fezes de imunodeficientes e imunocompetentes, viáveis por várias semanas - Prevalência maior em crianças Bibliografia CIMERMAN, B.; CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. São Paulo, Atheneu, 1999 REY, .L R. Parasitologia. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan NEVES, D. P. Parasitologia Humana. São Paulo, Atheneu, 2005
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