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Resenha - Unidade 2 - texto 1

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Curso: Música Integral – 1º Período
Disciplina: Psicologia da Educação I
Professora: Isabella
Aluno: Gleidson Jordan dos Santos - Matrícula: 0917513-0
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Resenha (Teoria de Jean Piaget)
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Bibliografia: MAYER, Richard (1977). Cognição e Aprendizagem Humana. São Paulo; Cultrix; Editora EDIPE. (Capítulo 2 – pág. 214 a 227).�
Jean Piaget
	Jean Piaget nasceu em Neuchâtel na Suíça no dia 9 de agosto de 1896 e faleceu em Genebra em 17 de setembro de 1980. Desde muito cedo Jean Piaget já demonstrou sua capacidade perceptiva. Aos onze anos percebeu um pardal albino em uma praça de sua cidade, o que levou a gerar seu primeiro trabalho científico. Sendo considerado um menino prodígio, estudou a evolução do pensamento até a adolescência, procurando entender os mecanismos mentais que o indivíduo utiliza para captar o mundo, o que sugere um nível mental muito superior para sua idade. Como epistemólogo, investigou o processo de construção do conhecimento, sendo que nos últimos anos de sua vida centrou seus estudos no pensamento lógico-matemático.
	Enquanto prosseguia com suas pesquisas e publicações de trabalhos, Piaget lecionou em diversas universidades européias. Durante o período de 1930 a 1960, Jean Piaget, em seu Instituto de Estudos de Crianças J. Rosseau, em Genebra, realizou a observação direta e sistemática de crianças, elaborando uma teoria que revolucionária a compreensão ao desenvolvimento intelectual. Até a data de seu falecimento, fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética. Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de setenta e cinco livros e centenas de trabalhos científicos, sendo sua teoria fonte de auxílio constante para profissionais do ramo da educação até a atualidade, apesar de na década de 30, não ser consolidado por ir contra as leis de aprendizagem propostas na época.
	Até certo tempo, as crianças eram consideradas atrasadas no ponto de vista dos adultos, sendo menos capazes mentalmente que os mesmos, porém não se sabia como explicar isso. As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa, dessa forma começa-se a ter uma compreensão maior das capacidades de aprendizagem do ser humano durante seu crescimento, comprovando que estavam erradas as teorias anteriores. 
	A teoria de Piaget é baseada em várias idéias fundamentais, podendo ser dividida em duas partes que são a independência de estágio e a dependência de estágio. “A premissa a partir da qual Piaget dá início à teoria independente de estágio é que os seres humanos estão vivos, porfiando em sobreviver e funcionar com sucesso em seus ambientes (Pág. 214)”. É importante que compreendamos como pensam os alunos quando enfrentam uma atividade de aprendizagem. São constantes as revoluções das teorias de aprendizagem, fazendo com que venhamos a compreender como o desenvolvimento das capacidades cognitivas tem mudado grandiosamente, o que significa que a natureza e os componentes da inteligência mudam significativamente com o tempo. Pode-se citar um trecho auto-explicativo que define bem essa questão:
“Os mecanismos para equilibrar esse conflito entre a necessidade de organização e a necessidade adaptação são o equilíbrio, a assimilação e a acomodação. A assimilação e a acomodação são chamadas de “invariáveis” por estarem constantemente em jogo no crescimento de qualquer sistema biológico – incluindo o crescimento do conhecimento. A assimilação ocorre toda vez que algo exterior ao sistema é tomado e incorporado. [...] A acomodação é o processo complementar que sempre precisa acompanhar a assimilação [...] (pág. 216).
	O desenvolvimento cognitivo depende das intenções do indivíduo com o meio em que convive, para tal, necessitamos conhecer em que momento ele esta preparado para responder a determinada tarefa. As transformações produzidas na mente humana podem assemelhar-se ao que ocorre com lagarta que primeiro se converte em casulo e depois se transforma em borboleta (metáfora baseada na leitura de poesias góticas). A compreensão de como é produzido o desenvolvimento do sistema cognitivo evita que se ensine ao aluno tarefas que não estão apropriadas a etapa que se encontra, ou seja, ao estágio no qual ele se encontra, sem ultrapassar seus limites.
	“As mudanças progressivas na estrutura cognitiva podem variar em intensidade de pessoa para pessoa, mas seguem uma seqüência invariável, sempre se movimentando na mesma ordem, e as mudanças progressivas na maneira como as crianças organizam a informação podem ser caracterizadas com uma seqüência de estágios (pág. 217)”. Segundo Piaget, os estágios estão baseados em dois aspectos de vida cognitiva, que são a estrutura, que é a forma como a criança representa o mundo, e as operações que é o modo como a criança pode atuar sobre essas representações.
	De acordo com a tese de Piaget, a criança nasce em um universo para ela caótico, habitado por objetos que desaparecem, com tempo e espaço sendo subjetivamente sentidos. No recém nascido, portanto, as funções mentais limitam-se ao exercício dos aparelhos reflexos inatos. Progressivamente, a criança vai aperfeiçoando tais movimentos reflexos e adquirindo habilidades e chega ao final do período sensório-motor já se concebendo dentro de um todo.
Para Piaget, o que marca a passagem do período sensório-motor para o pré-operatório é o aparecimento da função simbólica ou semiótica, ou seja, é a emergência da expressão lingüística, considerada como uma condição necessária, mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existe um trabalho de reorganização da ação cognitiva que não é dado pela linguagem. O desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência. No período das operações concretas, que vai dos 7 a 11, 12 anos, a incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros que caracteriza a fase anterior, dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes e de juntá-los de modo lógico e coerente. A partir dos doze anos, no período das operações formais, a criança, ampliando as capacidades conquistadas na fase anterior, já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais dentro de princípios da lógica formal. Segundo Piaget, nessa fase o indivíduo consegue alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta. Porém continuará captando novas formas de pensar e agir, continua aprendendo podendo modificar ou aprimorar conhecimentos obtidos anteriormente. O parágrafo a seguir remete bem o que eu senti com freqüência no meu crescimento pessoal após meus doze anos:
“Pode não ser coincidência que o estágio cognitivo de operações formais – a capacidade do adulto de pensar em termos de hipóteses – seja acompanhado de mudanças sócio-emocionais incluindo incertezas sobre o sentido da vida, a crise de identidade e o idealismo da adolescência. De qualquer forma, as operações formais são pensamento adulto e a teoria de Piaget não pressupõe nenhum estágio adicional (pág. 227).”
Para Piaget, a inteligência é uma condição necessária, porém não suficiente ao desenvolvimento da moral. Assim sendo, as relações inter-individuais que são regidas por regras envolvem, por sua vez, relações de coação que pressupõe a noção de articulação de operações de dois ou mais sujeitos, envolvendo não apenas a noção de dever, mas a de querer fazer.
Acredito que Jean Piaget abordou muito bem as questões presentes no seu estudo. Tenho apoiado uma banda de música na qual a é composta em maioria por crianças e músicos inexperientes, posso notar que o desenvolvimento de cada fase de idade é bem diferenciado. Levando em questão os meios educacionais e de vivência de cada um, sinto que é difícil adotar a teoria de Piaget, porém ela é um indispensável apoio para a prática de ensino. Após concluir a leitura do texto e interpretá-lo, me sinto mais capazde elaborar um plano de ensino para cada estágio de desenvolvimento humano.
As proposições nucleares de Piaget dão conta de que a compreensão do desenvolvimento humano equivale à compreensão de como se dá o processo de constituição do pensamento formal. Esse processo é explicado segundo o pressuposto de que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a conhecer, envolvendo mecanismos complexos, que incluem o processo de maturação do organismo humano, a experiência com objetos, a vivência social e, sobretudo, o equilíbrio do organismo ao meio. As idéias de Piaget representam um salto qualitativo na compreensão do desenvolvimento humano, na medida em que é evidenciada uma tentativa de integração  entre o sujeito e o mundo que o circunda. 
 
São João Del Rei, 16 de junho de 2009; terça-feira.
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