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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Prof.ª Lucia Helena Porto REVISÃO AULAS 6 a 10 A prova - um momento privilegiado de avaliação O QUE É UMA PROVA ? - ato ou efeito de provar - operação pela qual se testa o valor de algo; - exame ; concurso; competição desportiva Na área de educação,a prova tem uma conotação semelhante. O aluno tem que mostrar o que sabe, tirar nota alta, ser bem classificado. 2 A PROVA DEVE REVELAR EM QUE GRAU OS ALUNOS APRENDERAM UM CONJUNTO DE HABILIDADES OU UM TIPO DE CONHECIMENTO. Elas devem revelar também: - Por que os alunos aprenderam um determinado conteúdo ? - O que os alunos aprenderam melhor ? - O que os alunos deixaram de aprender ? - O que os alunos aprenderam a mais ? 3 CONSIDERAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROVAS IMPORTÂNCIA – as questões devem deter-se nos pontos mais importantes do programa. EFICIÊNCIA – o número de questões deve ser suficiente para o tempo disponível. DIFICULDADE –utilizar questões difíceis, médias e fáceis OBJETIVIDADE – a resposta deve ser aceita por outros professores 4 ANÁLISE DAS PROVAS - VERIFICAR : erros de conteúdo ou de linguagem. examina o que se deseja ; deve ter um foco. uma questão dá a resposta de outra há a ordem crescente de dificuldade. Essas observações fazem com que o aluno : - construa de forma lógica o seu raciocínio - sinta-se encorajado a concluir a prova - não perca muito tempo com questões difíceis 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS - A NOTA É o registro dos resultados da avaliação. Não é um instrumento de avaliação. A nota só tem significado quando o professor estabelece relações entre erros e acertos : que conteúdo teve maior índice de erros e acertos ? que alunos acertaram ou erraram mais ? 6 A ELABORAÇÃO DAS QUESTÕES Uma prova ou um teste pode apresentar questões objetivas ou discursivas. OBJETIVAS – são aquelas que só admitem uma resposta DISCURSIVAS – são aquelas que exigem respostas mais extensas dando ao aluno liberdade para responder como julgar melhor. 7 PROVAS COM QUESTÕES OBJETIVAS REMEMORAR / RECONHECER a resposta CARACTERÍSTICAS - o enunciado deve ser claro e preciso de modo a indicar uma só resposta - devem abranger as partes mais relevantes da matéria 8 EXEMPLOS DE QUESTÕES OBJETIVAS LACUNA – verifica situações da aprendizagem que solicitam memorização Devem ser evitadas afirmações longas e indefinidas, respostas longas, colocação de espaços no início das afirmações. CERTO OU ERRADO – verifica a capacidade de compreensão e o raciocínio do aluno. não : ao sentido ambíguo do enunciado; as frases longas com explicações; as frases com mais de uma ideia; as frases negativas 9 ASSOCIAÇÃO – verifica a compreensão ou memória do aluno. A série das respostas deverá ter um número maior de elementos e estas devem ser curtas. ORDENAÇÃO - verifica o raciocínio lógico ou memória do aluno. Deve ser indicado o critério(ordem lógica,crescente, qualitativa ) de ordenação dos elementos. 10 MÚLTIPLA ESCOLHA – série de elementos dentre os quais se deve escolher a opção certa. Pode ser utilizada para qualquer nível de raciocínio. Quanto ao enunciado : deve ser claro contendo todo o problema , para que o aluno saiba o que se espera dele; não deve conter elementos inúteis para que se compreenda o sentido correto da resposta; deve ser evitado o uso de questões que destaquem o negativo, o erro. 11 PROVAS COM QUESTÕES DISCURSIVAS da elaboração apresenta número pequeno de questões ; exclui o acerto casual devem conter verbos de sentido restrito como : organizar, descrever, discutir, definir, justificar, da correção especificar os fatores a considerar na avaliação da resposta. 12 A Taxionomia de Bloom e as questões de prova Reconhecimento É uma operação de pouca complexidade. Elas usam , predominantemente, a memorização. Compreensão - além do reconhecimento, há uma identificação de elementos que dão significado ao objeto de conhecimento Aplicação - transposição da compreensão de um objeto de conhecimento, um caso específico, uma situação –problema 13 Análise - parte-se de um todo para a análise de suas partes, indicando os parâmetros para a análise e explicita-se o objetivo da análise. Síntese - é o oposto da análise; usam-se diversas partes para estabelecer as características de um todo . Avaliação ( julgamento )- nível de maior complexidade , pois há a emissão de juízo de valor . Não há o certo e o errado 14 O erro na avaliação da aprendizagem. O erro como um processo de reconstrução do conhecimento. Os novos estudos sobre o erro revelaram que este é um poderoso auxiliar do professor para a reconstrução do conhecimento. O erro como um momento de reflexão e não um castigo 15 Conhecer a realidade do aluno Trabalhar a partir dos erros e obstáculos da aprendizagem Planejar e construir questões adequadas ao grupo, o saber perguntar. Atividades diversas para um mesmo conteúdo. Analisar os resultados das avaliações 16 Como tornar a avaliação mais eficiente e eficaz ? Utilizar parâmetros para a correção Utilizar palavras precisas no comando das questões ; contextualizar as questões Propor questões operatórias - Questões operatórias são aquelas que exigem respostas em níveis mais avançados de conhecimento. 17 A AVALIAÇÃO E O FRACASSO ESCOLAR A avaliação é um pressuposto para “passar de ano ” X adquirir novos conhecimentos, habilidades para ampliar competências. A nota continua definindo quem vai ser aprovado, reprovado Assim, a reprovação na escola precisa ser repensada analisando-se motivos e consequências do fracasso escolar. 18 QUAIS OS MOTIVOS DO FRACASSO ESCOLAR ? O projeto de massificação da escola - através da educação serão resolvidos os problemas decorrentes do modelo de sociedade em que vivemos: violência, impunidade, corrupção, desemprego, aquecimento global, mudança de valores etc.? 19 A produção do fracasso escolar - é um fenômeno humano é um problema psíquico é um problema técnico: a culpabilização do professor é uma questão institucional: a lógica excludente da educação escolar é uma questão política: cultura escolar, cultura popular e relações de poder 20 QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DO FRACASSO ESCOLAR ? a exclusão social - precisam trabalhar para ajudar a família - moram longe da escola;- não têm apoio cultural em casa - não têm material de apoio em casa o bullying a falta de motivação a evasão escolar 21 A INCLUSÃO E A EXCLUSÃO ESCOLAR - Qual o papel da escola ? Qual o papel das políticas públicas ? A Educação Inclusiva os professores foram preparados para receber esses estudantes? O Sistema Nacional de Avaliação – Saeb e a exclusão escolar indicadores da qualidade da educação ; o risco de descontinuidade de programas 22 A MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA NA AVALIAÇÃO Não só o professor é um mediador no processo ensino-aprendizagem, mas também : a tendência pedagógica, os conteúdos escolares, a didática. 23 A TEORIA PEDAGÓGICA COMO MEDIADORA DA APRENDIZAGEM - a teoria de aprendizagem é um mediador, um meio para uma prática pedagógica bem sucedida OS CONTEÚDOS ESCOLARES COMO MEDIADORES DA APRENDIZAGEM -os conteúdos ,como mediadores, devem servir como recursos que levem o aluno a uma compreensão de mundo 24 A DIDÁTICA COMO MEDIADOR DA APRENDIZAGEM - O papel do professor é o de planejar as atividades dos alunos a fim de que eles se tornem sujeitos ativos da própria aprendizagem. exposição oral assimilação exercitação aplicação recriação criação 25 O PROFESSOR COMO MEDIADOR DA APRENDIZAGEM No papel de mediador da aprendizagem, o professor será sempre um líder a fim de chamar o aluno para um ponto à frente no processo ensino-aprendizagem. 26 COMPETÊNCIAS , HABILIDADES E ATITUDES Para Perrenoud (1997 ) “a noção de competência tem múltiplos sentidos”. Segundo ele, as competências mobilizam, integram, utilizam conhecimentos. É a aptidão para enfrentaruma situação mobilizando múltiplos recursos cognitivos: saberes, valores, atitudes, informações, raciocínio, avaliação. 27 CONHECIMENTO - é a compreensão de conceitos e técnica . É O SABER FAZER HABILIDADE - aptidão e capacidade de realizar e - está associada à experiência a ao aprimoramento contínuo. É O PODER FAZER ATITUDES - postura e modo pelo qual as pessoas agem e procedem em relação aos fatos, objetos e outras pessoas de seu ambiente. É O QUERER FAZER 28 A TEORIA DAS MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS A teoria de Gardner é uma alternativa para o conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única .Ele redefiniu a inteligência à luz das origens biológicas da habilidade para resolver problemas, através da avaliação das atuações de diferentes profissionais em diversas culturas e do repertório de habilidades dos seres humanos na busca de soluções. 29 AS MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS - QUAIS SÃO ELAS ? A Inteligência linguística ou Verbal. A Inteligência Lógico-matemática A Inteligência Espacial A Inteligência Sonora ou Musical A Inteligência Cinestésico-corporal A Inteligência Naturalista As inteligências Pessoais – interpessoal e intrapessoal 30 OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO Jacques Delors Aprender a conhecer Aprender a fazer Aprender a viver Aprender a ser 31 APRENDER A CONHECER O aprender a conhecer significa adquirir as competências para a compreensão, incluindo o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento. Quem aprende a conhecer, aprende a aprender. 32 APRENDER A FAZER Esta segunda aprendizagem enfatiza a questão da formação profissional e o preparo para o mundo do trabalho, embora quem aprende a conhecer já esteja aprendendo a fazer. Quem aprende a fazer, aprende o valor construtivo do trabalho. 33 APRENDER A VIVER Esta terceira aprendizagem enfatiza a transformação da escola em um verdadeiro centro de descoberta do outro e também um espaço estimulador de projetos solidários e cooperativos, em busca de objetivos comuns. Quem aprende a viver, aprende a viver com os outros. 34 APRENDER A SER Retoma a ideia de o ser humano deve ser preparado inteiramente – espírito e corpo, inteligência e sensibilidade ,estética e responsabilidade pessoal, ética e espiritualidade, para elaborar pensamentos autônomos e críticos para formular os próprios juízos de valor. Quem aprende a ser, aprende a ter um visão integral do homem. 35
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