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Fibromialgia Por: Flaviane Bachim de Oliveira Histórico 1600...- “Reumatismo muscular” – sintomas semelhantes a Fibromialgia (FM) 1815 - William Baulfur – Descreveu a fibromialgia + “tender points” (FM) 1841 – Valleix – “trigger points” –Dor Miofascial 1904 – Sir William Gowers – “Fibrosite” Fibromialgia Inanici F, Yunus MB. 2004 Fibromialgia Histórico 1977 – Smythe e Moldofsky – Conceituação atual da fibromialgia descreveram determinados sítios anatômicos, denominados tender points (pontos dolorosos), que eram mais sensíveis à palpação em pacientes com fibrosite do que em indivíduos normais. 1981 – Yunus e col. – “fibromialgia”- 1º estudo clinico controlado com validação dos sintomas da FM. 1986 - Drogas Serotoninérgicas e Norepinefrinergicas se mostraram efetivas. 1990 – ACR (Colégio Americano de Reumatologia) – Critérios para classificação de Fibromialgia Fibromialgia Inanici F, Yunus MB. 2004 Fibromialgia Definição FM: Síndrome dolorosa crônica, não inflamatória, de etiologia desconhecida, que se manifesta no sistema músculo-esquelético. Acompanhada, em geral, por alterações neuropsicológicas. Fibromialgia Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Epidemiologia Prevalência: 2% na população geral Relação: ♀ 6-10 : 1♂ Ambulatório de Reumatologia: 15% Ambulatório de Clinica Geral: 10% Maior incidência : 30 – 50 anos Fibromialgia Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Epidemiologia Associação a outras dçs. reumatologicas: 25% artrites reumatóide; 30% lúpus eritematosos sistêmicos; 50% síndromes de Sjögren. FM + Depressão Custo/Ano/Pac/EUA: >U$: 9.573,00 Fibromialgia FM não é um diagnóstico de exclusão! Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Etiologia/Fisiopatogenia Etiologia: Desconhecida. Fisiopatologia: Alterações na concentração de neurotransmissores ↓ serotonina e ↑ subst. P (Nt. da sensibilidade dolorosa) Distúrbios no metabolismo energético muscular (alteração da microcirculação-> isquemia e dor) Distúrbios do sono (má qualidade do sono altera a performance muscular/ disposição física) Fibromialgia Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Quadro Clínico: Bastante rico Pacientes poliqueixosos Sintoma característico é a dor generalizada Agrava pelo frio, umidade, mudança climática, tensão emocional ou por esforço físico. Tipo: pontada, queimação, sensação de peso, entre outras. Mal localizada Localizações mais comuns são: Coluna vertebral, Cinturas escapular e pélvica Parede anterior do tórax (fato que com relativa frequência leva o paciente aos serviços de urgência cardiológica) Fibromialgia Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 consulta tende a ser demorada, exigindo anamnese e exame físico detalhado. Fibromialgia Quadro Clínico: Rigidez articular (≠ AR) Fadiga e Astenia (bom parâmetro na evolução da doença e resposta ao tratamento) Distúrbio do sono Parestesia “Sensação de inchaço” Outros sintomas: cefaléia, tontura, zumbido, dor torácica atípica, palpitação, dor abdominal, constipação, diarréia, dispepsia, tensão prémenstrual, urgência miccional, dificuldade de concentração e falta de memória 30-50% dos pacientes apresentam depressão 1/3 dos pacientes possuem outros distúrbios psicológicos. Fibromialgia Alteração psicopatológica não é causa da FM Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 sensação de exaustão fácil e dificuldade para realização de tarefas laborais ou domésticas. Parestesia não respeita o dermatomo. Inchaço não observado pelo examinador e sem relação a processos inflamatórios submetendo-se a inúmeros exames complementares na tentativa de chegar a um diagnóstico Fibromialgia Exame físico Poucos achados Bom aspecto geral, sem evidência de doença sistêmica, sem sinais inflamatórios, sem atrofia muscular, sem alterações neurológicas, com boa amplitude de movimentos e com força muscular preservada. O único achado clínico importante é a presença de sensibilidade dolorosa em determinados sítios anatômicos, os tender points. Fibromialgia Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Exame físico Fibromialgia Subocciptal - na inserção do músculo subocciptal; Trapézio - ponto médio do bordo superior, numa parte firme do músculo; Supra-espinhoso - acima da escápula, próximo à borda medial, na origem do músculo supra-espinhoso; Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Exame físico Fibromialgia 4. Cervical baixo - atrás do terço inferior do esternocleidomastoideo, no ligamento intertransverso C5-C6; 5. Segunda junção costo-condral - lateral à junção, na origem do músculo grande peitoral Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Exame físico Fibromialgia 6. Epicôndilo lateral - 2 a 5 cm de distância do epicôndilo lateral; Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Exame físico Fibromialgia 7. Joelho - no coxim gorduroso, pouco acima da linha média do joelho. Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Exame físico Fibromialgia 8. Trocantérico - posterior à proeminência do grande trocanter; Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Exame físico Fibromialgia 9. Glúteo médio - na parte média do quadrante súpero-externo na porção anterior do músculo glúteo médio Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Exame físico Fibromialgia Pelo menos 11 pontos doloridos em 18 palpados é recomendado para o diagnóstico, mas não deve ser considerado como essencial. Não existem exames complementares, ao menos que ocorra patologias concomitantes. Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Diagnóstico Fibromialgia “As três Graças” de Pieter Paul Rubens Fibromialgia Diagnóstico Dor musculoesquelética generalizada (porção superior e inferior, bilateralmente) por mais de 3 meses; Presença de pelo menos 11 dos 18 pontos do “Tender Points” Fibromialgia American College of Reumayology, 1990: Fibromialgia Diagnóstico Índice de Dor Generalizada (IDG) ≥ 7 + Escala de Severidade dos Sintomas (ESS) ≥ 5 Ou IDG entre 3-6 + ESS ≥ 9; Presença de sintomas há pelo menos 3 meses. Ausência de outra dç que possa explicar o quadro. Fibromialgia American College of Reumayology, 2010: 3 critérios abaixo: (obrigatoriamente) Fibromialgia Diagnóstico ÍNDICE DE DOR GENERALIZADA (IDG): Somar o nº de regiões que apresentaram dor ao longo da última semana (Máx=19): Fibromialgia PESCOÇO MANDIBULA D MANDIBULA E OMBRO D OMBRO E BRAÇO D BRAÇO E ANTEBRAÇO D ANTEBRAÇO E TÓRAX ABDOME DORSO SUPERIOR DORSO INFERIOR QUADRIL D QUADRIL E COXA D COXA E PERNA D PERNA E Fibromialgia Diagnóstico ESCALA DE SEVERIDADE DOS SINTOMAS (ESS): Somar a gravidade dos 3 sintomas principais + a gravidade dos sintomas somáticos gerais (Máx=12): Fibromialgia Gradação dos 3 sintomas principais abaixo: Ausente= 0 Leve= 1 Moderado= 2 Grave= 3. - Fadiga - Sono não reparador - Alterações cognitivas Presença de sintomas somáticos: - Nenhum sintoma = 0 Poucos sintomas= 1 Um nº moderado= 2 Uma grande carga= 3. Fibromialgia Diagnóstico diferencial Fibromialgia S. da Dor Miofascial Mais semelhante à FM; Tigger points: áreas de maior ativação muscular, com atividade elétrica detectável e que induzem a uma dor referida e estereotipada quando estimulados. À palpação da musculatura: nódulos fibróticos ou bandas musculares tensas Periartrites múltiplas Polimialgia Reumática Dermatopolimiosites Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Diagnóstico diferencial Fibromialgia Miopatias endócrinas hipo/hipertireoidismo, hiperparatiroidismo, insuficiência adrenal. Miopatias metabólicas por álcool ou drogas corticosteróide, cimetidina, estatina, fibratos, drogas ilícitas. Depressão ou Ansiedade Síndromes paraneoplásicas Síndrome da Fadiga Crônica Doença de Parkinson Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Tratamento Fibromialgia Medidas farmacológicas e não farmacológicas Resultados ainda limitados Menos de 50% apresentam alguma melhora Somente 3% apresentam remissão total Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Tratamento Fibromialgia OBJETIVOS: Alívio da dor generalizada e localizada Melhora da qualidade do sono Restabelecimento do equilíbrio emocional Melhora do condicionamento físico e da fadiga Tratamento de doenças concomitantes. Educar e informar o paciente e os seus familiares. (informações sobre a síndrome e assegurando-lhes que seus sintomas são reais) Fibromialgia Tratamento Farmacológico Fibromialgia Antidepressivos tricíclicos: Diminuem a receptação de serotonina e noradrenalina. Pode também inibir os receptores NMDA. Ex: Amitriptilina12,5 – 25 mg; Ciclobenzaprina 5 – 10 mg. Inibidores seletivos da recaptaçãoda serotonina: Ex: fluoxetina 20-40mg. Utilizar principalmente quando houver depressão concomitante. Inibidores seletivos da receptação da serotonina, norepinefrina e dopamina: Ex: venlafaxima37,5 –150mg, nefazodona100-150mg ou trazodona50-150mg. Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Tratamento Farmacológico Fibromialgia Benzodiazepínicos: utilizados na ansiedade associada ou não a depressão. Ex: alprazolam 0,5-3,0 mg. Hipnóticos: utilizados na indução do sono. Ex: zoplicone7,5mg ou zolpidem5-15mg. Analgésicos: melhora a dor difusa, mas não reduz os tender points. Ex: cloridrato de tramadol ou paracetamol com codeína. Antiinflamatórios: melhora da dor associada a processos inflamatórios articulares ou periarticulares. Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Tratamento Não-farmacológico Fibromialgia Exercícios aeróbicos (↑ endorfina) Tratamento cognitivo-compotamental Biofeed-back Hipnoterapia Acupuntura e eletroacupuntura Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004 Fibromialgia Fibromialgia Maria das Dores. Das dores noturnas, das dores sofridas, das dores sentidas, das dores de amores que nunca viveu. Mas um dia, Maria aos males deu fim. Maria das Dores, das dores morreu. Fernando Neubarth Obrigada! Fibromialgia