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Roubo art 157CP

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Roubo artigo 157 do Código Penal
“Subtrair coisa alheia móvel, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa ou depois de havê-la por qualquer meio, reduzindo a impossibilidade de resistência. Pena reclusão de 4 a 10 anos, e multa”.
Objeto jurídico – é um crime complexo, na medida que atinge mais de um bem jurídico: o patrimônio, a integridade física e a liberdade do indivíduo.
Elementos objetivos do tipo – são os mesmo elementos descritos no delito de furto (art. 155 CP):
Subtração como conduta típica
Coisa móvel como objeto material
A circunstância de a coisa ser alheia como elemento normativo 
A finalidade de assenhora mento definitivo, para si ou para terceiros, como elemento subjetivo.
Acrescentado pelo emprego:
Violência – caracteriza-se pelo emprego de força física ou ato agressivo. Ex= agredir a vítima com soco ou chute.
Grave ameaça – violência moral, consiste no prenúncio de um acontecimento desagradável, com força intimidativa, desde que importante e sério. Pode se dar por promessa de morte, lesão ou pratica de violência sexual.
Qualquer outro meio que reduza a vítima a impossibilidade de resistência – essa forma de execução do roubo é também conhecida como violência impropria. E quando o agente subjuga a vítima antes de efeituar a subtração, porém sem emprego de violência física ou grave ameaça. Ex= colocar sonífero na bebida.
Sujeito ativo – qualquer pessoa. Admite coautoria e participação.
Sujeito passivo – o proprietário, bem como o possuidor ou detentor do bem, que sofra prejuízo econômico, e também todos aqueles que sofram a violência ou grave ameaça, ainda que não tenha prejuízo patrimonial.
Consumação – quando o agente retira o bem da esfera de disponibilidade e vigilância da vítima. Entende-se, atualmente, inclusive nos tribunais superiores que o “roubo se consuma no instante em que o ladrão se torna possuidor da coisa móvel alheia subtraída mediante grave ameaça ou violência, não se fazendo necessário para que o agente se torne possuidor saia ele da esfera de vigilância do antigo possuidor” (STF-RV.Crim.4.821-5/SP-Pleno-Del. Ministro Neri da Silveira.DJ 11.10.1991)
Tentativa – É possível. Quando o agente emprega a violência ou grave ameaça e não consegue se apodera dos bens visados.
Classificação – comum, material, de forma livre, comissivo (como regra), instantâneo, de dano, unissubjetivo, plurissubsitente.
Espécies – simples e próprio (caput), improprio (§ 1°), com causa de aumento (§ 2°), qualificado pelo resultado (§ 3°).
Roubo improprio – no roubo improprio, o agente queria inicialmente comete apenas um furto, e já havia, inclusive, se apropriado do bem visado, contudo, logo após a subtração ele emprega violência ou grave ameaça a fim de garantir sua impunidade ou a detenção do referido bem.
Causas de aumento de pena art. 157 § 2° A pena aumenta-se de um terço até a metade:
 I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma = arma e todo objeto que tem poder vulnerante (potencialidade lesiva), isto é capacidade de mata ou ferir. Há entendimentos que, simulação de arma, arma de brinquedo, arma quebrada, incapaz de efeituar disparo não se pode reconhecer a qualificadora.
II – se a concurso de duas ou mais pessoas = o autor de roubo, atuando com um ou mais comparsa, devem responder mais gravemente pelo que fez.
III – se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância = de acordo com texto legal, e necessário, que o agente tenha plena ciência de que está roubando alguém que está em serviços de transporte de valor. O presente dispositivo tem por finalidade conferir proteção aos que trabalham com esse tipo de transporte.
IV – se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro estado ou para o exterior = essa qualificadora só se aperfeiçoa, quando o agente cruza a divisa com outro estado ou fronteira com outro pais.
V – se o agente mantem a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade = exige que a vítima seja mantida em seu poder por tempo justificadamente relevante.
Qualificadora - art. 157 § 3° se da violência resultar lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 (sete) a 15 (quinze) anos, além de multa; se resulta morte, a reclusão é de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo da vítima.
Pelo resultado lesão corporal grave = é uma das hipóteses de delito pelo resultado, que se configura pela presença de dolo na conduta antecedente (roubo) e dolo ou culpa na conduta subsequente (lesão corporal grave art. 129 §§ 1,2).
Pelo resultado morte (latrocínio) = é a figura conhecida como latrocínio, que dá quando o agente provoca a morte da vítima durante o roubo. Também se exige dolo na conduta antecedente (roubo), e dolo ou culpa na conduta subsequente (morte).

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