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Universidade Federal de Alagoas Profª Drª Diene Sistema Genital Masculino É constituído pelos testículos, ductos genitais, glândulas acessórias e pênis. A testosterona é importante para a espermatogênese, para a diferenciação sexual durante o desenvolv imento embrionário e fetal e para o controle de secreção gonadotropinas. Já a diidrotestosterona age durante a puberdade e v ida adulta (músculos, pêlos). Testículos Os testículos se desenvolvem dentro da cavidade abdominal e descem para a bolsa escrotal logo após o nascimento, onde a temperatura é mantida alguns graus abaixo da temperatura corpórea. Os testículos são responsáveis pela produção de espermatozóides, através da espermatogênese e pela produção de hormônios esteróides. Revestindo cada testículo, há uma cápsula de tecido conjuntivo - atúnica albugínea. Externamente à albugínea, nas regiões laterais e anteriores, se localiza a túnica vaginal. A túnica albugínea projeta-se para o interior formando o mediastino do testículo e dele partem septos fibrosos, div idindo o órgão em 200 a 300 lóbulos piramidais. E cada lóbulo possui tecido conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, células intersticiais (Leydig) e de 1 a 4 túbulos seminíferos, onde são produzidos os espermatozóides. Túbulos Seminíferos Local de produção dos espermatozóides. Próximo ao ápice do lóbulo, os túbulos se reúnem formando os túbulos retos, que posteriormente se anastomosam em uma rede de túbulos, a rede testicular; Os túbulos são envolv idos por uma camada de células adventícias e tecido conjuntivo, a lâmina própria. A membrana basal é adjacente ao epitélio seminífero e o separa da lâmina própria; A camada mais interna aderida à lâmina basal consiste de células mióides achatadas e contráteis e quem têm características de células musculares lisas; Há dois tipos celulares no epitélio seminífero: ascélulas de Sertoli, não proliferativas e ascélulas das linhagens germinativas; As células de Sertoli são piramidais, suas bases estão na lâmina basal e seus ápices estão no lúmen dos túbulos. São conectadas por junções comunicantes (gap), o que é importante para a coordenação do ciclo do epitélio seminífero. Desempenham funções de fagocitose, secreção produção de hormônios antimülleriano, além de criar um ambiente favorável para o desenvolv imento dos espermatozóides, separando-os através de junções de oclusão do resto do corpo (barreira hemotesticular). Espermatogênese Espermatogônia – Célula pequena localizada próxima à lâmina basal; Espermatogônia do tipo A – Célula-tronco; Espermatogônia do tipo B – Progenitora; Espermatócitos primários – Células maiores; possuem cromossomos nos seus núcleos e localiza-se próxima à lâmina basal; (46 cromossomos e 4N de DNA); Espermatócitos secundários – (46 cromossomos e 2N de DNA); Espermátides – (23 cromossomos e 1N de DNA). Espermiogênese Etapa do Complexo de Golgi: Grânulos pós-acrossômicos acumulam-se no Complexo de Golgi e fundem-se formando a vesícula acrossômica; Etapa do Acrossomo: A vesícula estende-se sobre a metade anterior do núcleo, sendo chamado de acrossomo, que contém enzimas hidrolíticas capazes de dissociar as células da corona radiata e de digerir a zona pelúcida (reação acrossômica); O núcleo das espermátides é orientado para a base do túbulo seminífero e o axonema se projeta para o lúmen; Um dos centríolos forma o flagelo e as mitocôndrias acumulam-se próxima ao mesmo; Etapa de Maturação: Uma parte do citoplasma das espermátides é desprendida, formando os chamados corpos residuais, que são fagocitados pelas células de Sertoli e os espermatozóides são liberados no lúmen do túbulo e depois transportados ao epidídimo com o fluido testicular, produzido pelas células de Sertoli e rede testicular. Tecido intersticial ou conjuntivo intertubular Preenche os espaços que circundam os túbulos seminíferos. Localizadas neste espaço intersticial estão as Células de Leydig (acidófilas), que são células grandes com forma arredondada ou poligonal,produtoras do hormônio testosterona. Este hormônio responsável pelas características sexuais secundárias. As células de Leydig são estimuladas pelo hormônio gonadotrófico da placenta, depois regridem e tornam-se ativas novamente na puberdade estimuladas pelo hormônio luteinizante da hipófise. Ductos intratesticulares São os túbulos retos, rede testicular e os ductos eferentes; Os túbulos retos são revestidos por células de Sertoli e células epiteliais cubóides apoiadas em tecido conjuntivo denso; A rede testicular, situada no mediastino do testículo, é composta por uma rede altamente anastomosada de canais revestidos por epitélio simples cúbico contendo um cílio único e alguns microv ilos curtos na superfície luminal; Os túbulos eferentes penetram na túnica albugínea e passam para o epidídimo. Estes túbulos são revestidos por epitélio pseudo-estratificado cilíndrico. Possuem cílios que, através dos seus batimentos, ajudam no transporte de espermatozóides. Conforme se aproxima do epidídimo, a camada de musculatura lisa que os envolve se espessa. Os túbulos eferentes se unem e formam o ducto do epidídimo, que podem chegar a medir 6 metros de comprimento. Ductos genitais extratesticulares São o ducto epidimário, o ducto deferente e a uretra; O ducto do epidídimo é um tubo único altamente enovelado, formado por epitélio colunar pseudo-estratificado com estereocílios. As células epiteliais se apóiam na lamina basal cercada por células musculares. Tem um importante papel no desenvolv imento dos espermatozóides, criando um ambiente favorável para a sua maturação; Do epidídimo sai o ducto deferente que é caracterizado por um lúmen estreito e uma camada espessa de músculo liso. Sua mucosa forma dobras longitudinais e é coberta por epitélio pseudo-estratificado com estereocílios; O ducto deferente faz parte do cordão espermático junto coma artéria testicular, o plexo pampiniforme e nervos; e antes de entrar na próstata ele se dilata, formando a ampola, onde o epitélio é mais espesso e muito pregueado; Na porção final da ampola, desemboca as vesículas seminais. Em seguida, o ducto deferente penetra na próstata (ducto ejaculatório – sem músculo liso) e se abre na uretra prostática. Glândulas Acessórias As glândulas acessórias são: as vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais; A vesícula seminal consiste em dois tubos muito tortuosos. Possui uma mucosa pregueada, epitélio pseudo-estratificado prismático ou epitélio cubóide, responsável pela secreção rica em proteína, v itamina C e frutose, substâncias formadoras do sêmen (60% do ejaculado). A lâmina própria é rica em fibras elásticas, e envolv ida por uma camada de músculo liso; A Próstata é formada por tecido fibromuscular e porção glandular que é um conjunto de 30 a 50 glândulas túbulo-alveolares ramificadas (epitélio cubóide ou pseudo-estratificado colunar), cujos ductos, se abrem na porção prostática da uretra. Possui três zonas: zona central (25%), zona periférica (70%) e a zona de transição. No lúmen de glândulas da próstata, possui concreções prostáticas (corpos esféricos calcificados); As Glândulas bulbouretrais (Cowper) situam-se na porção membranosa da uretra, são túbulos-alveolares, revestidas por epitélio simples cúbico secretor de muco (lubrificante). Célulasmusculares esqueléticas e lisas estão presentes nos septos que div idem a glândula em lóbulos. Pênis É constituído, principalmente, por dois corpos cavernososcolocados dorsalmente e um corpo esponjoso (corpo cavernoso da uretra), ventralmente. Este último envolve a uretra e expande-se, formando a glande; A maior parte da uretra peniana é revestida por epitélio pseudo- estratificado colunar, que na glande passa a ser estratificado pavimentoso; e possui glândulas de Littré(secretoras de muco); O prepúcio é uma dobra retrátil de pele que contém tecido conjuntivo com músculo liso; Glândulas sebáceas estão presentes na dobra interna e na pele que cobre a glande; Os corpos cavernosos são envolv idos por uma camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea; A ereção do pênis é um processo hemodinâmico controlado por impulsos nervosos sobre o músculo liso das artérias do pênis e sobre o músculo liso das trabéculas que cercam os espaços vasculares dos corpos cavernosos; No estado flácido, o fluxo de sangue é pequeno, mantido pelo tônus intrínseco da musculatura lisa e por impulsos contínuos de inervação simpática; A ereção acontece quando impulsos vasodilatadores do parassimpático causam o relaxamento dos vasos e músculo liso dos corpos cavernosos, que são preenchidos por sangue, de maneira menos rígida na glande e no corpo esponjoso, de forma que este não obstrua a uretra. Referência Bibliográfica: JUNQUEIRA L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2004.
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