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Porto Velho 2014 ANDRÉ RICARDO PINTO DE SOUZA JEFFTHY MARINHO GARCIA BATISTA MARIA DE JESUS RIBEIRO VIANA SILVIA LEANDRA DE SOUZA PEREIRA ÚRSULA NADINE CHAVES FERREIRA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO ADMINISTRAÇÃO ANÁLISE DO MERCADO “COMERCIAL DALTO” Porto Velho 2014 ANÁLISE DO MERCADO “COMERCIAL DALTO” Trabalho de Administração apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Ética, Política e Sociedade, Métodos Quantitativos e Microeconomia e Macroeconomia. Orientadores: Prof. José Adir Lins Machado, Prof.ª Paula Cristina de Oliveira Klefens e Prof.ª Regina Lúcia Sanches Malassise. ANDRÉ RICARDO PINTO DE SOUZA JEFFTHY MARINHO GARCIA BATISTA MARIA DE JESUS RIBEIRO VIANA SILVIA LEANDRA DE SOUZA PEREIRA ÚRSULA NADINE CHAVES FERREIRA SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2 ANÁLISE DA EMPRESA ..................................................................................... 5 2.1 IDENTIFICAÇÃO DO MERCADO .................................................................... 5 2.2 ASPECTOS GERENCIAIS ............................................................................... 6 3 ANÁLISE DOS CLIENTES .................................................................................. 8 3.1 PERFIL ............................................................................................................. 8 3.1.1 Faixas etária e de renda ............................................................................... 8 3.1.2 Sexo e grau de escolaridade ........................................................................ 9 3.1.3 Estado civil e filhos ...................................................................................... 10 3.1.4 Frequência e tempo gasto em cada compra ............................................... 11 3.1.5 Gasto médio, formas e prazos de pagamento ............................................ 12 3.2 COMPORTAMENTO ...................................................................................... 13 3.2.1 Preferência e reação do cliente .................................................................. 13 3.2.2 Fator determinante na escolha do mercado ................................................ 14 4 MÉTODOS QUANTITATIVOS ........................................................................... 15 5 ANÁLISE DOS EMPREGADOS ........................................................................ 21 5.1 PERCEPÇÃO DO EMPREGADO SOBRE O TRABALHO NO SETOR ......... 21 5.1.1 Orgulho de trabalhar na empresa e na função que exerce ......................... 22 5.1.2 Indicaria esta empresa para outros trabalharem? ....................................... 23 5.1.3 Sucesso profissional, reconhecimento e valorização .................................. 23 5.1.4 Cursos/treinamentos, salário e entrosamento com a equipe ...................... 25 5.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS ................................................................ 26 5.3 EXPECTATIVA DO EMPREGADO ................................................................ 27 6 CONCLUSÃO .................................................................................................... 28 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30 APÊNDICES ............................................................................................................. 31 3 1 INTRODUÇÃO O varejo tem um importante papel na economia nacional. Por meio do varejo milhões de reais são transacionados diariamente, gerando assim inúmeros empregos. O varejo assume grande importância no panorama empresarial, no Brasil e também no mundo. (PARENTE, 2000). Como fruto das constantes mudanças mercadológicas as empresas varejistas vão se expandindo e adotam avançadas tecnologias de informação e de gestão, tornando a concorrência mais acirrada. O crescimento das grandes cidades oferece um potencial de mercado gigantesco, onde os empresários acabam por expandir os negócios. Tudo isso contribui para as instituições varejistas passarem por muitas transformações. Fatores como globalização, aumento da consolidação e do poder do varejo, parcerias e alianças com fornecedores, entre outros, são tendências que impulsionam a transformação do varejo. (PARENTE, 2000). Assim, cabe aos pequenos varejistas explorar o potencial de mercado das pequenas cidades, onde não possui grandes empresas de hipermercados. Interessante observar que fazendo uso da pesquisa de campo, essas empresas conseguem vantagens competitivas, fidelizam clientes e oferecem um portfolio composto por vários produtos e serviços. Os pequenos e médios varejistas, no ramo de alimentos, instalam suas empresas em grandes bairros, onde existe um potencial de mercado a ser explorado. São empresas que estão atentas ao perfil do consumidor, conhecem a realidade social e mercadológica, mantendo contatos mais frequentes com os moradores. Estudar os determinantes do processo de escolha do consumidor, considerando a relação: preço, localização e comodidade, é uma forma de verificar o perfil consumidor desses clientes. O procedimento metodológico utilizado para se atingir o objetivo desse estudo verificou-se que alguns tipos de pesquisas fornecem melhores condições de investigação e de análise do problema. Dessa forma, o processo de investigação do problema foi baseado nos estudos exploratórios, através da pesquisa de campo e em pesquisas bibliográficas. 4 A construção desse método resultou no embasamento para preparar o material de pesquisa de campo, de modo que o processo de investigação junto à amostra, clientes de mercados de vizinhança e de minimercados refletiu-se em dados, que após análise proporcionou a consecução dos objetivos deste estudo. A coleta de dados é a fase em que são realizados os contatos com os respondentes, aplicados os instrumentos, registrados os dados, cumprida uma primeira verificação do preenchimento dos instrumentos e enviados os instrumentos preenchidos para processamento de formação dos gráficos. (MATTAR, 1998). Para se alcançar o objetivo de pesquisa deste estudo, foi utilizada a pesquisa de campo para a coleta dos dados, realizada no Comercial Dalto que se enquadra no formato de minimercado. A coleta foi feita por meio do questionário estruturado com perguntas fechadas e de linguagem de fácil compreensão, essa escolha considerou três fatores: o tamanho da amostra, o local da abordagem e o tempo dos respondentes. O questionário do tipo estruturado com perguntas dicotômicas e de múltipla escolha proporcionou a coleta dos dados em menor tempo, com respostas mais precisas, evitando assim incomodo aos clientes e não atrapalhando os funcionários em seu horário de trabalho. Também foi entrevistado o gerente responsável pelo comercio, porém, de modo escrito, mas se utilizando da agilidade de captação das repostas para não atrapalhar o mesmo. Após a coleta de todos os dados, partiu se para montagem e estruturação dos gráficos com as devidas descrições para a finalização deste trabalho, encontradas no decorrer dos respectivos capítulos.5 2 ANÁLISE DA EMPRESA 2.1 IDENTIFICAÇÃO DO MERCADO A pesquisa de campo foi realizada no mercado Comercial Dalto, com endereço na Rua União, n. 2354, esquina com Rua Plácido de Castro, Bairro Socialista, Porto Velho/RO. Quanto à estrutura, tem cerca de 300 m² de espaço físico, podendo ser dividido basicamente em quatro setores, a saber: caixas, açougue, área de hortifrutigranjeiros, área expositora composta de sete gôndolas, sendo quatro de dupla face, formando seis corredores com espaço amplo o suficiente para circulação de dois carrinhos de compra emparelhados, cada corredor medindo cerca de dez metros de comprimento. Além disso, há um espaço reservado para o funcionamento de um caixa eletrônico para acesso aos clientes e público em geral. Segundo ficha técnica divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), com base em pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), foram identificados diversos formatos do setor supermercadista, entre eles o de "minimercado" o qual tem área de vendas entre 251 m² a 1000 m² e vende de tudo (cereais, carnes, produtos de limpeza, de higiene e de toucador), com número médio de até nove caixas registradoras. Entendemos que o Mercado Dalto se enquadra nessa classificação, considerando as dimensões do mercado, a quantidade de caixas registradoras e a variedade de produtos. Tratando ainda do aspecto estrutural, observamos que na entrada, próximo dos caixas, há um aparelho televisor com cerca de quarenta polegadas. Além disso, o ambiente não é climatizado, isto é, não conta com sistema de ar refrigerado, o que, considerando o clima quente da região, gera certo desconforto tanto para os clientes quanto para os empregados, o que se busca minimizar com o funcionamento de sete ventiladores grandes, instalados em pontos estratégicos do local. O Comercial Dalto oferece diversos produtos, a saber: gêneros alimentícios, utilidades domésticas, bebidas, frios, carnes, hortifrutigranjeiros, material de limpeza, dentre outros. Desse modo, atende a um público diversificado, 6 suprindo suas necessidades básicas. A variedade de produtos apresenta algumas marcas pouco conhecidas e outras já consagradas, proporcionando ao consumidor alternativas para a escolha de um bom produto, de acordo com a marca, preço ou qualidade. As vendas funcionam na forma de autosserviço (self service), em que o consumidor escolhe os produtos de seu interesse e depois os leva até um dos caixas na saída (check-out), onde efetua o pagamento. 2.2 ASPECTOS GERENCIAIS Durante os trabalhos, fomos atendidos pelo gerente do Comercial Dalto, representando pelo senhor Reginaldo Neves de Souza. Apesar da cortesia de seu atendimento, cabe observar que estava um pouco atarefado com suas atividades, pelo que notamos que deveríamos ser concisos e objetivos na entrevista, pois o gerente não dispunha de muito tempo. Diante disso, tivemos de nos adaptar a essa situação, anotando os principais pontos da entrevista, captando as palavras-chave e os pontos essenciais que tivemos oportunidade de extrair da conversa, a fim de ter uma melhor compreensão dos aspectos gerenciais e da estratégia daquela administração. A respeito da revisão de preços, foi-nos dito que o Mercado revisa os preços regularmente, sendo que a decisão de mantê-los ou de aumentá-los é baseada principalmente na variação de preços causada pela inflação, bem como na negociação de melhores preços com os fornecedores, observando que, em média, o pagamento no boleto é parcelado em até quatro vezes. Lembrando aqui do conceito de inflação, que segundo Parkin (2003, p. 356) é “um processo no qual o nível de preço está subindo e o dinheiro está perdendo valor”, o gerente informou que, dependendo do produto, há certos fatores que estão relacionados com o aumento de preços, a exemplo da sazonalidade (safra), do aumento da exportação, bem como o “efeito cascata” gerado pela inflação. Quanto à possibilidade de o aumento na exportação de determinado produto ocasionar a majoração interna de preços, recordamos que os fornecedores ou produtores tendem à maximização do lucro. Assim, caso o mercado externo esteja em alta, a tendência será que direcionem seus produtos à exportação, o que 7 poderá gerar a escassez relativa no mercado interno. Com isso, havendo maior demanda do que oferta, os preços no mercado interno tenderão a subir. O gerente mencionou também outros pontos que são considerados relevantes para definir preços e reajustes, ou seja, a reação do consumidor e a qualidade do produto. Esclareceu que o consumidor, além de buscar o melhor preço, leva em conta a qualidade do produto e também do serviço prestado pelo mercado (diferenciais). Assim, a reação do consumidor diante do preço, da qualidade e dos diferenciais ofertados são ponderados na estratégia de preços e de reajustes. Como preço e diferencial estão relacionados à concorrência, perguntamos a respeito dos concorrentes e de suas estratégias mais utilizadas e por quê. Segundo o gerente, os principais concorrentes próximos são: Supermercado Milão, Comercial Rufino e Comercial Gold Bom, sendo suas estratégias basicamente três: oferta de preço competitivo, entrega a domicílio e propaganda (carros de som), pois despertam mais o interesse do consumidor. Diante disso, questionamos a respeito dos diferenciais do Comercial Dalto. Segundo o gerente, o mercado, além de atuar na estratégia de preços, também se utiliza da propaganda, da entrega a domicílio, a também realiza promoções – por exemplo sorteio de duas motocicletas Honda CG 125 Fan. Com base no acima exposto, é importante destacar que o Comercial Dalto, apesar de ter uma ótima localização, tem muitos concorrentes. Em razão disso, busca conquistar o cliente não apenas na questão do preço, mas também com oferta de qualidade, variedade e diferenciais em relação aos demais concorrentes, seja pelo atendimento, entrega a domicílio e também na forma de promoções (sorteios) em que os clientes recebem um “ticket” para participar do sorteio conforme os critérios estabelecidos na promoção. Assim, não basta atuar apenas na questão do preço, é preciso algo mais para se destacar e conquistar o cliente num ambiente de competição acirrada. 8 3 ANÁLISE DOS CLIENTES 3.1 PERFIL Para este estudo, os dados foram coletados com os clientes do Comercial Dalto mediante formulário de pesquisa, a fim de identificar seu perfil e comportamento, preferência de marcas ou produtos e razão para ter escolhido comprar no Comercial Dalto (Apêndice A). O universo da pesquisa foi constituído por todos os clientes do referido mercado, sendo que amostra foi no total de 100 (cem) de seus clientes. Os resultados da pesquisa exploratória serão a seguir apresentados. 3.1.1 Faixas etária e de renda Gráfico 1 – Faixa etária 5% 39% 29% 27% Até 17 anos 18 a 30 anos 31 a 45 anos >45 anos Fonte: pesquisa de campo (2014) Gráfico 2 – Faixa de renda 29% 33% 36% 2% Até 1.100,00 1.101,00 a 1.700,00 1.701,00 a 7.500,00 7.501,00 a 9.700,00 Fonte: pesquisa de campo (2014) 9 As faixas foram estabelecidas com inspiração naquelas utilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para as classes nominais do tipo “A”, “B”, “C”, “D” e “E”, conforme a seguir: Quadro 1 - Faixas de Renda Classe A Acima de R$ 9.745,00 Classe B De R$ 7.475,00 a 9.475,00 Classe C De R$ 1.734,00 a R$ 7.475,00 Classe D De R$ 1.085,00 a R$ 1.734,00 Classe E De R$ 0,00 a R$ 1.085,00 Fonte: IBGE. Usamos valores arredondadosna pesquisa, com aproximação aos valores do IBGE, buscando não distanciar o enquadramento nas respectivas faixas. A amostra não apresentou clientes da Classe “A”, havendo apenas 2% de participação da Classe “B”. As demais Classes têm distribuição equilibrada entre si. Assim, a clientela dominante na amostra pertence às Classes “C”, “D” e “E”. 3.1.2 Sexo e grau de escolaridade Gráfico 3 – Sexo 46% 54% Feminino Masculino Fonte: pesquisa de campo (2014) Gráfico 4 – Grau de escolaridade 6% 9% 21% 38% 9% 7% 10% Analfabeto Fundamental Fund. incompleto Médio Médio incompleto Superior Sup. Incompleto Fonte: pesquisa de campo (2014) 10 Da amostra, 54% correspondem a homens entrevistados e 46% a mulheres. Quanto ao grau de escolaridade, em uma visão mais abrangente, podemos dizer que a maior parte dos clientes está na faixa do ensino médio e do fundamental incompleto, no total de 59%. A participação de clientes da linha universitária é de 17%. Assim, no geral, 83% da amostra é composta por clientes que ainda não tiveram acesso ao ensino superior. 3.1.3 Estado civil e filhos Gráfico 5 – Estado civil 36% 11% 34% 16% 3% Casado Divorciado Solteiro União estável Viúvo Fonte: pesquisa de campo (2014) Gráfico 6 – Filhos 30% 70% Não tem filho Tem filho Fonte: pesquisa de campo (2014) Gráfico 7 – Quantidade de filhos 30 21 16 17 10 2 2 11 0 1 2 3 4 5 6 9 10 0 1 2 3 4 5 6 9 10 Fonte: pesquisa de campo (2014) 11 A grande maioria dos entrevistados (70%) tem filhos. Em relação à quantidade, 37% estão na faixa de um a dois filhos; 27% na faixa de cinco a seis filhos e apenas 2% na faixa de 9 a 10 filhos. Quanto maior a quantidade de filhos, menor a quantidade de clientes na respectiva faixa. 3.1.4 Frequência e tempo gasto em cada compra Gráfico 8 – Frequência ao mercado por mês 18% 24% 11% 10% 3% 5% 5% 24% 1x 2x 3x 4x 5x 6x 7x >7x Fonte: pesquisa de campo (2014) Gráfico 9 – Tempo gasto por compra 68% 20% 8% 2% 2% 30 a 45min 45min a 1h 1h a 1h30 1h30 a 2h >2h Fonte: pesquisa de campo (2014) Em termos de visita mensal ao mercado, a amostra é bimodal para as frequências de duas visitas e mais de sete visitas mensais, cada uma com 24%. Os que frequentam de três a quatro vezes ao mês representam 21%. Vão ao mercado de cinco a sete vezes ao mês o total de 13%. Aqueles que visitam o mercado apenas uma vez por mês representam 18% da amostra. 12 3.1.5 Gasto médio, formas e prazos de pagamento Gráfico 10 – Gasto médio por compra em R$ 36% 33% 19% 8% 4% 0,00 a 100,00 100,00 a 300,00 300,00 a 500,00 500,00 a 1.000,00 > 1.000,00 Fonte: pesquisa de campo (2014) Gráfico 11 – Formas de pagamento 13% 2% 2% 73% 1% 9% Cartão crédito Cartão débito Cheque Dinheiro Promissória Vale/Ticket Fonte: pesquisa de campo (2014) Gráfico 12 – Parcelas no cartão de crédito 92% 8% 1 parcela 3 parcelas Fonte: pesquisa de campo (2014) 13 3.2 COMPORTAMENTO 3.2.1 Preferência e reação do cliente Gráfico 13 – Preferência por produto ou marca 46% 54% Não tem preferência Tem preferência Fonte: pesquisa de campo (2014) Os produtos preferidos pelos entrevistados foram: açúcar, água sanitária, amaciante, arroz, biscoito, café, carne, carne, cerveja, coca-cola, desodorante, feijão, iogurte, leite, massas, milharina, óleo de soja, palha aço, pão, produtos light, sabão em pó, saponáceo, suco, tintura para cabelo e trigo. As marcas preferidas pelos entrevistados foram: Aurora, Bernardo, Bombril, Coca-Cola, Cristal, Danone, Dona Benta, Dona Nina, Downy, Dubom, Ipê, Itaipava, Itamaraty, Juruá, Leite, Lino, Nestlé, Niely Gold, Omo, Primavera, Qboa, Refreskant, Rexona, Sadia, Soltinho, Soya, Tang, Tio Urbano e Tradição. Gráfico 14 – O que faz na falta da marca preferida? 48% 52% Não compra de outra marca Compra de outra marca Fonte: pesquisa de campo (2014) Quando não há o produto preferido em termos de marca, 48% dos clientes não compram produto de outra marca no mesmo mercado, significando 14 perda de receita. Daí a importância de conhecer a preferência do consumidor e da adequada gestão para que não haja falta desses produtos. Gráfico 15 – O que faz quando o preço aumenta? 44% 29% 27% Substitui por mais barato Compra menos quantidade Compra mesma quantidade Fonte: pesquisa de campo (2014) Dos entrevistados, 54% tem preferência por algum produto ou marca. Destes, 52% (28 pessoas), na ausência da marca preferida, não compram de outra marca, indo para outro mercado buscando encontrar o produto com a marca de sua preferência. Os demais, ou seja, 48% (26 pessoas) resolvem comprar um produto de outra marca. 3.2.2 Fator determinante na escolha do mercado Gráfico 16 – Fator determinante na escolha do mercado 62% 28% 7% 3% Proximidade Menor preço Variedade Gosta/Serviço Fonte: pesquisa de campo (2014) O Comercial Dalto tem uma situação de certa forma cômoda em relação a sua clientela, pois sua maioria (62%) faz compras nesse mercado mais pela proximidade de sua residência, ficando o menor preço em segundo lugar como fator determinante (28%). Apenas 3% dos entrevistados vão a esse mercado por razões de gosto/serviço, demonstrando a necessidade de a empresa buscar diferenciais para conquistar maior número de clientes nesse ambiente competitivo. 15 4 MÉTODOS QUANTITATIVOS A variável escolhida para análise em termos de medidas de tendência central e de variabilidade foi a quantidade de filhos dos clientes. O universo da pesquisa é representado por todos os clientes do Comercial Dalto, sendo os dados coletados de uma amostra de 100 (cem) clientes, mediante formulários de pesquisa conforme Apêndice A. Depois do processamento e organização dos dados, elaboramos a tabela de distribuição de frequências a seguir: Tabela 1 - Distribuição de frequências - número de filhos xi fi fa xi*fi (xi- )²* fi 0 30 30 0 1,85 102,675 1 21 51 21 1,85 15,1725 2 16 67 32 1,85 0,36 3 17 84 51 1,85 22,4825 4 10 94 40 1,85 46,225 5 2 96 10 1,85 19,845 6 2 98 12 1,85 34,445 9 1 99 9 1,85 51,1225 10 1 100 10 1,85 66,4225 TOTAL 100 185 358,75 Fonte: pesquisa de campo (2014) Onde: xi = número de filhos; fi = frequência; fa = frequência acumulada = média. A média é definida por Levin e Fox (2004, p. 81) como sendo "a soma de um conjunto de escores dividida pelo número desses escores no conjunto". Conforme Larson e Farber (2010, p. 60), a média de uma distribuição de frequências para uma amostra é dada pela seguinte fórmula: ∑(xi*fi)÷n, em que n = ∑fi. No caso: = 185÷100 = 1,85 ≈ 2 (filhos). Conforme Larson e Farber (2010, p. 56), a entrada de um conjunto de dados que ocorre com maior frequência é a moda. Neste caso, a moda corresponde a 0 (zero). Em relação a determinada amostra, a variância e o desvio padrão são dados pelas seguintes fórmulas, sendo que este último corresponde à raiz quadrada da respectiva variância: 16 Quadro 2 – Variância e desvio padrão Variância Desvio padrão Onde: s² = variância amostral; s = desvio padrão amostral; n = tamanho da amostra (∑fi); = média amostral. Fonte: Larson e Farber (2010, p. 70) Em se tratando de dados agrupados em uma tabela de distribuição de frequências simples, teremos como numerador dasfórmulas de variância amostral, respectivamente, o seguinte: ∑(xi – )².fi – onde fi é a frequência da respectiva ocorrência da variável estudada xi. No presente caso, calculando a variância teremos: s² = 358,75 ÷ 99, resultando em 3,62. O desvio padrão (s) é a raiz quadrada da respectiva variância, equivalendo a 1,90. Segundo Larson e Farber (2010, p. 81), o coeficiente de variação (CV) é dado por [(desvio padrão/média)*100%]. Neste caso, teremos o CV equivalente a [(1,90÷1,85)*100%] = 102,70%. Conforme Levin e Fox (2009, p. 80 e 81), estando os dados ordenados, pode-se localizar a mediana desse conjunto, ou seja, o ponto do meio, definida como "uma medida de tendência central que separa a distribuição em duas partes iguais". Se a quantidade de elementos for ímpar, a mediana será o elemento do meio da distribuição. Se o número de elementos for par, a mediana será a média dos dois elementos centrais. Neste caso, os elementos centrais de um conjunto de 100 entradas (n) correspondem a n/2 e n/2+1, respectivamente: 50ª e 51ª entradas. Estas, considerando as frequências acumuladas, correspondem a 1 e 1. Portanto, a mediana vale 1. Também decidimos avaliar o comportamento do consumidor quando os preços dos produtos aumentam e identificar os produtos que mais se destacaram nesse comportamento e o potencial reflexo deste na receita da empresa. Conforme Larson e Farber (2010, p. 3), Estatística é a "ciência que coleta, organiza, analisa e interpreta dados para a tomada de decisões". Segundo os mesmos autores (2010, p. 6), "o ramo da estatística que envolve a organização, o resumo e a representação dos dados" é denominado Estatística Descritiva. 17 De forma interdisciplinar, faremos uso da Estatística Descritiva para organizar, resumir e representar os dados, buscando sua interpretação com o auxílio dos conceitos fornecidos pela Ciência Econômica. Conforme Sandroni (1999, p. 199), o termo elasticidade refere-se à "relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de certas mercadorias, em função das alterações verificadas em seus respectivos preços". Trata-se, segundo Mendes (2012, p. 31), de uma medida de resposta que compara a variação percentual de uma variável dependente em razão da variação percentual em uma variável explicativa. Nesse caso, busca-se a razão estabelecida entre as respectivas variações percentuais de duas variáveis entre si relacionadas. Quando relacionamos as variações de quantidade e preço, estamos tratando da elasticidade-preço, que segundo Mochón (2007, p. 40 e 41), “mede o grau em que a quantidade demandada responde a uma variação de preço”, sendo calculados pela razão entre a variação percentual da quantidade demandada de um bem e a variação percentual de seu preço, mantendo-se constantes todos os demais fatores. Quando certo bem tem substitutos próximos e seu preço aumenta, há uma tendência para que seja substituído por um produto mais barato. Por outro lado, quando o aumento do preço ocorre sobre um bem de primeira necessidade, as variações na quantidade demandada serão pequenas. Ainda segundo Mochón (2007, p. 41 e 45), quando a redução percentual no preço produzir um aumento percentual maior na quantidade, dizemos que a demanda é elástica e seu efeito é o aumento da receita quando o preço cai; quando a redução percentual no preço ocasionar um aumento percentual menor na quantidade, teremos uma demanda inelástica, tendo como efeito a diminuição da receita quando o preço cai. Nota-se que nesse processo a reação do consumidor é muito importante, pois, diante da elevação do preço, expressa sua demanda na compra de igual quantidade, menor quantidade ou na substituição por outro produto com melhor preço, podendo também simplesmente não comprar determinado bem, caso não seja de primeira necessidade. Conforme Mendes (2012, p. 34), "quanto mais essencial for um produto para os consumidores, quanto menor o número de substitutos e quanto mais baixa a proporção da renda gasta com esse produto, mais inelástica será sua demanda, ou seja, menor será a resposta do consumidor a variações de preços". O mesmo autor (2012, p. 36) também observa que "quanto maior for 18 o grau de substituição de um bem, mais elástica será a curva de demanda". Após essa abordagem teórica, passamos a apresentar o processamento dos dados coletados, tendo em vista a problemática proposta neste trabalho, considerando-se a reação do consumidor diante do aumento de preços. Primeiramente, apresentaremos a preferência do consumidor por gênero de produto: Gráfico 17 – Preferência por gênero de produto 78% 17% 5% Alimentício Limpeza e Higiene Bebidas Fonte: pesquisa de campo (2014) É dominante a preferência por produtos alimentícios, devido a sua essencialidade, tratando da necessidade mais básica, que é a alimentação. No gráfico 15 já tratamos, no geral, a respeito de como o consumidor reage diante do aumento de preços. Agora, veremos com mais aprofundamento os casos que se destacaram em relação à resposta do consumidor: Gráfico 18 – Reação do consumidor – 4 produtos principais 83% 53% 75% 18% 33%29% 25% 17% 67% Arroz Feijão Carne Leite Substitui por mais barato Compra menos quantidade Compra mesma quantidade Fonte: pesquisa de campo (2014) Quando o preço de determinada marca de leite aumenta, os clientes o substituem por outro leite com preço mais barato. Tal comportamento é dominante (87%) mostrando uma tendência para a demanda inelástica desse produto. No caso, haverá pouca receita em relação ao produto que teve seu preço aumentado. 19 No caso da carne, a resposta dominante na situação de aumento de preço foi comprar a mesma quantidade (75%), sendo que nenhum dos entrevistados se manifestou pela substituição por outro tipo de produto (frango, por exemplo). Situação parecida é a do feijão, em que a reação diante do aumento de preços é principalmente a de comprar a mesma quantidade (67%), observando que ninguém escolheu reduziu a quantidade consumida. Entendemos que esse tipo de comportamento também contribui para a melhoria da receita da empresa quando o preço aumenta. Quando o preço do arroz aumenta, a substituição por produto mais barato é a menor ocorrência (18%). Somando aqueles que permanecem comprando o produto que teve o preço elevado teremos 82% (29% compram menos quantidade e quase o dobro – 53% - continuam comprando a mesma quantidade). Nesse caso, entendemos que a receita da empresa aumenta com esse tipo de reação do consumidor.Também consideramos importante, em termos de gênero (masculino e feminino), analisar o comportamento diante do aumento de preços, para verificar a existência de alguma tendência para determinado tipo de reação, conforme a seguir: Gráfico 19 – Reação do consumidor masculino/feminino 44% 28% 32% 24% 38% 34% Substitui Compra menos quantidade Compra mesma quantidade Homem Mulher Fonte: pesquisa de campo (2014) Para comparar os comportamentos, utilizamos a noção matemática de número índice. Segundo Castanheira (2013, p. 12), números índices são medidas estatísticas, expressas em termos percentuais, utilizadas para fazer comparações entre variáveis com alguma relação entre si, objetivando ter uma visão resumida e simplificada a respeito das mudanças ocorridas no decurso do tempo. No presente 20 caso, estabelecemos a razão entre os percentuais de comportamento dos homens e mulheres que participaram da pesquisa, observando o seguinte: a) Compra mesma quantidade: os homens assumiram esse comportamento 29,41% a mais do queas mulheres; b) Compra menos quantidade: as mulheres assumiram esse comportamento 16,67% a mais do que os homens; c) Substitui por mais barato: as mulheres assumiram esse comportamento 18,75% a mais do que os homens. Para exemplificar a importância de conhecer o comportamento do consumidor, inclusive quanto ao gênero, levando também em conta o tipo de produto, apresentamos a seguir o caso específico da cerveja, produto que, na pesquisa, constou como preferido apenas dos clientes de sexo masculino. Veremos como foi seu comportamento: Gráfico 20 – Reação do consumidor – cerveja 33% 67% Substitui Compra mesma quantidade Homem Fonte: pesquisa de campo (2014) Neste caso, diante do aumento do preço da cerveja, os clientes do sexo masculino confirmaram a tendência de comprar a mesma quantidade (67%), sendo que esse tipo de reação é de interesse para o aumento da receita. 21 5 ANÁLISE DOS EMPREGADOS No contexto do desafio proposto pela disciplina de Ética, Política e Sociedade, tendo em vista refletir a respeito da questão do mercado de trabalho dentro do setor atacadista, realizamos algumas pesquisas com os funcionários do supermercado visitado na pesquisa de campo. Como critério geral, buscamos seguir as orientações propostas para a produção textual em grupo, inclusive a respeito das questões a serem efetuadas perante os empregados. Entretanto, uma das questões sugeridas, produziu dúvidas quanto a seu sentido. Trata-se da questão relativa à “percepção” que o empregado tem sobre o trabalho dentro do mercado, pois o referido termo é muito abrangente, bem como é de um vocabulário mais culto, em razão do que o empregado poderia se sentir confuso ou com dificuldade para entender e responder a pergunta no formulário. Para superar a referida questão, realizamos pesquisas bibliográficas, encontrando o trabalho de Nascimento (2008), uma dissertação de mestrado abordando o tema: “Autopercepção dos funcionários de uma empresa supermercadista familiar: Um estudo de caso sob convívio organizacional”, que, também baseada em trabalho de campo, utilizou diversas perguntas, sendo que algumas delas serviram de inspiração para serem aplicadas no trabalho de campo do presente trabalho, no que entendemos relacionadas à problemática da percepção do empregado. Além disso, substituímos o termo “percepção” por “opinião”, por ser esta uma palavra de mais fácil compreensão, sem prejudicar o sentido da pergunta. Passamos agora ao conteúdo da pesquisa, realizada em campo com dez empregados (de um total de vinte), esclarecendo que o objetivo era abordar todos, mas alguns não estavam presentes, havendo também desinteresse de alguns em participar da pesquisa. Apesar disso, entendemos que a entrevista com 50% dos funcionários representa uma boa base para a pesquisa. 5.1 PERCEPÇÃO DO EMPREGADO SOBRE O TRABALHO NO SETOR A seguir, apresentaremos a percepção do empregado sobre o trabalho no Comercial Dalto, considerando as respostas dadas a oito perguntas- chave relacionadas ao orgulho de trabalhar na empresa, de exercer a sua função, se 22 a indicaria para outra pessoa trabalhar, bem como a respeito do sucesso profissional, cursos e treinamentos, reconhecimento e valorização, salário e entrosamento com os colegas como fator para melhoria do trabalho. 5.1.1 Orgulho de trabalhar na empresa e na função que exerce Os empregados foram questionados se têm orgulho de trabalhar no Comercial Dalto e se têm orgulho da função que exercem dentro da empresa. As respostas estão resumidas conforme a seguir: Gráfico 21 - Tenho orgulho de trabalhar nesta empresa? 40% 20% 40% Sim Não Mais ou menos Fonte: pesquisa de campo (2014) Gráfico 22 - Tenho orgulho da função que exerço? 80% 10% 10% Sim Não Mais ou menos Fonte: pesquisa de campo (2014) Diante dos gráficos acima, pode-se interpretar que uma quantidade pequena de empregados (20%) têm orgulho de trabalhar no mercado em questão. O 23 restante, em proporções iguais, varia de parcial a totalmente sem orgulho de trabalhar no referido mercado. A situação melhora quanto ao orgulho do empregado em exercer sua função no mercado, com uma avaliação positiva de 80%. Pelos dados, nota-se que, apesar de o local de trabalho não ser o ideal para a maioria dos empregados, estes têm uma valoração positiva acerca da própria função exercida na empresa. 5.1.2 Indicaria esta empresa para outros trabalharem? Quando questionados se indicariam o mercado em que trabalham para outras pessoas trabalharem, os empregados manifestaram o seguinte: Gráfico 23 - Indicaria esta empresa para outros trabalharem? 80% 20% Sim Mais ou menos Fonte: pesquisa de campo (2014) Pelo resultado do gráfico acima, e apesar das considerações explanadas no item 5.1.1 deste trabalho, observamos que a maioria dos empregados (80%) recomendaria o Comercial Dalto como local para outros trabalharem, possivelmente por levarem em conta as vantagens de trabalhar nesse local, como se verá oportunamente neste trabalho. 5.1.3 Sucesso profissional, reconhecimento e valorização Também foi questionado aos empregados se, dentro da empresa, consideram ter sucesso profissional e se entendem que seu trabalho é reconhecido e valorizado. Responderam conforme os quadros a seguir: 24 Gráfico 24 – Tenho sucesso profissional nesta empresa? 10% 60% 30% Sim Não Mais ou menos Fonte: pesquisa de campo (2014) Gráfico 25 – Meu trabalho é reconhecido e valorizado? 70% 30% Não Mais ou menos Fonte: pesquisa de campo (2014) Ficou patente um quadro negativo tanto em relação à percepção de sucesso profissional dentro da empresa (60%) quanto no diz respeito ao reconhecimento e valorização do empregado (70%), sendo este último aspecto agravado por não haver nenhuma manifestação positiva, ou seja, nenhum dos empregados tem a percepção de que seu trabalho é reconhecido e valorizado pela empresa. Portanto, entendemos que o Mercado Dalto precisa atuar para reverter esse quadro negativo. Uma das formas para fazer isso seria através da motivação e de uma gestão menos centralizadora que permita maior participação dos empregados no que diz respeito à melhoria do ambiente de trabalho e apresentação de propostas que contribuam para o crescimento da empresa. A participação mais efetiva do empregado na resolução de problemas internos faz com que ele se sinta 25 ainda mais parte da empresa. Segundo Ladeia (2013), “a motivação nem sempre pode significar gastos para a empresa, é possível chegar a bons resultados sem ter que usar o dinheiro como moeda de troca”, dando como exemplo as seguintes estratégias: conforto, aprendizado, reconhecimento e autorrealização. 5.1.4 Cursos/treinamentos, salário e entrosamento com a equipe Quando questionados se recebiam cursos e treinamentos adequados para o exercício de suas funções, bem como a respeito do salário e do entrosamento com a equipe, os empregados manifestaram as seguintes opiniões: Gráfico 26 – Recebo cursos/treinamentos suficientes? 10% 90% Sim Não Fonte: pesquisa de campo (2014) Gráfico 27 – Meu salário atual é justo? 30% 50% 20% Sim Não Mais ou menos Fonte: pesquisa de campo (2014) 26 Gráfico 28 – O entrosamento com os colegas é bom? 80% 20% Sim Mais ou menos Fonte: pesquisa de campo (2014) Da análise dos gráficos do presente tópico, nota-se que 90% dos participantes da pesquisa sentem a ausência de cursos e treinamentos adequados para o exercíciode suas funções, situação preocupante, pois tem a ver com aspectos como eficiência, produtividade e diferencial no atendimento. Esse ponto negativo mostra a necessidade de o Mercado Dalto investir na capacitação ou treinamento de seus empregados, conforme suas funções específicas. Apenas 20% dos entrevistados consideram que seu salário é justo. Apesar de ninguém ter opinado que seu salário seja injusto, consideramos que 80% de opiniões ficando no “mais ou menos” serve para indicar que, no geral, há certa insatisfação em termos de justeza de salários. Por outro lado, temos uma situação positiva no que tange ao entrosamento com os colegas, com avaliação favorável de 80%, sendo esse um fator importante e que deve ser sempre estimulado, uma vez que um ambiente com problemas no relacionamento de trabalho acaba repercutindo no rendimento da equipe, prejudicando a execução dos trabalhos, inclusive o atendimento ao cliente. 5.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS Como vantagens, os empregados apontaram, além de ter um emprego com carteira assinada, o pagamento não atrasa, fazem suas compras no próprio mercado, e para a maioria (80%) o fator de o local de trabalho ser perto de sua residência, o que torna evidente a política do empregador em contratar trabalhadores próximos do local de trabalho. 27 No que tange às desvantagens de trabalhar no mercado em questão, os empregados foram unânimes em mencionar a carga horária "muito puxada", inclusive com trabalho nos finais de semana e feriados. Além disso, houve reclamação a respeito da falta de climatização e da falta de reconhecimento. 5.3 EXPECTATIVA DO EMPREGADO Abordando a expectativa de trabalho dos empregados dentro do Comercial Dalto, apenas um dos entrevistados considerou com algo duradouro, os demais (90%) tendo a percepção de ser só uma fase ou um emprego temporário. Logo, ficou evidente que a maioria dos empregados não tem a expectativa de, a longo prazo, continuar trabalhando no mesmo local, tendo a perspectiva de encontrar outras oportunidades para crescimento profissional e melhoria da renda. Oportuno dizer que também questionamos se os empregados já trabalharam em outros supermercados ou em mercados menores, dos quais 60% responderam afirmativamente. E, dentre esses, apenas três apontaram diferenças em relação ao seu local de trabalho atual. Em síntese, as diferenças apontadas são as seguintes: a) em um supermercado pequeno o empregado exerce várias funções. Já no Comercial Dalto, cada um exerce uma função específica; b) em um mercado pequeno a carga horária é menor; c) a relação entre patrão e funcionário é diferente. Diante dessas diferenças apontadas, cabe destacar que no Comercial Dalto, aplica-se a ideia de divisão do trabalho como forma de melhorar a eficiência. 28 6 CONCLUSÃO Concluímos que, a pesquisa de campo realizada no comercial Dalto, trouxe-nos dados interessantes a respeito deste universo, a forma como o responsável pelo setor atua para definir a melhor estratégia de venda levando em consideração todas as variáveis possíveis, é um deles. Para quem olha a problemática de outro ângulo, que não seja da área em questão, acha que é simplesmente escolher um valor e aplicar ao produto, conforme foi exposto nos “Aspectos gerencias” esse processo é bem mais complexo do que se imagina, são vários os fatores que influenciam nesta decisão, desde a negociação com o fornecedor até a influencia da inflação, por exemplo. Outro dado interessante é a respeito de como o consumidor, de modo geral, se comporta em seu ambiente de consumo, e de como reagem às alterações ocorridas no mesmo. Podemos observar que nem sempre essas mudanças interferem no comportamento desse consumidor, alguns, por exemplo, permanecem fieis a suas preferencias, outros, por sua vez, tentam se adequar a essas modificações, procurando sempre a melhor alternativa, tanto no que diz respeito ao preço do produto, quanto à falta da marca favorita, por exemplo. Ficou claro que quanto mais essencial e necessário é o produto, menos as alterações sofridas por ele, interferem na escolha do consumidor em relação a esse produto, um exemplo disso são os produtos do gênero alimentício, a carne exerce uma predominância no que diz respeito a essa variável. Já os homens, optaram pela cerveja como um dos itens de preferencia. Com base nos métodos quantitativos, concluímos que existe um quadro negativo de 63% na relação entre empregado e empregador, considerando como principais fatores para este quadro, a carga horaria, valorização profissional e a falta de reconhecimento. Com relação ao quadro positivo, que é de 37%, podemos destacar como principais fatores, local de trabalho próximo à residência e a relação interpessoal entre funcionários. Alguns especialistas na área de Recursos Humanos dizem que a motivação do funcionário nem sempre deve acarretar gastos para a empresa, logico, que o aumento da remuneração, sem dúvida, seria o motivador maior, porém, existem maneiras de fazê-las sem custo algum para a empresa e com o mesmo grau de eficiência, basta apenas o gestor estar disposto a dar esse estímulo a seus 29 funcionários, que se baseiam em boa vontade e trabalho mental. O maior conhecimento sobre os seus funcionários, sem dúvida, é o fator chave para qualquer processo de motivação dentro de um ambiente empresarial. Como o setor supermercadista tem uma carga horária muito intensa, devido à necessidade de ficar mais tempo abertos, para atender as necessidades de seus clientes e obter maior lucro, esses especialistas sugerem a criação de um banco de horas informal, onde o funcionário é recompensado em horas pelo seu esforço. Cabe ao gestor a melhor distribuição dessas horas. A possibilidade de aprendizado sempre funciona bem como ferramenta de troca com os funcionários, em especial com os novatos, caso a empresa não disponha de recursos para oferecer esse aprendizado, ele pode ocorrer dentro da própria empresa, e uma das maneiras de se fazer isso é a troca de atividades por períodos pré-determinados, é uma opção barata, porém, muito valiosa para o funcionário, pois além do aprimoramento dá a ele a chance de crescer dentro da empresa, tendo em vista a possibilidade de se sobressair em alguma das atividades e com isso, é claro, ganhar a tão sonhada promoção. 30 REFERÊNCIAS CASTANHEIRA. Nelson Pereira. Métodos quantitativos. Curitiba: InterSaberes, 2013. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Qual a faixa de renda familiar das classes? Disponível em <http://cps.fgv.br/node/3999>. Acesso em: 4 set. 2014. LADEIA, Bárbara. 4 formas de motivar seus funcionários sem por a mão no bolso. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/4-formas-de- motivar-seus-funcionarios-sem-por-a-mao-no-bolso>. Acesso em: 8 out. 2014. LARSON, Ron; FARBER, Betsy. Estatística aplicada. Tradução de Luciane Ferreira Pauleti Vianna. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. LEVIN, Jack; FOX, James Alan. Estatística para ciências humanas. Tradução de Alfredo Alves de Farias. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. MENDES. Judas Tadeu Grassi. Economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. MOCHÓN, Francisco. Princípios de economia. Tradução de Thelma Guimarães. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. NASCIMENTO. Aline Gomes do. Auto-percepção dos funcionários de uma empresa supermercadista familiar: Um estudo de caso sob convívio organizacional. 2008. 96f. Dissertação (Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial) – Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em <http://portal.estacio.br/media/215549/dissertacoes-aline-gomes-do-nascimento.pdf>. Acesso em: 17 out. 2014. PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: Gestão e Estratégia. - São Paulo: Atlas, 2000. PARKIN, Michael. Macroeconomia. 5. ed. Tradução de Célia Blake e Mauro Plattek. Saõ Paulo: Addison Wesley, 2003. SANDRONI. Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo: Best Seller, 1999. SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Ficha Técnica Supermercado. Ideias de Negócio. Disponível em: <http://www.ms.sebrae.com.br/uploads/UAI/fichastecnicas/supermercado.pdf>. Acesso em: 8 out. 2014. 31 APÊNDICES 32 APÊNDICE A – Instrumentos de pesquisa utilizado na coleta de dados 1. PERFIL DO CLIENTE Idade Menor de 18 anos 18 a 30 anos 31 a 45 anos > 45 anos Renda (SM) Até 1.100 1101-1700 1701-7500 7501-9700 > 9700 Sexo Masculino Feminino Estado Civil Solteiro Casado União Estável Divorciado Viúvo Tem filhos? Sim Quantos? Não Escolaridade Analfabeto Médio incompleto Fundamental incompleto Médio completo Fundamental completo Superior incompleto Superior completo No mês, quantas vezes vêm ao Mercado? 1 2 3 4 5 6 7 > 7 Quanto tempo gasta fazendo compras? 30 min a 45 min. 45 min a 1 h. 1h a 1h 30min. 1 h 30 min a 2 h > 2 h Em média, quanto gasta em cada visita ao Mercado? R$ 100,00 R$ 300,00 R$ 500,00 R$ 1000,00 > R$ 1000,00 Forma de pagamento Dinheiro Cheque Cartão de crédito Quantas vezes?_____ Tem preferência por algum produto ou marca? Não Sim Qual? _________________________________________________________ ______________________________________________________________ Quando os preços dos produtos sobem, o que você faz? Compro mesma quantidade Compro menos quantidade Substitui por outro mais barato Outros: ______________ ______________ Quando não há a marca de sua preferência você compra de outra marca? Sim Não Qual fator determinou a escolha deste mercado? Tem Mais Variedade Os preços são mais em conta. Proximidade de sua residência. 33 Continuação do Apêndice A 2. ENTREVISTA COM O GERENTE 1) O mercado revisa regularmente seus preços para decidir se deve aumentá- los ou mantê-los? Quais critérios utilizam? _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 2) A inflação interfere nos preços praticados pelo mercado? Como? _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 3) Na definição dos preços, a cada vez que vão aumentar, quais são os pontos considerados importantes para definir o reajuste? Por quê? _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 4) Quais as formas e prazos de pagamento que o mercado utiliza para pagar seus fornecedores? _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 6) Existem concorrentes locais no mercado? Quais? _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 7) Quais as estratégias de venda mais utilizadas pelos concorrentes? Por quê? _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 34 Continuação do Apêndice A 3. ENTREVISTA COM OS FUNCIONÁRIOS: [Não precisa se identificar] 1) Qual sua opinião sobre o trabalho dentro deste mercado? Tenho orgulho de trabalhar nesta empresa Sim Não Mais ou menos Tenho orgulho da função que exerço aqui Sim Não Mais ou menos Indicaria esta empresa para outros trabalharem? Sim Não Mais ou menos Tenho sucesso profissional nesta empresa Sim Não Mais ou menos Recebo cursos/treinamentos suficientes Sim Não Mais ou menos Meu trabalho é reconhecido e valorizado? Sim Não Mais ou menos Acho justo meu salário atual? Sim Não Mais ou menos O entrosamento com os colegas é bom e contribui para melhorar meu trabalho? Sim Não Mais ou menos 2) Principais vantagens e desvantagens de trabalhar neste supermercado? Vantagens Desvantagens 3) Qual a expectativa que você tem trabalhando neste supermercado? Emprego temporário; É só uma fase; É algo duradouro? 4) Já trabalhou em outro Supermercado ou mercado menor? Se sim o que achou de diferente? Não Sim. Diferenças: ___________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________
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