Extração por turbolise

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Universidade Federal do Ceará
Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem
Departamento de Farmácia
Métodos de Extração de Extratos Vegetais
TURBÓLISE
Equipe: Camila Gadelha
Eduardo Serpa
Igor Araújo 
Mariana Sousa
Mayara Fedechen
Disciplina: Farmacognosia I – 2015.2
Professor(a): Kalyne Almeida	
Curso: Farmácia
FORTALEZA
2015
33
	
2SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................. 3
OBJETIVO.........................................................................................4
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.......................................................5
RESULTADO E DISCUSSÃO............................................................... 7
CONCLUSÃO.....................................................................................8
REFERÊNCIAS......................................................................................9
INTRODUÇÃO
“Extrair” significa retirar, da forma mais seletiva e completa possível, as substâncias ou a fração farmacologicamente ativa contida na droga vegetal.
Extratos vegetais são preparações líquidas ou em pó que são obtidas da retirada dos princípios ativos das drogas vegetais por diversas metodologias (dentre as quais será enfatizada, neste trabalho, a turbólise). São produtos de manipulações farmacêuticas que têm o objetivo de concentrar as substâncias e reduzir as posologias, aumentar o prazo de validade e conservação de algumas drogas ou realizar a separação dos ativos efetivamente envolvidos nos efeitos terapêuticos, retirando-se ou minimizando-se a presença de compostos indesejáveis. 
A turbólise é um método de extração que, através de movimento giratório de lâminas, visa partir todas as partículas da amostra, para que se possa extrair dela a maior quantidade possível de substância ativa. Consiste na aplicação de elevadas forças de cisalhamento – em direções semelhantes, mas com intensidades diferentes – sobre o material analisado. A redução de tamanho das partículas é drástica, ocasionando o rompimento das paredes celulares e, assim, favorecendo a rápida dissolução das substâncias no meio escolhido.
As principais vantagens da turbólise são o rendimento e a rapidez com a qual o extrato pode ser obtido, além de ser um método barato e facilitar a extração a partir de matéria mais dura, como o caule da planta medicinal. Entretanto, como qualquer outro processo, a turbólise pode apresentar desvantagens, como a perda de substâncias que sejam muito voláteis ou que tenham reatividade muito sensível ao calor (devido ao aquecimento gerado pelo atrito do cisalhamento).
Cabe ao farmacêutico realizar o estudo comparativo por meio dos diferentes parâmetros de eficiência dos métodos de extração (como o rendimento do extrato sobre a matéria-prima e os gastos financeiros, de tempo ou de energia) e escolher o mais apropriado para o extrato que se pretende obter.
 
A planta medicinal em questão é a Amburana Cearensis, que é uma planta arbórea, popularmente conhecida como “umburana-de-cheiro”, “imburana-de-cheiro”, “cumaru” e “cumaru-do-Ceará”. A casca do caule e as sementes são empregadas na medicina caseira, onde são utilizadas na forma de lambedor ou de chá no tratamento de resfriados, de bronquites, de gripes e de asma, além de ter uso como analgésico ou como espasmolítico.
É necessário, porém, que a granulometria da droga vegetal seja determinada antes da extração propriamente dita. A análise granulométrica pode, por exemplo, ser feita por tamisação (ou peneiração), que é um processo realizado com o auxilio de tamises, com movimentos em diversos sentidos realizados no tamisador. A amostra é movimentada de forma a passar por peneiras com poros sucessivamente menores, ficando retida em tamises de acordo com faixas de tamanho. Pode-se, então, determinar a porcentagem em peso que cada faixa especificada de tamanho de partículas representa na massa total ensaiada.
OBJETIVO
Obter o extrato da casca do caule da Amburana cearensis da maneira correta, sem a perda do princípio ativo da matéria vegetal utilizada no processo.
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
	A proporção droga vegetal : solvente desejada era de 1:10 (1g para 10 mL de solvente). Portanto, foram pesados 5 gramas de casca do caule do cumaru (Amburana Cearensis) para a obtenção de 50 mL de extrato vegetal. A amostra foi transferida para um Erlenmeyer e umidificada com 5 mL de solução hidraetanólica (álcool 50%, no caso). Acrescentou-se, depois, mais 75 mL da mesma solução.
	 Durante 5 minutos (com pausas a cada minuto para que não excedesse a temperatura de 35ºC), esta mistura foi processada em um dispersor Turrax*. Esta solução final foi deixada em repouso por aproximadamente 10 minutos para, enfim, ser filtrada a vácuo, resultando em 50 mL do extrato desejado.
*Equipamento ideal para homogeneização de tecido celular e emulsificação de sólidos em suspensão. A amostra passa pelas aberturas do rotor, sob forte colisão, ocasionando controlada cavitação, e homogeneidade das partículas.
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
A liberação de calor esperada do atrito na mistura durante o processo de cisalhamento não foi perceptível ao toque. A perda de princípio ativo devida à volatilização pode, portanto, ser considerada desprezível. 
	Foi obtida, após o cisalhamento, uma solução alaranjada com alguns grãos ainda volumosos, mas a maior parte já havia sido triturada até se tornar pó. Inicialmente, essa mistura foi filtrada de forma simples, mas não foi obtido um resultado satisfatório devido ao pó fino que obstruía os poros do papel de filtro, fazendo com que facilmente ficasse saturado. A mistura foi, então, filtrada a vácuo, resultando em 51mL de extrato vegetal da casca do caule da A. Cearensis. 
CONCLUSÃO
A turbólise promove rompimento drástico das paredes celulares e, por isso é recomendada quando se trata de materiais de elevada dureza, o que propicia a ação de solventes – graças aos quais ela apresenta grande eficiência. É considerada um método relativamente simples, pois se assemelha a coisas do feitio comum no cotidiano das pessoas, além de ser muito eficaz na extração de alguns marcadores químicos, próprios da planta estudada em questão. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LAGOS, J. ESTUDO COMPARATIVO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS FOLHAS E CASCAS DA Trichilia catigua A. JUSS., MELIACEAE. 2006. 117p. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Setor de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2006.