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Ministério da Educação Instituto Federal Catarinense Curso de Engenharia Agronômica Professora: Cristina Claumann Freygang Disciplina: Bioquímica PRÁTICA 03: CARACTERIZAÇÃO DE CARBOIDRATOS E OBSERVAÇÃO DE AMIDO. Lays Da Rosa Goulart Câmpus Santa Rosa do Sul, Abril, 2016 INTRODUÇÃO Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes do planeta Terra, sendo que carboidratos como o açúcar e o amido, fazem parte da base da dieta na maior parte do mundo e sua oxidação é a principal via metabólica fornecedora de energia na maioria das células não-fotossintéticas (LEHNINGER, 2006). A importância dessas biomoléculas para os seres vivos está no fato que além do armazenamento (amido, glicogênio) e fornecimento de energia (açúcares), elas podem exercer papel estrutural, oferecendo rigidez às cascas e polpas de algumas frutas (pectinas) e contribuindo para a conformação da parede celular vegetal (NEVES. V et al, 2016). Os monossacarídeos, glicose e frutose são exemplos de açúcares redutores que por possuírem grupo carbonílico e cetônico livres são capazes de se oxidarem na presença de agentes oxidantes em soluções alcalinas. O amido está presente em quase todos os vegetais conhecidos, sua principal função é armazenar a energia da fotossíntese. Tendo como razão para transformar o açúcar em amido é que esta forma de armazenamento é mais vantajosa para a planta, por que a molécula de amido é insolúvel em soluções aquosas na temperatura ambiente e assim, não acontece perda por osmose devido à grande quantidade de açúcar armazenado. Várias estruturas das plantas são capazes de sintetizar amido, como a folha, o caule, raízes e grãos, porém somente alguns vegetais possuem a capacidade de sintetizar amido em quantidade suficiente de extração comercial, como por exemplo: tubérculos, raízes e grãos. O objetivo deste relatório foi caracterizar carboidratos através da presença de açúcares redutores em glicose, sacarose, frutose e amido através do reativo de Benedict e também realizar a verificação da presença de amido e classificar por quantidade em 3 diferentes amostras sendo elas: banana, limão e folhas de plantas através da tintura de iodo. MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Utilizados: Água Destilada 1 Banana Glicose 0,1 mol/L 1 Limão Frutose 0,1 mol/L Folhas de qualquer planta Sacarose 0,1 mol/L 2 Béqueres 250mL Amido 1% 9 Tubos de ensaio Reativo de Benedict 1 Almofariz Tintura de Iodo 1 Pistilo MÉTODOS: Prática 01: Caracterização de Carboidratos por presença de açúcares redutores. Em 5 tubos de ensaios numerados contendo respectivamente: 1 mL de água destilada, 1mL de glicose 0,1 mol/L, 1mL de frutose 0,1mol/L, 1 mL de sacarose 0,1 mol/L e 1mL de amido 1%, foram adicionados a cada um deles 3 mL do Reativo de Benedict e colocados em banho Maria durante 5 minutos e observados os resultados. Prática 02: Observação de Amido. Em um almofariz com o auxílio de um pistilo foi macerada uma banana, diluída com 1 mL de água destilada e colocada no tubo de ensaio 1. Em seguida também em um almofariz com auxílio de um pistilo foram maceradas folhas de uma planta qualquer, diluídas com 1 mL de água destilada e colocado no tubo de ensaio 2 e o mesmo foi feito com o limão e colocado no tubo de ensaio 3. Onde foi acrescentado 1mL de tintura de iodo em todos os tubos de ensaio e observados os resultados. RESULTADOS E DISCUSSÃO Prática 01: Caracterização de Carboidratos por presença de açúcares redutores. Resultado da Reação de Benedict antes e depois do aquecimento: Açúcar Antes de Aquecer Depois de Aquecer Branco Azul Azul Glicose Azul Azul Frutose Azul Azul escurecido Sacarose Azul Azul mais claro Amido Azul Azul fosco Figura 1 Resultados mostrados na tabela. O Reativo de Benedict é um reagente químico de cor azulada, desenvolvido pelo químico americano Stanley Rossiter Benedict, geralmente usado para detectar a presença de açúcares e açúcares redutores. Onde o aparecimento de um precipitado de coloração vermelho-tijolo indica que os íons Cu2+ do reagente de Benedict foram reduzidos a Cu+, indicando presença de açúcar redutor. O resultado que apresentou cor azul, igual o branco (água) é aquele que não possui nenhum tipo de açúcar redutor. Já o tubo 3 (Frutose) apresentou coloração escurecida em relação ao branco demonstrando a presença de açúcar simples, porém segundo a reação de Benedict por a frutose ser um açúcar redutor deveria ter mudado a coloração para vermelho tijolo, gerando assim duvidas sobre o que poderia ter dado errado durante a reação. Os acadêmicos não souberam explicar o motivo de não ocorrer a total mudança de cor para laranja, somente apenas um escurecimento leve. O amido (tubo 5) sendo um açúcar deveria apresentar uma coloração avermelhada, no entanto não há alteração da cor ao adicionar o reagente de Benedict porque o amido é um homopolisacarídeo não-redutor, e enquanto não houver hidrólise não haverá reação por isso a cor permanecerá azul original a do reagente, apenas apresentou uma coloração fosca. Prática 02: Observação de Amido. Após a observação das reações em comparação ao tubo 1 Branco (Água), ou seja, sem a presença de amido. O Tubo 2 (Banana) apresentou resultado positivo, pois contém muito amido tendo apresentado até a formação de grumos. O tubo 3 (Limão) apresentou resultado negativo pois o limão é acido e não contém amido. O tubo 4 (Folhas) obteve resultado mais ou menos indicando que existe sim amido nas folhas porém não em grande quantidade como é o caso da banana. Como pode ser observado na imagem abaixo: CONCLUSÃO Essa prática foi de grande importância para os acadêmicos, devido possibilitar um aprendizado de forma diversificada e de maneira dinâmica sobre os carboidratos algumas de suas reações. Também ensinou a caracterizar a presença de carboidratos que junto ao reativo de Benedict reduz os íons Cu2+ a Cu+ indicando a presença de açúcares redutores. E por fim ensinou a observar a presença de amido através da visualização da troca de coloração e formação de grumos do amido em contato com tintura de iodo. REFERÊNCIAS NEVES. V et AL. Experimentos de Bioquímica. Disponível: < http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/introducao_carboidratos/introducao_ch.htm>. Acesso em: 22 de abril de 2016. LEHNINGER, A. L.; NELSON, K. Y. Princípios de Bioquímica. 4. ed. São Paulo: Sarvier, 2006. 839p. FOGAÇA. J. Verificação de presença de amido em alimentos. Disponível em: < http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/verificacao-presenca-amido-alimentos.htm>. Acesso em: 22 de abril de 2016.
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