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TUBERCULOSE Profª Manuela Andrade DEFINIÇÃO Doença Infecto-Contagiosa Crônica Mycobacterium tuberculosis Bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) AGENTE ETIOLÓGICO •Calor •Secagem •Luz Solar •Raios Ultravioleta •Podem permanecer sob um estado de latência Mycobacterium bovis Ingestão de leite contaminado Mycobacterium avium + Micobactérias atípicas Imunodeprimidos Mycobacterium africanum África Equatorial AGENTE ETIOLÓGICO EPIDEMIOLOGIA • Adultos Jovens • Acomete principalmente os pulmões • Formas extrapulmonares (15% dos casos) – AIDS • 100 pessoas infectadas – 10 a 20 ficarão doentes – 80% no primeiro ano após o contágio • 50% dos novos doentes bacilíferos • Brasil - 14º lugar entre os 23 países responsáveis por 80% do total de casos de TB CONTAMINAÇÃO • Via Inalatória (Aerossóis) - Tosse - Espirro - Mov Expiratórios forçados Pessoas Bacilíferas TUBERCULOSE PULMONAR NÃO BACILÍFEROS + TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR FISIOPATOLOGIA INDIVÍDUO BACILÍFERO ELIMINAÇÃO DE GOTÍCULAS CONTAMINADAS NÚCLEO SEGO DAS GOTÍCULAS (1 A 3 BACILOS) BRONQUÍOLOS FISIOPATOLOGIA BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS TENTATIVA DE DEPURAÇÃO FEITA POR MACRÓFAGOS BACILOS SOBREVIVENTES DENTRO DOS MACRÓFAGOS INICIAM MULTIPLICAÇÃO APÓS TEMPO DE LATÊNCIA DISSEMINAÇÃO POR VIA LINFÁTICA ATIVAÇÃO DOS MACRÓFAGOS FISIOPATOLOGIA MACRÓFAGOS ATIVADOS PELOS BACILOS PRODUZEM CITOCINAS SENSIBILIZAM LINFÓCITOS A SECRETAR INTEFERON-Y ATIVA OS MACRÓFAGOS A PRODUZIR FATOR DE NECROSE TUMORAL α (Granuloma) MACRÓFAGOS APRESENTAM ANTÍGENO INÍCIO DA ATIVAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE ESPECÍFICA FISIOPATOLOGIA • IMUNIDADE ADQUIRIDA SURGE EM 2 A 3 SEMANAS APÓS INFECÇÃO • RESPOSTA DE HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO TARDIO • DESTRUIÇÃO TECIDUAL (Matam macrófagos não ativados – bacilos se multiplicando) INTERRUPÇÃO DA PROGRESSÃO DA INFECÇÃO FISIOPATOLOGIA • BACILO PODE SOBREVIVER NO CÁSEO SÓLIDO DO GRANULOMA – não se multiplica • LIQUEFAÇÃO DO CÁSEO – Progressão do crescimento bacilar – Necrose Tecidual – Formação de Cavidade PERPETUAÇÃO DA DOENÇA FISIOPATOLOGIA • 5% A 12% DESENVOLVE TUBERCULOSE PRIMÁRIA NOS DOIS ANOS SUBSEQUENTES A INFECÇÃO • RESTANTE – QUIESCÊNCIA DO FOCO FATORES DE RISCO - PODE SURGIR SEM QUE NENHUMA DEFICIÊNCIA IMUNOLÓGICA SEJA EVIDENCIADA • Cor Negra • Extremos de Idade • Desnutrição • Más Condições de moradia • Alcoolismo • Profissionais de Saúde • Técnicos de Laboratório • Mineiros portadores de silicose • Corticoterapia •Quimioterapia •Diabetes Melito •Neoplasias •Silicose •Sarcoidose •Pós-Gastrectomia CLASSIFICAÇÃO • PRIMOINFECÇÃO TUBERCULOSA • TUBERCULOSE PRIMÁRIA • TUBERCULOSE PÓS-PRIMÁRIA OU DO ADULTO • TUBERCULOSE LATENTE PRIMOINFECÇÃO TUBERCULOSA • Todos os fenômenos que ocorrem desde a chegada, PELA PRIMEIRA VEZ, do bacilo nos pulmões até o surgimento da imunidade celular e quiescência da doença • SEM LESÃO VISÍVEL AO RAIO-X TUBERCULOSE PRIMÁRIA • 5% dos casos a primoinfecção não é contida (Liquefação do Cáseo) • Manifestações Clínicas da doença que surgem nos primeiros cinco anos após a primoinfecção • Crianças ou adultos jovens • Broncopneumônica, pneumônica, cavitária, atelectásica ou ganglionar • Pode apresentar- se na forma extrapulmonar TUBERCULOSE PÓS-PRIMÁRIA • Ocorre depois de 5 anos da primoinfecção • Lesão circunscrita • Evolução arrastada • Maior reação inflamatória – Hipersensibilidade tardia (cavitação e fibrose) • Origem: reativação de um foco adormecido ou nova contaminação TUBERCULOSE LATENTE • Indivíduos infectados pelo M. tuberculosis sem manifestação da doença ativa • 5% a 15% desenvolvem a doença ativa QUADRO CLÍNICO E RADIOLÓGICO VARIA COM O SÍTIO OU SÍTIOS DE ENVOLVIMENTO ESTADO IMUNOLÓGICO PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE DOENÇA ASSOCIADA MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS MANIFESTAÇÕES LOCAIS MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS • FEBRE • MAL – ESTAR • SUDORESE NOTURNA • FADIGA • ASTENIA • PERDA DE PESO TUBERCULOSE PULMONAR PRIMÁRIA • Forma Clínica aguda ou grave (menos frequente) - Disseminação Hematogênica (Tuberculose Miliar) • Forma Clínica lenta e Incidiosa (mais frequente) - Irritadiço - Febre baixa - Sudorese Noturna - Inapetência - Exame Físico inexpressivo - Raio-x: Foco pulmonar e/ou foco ganglionar homolateral Região média dos pulmões e Lobos Inferiores Região Hilar e mediastino superior TUBERCULOSE PULMONAR PÓS-PRIMÁRIA • Sintoma mais frequente – Tosse • Doença Avançada: Dispnéia e hemoptise • AP: Creptações • Busca de casos na comunidade (Tosse e expectoração por 3 semanas ou mais) Raio-x: - Lobos Superiores e Inferiores - Consolidação mal definidas - Opacidades Nodulares Focais - Lesões Cavitárias - Evidências de disseminação broncogênica TUBERCULOSE MILIAR • FORMA GENERALIZADA DA DOENÇA QUE SEGUE A DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA • Pode ocorrer na TB primária e pós primária • 1% a 2% de todos os casos de TB • Nódulos de 1 a 2mm até 3 a 5 mm de diâmetro • TEMPESTADE DE NEVE • Distribuição aleatória e difusa nos 2 pulmões • Categorizada em forma aguda, em forma não reativa ou em forma críptica • FORMA AGUDA - Mais comum em crianças e adultos jovens - Febre, anorexia, fraqueza e emagrecimento - Pode ocorrer: hepatomegalia, envolvimento do SNC e alterações cutâneas • FORMA CRÍPTICA - Mais comum em idosos - Causada por liberação recorrente de bacilos de um foco silencioso - Poucas manifestações sistêmicas - febre baixa - Difícil diagnóstico e evolução crônica • FORMA NÃO REATIVA - Rara - Formação de abcessos com grande quantidade de bacilos - Síndrome Séptica TUBERCULOSE PLEURAL • Reativação de um granuloma pulmonar junto a superfície pleural, que necrosa, rompe e invade o espaço pleural com bacilos • APRESENTAÇÃO CLÍNICA: Febre, dor pleurítica • APRESENTAÇÃO RADIOLÓGICA: Derrame Pleural associado a anormalidades parenquimatosas TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR • SNC • Sistema Linfático • Sistema Geniturinário • Sistema Ósseo e articular • Pericárdio • Adrenais • Peritônio • Fígado • Baço DIAGNÓSTICO • SUSPEITA CLÍNICA • EXAME RADIOLÓGICO • PESQUISA DIRETA DO BACILO ÁLCOOL ÁCIDO RESISTENTE (BAAR) – 2 a 3 amostras • CULTURA PARA MICOBACTÉRIA (Diagnóstico definitivo) • RESPOSTA AO TRATAMENTO PROGRAMAS DE CONTROLE DA TUBERCULOSE - DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA • Prevenção (Vacina BCG e quimioprofilaxia com hidrazida) • Diagnóstico Precoce (Principalmente Bacilíferos) • Tratamento de TODOS os casos diagnosticados (6 a 12 meses) • Investigação de Comunicantes SISTEMA MUNICIPAL PROGRAMAS DE CONTROLE DA TUBERCULOSE • Casos Suspeito de TB Pulmonar Indivíduo com Sintomatologia Clínica Sugestiva (Tosse com expectoração, febre, perda de peso e apetite ou imagem radiológica sugestiva) CONFIRMAÇÃO ESQUEMA DE TRATAMENTO • REGIME DIÁRIO DE 6 MESES: 1ª Fase de ataque (2 meses) R – Rifampicina 150 mg H – Isoniazida 75 mg Z – Pirazinamida 400 mg E – Etambutol 275 mg 2ª Fase de continuação (4 meses) R – Rifampicina 150 mg H – Isoniazida 75 mg PAPEL DO AMBULATÓRIO• TODO O PACIENTE COM TB DEVE SER ENCAMINHADO A UMA UNIDADE DE SAÚDE • NOTIFICAÇÃO – SINAN • PRIORITÁRIOS PARA O TRATAMENTO - Pacientes com baciloscopia de escarro positiva para BAAR FATORES QUE DIFICULTAM A ADESÃO AO TRATAMENTO • Alcoolismo • Dependência de Drogas • Doenças psiquiátricas • Condições sócio - econômicas precárias DOTS • TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO • 1994 PAPEL DO HOSPITAL - TEMPO DE INTERNAÇÃO MENOR POSSÍVEL - INDEPENDENTE DO RESULTADO BACTERIOLÓGICO • Indicações para HOSPITALIZAÇÃO - Meningoencefalite Tuberculosa - Indicação Cirúrgica em decorrência da TB - Complicações Graves - Intolerância medicamentosa grave - Condições clínicas ou sociais que não permitam o tto ambulatorial (retratamento ou falência) PAPEL DO HOSPITAL PACIENTES BACILÍFEROS ISOLAMENTO RESPIRATÓRIO PARA AEROSÓIS ATÉ NEGATIVAÇÃO DO ESCARRO (MÍNIMO 02 SEMANAS) PROGNÓSTICO • CURA DE 98% A 99% DOS CASOS NUNCA TRATADOS E COM CEPA M. Tuberculosis SENSÍVEL A TODOS OS MEDICAMENTOS • BRASIL - 72% alta por cura - 11,7% abandonaram o tto - 7% morrem por TB
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