Buscar

AULA_NEUROFISIO 2013

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - UFSCar 
 
BASES NEURAIS DE PROCESSOS PSICOLÓGICOS - 20122-7 
Neurofisiologia 
 
Docente: Azair Liane Matos do Canto de Souza 
souzaalm@ufscar.br 
Convidada: Elke Mayumi Furuya da Cunha 
 
2013 
O SNC atua como um 
dispositivo capaz de: 
 
Detectar alterações 
(internas/externas ) 
 
 
 
Organizar respostas 
 
 
 
 
 
 
COMPORTAMENTOS 
Esses comportamentos resultam da atividade de células 
efetoras, ativadas via receptores sensitivos que 
funcionam como transdutores de sinais, gerando uma 
descarga codificada de impulsos nervosos. 
Brandão, 2004. 
Processos 
conscientes 
Visão 
Audição 
Tato 
Unidades Funcionais: Neurônios e Células Gliais 
Unidades Funcionais: Neurônios 
Recepção e 
transmissão dos 
estímulos do meio 
possibilitando ao 
organismo a execução de 
respostas adequadas. 
Unidades Funcionais: Neurônios 
Unidades Funcionais: Neurônios 
Bipolar Multipolar Pseudounipolar 
Unidades Funcionais: Células Gliais 
Defesa do 
sistema 
nervoso 
Nutrição 
Epitélio: ventrículos e 
canal central da medula 
Bainha de mielina 
Unidades Funcionais: Células Gliais 
Oligodendrócito 
 
 Bainha de Mielina (SNC) 
Células de Schwann (SNP) 
Bainha de Mielina 
 Fibras mielínicas – Alta 
velocidade de 
propagação do impulso 
(120 m/s). 
 
 Fibras amielínicas – 
Menor velocidade de 
propagação do impulso 
(1 a 3 m/s). 
 
SINAPSES 
SINAPSES 
Membrana pós-sináptica 
Fenda sináptica 
Membrana pré-sináptica 
SINAPSES 
TIPOS: 
-Axo-dendríticas 
-Axo-somáticas 
-Axo-axônicas 
-Neuroefetora 
-Dendrodendríticos 
São zonas ativas de contato entre: 
 Terminação nervosa Célula nervosa 
 Terminação nervosa Célula muscular 
Terminação nervosa Célula glandular 
SINAPSES 
Membrana Celular 
Propriedades Elétricas da 
Membrana Celular 
Para que haja 
comunicação entre 
células e propagação de 
sinais é necessário que 
ocorra uma mudança nas 
características 
bioelétricas 
dos neurônios 
 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
- - 
- 
- 
- - 
Potencial de 
equilíbrio iônico: 
Equação de 
Nerst 
 
Potencial de 
repouso: 
Equação de 
Goldman 
 Canal de sódio (Na+) 
 Canal de potássio (K+) 
 Bomba de Na+/K+ 
Propriedades Elétricas da 
Membrana Celular 
Potencial de Ação 
 
 Repouso 
 
 
 
 
 Repouso 
 
 
 
 Despolarização 
 
 
 
 
Repolarização 
Potencial de repouso 
Repolarização 
Despolarização 
Hiperpolarização 
Potencial de Ação 
http://www.uff.br/WebQ
uest/pdf/ionico.htm 
Potencial de repouso 
Repolarização 
Despolarização 
Hiperpolarização 
Potencial de Ação 
 Em resumo é: 
 Uma corrente elétrica forte suficiente para 
causar uma mudança no potencial de repouso, 
produzindo o impulso nervoso 
 
Despolarização = Excitação neuronal 
 Hiperpolarização = Inibição neuronal 
Hiperpolarização 
Alguns anestésicos 
(LOCAIS) utilizados , 
atuam no bloqueio 
dos canais de Na
+ 
 
impedindo a 
propagação do 
impulso nervoso. 
Transmissão Sináptica 
Transmissão 
 
 Sináptica 
Transmissão Sináptica 
Potencial de ação induz a liberação 
de NT na fenda sináptica 
NT liga-se ao receptor específico 
Excitação ou Inibição 
do neurônio seguinte 
Ca
++ 
Transmissão Sináptica 
Despolarização 
Canais de Na+ e de K+ dependentes de 
voltagem 
Entrada de Ca++ 
Proteínas que interagem com Ca++ nas 
membranas das vesículas e do botão sináptico. 
Fusão das vesículas 
Transmissão Sináptica 
Etapas da 
Neurotrasmissão 
 Síntese e armazenamento do NT 
 Liberação do NT na fenda sináptica 
(exocitose) 
 Interação com receptores pré e pós 
sinápticos 
 Recaptação (MAO, COMT) 
Transmissão Sináptica 
Neurônio pré-sináptico 
Efeitos de curto prazo: 
potencial elétrico 
pós-sináptico 
Ex: receptores 
ionotrópicos 
Efeitos de longo prazo: 
fosforilação de proteínas 
citoplasmáticas 
relacionadas com a 
memória 
Ex: receptores metabotrópicos 
Receptores pós-sinápticos 
Transmissão Sináptica 
Receptor 
ionotrópico: 
ligado a canais 
iônicos 
Transmissão Sináptica 
Receptor 
metabotrópico: 
ligado a proteína G 
(ativa canais 
iônicos ou segundo 
mensageiros) 
 Sinapse Excitatória 
Sinapse 
Despolarização Membrana 
 Pré-Sináptica 
Entrada de Na+ e Ca+2 ou bloqueio 
da saída de K+ 
Potencial Pós-Sinaptico Excitatório 
 (PPSE) 
Despolarização Membrana 
Pós-Sináptica 
 Sinapse Inibitória 
Hiperpolarização Membrana 
 Pós-Sináptica 
Potencial Pós-Sináptico Inibitório 
(PPSI) 
Entrada de Cl- ou saída de K+ 
Sinapse 
Despolarização Membrana 
 Pré-Sináptica 
 Sinapse Excitatória e Inibitória 
Potencial pós-sináptico 
excitatório 
Potencial pós-sináptico 
inibitório 
Neurotransmissores 
Acetilcolina 
Primeiro neurotransmissor a ser indentificado 
Acetilcolina 
Síntese 
Sua precursora é 
uma vitamina 
pertencente ao 
complexo B. 
A colina é obtida a 
partir da 
alimentação ou da 
própria 
degradação 
Receptores 
Nicotínicos (ligado a canal iônico Na/K): Situados na 
junção neuromuscular e gânglios 
autonômicos. 
Muscarínicos (metabotrópico): Junções 
neuroefetoras no músculo cardíaco, liso e 
células do tecido glandular. 
Acetilcolina 
No SNC: Localizada principalmente na área tegmental lateral 
(núcleos parabranquial e pedúnculo pontino). 
 
Área Tegmental Lateral 
 
 
 
Via Tegmental Dorsal 
 
Acetilcolina 
Prosencéfalo 
Basal 
Hipocampo 
Hipotálamo lateral 
Amídala 
Córtex Frontal 
Hipocampo Memória 
Amídala processos afetivos 
Doença de Alzheimer e Parkinson - Acetilcolina no 
prosencéfalo basal 
Acetilcolina 
Aminas Biogênicas 
Catecolaminas 
Indolaminas 
Dopamina, Noradrenalina e Adrenalina 
Serotonina e Histamina 
Síntese - Catecolaminas 
Tronco Encefálico 
Transmissão Sináptica 
Dopamina 
Corresponde a mais da metade das catecolaminas 
circulantes 
Dopamina 
Telencéfalo, diencéfalo e mesencéfalo 
Dopamina 
Dopamina 
Via Nigro-Estriatal 
- Contem 75% da dopamina do encéfalo 
- Mais comprometida em pacientes com Mal de Parkinson 
(Dopamina) 
Dopamina 
Vias 
Mesolímbica/
Mesocortical 
- Moduladoras das emoções (prazer) e dependência drogas. 
- A hiperatividade na área tegmental ventral pode estar 
associado à fisiopatologia da esquizofrenia 
Dopamina 
Via Tubero-Infundibular 
- Secreção de hormônios hipofisários (inibe células secretoras de 
prolactina) 
Dopamina 
RECEPTORES: 
Identificados 5 subtipos 
de receptores 
metabotrópicos: 
D1, D2, D3, D4 e D5 
Noradrenalina 
Presente em 
80% das 
terminações 
nervosas 
periféricas 
Noradrenalina 
Importância: 
•Atenção 
•Despertar (vigília e 
alerta) 
•Regulação da PA 
•Controle do 
humor. 
Principal local de 
produção do SNC 
Noradrenalina 
Receptores: 
 
 α1 
α 
 α2 
 
 β1 
β β2 
 β3 
Metabotrópicos 
Adrenalina 
Predominante Medula supra renal 
Efeitos PeriféricosAtivação simpática durante 
o estresse. 
As drogas que interferem nas sensações de fome e 
saciedade (anorexígenas) 
 
Neurotransmissão Adrenérgica do Hipotálamo 
Rombencéfalo Caudal Regulação Cardiovascular 
Hipotálamo dorsomedial Ingestão de alimentos 
Transmissão Sináptica 
Serotonina 
Síntese 
Serotonina 
Precursor: 
Triptofano 
Encontrado em: 
Carnes magras, 
peixes, leite, iogurte 
desnatado, queijos 
brancos e magros, 
nozes e 
leguminosas 
 
Triptofano 
5-Hidroxitriptofano 
(5-HTTP) 
Triptofano 
hidroxilase 
5-HTP 
descarboxilase 
5-Hidroxitriptamina, 
5HT, Serotonina 
Serotonina 
Receptores 
receptor 
 
5HT1 
 
5HT2 
 
5HT3 
 
5HT4 
 
5HT5 
 
 5HT6 
 
5HT7 
 
subtype 
 
5HT1A, 
5HT1B, 
5HT1D, 
5HT1E, 
5HT1F 
 
5HT2A, 
5HT2B, 
5HT2C 
 
 
 
 
5HT3A, 
5HT3B 
 
 
 
5HT5A, 
5HT5B 
 
 
 
 
 
major 
signaling 
pathway 
 
cAMP
↓ 
 
IP3 
 
ion 
channel 
 
cAMP 
 
cAMP? 
 
cAMP 
 
cAMP  
 
Serotonina 
Núcleo 
mediano da 
rafe 
Tálamo Hipocampo 
 Tolerância ao 
estresse 
persistente 
 Inibição 
comportamental 
induzida por 
estímulos 
aversivos 
 Impulsividade 
Serotonina 
Núcleo 
dorsal da 
rafe 
Colículos, SCP, Amidala e 
Neocortex 
Estimuladas 
por eventos 
aversivos e 
atuam na 
regulação do 
comportamento 
defensivo 
Ansiedade, 
pânico e 
depressão 
Serotonina 
Núcleo 
magno da 
rafe 
Corno dorsal da medula 
Sistema 
descendente 
modulatório 
da dor 
Transmissão Sináptica 
Histamina 
Além de seu conhecido papel : 
 
- Respostas imunes locais 
- Regulação da função fisiológica 
intestinal 
- Mediador resposta inflamatória. 
Neurotransmissor 
Histamina 
Síntese: Núcleo Túbero Mamilar do Hipotálamo 
Receptores: 
H1, H2, H3, H4 (metabotrópicos) 
Funções: 
 Ritmo circadiano e 
o sono 
 Recuperação de 
lesões cerebrais 
 Regulação do 
estado de alerta 
 Comportamento 
alimentar 
 Ansiedade 
 Aprendizagem e 
memória 
Transmissão Sináptica 
GABA 
(Ácido gama-aminobutírico) 
GABA 
Principal neurotransmissor inibitório no SNC 
 Glutamato 
GABA 
GAD (ác. glutâmico 
descarboxilase) 
Síntese: 
Encontrado: amêndoas, farelo, 
arroz, laranjas, lentilhas, frutas 
cítricas, brócolis, espinafre e 
carne fígado 
GABA 
Circuitos GABAérgicos: 
•Núcleo dorsal da rafe 
(inibição tônica de neurônios 
serotonérgicos) 
•SCP e colículos superiores 
(inibição tônica – medo) 
• Substância negra → teto 
mesencefálico (aspectos 
motores relacionados a fuga) 
Encontrado em 
interneurônios 
GABA 
Receptor GABA A 
(regulação de estados emocionais) 
Receptor GABA B 
(controle da atividade muscular) 
GABA 
Transmissão Sináptica 
Glutamato 
Glutamato 
Principal NT excitatório do SNC 
Glutamato 
Receptores 
Neuropeptídeos 
 Substância P: 
 
20% dos neurônios dos gânglios da raiz dorsal e gânglio 
trigeminal (transmissão estímulos de dor); 
 
 
SCP Núcleo septal lateral 
 Regiões mediais do córtex frontal 
 
Estriado Substância negra 
 Substância P na substância negra em pacientes com 
Parkinson 
Evidências recentes: mediando estados aversivos associados à 
ansiedade. 
Opiódes Endógenos 
Pró-opiomelanocortina Endorfinas 
Pró-encefalina Encefalinas 
Pró-dinorfina Dinorfinas 
 Controle da dor 
 Ajuste das funções cardiovasculares 
 Mediação dos efeitos do estresse, nos distúrbios 
do humor e do pensamento 
Referências 
Brandão, M.L. Psicofisiologia. ATHENEU, São Paulo, 
1995, 2000. 
 
Brandão, M.L. Psicofisiologia – As Bases Biológicas do 
Comportamento (Introdução às Neurociências), 1° 
edicão, EPU, São Paulo, 2004. 
 
Bear, MF; Connors, BW & Paradiso, MA. Neurociências – 
Desvendando o Sistema Nervoso, 2° Edição, Artmed, 
Porto Alegre, 2002. 
 
Guyton & Hall . Tratado de Fisiologia Médica, 10ª Edição, 
2000.

Continue navegando