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“O Direito Penal é o primeiro amor dos grandes estudantes, fascinados pelo conteúdo humano, pela palpitação social, pela intensidade dos dramas, pela glória das A.M.D.G.A.M.D.G. intensidade dos dramas, pela glória das legendas. O Direito Penal fornece a emulsão vivificante ao berçário das vocações jurídicas” Roberto Lyra CAROLINA DEFILIPPI Módulo A Módulo A CULPABILIDADECULPABILIDADE CONCEITO DE CULPABILIDADE A culpabilidade é o juízo de reprovação realizado sobre uma pessoa que pratica um fato típico e ilícito. � A culpabilidade não é elemento do crime, não integra o conceito de crime (de acordo com a Teoria Finalista da Ação). � Então, se há discussão sobre a culpabilidade é porque já se verificou a existência do fato típico e sua ilicitude. � A culpabilidade é pressuposto para imposição de pena. � Sua ausência não exclui o crime, afasta somente a punibilidade do autor da infração. CAROLINA DEFILIPPI TEORIAS DA CULPABILIDADE 1. Psicológica da culpabilidade � Surgiu por volta de 1900 no sistema naturalista ou causal da ação, preconizado por Von Liszt. � Para essa teoria, culpabilidade é um liame psicológico que se estabelece entre a conduta e o resultado, por meio do dolo ou da culpa.da culpa. � Assim, para essa teoria, os únicos pressupostos exigidos para a responsabilização do agente é a imputabilidade aliada ao dolo ou à culpa. � Essa doutrina foi muito criticada, pois a culpa não pode integrar a culpabilidade porque é normativa e não psíquica. CAROLINA DEFILIPPI TEORIAS DA CULPABILIDADE 2. Psicológico-normativa ou normativa da culpabilidade ● Buscando explicação lógica para situações como a coação moral irresistível, na qual o agente dá causa ao resultado com dolo ou culpa, é imputável, mas não pode ser punido, Reinharddolo ou culpa, é imputável, mas não pode ser punido, Reinhard Frank, em 1907, defendeu que a culpabilidade teria outro pressuposto: a exigibilidade de conduta diversa. ● O dolo era normativo, pois em seu conteúdo tinha a consciência atual da ilicitude, ou seja, o conhecimento de que a ação ou omissão é injusta aos olhos da coletividade (dolo = consciência + vontade + consciência da ilicitude). CAROLINA DEFILIPPI TEORIAS DA CULPABILIDADE 3. Normativa pura da culpabilidade ● Essa teoria nasceu com a teoria finalista da ação e teve Hans Welzel como principal defensor. ● Para Welzel, o dolo não poderia estar na culpabilidade, deixando a ação humana sem seu elemento fundamental, que é a intencionalidade. Assim, essa teoria deslocou o dolo e a culpaa intencionalidade. Assim, essa teoria deslocou o dolo e a culpa para o fato típico (conduta dolosa ou culposa), e a culpabilidade passou a ser puramente normativa (juízo de valor), sem qualquer dado psicológico. ● Dessa forma, para a teoria finalista e para a normativa pura, a culpabilidade é composta de três elementos: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. CAROLINA DEFILIPPI A teoria normativa pura da culpabilidade comporta duas vertentes quanto ao tratamento das descriminantes putativas: a) Teoria estrita ou extremada da culpabilidade Toda espécie de descriminante putativa, seja sobre os limites autorizadores da norma (por erro de proibição), seja incidente sobre situação fática (por erro de tipo), é sempre tratada como erro de proibição. Nos dois casos, ou exclui a culpabilidade ou diminui a culpabilidade (e portanto, a pena). b) Teoria limitada da culpabilidade Se o erro recair sobre a existência ou limites de uma causa de justificação, trata-se de erro de proibição (exclui a culpabilidade, se escusável o erro; atenua a pena, se inescusável). No entanto, se o erro recair sobre uma situação de fato (distorção da realidade), trata-se de erro de tipo (exclui o dolo e a culpa, se escusável o erro; permanece a culpa, se inescusável). É o que dispõe o artigo 20, § 1.º, do Código Penal. É a teoria que adotamos. CAROLINA DEFILIPPI ELEMENTOS ELEMENTOS DA DA CULPABILIDADECULPABILIDADE IMPUTABILIDADEIMPUTABILIDADE POTENCIAL POTENCIAL CONSCIÊNCIA CONSCIÊNCIA DA ILICITUDEDA ILICITUDECULPABILIDADECULPABILIDADE DA ILICITUDEDA ILICITUDE EXIGIBILIDADE EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DE CONDUTA DIVERSADIVERSA CAROLINA DEFILIPPI Módulo BMódulo B IMPUTABILIDADEIMPUTABILIDADE IMPUTABILIDADE Imputabilidade = é a capacidade de compreender o caráter criminoso do fato e de se orientar de acordo com esse entendimento. A imputabilidade possui dois elementos:● A imputabilidade possui dois elementos: - intelectivo (capacidade de entender); - volitivo (capacidade de querer). � Faltando um desses elementos, o agente não será imputável. CAROLINA DEFILIPPI SISTEMAS DE AFERIÇÃO DA IMPUTABILIDADE ● Sistema Biológico: exige apenas o requisito causal para que o agente seja declarado inimputável, não sendo necessário que perca efetivamente a capacidade de entender e querer, em conseqüência dessa causa. É adotado no sistema jurídico brasileiro como exceção nos casos de menores de 18 anos (artigo 27 do Código Penal). ● Sistema Psicológico: verifica se no momento do crime a pessoa tinha ou não capacidade de entender o que estava fazendo, não se ocupando com a existência das causas de inimputabilidade. Não foi adotado . ● Sistema Biopsicológico: exige a presença de três requisitos para apuração da inimputabilidade – causal, cronológico e conseqüencial. Foi o sistema adotado pelo Código Penal no artigo 26. CAROLINA DEFILIPPI REQUISITOS DA IMPUTABILIDADE ● Causal: a inimputabilidade deve ser causada por doença mental, desenvolvimento mental incompleto, desenvolvimento mental retardado, dependência química ou embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior. Somente essas causas podem tirar aforça maior. Somente essas causas podem tirar a capacidade de entender ou de querer do agente. ● Cronológico: as causas que levam à inimputabilidade devem existir ao tempo da infração penal. ● Conseqüencial: perda completa da capacidade de entender ou da capacidade de querer praticar o delito. CAROLINA DEFILIPPI CAUSAS EXCLUDENTES DA IMPUTABILIDADE 1) Doença mental É a perturbação mental de qualquer ordem. A dependência patológica de substância psicotrópica pode configurar doença mental. Precisa ser determinada por laudo. 2) Desenvolvimento mental incompleto É o desenvolvimento que ainda não se concluiu. É o caso do menor de 18 anos e do silvícola inadaptado à sociedade. 3) Desenvolvimento mental retardado É o caso dos oligofrênicos, que se classificam em débeis mentais, imbecis e idiotas, dotados de reduzidíssima capacidade mental.CAROLINA DEFILIPPI Emoção e paixão Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão; Embriaguez II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa,§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. CAROLINA DEFILIPPI EMBRIAGUEZ CONCEITO: Intoxicação aguda e transitória provocada pelo álcool ou substância de efeitos análogos, cujas conseqüências variam desde uma ligeira excitação até o estado de paralisia e coma. NÃO ACIDENTAL VOLUNTÁRIA EMBRIAGUEZEMBRIAGUEZ ACIDENTAL CULPOSA CASO FORTUITO FORÇA MAIOR CAROLINA DEFILIPPI TEORIA DA ACTIO LIBERA IN CAUSA = AÇÃO LIVRE NA CAUSA � A teoria da actio libera in causa foi adotada na Exposição de Motivos original do CP de 1940, de modo que considera-se imputável quem se põe em estado de inconsciência ou de incapacidade de autocontrole, seja dolosa ou culposamente, e nessa situação comete o crime.seja dolosa ou culposamente, e nessa situação comete o crime. � Percebe-se que, ao adotar tal orientação, o CP adotou a doutrina da responsabilidade objetiva, pela qual deve o agente responder pelo crime. � Como se vê, tal teoria leva em conta, por definição, os aspectos meramente objetivos do delito, sem considerar o lado subjetivo deste (DOLO ou CULPA). CAROLINA DEFILIPPI EMBRIAGUEZ NÃO ACIDENTAL ● A embriaguez não-acidental, seja voluntária, seja culposa, não exclui a imputabilidade. ● O agente tinha plena liberdade para decidir se deveria ou não ingerir a substância, portanto, se em razão de sua ação perdeu a capacidade de avaliação, responderá pelas conseqüências. ● Trata-se da teoria da actio libera in causa (ações livres na causa). Considera-se, assim, o momento da ingestão da substância e não o momento da prática delituosa. ● Embriaguez Preordenada: se o agente se embriaga para cometer o crime, além de não excluir a imputabilidade, é considerada uma agravante genérica (artigo 61, inciso II, alínea “l”, CP). CAROLINA DEFILIPPI EMBRIAGUEZ ACIDENTAL ● É a que deriva de caso fortuito ou força maior. ● Pode ser completa (perda total da capacidade de entendimento e autodeterminação) ou incompleta (perda parcial da capacidade de entendimento e autodeterminação). ● Não se aplica a teoria actio libera in causa porque o agente não tinha a intenção de ingerir a substância.a intenção de ingerir a substância. A embriaguez acidental completa exclui a imputabilidadeexclui a imputabilidade A embriaguez acidental incompleta reduz a pena de 1/3 a 2/3reduz a pena de 1/3 a 2/3 CAROLINA DEFILIPPI EMOÇÃO e PAIXÃO ➢➢ A emoção é um sentimento súbito, repentino, passageiro e intenso. ➢ A paixão é duradoura, perene. ● A emoção e a paixão não excluem a imputabilidade.A emoção e a paixão não excluem a imputabilidade. ● A emoção pode funcionar como redutor de pena: - causa de diminuição de pena em alguns crimes, dependendo das circunstâncias (artigos 121, §1.º, e 129, § 4.º, do Código Penal), - atenuante genérica (artigo 65, inciso III, alínea “c”, do Código Penal). CAROLINA DEFILIPPI Semi-Imputabilidade ou Responsabilidade Diminuída � Difere da inimputabilidade apenas no requisito conseqüencial. � Enquanto na inimputabilidade a perda da capacidade de entender ou querer é total, na semi-imputabilidade, é parcial. � A semi-imputabilidade não exclui a culpabilidade, e após análise do caso concreto, a lei confere ao juiz a opção de aplicar a pena diminuída (redução de 1/3 a 2/3) art.26 - Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. CAROLINA DEFILIPPI EXAME DA OAB 01. Rodrigo pretende roubar transeuntes no centro da cidade, mas como não tem coragem para isso, embriaga-se dolosamente, com o intuito de praticar tais atos criminosos. Diante desta situação, a doutrina penal reconhece que a) Rodrigo não responderá pelos crimes cometidos, ante sua semi- imputabilidade. b) aplica-se a teoria da actio libera in causa. Rodrigo responde pelo ato. c) a embriaguez voluntária dolosa é causa de diminuição de pena.c) a embriaguez voluntária dolosa é causa de diminuição de pena. d) a consciência de Rodrigo viu-se abalada pela embriaguez, respondendo ele parcialmente por seus atos. 02. Potiguar é um silvícola que vive em Brasília, onde freqüenta escola de ensino médio. Vem ele a cometer crime de estupro com 19 anos de idade. Potiguar : a) deverá ser considerado inimputável por desenvolvimento mental incompleto. b) é inimputável. c) é semi-imputável. d) é imputável. CAROLINA DEFILIPPI EXAME DA OAB 03. João, um dia antes de completar 18 anos, atira em Paulo. A vítima é transportada para o hospital, onde vem a falecer três dias após, quando João já havia completado 18 anos. a) João será condenado em virtude da consumação haver ocorrido após o agente haver completado 18 anos; b) João não será condenado, pois no momento em que completou o ato executório era menor de 18 anos; c) João será condenado em virtude de tratar-se de crime continuado;c) João será condenado em virtude de tratar-se de crime continuado; d) João será condenado se ficar comprovado que agiu dolosamente. 04. Excluem a imputabilidade penal: a) a emoção; b) a paixão; c) a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos; d) a embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior sendo o agente, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. CAROLINA DEFILIPPI QUESTÃO PARA REFLEXÃOQUESTÃO PARA REFLEXÃO Antonio com intenção de matar Benedito encontrou-o num bar e partiu para cima dele com uma faca. Benedito que voluntariamente havia se embriagado, usando moderadamente dos meios necessários, matou Antonio.Antonio. Pergunta-se: Benedito será responsabilizado? Explique, justifique e fundamente. CAROLINA DEFILIPPI Módulo CMódulo C POTENCIAL CONSCIÊNCIA POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDEDA ILICITUDEDA ILICITUDEDA ILICITUDE A ninguém é dado descumprir a lei alegando que a desconhece (artigo 3.º da Lei de Introdução ao Código Civil) O desconhecimento da lei é inescusável. (artigo 21 do Código Penal) CAROLINA DEFILIPPI CONCEITO Consciência da ilicitude é o conhecimento profano do injusto (não se exige do leigo um juízo técnico-jurídico). É saber que o fato é antinormativo; ter a consciência de que se faz algo contrário ao sentimento de justiça da sociedade. ● A simples consciência da ilicitude não é requisito da culpabilidade, porque o que se investiga é se o agente tinha ouculpabilidade, porque o que se investiga é se o agente tinha ou não condições de saber o que era errado, e possibilidade de evitar o erro. ● Assim, o que constitui requisito da culpabilidade é a potencial consciência da ilicitude. Deve-se sair do aspecto subjetivo e avaliar aspectos objetivos do caso concreto para averiguar se o agente possuía condições de saber e evitar o erro. CAROLINA DEFILIPPI EXCLUDENTE ● A causa que exclui a potencialidade da consciência da ilicitude chama-se erro de proibição inevitável (o agente não tinha condições de conhecer a ilicitude do fato em face das circunstâncias do caso concreto). Exclui, portanto, a culpabilidade e acarreta a absolvição. ● No caso de erro de proibição evitável, persiste a potencial● No caso de erro de proibição evitável, persiste a potencial consciência da ilicitude, não havendo exclusão da culpabilidade. Nesse caso, embora o sujeito desconhecesse que o fato era ilícito (não tem a consciência atual da ilicitude), ele tinha condições de saber, dentro das circunstâncias, que contrariava o ordenamento jurídico (tem a potencial consciência da ilicitude). O agente será condenado à pena reduzida de 1/6 a 1/3. CAROLINA DEFILIPPI ERRO ● Enraizado na expressão latina errare, o erro é um acontecimento humano de estado positivo. ● O erro é a falsa representação da realidade; é a crença de ser A, sendo B; é o equivocado conhecimento de um elemento. ● A ignorância, por sua vez, é um acontecimento humano de estado negativo. ● A ignorância difere do erro por ser a falta de representação da realidade; o total desconhecimento, isto é, a ausência do saber de determinado objeto. CAROLINA DEFILIPPI ERRO DE TIPO Art. 20 – O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. � É o erro que incide sobre as elementares ou sobre as circunstâncias da figura típica da norma penal incriminadora.circunstâncias da figura típica da norma penal incriminadora. Como nos ensina o doutrinador Damásio Evangelista de Jesus: “É o que faz o sujeito supor a ausência de elemento ou circunstância da figura típica incriminadora ou a presença de requisitos da norma permissiva.” CAROLINA DEFILIPPI ERRO DE TIPO O erro de tipo subdivide-se em: � Erro de tipo INCRIMINADOR 1. erro de tipo incriminador essencial: 1.1. erro escusável ou inevitável ou invencível, 1.2. erro inescusável ou evitável ou vencível. 2. erro de tipo incriminador acidental2. erro de tipo incriminador acidental 2.1. erro sobre o objeto – error in objecto, 2.2. erro sobre a pessoa – error in persona, 2.3. erro sobre a execução – aberratio ictus, 2.4. resultado diferente do pretendido – aberratio criminis, 2.5. erro sucessivo ou dolo geral – aberratio causae. � Erro de tipo PERMISSIVO CAROLINA DEFILIPPI ERRO DE TIPO INCRIMINADOR 1. ERRO DE TIPO INCRIMINADOR ESSENCIAL � Este erro de tipo versa diretamente sobre os fatos elementares e circunstanciais do tipo, isto é, quando o erro do agente recai sobre os dados constitutivos do tipo. � O erro de tipo incriminador essencial pode recair sobre o tipo fundamental, sobre uma causa de aumento de pena, sobre uma circunstância agravante ou sobre uma qualificadora. 1.1. ERRO ESCUSÁVEL (Inevitável ou Invencível)1.1. ERRO ESCUSÁVEL (Inevitável ou Invencível) Está previsto no CP - art. 20, caput, 1ª parte e § 1º, 1ª parte. É o erro desculpável, isto é, aquele cujas circunstâncias fazem presumir boa fé do agente, justificando a prática do ato, que não se torna suspeito ou nulo. ➢ Exclui o dolo e a culpa. Sem DOLO ou CULPA não há FATO TÍPICO.Sem FATO TÍPICO não há CRIME, 1.2. ERRO INESCUSÁVEL (Evitável ou Vencível) Está previsto no CP – art. 20, caput, 2ª parte e § 1º, 2ª parte. Ocorre quando o agente age de forma descuidada. Exclui o dolo, mas, não afasta a culpa, respondendo o agente por crime culposo, quando previsto em lei.CAROLINA DEFILIPPI ERRO DE TIPO INCRIMINADOR 2. ERRO DE TIPO INCRIMINADOR ACIDENTAL � Conceitualmente, o erro de tipo incriminador acidental é aquele que vicia a vontade, mas não a exclui. � Uma boa denominação para este erro é erro sanável, pois, pode identificar a coisa ou a pessoa cogitada. � É o erro que incide sobre os dados acidentais do delito ou sobre a conduta de sua execução. � O erro de tipo incriminador acidental não exclui o dolo e portanto, o agente responderá pelo crime.responderá pelo crime. 2.1. erro sobre o objeto 2.2. erro sobre a pessoa – Art. 20, § 3º, CP 2.3. erro sobre a execução – Art. 73 do CP 2.4. resultado diferente do pretendido – art. 74 CP 2.5. erro sucessivo ou dolo geral - CAROLINA DEFILIPPI ERRO SOBRE O OBJETO � Acontece quando a conduta do agente recai sobre objeto (material), diverso do que gostaria de atingir. � É o caso de quem rouba bijuteria acreditando ser jóia ou, simplesmente, quem rouba açúcar acreditando ser farinha. � Nos casos descritos anteriormente, à luz do erro de tipo� Nos casos descritos anteriormente, à luz do erro de tipo acidental sobre o objeto, não há o máximo da beneficência do réu, pois, de qualquer forma o agente praticou ato ilícito e responderá, assim, normalmente pelo crime descrito no art. 155, caput, CP. CAROLINA DEFILIPPI ERRO SOBRE A PESSOA � Está previsto no Art. 20, § 3º, CP. � Aqui ocorre um desvio do curso causal do agente em face do resultado. � Por exemplo: um garoto pretende cometer um homicídio contra uma gestante. Quando estava em espera e percebendo a aproximação de um vulto, pôs-se a atirar contra este, porém,aproximação de um vulto, pôs-se a atirar contra este, porém, tardiamente, o agente vem perceber que tinha disparado contra a própria mãe. Neste caso não incidirá a agravante genérica prevista no Art. 61, II, CP, porém, a vítima acaba por incorporar, para efeitos penais, todos os requisitos da vítima pretendida, no caso a gestante (Art. 20, § 3º, 2ª parte). Na mente do agente a vítima contra quem disparou era o que ele realmente gostaria de ofender. CAROLINA DEFILIPPI ERRO SOBRE A EXECUÇÃO ABERRATIO ICTUS previsto no Art. 73 do CP � Caracteriza-se na existência da aberração no ataque ou no desvio de golpe. Dá-se quando a ação ou omissão, pressupondo a intenção criminosa, não recai sobre o objeto desejado, ou recai de modo não adequado, além ou aquém da intenção, sempre sobre bem jurídico idêntico. Este erro acidental na execução recai sobre o erro sobre a pessoa. � Não confundir com error in persona, no qual há um erro de representação, uma confusão mental.uma confusão mental. � Por exemplo: O agente dispara contra uma pessoa, erra e certa outra pessoa. O agente, devido à má pontaria, levou esta outra pessoa a óbito. Houve um erro acidental na execução devido a má pontaria do delinqüente. Vale lembrar que o aberratio ictus pode existir com unidade simples (resultado único), na qual o agente responderá por um crime, como se tivesse acertado a pessoa que queria, ou com unidade complexa (resultado duplo), na qual o agente responderá pelo concurso formal de crimes, ou seja, uma só ação produz dois ou mais resultados (art. 70, CP). CAROLINA DEFILIPPI RESULTADO DIFERENTE DO PRETENDIDO ABERRATIO CRIMINIS previsto no art. 74 do CP � Ocorre quando o agente pratica o ato ilícito, porém, por erro ou por acidente, atinge um resultado diferente do que pretendia, e sempre sobre bem jurídico diferente. Esta situação faz com que o agente responda por culpa, desde que o fato� Esta situação faz com que o agente responda por culpa, desde que o fato esteja previsto como crime culposo. �Por exemplo: O agente deseja atingir uma coisa, erra e atinge uma pessoa,matando-a. Responde por homicídio culposo. CAROLINA DEFILIPPI ERRO SUCESSIVO ABERRATIO CAUSAE OU DOLO GERAL � Aqui há um erro acidental com relação ao nexo causal. � O agente acaba por alcançar o resultado pretendido, porém, por uma causa distinta daquela que havia planejado. � Por exemplo: O agente quer matar a vítima por afogamento e para tanto, joga a mesma da ponte, porém, tal pessoa bate a cabeça num poste da ponte e morre por traumatismo craniano. Há um erro acidental quanto ao nexo causal, porém, o agente responderá normalmente pelo delito de homicídio. CAROLINA DEFILIPPI ERRO DETERMINADO POR TERCEIRO � Previsto no Art. 20, § 2º, CP. � Pode ser espontâneo ou provocado. � O “provocado” pode ser por determinação dolosa ou culposa. ➔ A dolosa se dá quando o agente conscientemente induz outra pessoa a erro. Exemplo: B quer matar C e, B (no caso o terceiro) dá uma pistola para A fazendo este crer que a arma está descarregada. A dispara contra C, subtraindo-lhe a vida. B responderá por crime doloso, enquanto A em face de seu erro, salvo sevida. B responderá por crime doloso, enquanto A em face de seu erro, salvo se agiu com culpa, não responde pelo crime. ➔ A culposa, por sua vez, se dá quando o agente, por culpa, leva outra pessoa a erro. Exemplo: B, sem saber se a pistola está munida ou não, entrega a arma para A e o induz a disparar contra C. Neste caso, A e B respondem por crime culposo, pois, agiram ambos com imprudência. Se o erro for inevitável não se constitui crime, porém, se o erro for evitável, responderá por crime culposo, havendo previsão legal. �O “espontâneo” é o erro cometido pelo terceiro inocente. O sujeito incide em erro sem a participação provocadora do terceiro. CAROLINA DEFILIPPI ERRO DE PROIBIÇÃO � Normatizado no direito penal brasileiro pelo Art. 21 do CP, o erro de proibição é erro do agente que acredita ser sua conduta admissível no direito, quando, na verdade ela é proibida. � Sem discussão, o autor, aqui, sabe o que tipicamente faz, porém, desconhece sua ilegalidade.desconhece sua ilegalidade. � Concluímos, então, que o erro de proibição recai sobre a consciênciaconsciência dede ilicitudeilicitude dodo fatofato.. � No erro de proibição, o erro se diferencia da ignorância ou da má compreensão legal. Pode-se ignorar a lei e ao mesmo tempo conhecer a norma. CAROLINA DEFILIPPI FORMAS DE ERRO DE PROIBIÇÃO 1. ERRO DE PROIBIÇÃO ESCUSÁVEL � Aqui não se deve reprovar a conduta do autor, pois, este não se encontra em situação de conhecimento do injusto do fato. � Sendo assim, o erro de proibição invencível deve ser, sempre, desculpável. � Trata do assunto o Art. 21 do nosso CP: “O erro sobre a ilicitude do fato, seTrata do assunto o Art. 21 do nosso CP: “O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta a pena”. 2. ERRO DE PROIBIÇÃO INESCUSÁVEL � Neste caso, o agente também desconhece o injusto do fato, porém, possui por completo a condição de chegar à consciência da ilicitude do fato por conta própria. � Aqui o agente responde pelo crime doloso e há somente a possibilidade de atenuação da pena. � Conforme o Art. 21, 3ª parte, CP: “(...)se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço”. CAROLINA DEFILIPPI EXAME DA OAB 01. Qual é o conceito doutrinário de erro de proibição? a) É o erro quanto à existência dos limites da excludente. b) É o erro que recai sobre o elemento constitutivo do tipo penal. c) É o que se denomina de erro incidente sobre os elementos objetivos do tipo penal. d) É o erro incidente sobre a ilicitude do fato. 02. Se o agente atua por erro plenamente justificável pelas circunstâncias e supõe que se encontra em situação de perigo, haverá: a) estado de necessidade putativo. b) estado de necessidade real. c) legítima defesa putativa. d) legítima defesa real. CAROLINA DEFILIPPI EXAME DA OAB 03. O erro inevitável sobre a ilicitude exclui: a) tipicidade; b) antijuridicidade; c) ilicitude; d) culpabilidade. 02. Se o agente atua por erro plenamente justificável pelas02. Se o agente atua por erro plenamente justificável pelas circunstâncias e supõe que se encontra em situação de perigo, haverá: a) estado de necessidade putativo. b) estado de necessidade real. c) legítima defesa putativa. d) legítima defesa real. CAROLINA DEFILIPPI Módulo DMódulo D EXIGIBILIDADE DE CONDUTA EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSADIVERSADIVERSADIVERSA CONCEITO É a expectativa social de que o agente tenha outro comportamento e não aquele que se efetivou. � A exigibilidade de conduta diversa, como causa de exclusão da culpabilidade, funda-se no princípio de que só podem ser punidas as condutas que poderiam ser evitadas. � No caso, a inevitabilidade não tem a força de excluir a vontade, que� No caso, a inevitabilidade não tem a força de excluir a vontade, que subsiste como força propulsora da conduta, mas certamente a vicia, de modo a tornar incabível qualquer censura ao agente. � Em nosso ordenamento jurídico, a exigibilidade de conduta diversa pode ser excluída por duas causas: ➢ coação moral irresistível ➢ obediência hierárquica. CAROLINA DEFILIPPI COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL � A coação moral irresistível é a grave ameaça contra a qual o homem médio não consegue resistir. � A coação moral irresistível não exclui o crime, pois resta um resquício de vontade, mas exclui a culpabilidade. � Ocorre o que a doutrina chama de inexigibilidade de conduta diversa. � A coação moral pode ser resistível. No caso da coação moral resistível, a pessoa atua sob influência de ameaça contra a qual podia resistir. Essa forma de coaçãoatua sob influência de ameaça contra a qual podia resistir. Essa forma de coação não elimina o fato típico, a ilicitude, nem a culpabilidade. Trata-se de uma circunstância atenuante (artigo 65, inciso III, alínea “c”, primeira parte, do Código Penal). ➔ Atenção: A coação física (vis absoluta), que consiste no emprego de força física, exclui a vontade (o dolo e a culpa), eliminando a conduta. O fato é considerado atípico. CAROLINA DEFILIPPI OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA � A obediência a ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico, torna viciada a vontade do subordinado e afasta a exigência de conduta diversa. � O agente atua em cumprimento de uma ordem específica de um superior que tenha com ele uma relação de superioridade hierárquica. � O comando deve ser ilegal com aparência de legalidade, porque se o subordinado cumprir ordem manifestamente ilegal, acreditando que seja legal, estará incluso em erro de proibição evitável (que permite apenas redução de pena nos termos do artigo 21 do Código Penal).nos termos do artigo 21 do Código Penal). � Se o subordinado cumprir ordem ilegal, conhecendo sua ilegalidade, responde pelo crime praticado. REQUISITOS RELAÇÃO DE SUBORDINAÇÃO ORDEM NÃO MANIFESTAMENTE ILEGAL CAROLINA DEFILIPPI EXAME DA OAB 01. Julgue as afirmativas que seguem: I. A embriaguez sempre tem o condão de excluir a culpabilidade. II. Tanto a coação irresistível quanto o erro de proibição escusável isentam o sujeito de pena. III. O potencial conhecimento da ilicitude é um dos elementos da ilicitude. IV. A coação moral resistível agrava a pena do autor do delito. 3). Antonio com intenção de matar Benedito encontrou-o num bar e partiu para cima dele com uma faca. Benedito que voluntariamente3). Antonio com intenção de matar Benedito encontrou-o num bar e partiu para cima dele com uma faca. Benedito que voluntariamente IV. A coação moral resistível agrava a pena do autor do delito. V. Qualquer pessoal pode alegar obediência hierárquica em relação ao seu superior hierárquico, mesmo que tenha obedecido ordem ilegal. São incorretas: a) 1 alternativa b) 2 alternativas c) 3 alternativas d) 4 alternativas CAROLINA DEFILIPPI QUESTÃO para REFLEXÃOQUESTÃO para REFLEXÃO � Quem comete um crime em COAÇÃO FÍSICA ABSOLUTA e quem comete um crime em COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL é punido da mesma maneira? Explique e justifique.Explique e justifique. CAROLINA DEFILIPPI �� RESUMO DA MATÉRIARESUMO DA MATÉRIA CRIMECRIME FATOFATO TÍPICOTÍPICO CONDUTA HUMANA VOLUNTÁRIA RESULTADO NEXO DE CAUSALIDADE TIPICIDADE DOLO/ CULPA CAUSAS ABS. IND. AÇÃO/ OMISSÃO CAUSAS REL. IND. CULPABILIDADECULPABILIDADE IMPUTABILIDADE POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE DIRETA INDIRETA ESTADO DE NECESSIDADE LEGÍTIMA DEFESAILICITUDEILICITUDE ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA PUNIBILIDADEPUNIBILIDADE CAROLINA DEFILIPPI EXCLUSÕES � estado de inconsciência � movimento reflexo � coação física absoluta �Excluem a VOLUNTARIEDADE da conduta. Sem VOLUNTARIEDADE não tem CONDUTA. Sem CONDUTA não tem FATO TÍPICO. Sem FATO TÍPICO não tem CRIME. CAROLINA DEFILIPPI EXCLUSÕES � erro de tipo escusável � Exclui o DOLO e a CULPA da conduta. Sem DOLO e a CULPA não tem CONDUTA. Sem CONDUTA e a CULPA não tem CONDUTA. Sem CONDUTA não tem FATO TÍPICO. Sem FATO TÍPICO não tem CRIME. CAROLINA DEFILIPPI EXCLUSÕES � estado de necessidade � legítima defesa � estrito cumprimento do dever legal � exercício regular de direito � Excluem a ILICITUDE da conduta. Não basta o FATO ser TÍPICO. Sem ILICITUDE não tem CRIME. CAROLINA DEFILIPPI EXCLUSÕES � doença mental � desenvolvimento mental retardado � desenvolvimento mental incompleto � embriaguez acidental completa� embriaguez acidental completa �Excluem a IMPUTABILIDADE. Sem IMPUTABILIDADE não tem CULPABILIDADE. Sem CULPABILIDADE não tem PUNIBILIDADE. Mas tem CRIME. CAROLINA DEFILIPPI EXCLUSÕES � Erro de proibição escusável � Exclui o POTENCIAL CONHECIMENTO DA ILICITUDE. Sem POTENCIAL CONHECIMENTO DA ILICITUDE não tem CULPABILIDADE. Sem CULPABILIDADE não tem tem CULPABILIDADE. Sem CULPABILIDADE não tem PUNIBILIDADE. Mas tem CRIME. CAROLINA DEFILIPPI EXCLUSÕES � coação moral irresistível � obediência hierárquica � Excluem a EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA. Sem EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA não tem Sem EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA não tem CULPABILIDADE. Sem CULPABILIDADE não tem PUNIBILIDADE. Mas tem CRIME. CAROLINA DEFILIPPI EXAME DA OAB 01. Reconhecidos os chamados "furto famélico" e “obediência hierárquica”, não há punição, respectivamente, por falta de: a) tipicidade e ilicitude. b) culpabilidade e ilicitude. c) fato típico e culpabilidade. d) ilicitude e culpabilidade. 02. Marque a alternativa incorreta: a) O estado de necessidade é uma causa de exclusão da ilicitude. b) A inimputabilidade por doença mental é causa de exclusão da culpabilidade. c) A legítima defesa recíproca como excludente de ilicitude não é possível, principalmente contra agressão de animais. d) A obediência hierárquica é causa de exclusão da tipicidade. CAROLINA DEFILIPPI QUESTÕES QUESTÕES parapara FIXAÇÃOFIXAÇÃO 1) A coação moral irresistível é causa de: a) exclusão da antijuridicidade b) exclusão da culpabilidade c) exclusão da tipicidade d) extinção da punibilidade 2) A legítima defesa putativa é causa de:2) A legítima defesa putativa é causa de: a) exclusão da antijuridicidade b) exclusão da culpabilidade c) exclusão da tipicidade d) extinção da punibilidade 3) O estado de inconsciência é causa de: a) exclusão da antijuridicidade b) exclusão da culpabilidade c) exclusão da tipicidade d) extinção da punibilidade CAROLINA DEFILIPPI �� MÓDULO EMÓDULO E �� PUNIBILIDADEPUNIBILIDADE MEDIDA DE SEGURANÇAMEDIDA DE SEGURANÇA ● É uma sanção penal. ● Tem finalidade exclusivamente preventiva. ● É aplicada no intuito de submeter a tratamento o autor de um fato típico e ilícito que demonstrou ser portador de periculosidade. NÃO É PENA!NÃO É PENA! CAROLINA DEFILIPPI REQUISITO 1: Prática da infração penal ● Se não ficar comprovada a autoria, não há como aplicar a medida de segurança. ● Se não há prova da materialidade, também não há como aplicar a medida de segurança. ● Se o agente praticou o fato acobertado por exclusão da ilicitude, também● Se o agente praticou o fato acobertado por exclusão da ilicitude, também não há como aplicar medida de segurança. No procedimento do Júri, a absolvição sumária é aplicada quando há causa de exclusão da ilicitude ou quando há causa de exclusão de imputabilidade. Nesse último caso, haverá a absolvição sumária e a imposição da medida de segurança (absolvição imprópria). ● Na hipótese de crime impossível, também não se aplica medida de segurança. ● Quando ausente dolo e culpa, não se impõe medida de segurança. CAROLINA DEFILIPPI REQUISITO 2: Periculosidade ● Consiste na perturbação mental, compreendendo a doença mental, o desenvolvimento mental incompleto e a dependência. � A periculosidade pode ser: ➔ Presumida: ocorre na hipótese do inimputável. O inimputável que pratica infração penal é sempre considerado perigoso e, por esse motivo, sempreinfração penal é sempre considerado perigoso e, por esse motivo, sempre receberá medida de segurança. ➔ Real: ocorre na hipótese do semi-imputável. É aquela que precisa ser demonstrada e comprovada no caso concreto. O juiz verifica se é caso de aplicação de pena ou de medida de segurança. A Lei de Tóxicos prevê para o semi-imputável que tenha perturbação mental derivada de dependência em drogas somente a possibilidade de receber pena diminuída de 1/3 a 2/3 (artigo 19, parágrafo único, da Lei n. 6.368/76). CAROLINA DEFILIPPI ESPÉCIES ● Medida de segurança detentiva: é a internação na casa de custódia e tratamento psiquiátrico (manicômio). Essa medida de segurança é obrigatória para crimes apenados com reclusão. ● Medida de segurança restritiva: consiste no tratamento ambulatorial. O condenado fica em liberdade e vai algumas vezes por semana aocondenado fica em liberdade e vai algumas vezes por semana ao consultório médico. Essa medida de segurança pode ser aplicada a crimes apenados com detenção. ObservaçãoObservação: se a pena for de reclusão, aplica-se obrigatoriamente a medida de segurança detentiva, mas se o crime for apenado com detenção, o juiz poderá escolher entre internação e tratamento ambulatorial. CAROLINA DEFILIPPI PRAZO ● A medida de segurança é aplicada por tempo indeterminado, ou seja, dura enquanto não cessar a periculosidade, podendo durar a vida inteira do condenado. ● Após um prazo mínimo, entretanto, que varia de 1 a 3 anos (de acordo com a gravidade do crime), será realizado um exame deacordo com a gravidade do crime), será realizado um exame de cessação da periculosidade. ● Se a periculosidade não cessou (exame negativo), o internado deve ter seu exame renovado de ano em ano. ● Excepcionalmente, havendo fundadas razões, o exame de cessação da periculosidade pode ser feito antes do decurso do prazo mínimo. CAROLINA DEFILIPPI PENAPENA � Pena é a sanção penal imposta pelo Estado, mediante o devido processo legal, ao autor de um fato típico e ilícito que foi reconhecido culpado, tendo como finalidade puni-lo e ressocializá-lo, bem como prevenir a prática de novas infrações mediante a intimidação penal.mediante a intimidação penal. � A pena tem dupla finalidade: ➔ prevenção especial: consiste no tratamento ressocializante e na punição ao infrator; ➔ prevenção geral: desmotivar a prática de futuras infrações mediante a ameaça de coerção. CAROLINA DEFILIPPI CARACTERÍSTICAS DA PENA 1) Legalidade: a pena deve estar cominada em lei (princípio da reserva legal – art. 5.º, XXXIX, da CF/88). 2) Anterioridade: a pena deve estar prevista em lei vigente ao tempo da infração penal (art. 5.º, XXXIX, da CF/88) 3) Irretroatividade: a pena não pode alcançar fatos anteriores a ela (art. 5.º, XL, da CF/88). 4) Proporcionalidade: a pena deve ser proporcional ao crime. A resposta penal do Estado deve ser proporcional à agressão.Estado deve ser proporcional à agressão. 5) Individualidade: a pena deve ser individualizada segundo as características de cada autor. 6) Personalidade: a pena não pode passar da pessoa do delinqüente (art. 5.º, XLV, da CF/88). 7) Humanidade: estão proibidas as penas cruéis que tragam castigos físicos, que acarretem infâmia para o condenado ou trabalhos forçados. 8) Inderrogabilidade: é a certeza da aplicação da pena. CAROLINA DEFILIPPI ESPÉCIES DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADEPRIVATIVA DE LIBERDADE RESTRITIVA DE DIREITORESTRITIVA DE DIREITORESTRITIVA DE DIREITORESTRITIVA DE DIREITO MULTAMULTA CAROLINA DEFILIPPI PENA PRIVATIVA DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADELIBERDADE PENA PENA RECLUSÃORECLUSÃO DETENÇÃODETENÇÃO PENA PENA PRIVATIVA DE PRIVATIVA DE LIBERDADELIBERDADE REGIME FECHADO REGIME SEMI- ABERTO REGIME ABERTO REGIME SEMI- ABERTO REGIME ABERTO CAROLINA DEFILIPPI REGIMES DE CUMPRIMENTO regimeregime fechadofechado: estabelecimentos de segurança máxima e média; regime inicial quando a pena aplicada exceda a 8 anos regimeregime semisemi--abertoaberto: é aquele em que a pena é cumprida em colônias penais agrícolas e industriais; regime inicial quando a pena aplicada for superior a 4 anos, mas não exceder a 8 anos;aplicada for superior a 4 anos, mas não exceder a 8 anos; regimeregime abertoaberto: o sujeito trabalha durante o dia e, à noite e nos dias de folga, deve se recolher à casa do albergado ou à prisão ou estabelecimento congênere; regime inicial quando a pena aplicada for igual ou inferior a 4 anos. CAROLINA DEFILIPPI IMPORTANTE ● No caso de pena de reclusão, se o condenado for reincidente, sua pena começa a ser cumprida obrigatoriamente em regime fechado; o critério quantitativo só vale para os primários. ● No caso de pena de reclusão, se o condenado, embora primário, não preencher os requisitos do art. 59 do CP (bons antecedentes, boa conduta social etc.), começará, obrigatoriamente, em regime fechado. ● No caso de pena de detenção, se o condenado for reincidente, ou não preencher os requisitos do art. 59 do CP, começará, obrigatoriamente, em regime semi-aberto. CAROLINA DEFILIPPI PROGRESSÃO DE REGIME ● A Lei de Execução Penal exige para progressão de pena o cumprimento 1/6 de da pena no regime anterior, não podendo haver passagem direta do regime fechado para o aberto. ● É preciso também que o condenado tenha mérito para a progressão, sendo esta autorizada pelo Juiz. ● Atualmente, é possível progressão de regime para crimes● Atualmente, é possível progressão de regime para crimes hediondos desde que o condenado cumpra 2/5 da pena se for primário e 3/5 se for reincidente em crime hediondo, além de cumprir os requisitos subjetivos. 1/6 1/6 PARA TODOS OS CRIMES REQUISITOS SUBJETIVOS PARA OS CRIMES HEDIONDOS: 2/5 – RÉU PRIMÁRIO 3/5 – REÚ REICIDENTE EM CRIME HEDIONDO CAROLINA DEFILIPPI PRISÃO DOMICILIAR ● Existem algumas hipóteses (art. 117 da LEP) em que o condenado em regime aberto tem o direito de se recolher, à noite e nos dias de folga, à sua própria residência em vez da Casa do Albergado: ➢condenado que tem mais de 70 anos;➢condenado que tem mais de 70 anos; ➢condenada gestante; ➢condenada ou condenado com filho menor ou deficiente físico ou mental; ➢condenado acometido de doença grave. CAROLINA DEFILIPPI REGRESSÃO DE REGIME ● É a volta de condenado para o regime mais rigoroso. ● É possível a regressão por salto, ou seja, pode o condenado que está cumprindo a pena em regime aberto regredir diretamente para o regime fechado.diretamente para o regime fechado. ● Na pena de detenção, existe a regressão para o regime fechado, havendo, então, a possibilidade de o condenado cumprir a pena em regime fechado (o que não pode ocorrer na pena de detenção é iniciar a pena em regime fechado). CAROLINA DEFILIPPI PENA RESTRITIVA DE DIREITOPENA RESTRITIVA DE DIREITO � As penas restritivas de direitos subdividem-se em: ➔ penas restritivas de direitos stricto sensu; ➔ penas restritivas de direitos pecuniárias. Essa espécie de pena é aplicada em substituição à penaEssa espécie de pena é aplicada em substituição à pena privativa de liberdade. Primeiro o Juiz aplica a pena privativa de liberdade na sentença condenatória. Em seguida, se estiverem preenchidos os requisitos legais, substituirá essa pena por uma das penas alternativas restritivas de direito. CAROLINA DEFILIPPI PENA RESTRITIVA DE DIREITOPENA RESTRITIVA DE DIREITO Art. 43. As penas restritivas de direitos são: I – prestação pecuniária; II – perda de bens e valores; III – (VETADO) IV – prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; V – interdição temporária de direitos; VI – limitação de fim de semana. CAROLINA DEFILIPPI PrestaçãoPrestação pecuniáriapecuniária ● Consiste na obrigação do condenado de pagar a quantia de 1 até 360 salários mínimos para a vítima ou para os seus herdeiros, ou ainda para instituição com finalidade social. ● Quando o pagamento for para a vítima ou para os herdeiros, esse valor será descontado da indenização pelo dano ex delicto. ● O valor é fixado de acordo com o que o Juiz entender necessário para a reprovação do delito, levando-se em conta dois parâmetros: 1.º – extensão do prejuízo; e 2.º – capacidade econômica do agente. ● O Juiz, em vez de fixar a prestação de um valor, poderá fixar a prestação de qualquer coisa (ex.: cesta básica). CAROLINA DEFILIPPI PerdaPerda dede bensbens ee valoresvalores ● É um confisco dos bens do condenado em favor do Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN). ● O parâmetro para se calcular o confisco é o montante do prejuízo causado ou a extensão do lucro da vantagem obtida. ● A perda de bens e valores recai sobre o patrimônio lícito do agente e nunca sobre bens de origem ilícita. ● A pena não pode passar da pessoa do delinqüente. A Constituição prevê que a obrigação de reparar o dano (natureza civil) e a decretação do perdimento de bens podem ser estendidas aos sucessores, até o limite do valor do patrimônio transferido PRODUTO DO CRIME PROVEITO DO CRIME Origem direta do crime. Readquirido por meio de busca e apreensão. Origem indireta do crime. Readquirido por meio de seqüestro.CAROLINA DEFILIPPI Prestação de Prestação de serviços à comunidadeserviços à comunidade ● É a obrigação do condenado de prestar serviços em favor de entidades assistenciais, orfanatos, creches etc., ou em favor de entidade pública, por 8 horas semanais. Só poderá ser imposta quando a pena privativa aplicada for● Só poderá ser imposta quando a pena privativa aplicada for superior a 6 meses. ● Não há remuneração, as tarefas são gratuitas. ● Se o sujeito for condenado à pena superior a um ano, o Juiz poderá determinar que a prestação de serviços seja diminuída até a metade da pena aplicada (esse benefício não se aplica somente à pena de prestação de serviços, mas a qualquer pena restritiva de direitos). CAROLINA DEFILIPPI LimitaçãoLimitação dede fimfim dede semanasemana ● O condenado deverá comparecer à Casa do Albergado ou estabelecimento congênere e, durante 5 horas no sábado e 5 horas no domingo. Deverá assistir a palestras.● Deverá assistir a palestras. ● Não é utilizada, apesar de disposta em lei. CAROLINA DEFILIPPI InterdiçõesInterdições temporáriastemporárias dede direitosdireitos ● Proibição do exercício de função pública ou de mandato eletivo: é a chamada “pena específica”; somente pode ser aplicada nos crimes cometidos no exercício de função pública ou no mandato eletivo (violando deveres inerentes à função). ● Proibição do exercício de profissão ou atividade que dependa de habilitação especial ou licença do Poder Público: também é umahabilitação especial ou licença do Poder Público: também é uma pena específica, só podendo ser aplicada aos crimes cometidos no exercício da profissão ou atividade, que violem deveres inerentes a ela. ● Suspensão da habilitação para dirigir veículo: aplicada nos crimes de trânsito. Alguns autores entendem que essa pena foi revogada pelo CTB. ● Proibição de freqüentar determinados lugares. CAROLINA DEFILIPPI REQUISITOSREQUISITOS ● Objetivos (que dizem respeito ao fato e à pena): ➔que a pena aplicada seja igual ou inferior a 4 anos. ➔tratando-se de crime culposo, não existe limite de pena, ou seja, esse máximo de 4 anos somente vale para os crimes dolosos (no caso de concurso de crimes, o que interessa é o resultado final da somatória das penas);resultado final da somatória das penas); ➔crime cometido sem violência ou grave ameaça (não se aplica ao crime culposo). ● Subjetivos (que dizem respeito ao agente): ➔não reincidência em crime doloso ➔se a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade e os motivos do crime aconselharem a substituição. CAROLINA DEFILIPPI OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES � Se a pena for igual ou inferior a um ano, o Juiz poderá substituir por somente uma restritiva ou somente pela pena de multa. � Lesão corporal leve, ameaça, constrangimento ilegal e vias de fato: são infrações de menor potencial ofensivo, admitindofato: são infrações de menor potencial ofensivo, admitindo transação penal antes mesmo de proposta a ação. � Crime de dano: pode ser aplicada a substituição, visto que a violência é aplicada contra a coisa e não contra a pessoa. CAROLINA DEFILIPPI Conversão da Pena Restritiva de Direito em Conversão da Pena Restritiva de Direito em Pena Privativa de LiberdadePena Privativa de Liberdade � A única pena que não pode ser convertida é a de multa. Todas as outras penas alternativas podem ser convertidas em penas privativas de liberdade. As hipóteses de conversão são as seguintes:seguintes: ● descumprimento da restrição imposta; ● se o sujeito sofre condenação, transitada em julgado, à pena privativa de liberdade, desde que isso torne impossível a manutenção da pena alternativa. � Convertida a pena, aproveita-se o tempo cumprido, por expressa disposição legal; se estiverem faltando menos de 30 dias quando se operar a conversão, o condenado deverá cumprir, no mínimo, 30 dias (saldo mínimo).CAROLINA DEFILIPPI Penas Restritivas de Direitos Penas Restritivas de Direitos � A única pena que não pode ser convertida é a de multa. Todas as outras penas alternativas podem ser convertidas em penas privativas de liberdade. As hipóteses de conversão são as seguintes: ● descumprimento da restrição imposta;descumprimento da restrição imposta; ● se o sujeito sofre condenação, transitada em julgado, à pena privativa de liberdade, desde que isso torne impossível a manutenção da pena alternativa. � Convertida a pena, aproveita-se o tempo cumprido, por expressa disposição legal; se estiverem faltando menos de 30 dias quando se operar a conversão, o condenado deverá cumprir, no mínimo, 30 dias (saldo mínimo). CAROLINA DEFILIPPI MULTAMULTA É uma das espécies de pena alternativa. É a única pena alternativa que não pode ser convertida em pura privativa de liberdade. � O Código não traz o valor da multa em moeda corrente, que por esse motivo deve ser calculado. São três etapas para se calcular o valor da multa: calcular o número de dias-multa;➔ calcular o número de dias-multa; ➔ calcular o valor, em moeda corrente, de cada dia-multa; ➔ multiplicar o valor de cada dia-multa pelo número de dias-multa a que o sujeito foi condenado. � Esse critério foi criado em um período de grande inflação e os valores que eram fixados no Código acabaram ficando defasados. As leis especiais que previam multa com um sistema diferente do valor em moeda (em salário mínimo, unidade de valor etc.) não sofreram nenhuma alteração.CAROLINA DEFILIPPI MULTAMULTA ● O número de dias-multa varia entre um mínimo de 10 e o máximo de 360 (art. 49 do CP). ● O valor de cada dia-multa varia de 1/30 até 5 salários mínimos, levando em conta a capacidade econômica do condenado. ● Se o valor de cada dia-multa, em função da capacidade econômica, tornar-se reduzido, pode ser multiplicado em até 3 vezes.reduzido, pode ser multiplicado em até 3 vezes. ● Para a fixação do valor de cada dia-multa, deve-se levar em conta o valor do salário- mínimo vigente na data em que o fato é praticado (princípio da anterioridade da pena). ● Sobre esse valor incide atualização monetária. A correção monetária, de acordo com o entendimento do STJ, incide a partir da data do fato. ● Em caso de superveniente doença mental, suspende-se a execução da multa. CAROLINA DEFILIPPI MULTAMULTA MÍNIMO VALOR DE CADA DIA- MULTA QUATIDADE DE DIA- MULTA 1010 1/30 1/30 SALÁRIO SALÁRIO MÍNIMO 1010 360360 1/30 1/30 SALÁRIO SALÁRIO MÍNIMOMÍNIMO 5 X 5 X SALÁRIO MÍNIMOSALÁRIO MÍNIMO MÁXIMO CAROLINA DEFILIPPI EXECUÇÃO DA MULTAEXECUÇÃO DA MULTA ● Para os fins de cobrança, a multa é considerada dívida tributária; ● Sua natureza, no entanto, continua sendo a de pena e por esse motivo não pode passar da pessoa do condenado (art. 5.º, XLV, da CF/88). ● Transitada em julgado a condenação, o Ministério Público pede ao Juízo da execução penal a citação do condenado para o pagamentoJuízo da execução penal a citação do condenado para o pagamento da multa dentro do prazo de 10 dias. ● Superado esse prazo sem o pagamento, é extraída uma certidão pormenorizada do ocorrido, remetendo-se esta para a Procuradoria Fiscal (cuja função, no âmbito comum, é exercida pela Procuradoria do Estado) para inscrição na dívida ativa. ● A execução se processa perante a Vara da Fazenda Pública. ● A prescrição passa a ser a da legislação tributária, ou seja, o prazo da execução fiscal, que é de 5 anos. ● As causas interruptivas e suspensivas da prescrição também são as da legislação tributária (art. 51 do CP).CAROLINA DEFILIPPI EXAME DA OAB 1. Na perspectiva de um Estado Democrático de Direito, a intervenção punitiva estatal deve: a) proteger integralmente todos os bens jurídicos, mediante tipificação. b) cuidar para que a pena não constitua violência contra o condenado. c) realizar primordialmente os objetivos da prevenção geral, ou seja, retribuir o mal causado. d) em favor da celeridade, admitir exceções às garantias fundamentais. 02. Sobre a punibilidade, julgue certo ou errado:02. Sobre a punibilidade, julgue certo ou errado: I. No ordenamento brasileiro a pena tem mero caráter de retribuição. II. São espécies de pena: restritiva de direito, privativa de liberdade e multa. III. A prisão simples é uma pena privativa de liberdade. IV. Os embriagados fortuitamente que cometem crime não recebem pena. V. A multa é uma pena que sempre será substitutiva.VI. O princípio da individualização da pena diz que a pena não pode passar da pessoa do condenado. Estão corretos: a) I, II, IV b) IV, I, III, VI c) III, VI, V d) II, IV, III CAROLINA DEFILIPPI EXAME DA OAB 3. Em sendo aplicada pena privativa de liberdade inferior a seis meses a réu primário e de bons antecedentes, o juiz a) pode, facultativamente, substituir a pena pela de multa, se prevista como pena alternativa cominada ao crime; b) só deve substituir a pena pela de multa se prevista como pena alternativa ao crime e constar de proposta pelo Ministério Público de aplicação imediata; c) só deve operar a substituição, se, além das condições constantes da letra anterior, concorrer o ofendido com sua aquiescência; d) tem o poder - dever de substituir a pena privativa de liberdade pela de multa, aindad) tem o poder - dever de substituir a pena privativa de liberdade pela de multa, ainda que não conste esta como pena alternativa ao crime descrito na parte especial do Código Penal. 4. "A" (funcionário público) foi denunciado por peculato. No correr do processo, apurou-se, no dia do fato, que o réu, em razão de doença mental, não entendia o caráter ilícito do fato. Assim, aplicar-se-lhe-á(ão) a) pena e medida de segurança b) pena c) pena ou medida de segurança d) medida de segurança CAROLINA DEFILIPPI
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