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Analise de Mercado Trabalho em Grupo

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Porto Velho 
2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDRÉ RICARDO PINTO DE SOUZA 
JEFFTHY MARINHO GARCIA BATISTA 
MARIA DE JESUS RIBEIRO VIANA 
SILVIA LEANDRA DE SOUZA PEREIRA 
ÚRSULA NADINE CHAVES FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
ADMINISTRAÇÃO 
 
 
ANÁLISE DO MERCADO “COMERCIAL DALTO” 
 
Porto Velho 
2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO MERCADO “COMERCIAL DALTO” 
 
Trabalho de Administração apresentado à Universidade 
Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para 
a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Ética, 
Política e Sociedade, Métodos Quantitativos e 
Microeconomia e Macroeconomia. 
 
Orientadores: Prof. José Adir Lins Machado, Prof.ª Paula 
Cristina de Oliveira Klefens e Prof.ª Regina Lúcia 
Sanches Malassise. 
 
ANDRÉ RICARDO PINTO DE SOUZA 
JEFFTHY MARINHO GARCIA BATISTA 
MARIA DE JESUS RIBEIRO VIANA 
SILVIA LEANDRA DE SOUZA PEREIRA 
ÚRSULA NADINE CHAVES FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 
2 ANÁLISE DA EMPRESA ..................................................................................... 5 
2.1 IDENTIFICAÇÃO DO MERCADO .................................................................... 5 
2.2 ASPECTOS GERENCIAIS ............................................................................... 6 
3 ANÁLISE DOS CLIENTES .................................................................................. 8 
3.1 PERFIL ............................................................................................................. 8 
3.1.1 Faixas etária e de renda ............................................................................... 8 
3.1.2 Sexo e grau de escolaridade ........................................................................ 9 
3.1.3 Estado civil e filhos ...................................................................................... 10 
3.1.4 Frequência e tempo gasto em cada compra ............................................... 11 
3.1.5 Gasto médio, formas e prazos de pagamento ............................................ 12 
3.2 COMPORTAMENTO ...................................................................................... 13 
3.2.1 Preferência e reação do cliente .................................................................. 13 
3.2.2 Fator determinante na escolha do mercado ................................................ 14 
4 MÉTODOS QUANTITATIVOS ........................................................................... 15 
5 ANÁLISE DOS EMPREGADOS ........................................................................ 21 
5.1 PERCEPÇÃO DO EMPREGADO SOBRE O TRABALHO NO SETOR ......... 21 
5.1.1 Orgulho de trabalhar na empresa e na função que exerce ......................... 22 
5.1.2 Indicaria esta empresa para outros trabalharem? ....................................... 23 
5.1.3 Sucesso profissional, reconhecimento e valorização .................................. 23 
5.1.4 Cursos/treinamentos, salário e entrosamento com a equipe ...................... 25 
5.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS ................................................................ 26 
5.3 EXPECTATIVA DO EMPREGADO ................................................................ 27 
6 CONCLUSÃO .................................................................................................... 28 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30 
APÊNDICES ............................................................................................................. 31 
 3 
1 INTRODUÇÃO 
O varejo tem um importante papel na economia nacional. Por meio 
do varejo milhões de reais são transacionados diariamente, gerando assim inúmeros 
empregos. O varejo assume grande importância no panorama empresarial, no Brasil 
e também no mundo. (PARENTE, 2000). 
Como fruto das constantes mudanças mercadológicas as empresas 
varejistas vão se expandindo e adotam avançadas tecnologias de informação e de 
gestão, tornando a concorrência mais acirrada. O crescimento das grandes cidades 
oferece um potencial de mercado gigantesco, onde os empresários acabam por 
expandir os negócios. Tudo isso contribui para as instituições varejistas passarem 
por muitas transformações. 
Fatores como globalização, aumento da consolidação e do poder do 
varejo, parcerias e alianças com fornecedores, entre outros, são tendências que 
impulsionam a transformação do varejo. (PARENTE, 2000). 
Assim, cabe aos pequenos varejistas explorar o potencial de 
mercado das pequenas cidades, onde não possui grandes empresas de 
hipermercados. Interessante observar que fazendo uso da pesquisa de campo, 
essas empresas conseguem vantagens competitivas, fidelizam clientes e oferecem 
um portfolio composto por vários produtos e serviços. 
Os pequenos e médios varejistas, no ramo de alimentos, instalam 
suas empresas em grandes bairros, onde existe um potencial de mercado a ser 
explorado. São empresas que estão atentas ao perfil do consumidor, conhecem a 
realidade social e mercadológica, mantendo contatos mais frequentes com os 
moradores. 
Estudar os determinantes do processo de escolha do consumidor, 
considerando a relação: preço, localização e comodidade, é uma forma de verificar o 
perfil consumidor desses clientes. 
O procedimento metodológico utilizado para se atingir o objetivo 
desse estudo verificou-se que alguns tipos de pesquisas fornecem melhores 
condições de investigação e de análise do problema. Dessa forma, o processo de 
investigação do problema foi baseado nos estudos exploratórios, através da 
pesquisa de campo e em pesquisas bibliográficas. 
 4 
A construção desse método resultou no embasamento para preparar 
o material de pesquisa de campo, de modo que o processo de investigação junto à 
amostra, clientes de mercados de vizinhança e de minimercados refletiu-se em 
dados, que após análise proporcionou a consecução dos objetivos deste estudo. 
A coleta de dados é a fase em que são realizados os contatos com 
os respondentes, aplicados os instrumentos, registrados os dados, cumprida uma 
primeira verificação do preenchimento dos instrumentos e enviados os instrumentos 
preenchidos para processamento de formação dos gráficos. (MATTAR, 1998). 
Para se alcançar o objetivo de pesquisa deste estudo, foi utilizada a 
pesquisa de campo para a coleta dos dados, realizada no Comercial Dalto que se 
enquadra no formato de minimercado. A coleta foi feita por meio do questionário 
estruturado com perguntas fechadas e de linguagem de fácil compreensão, essa 
escolha considerou três fatores: o tamanho da amostra, o local da abordagem e o 
tempo dos respondentes. O questionário do tipo estruturado com perguntas 
dicotômicas e de múltipla escolha proporcionou a coleta dos dados em menor 
tempo, com respostas mais precisas, evitando assim incomodo aos clientes e não 
atrapalhando os funcionários em seu horário de trabalho. Também foi entrevistado o 
gerente responsável pelo comercio, porém, de modo escrito, mas se utilizando da 
agilidade de captação das repostas para não atrapalhar o mesmo. 
Após a coleta de todos os dados, partiu se para montagem e 
estruturação dos gráficos com as devidas descrições para a finalização deste 
trabalho, encontradas no decorrer dos respectivos capítulos.5 
2 ANÁLISE DA EMPRESA 
2.1 IDENTIFICAÇÃO DO MERCADO 
A pesquisa de campo foi realizada no mercado Comercial Dalto, com 
endereço na Rua União, n. 2354, esquina com Rua Plácido de Castro, Bairro 
Socialista, Porto Velho/RO. 
Quanto à estrutura, tem cerca de 300 m² de espaço físico, podendo 
ser dividido basicamente em quatro setores, a saber: caixas, açougue, área de 
hortifrutigranjeiros, área expositora composta de sete gôndolas, sendo quatro de 
dupla face, formando seis corredores com espaço amplo o suficiente para circulação 
de dois carrinhos de compra emparelhados, cada corredor medindo cerca de dez 
metros de comprimento. Além disso, há um espaço reservado para o funcionamento 
de um caixa eletrônico para acesso aos clientes e público em geral. 
Segundo ficha técnica divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às 
Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), com base em pesquisa realizada pela 
Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), foram identificados diversos 
formatos do setor supermercadista, entre eles o de "minimercado" o qual tem área 
de vendas entre 251 m² a 1000 m² e vende de tudo (cereais, carnes, produtos de 
limpeza, de higiene e de toucador), com número médio de até nove caixas 
registradoras. Entendemos que o Mercado Dalto se enquadra nessa classificação, 
considerando as dimensões do mercado, a quantidade de caixas registradoras e a 
variedade de produtos. 
Tratando ainda do aspecto estrutural, observamos que na entrada, 
próximo dos caixas, há um aparelho televisor com cerca de quarenta polegadas. 
Além disso, o ambiente não é climatizado, isto é, não conta com sistema de ar 
refrigerado, o que, considerando o clima quente da região, gera certo desconforto 
tanto para os clientes quanto para os empregados, o que se busca minimizar com o 
funcionamento de sete ventiladores grandes, instalados em pontos estratégicos do 
local. 
O Comercial Dalto oferece diversos produtos, a saber: gêneros 
alimentícios, utilidades domésticas, bebidas, frios, carnes, hortifrutigranjeiros, 
material de limpeza, dentre outros. Desse modo, atende a um público diversificado, 
 6 
suprindo suas necessidades básicas. A variedade de produtos apresenta algumas 
marcas pouco conhecidas e outras já consagradas, proporcionando ao consumidor 
alternativas para a escolha de um bom produto, de acordo com a marca, preço ou 
qualidade. 
As vendas funcionam na forma de autosserviço (self service), em 
que o consumidor escolhe os produtos de seu interesse e depois os leva até um dos 
caixas na saída (check-out), onde efetua o pagamento. 
2.2 ASPECTOS GERENCIAIS 
Durante os trabalhos, fomos atendidos pelo gerente do Comercial 
Dalto, representando pelo senhor Reginaldo Neves de Souza. Apesar da cortesia de 
seu atendimento, cabe observar que estava um pouco atarefado com suas 
atividades, pelo que notamos que deveríamos ser concisos e objetivos na entrevista, 
pois o gerente não dispunha de muito tempo. 
Diante disso, tivemos de nos adaptar a essa situação, anotando os 
principais pontos da entrevista, captando as palavras-chave e os pontos essenciais 
que tivemos oportunidade de extrair da conversa, a fim de ter uma melhor 
compreensão dos aspectos gerenciais e da estratégia daquela administração. 
A respeito da revisão de preços, foi-nos dito que o Mercado revisa 
os preços regularmente, sendo que a decisão de mantê-los ou de aumentá-los é 
baseada principalmente na variação de preços causada pela inflação, bem como na 
negociação de melhores preços com os fornecedores, observando que, em média, o 
pagamento no boleto é parcelado em até quatro vezes. 
Lembrando aqui do conceito de inflação, que segundo Parkin (2003, 
p. 356) é “um processo no qual o nível de preço está subindo e o dinheiro está 
perdendo valor”, o gerente informou que, dependendo do produto, há certos fatores 
que estão relacionados com o aumento de preços, a exemplo da sazonalidade 
(safra), do aumento da exportação, bem como o “efeito cascata” gerado pela 
inflação. 
Quanto à possibilidade de o aumento na exportação de determinado 
produto ocasionar a majoração interna de preços, recordamos que os fornecedores 
ou produtores tendem à maximização do lucro. Assim, caso o mercado externo 
esteja em alta, a tendência será que direcionem seus produtos à exportação, o que 
 7 
poderá gerar a escassez relativa no mercado interno. Com isso, havendo maior 
demanda do que oferta, os preços no mercado interno tenderão a subir. 
O gerente mencionou também outros pontos que são considerados 
relevantes para definir preços e reajustes, ou seja, a reação do consumidor e a 
qualidade do produto. Esclareceu que o consumidor, além de buscar o melhor preço, 
leva em conta a qualidade do produto e também do serviço prestado pelo mercado 
(diferenciais). Assim, a reação do consumidor diante do preço, da qualidade e dos 
diferenciais ofertados são ponderados na estratégia de preços e de reajustes. 
Como preço e diferencial estão relacionados à concorrência, 
perguntamos a respeito dos concorrentes e de suas estratégias mais utilizadas e por 
quê. Segundo o gerente, os principais concorrentes próximos são: Supermercado 
Milão, Comercial Rufino e Comercial Gold Bom, sendo suas estratégias basicamente 
três: oferta de preço competitivo, entrega a domicílio e propaganda (carros de som), 
pois despertam mais o interesse do consumidor. 
Diante disso, questionamos a respeito dos diferenciais do Comercial 
Dalto. Segundo o gerente, o mercado, além de atuar na estratégia de preços, 
também se utiliza da propaganda, da entrega a domicílio, a também realiza 
promoções – por exemplo sorteio de duas motocicletas Honda CG 125 Fan. 
Com base no acima exposto, é importante destacar que o Comercial 
Dalto, apesar de ter uma ótima localização, tem muitos concorrentes. Em razão 
disso, busca conquistar o cliente não apenas na questão do preço, mas também 
com oferta de qualidade, variedade e diferenciais em relação aos demais 
concorrentes, seja pelo atendimento, entrega a domicílio e também na forma de 
promoções (sorteios) em que os clientes recebem um “ticket” para participar do 
sorteio conforme os critérios estabelecidos na promoção. 
Assim, não basta atuar apenas na questão do preço, é preciso algo 
mais para se destacar e conquistar o cliente num ambiente de competição acirrada. 
 8 
3 ANÁLISE DOS CLIENTES 
3.1 PERFIL 
Para este estudo, os dados foram coletados com os clientes do 
Comercial Dalto mediante formulário de pesquisa, a fim de identificar seu perfil e 
comportamento, preferência de marcas ou produtos e razão para ter escolhido 
comprar no Comercial Dalto (Apêndice A). 
O universo da pesquisa foi constituído por todos os clientes do 
referido mercado, sendo que amostra foi no total de 100 (cem) de seus clientes. Os 
resultados da pesquisa exploratória serão a seguir apresentados. 
3.1.1 Faixas etária e de renda 
Gráfico 1 – Faixa etária 
5%
39%
29%
27%
Até 17 anos
18 a 30
anos
31 a 45
anos
>45 anos
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
 
Gráfico 2 – Faixa de renda 
29%
33%
36%
2%
Até 1.100,00
1.101,00 a
1.700,00
1.701,00 a
7.500,00
7.501,00 a
9.700,00
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
 9 
As faixas foram estabelecidas com inspiração naquelas utilizadas 
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para as classes nominais 
do tipo “A”, “B”, “C”, “D” e “E”, conforme a seguir: 
 
Quadro 1 - Faixas de Renda 
Classe A Acima de R$ 9.745,00 
Classe B De R$ 7.475,00 a 9.475,00 
Classe C De R$ 1.734,00 a R$ 7.475,00 
Classe D De R$ 1.085,00 a R$ 1.734,00 
Classe E De R$ 0,00 a R$ 1.085,00 
Fonte: IBGE. 
 
Usamos valores arredondadosna pesquisa, com aproximação aos 
valores do IBGE, buscando não distanciar o enquadramento nas respectivas faixas. 
A amostra não apresentou clientes da Classe “A”, havendo apenas 2% de 
participação da Classe “B”. As demais Classes têm distribuição equilibrada entre si. 
Assim, a clientela dominante na amostra pertence às Classes “C”, “D” e “E”. 
3.1.2 Sexo e grau de escolaridade 
Gráfico 3 – Sexo 
46%
54%
Feminino
Masculino
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Gráfico 4 – Grau de escolaridade 
6%
9%
21%
38%
9%
7%
10%
Analfabeto
Fundamental
Fund. incompleto
Médio
Médio incompleto
Superior
Sup. Incompleto
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 10 
Da amostra, 54% correspondem a homens entrevistados e 46% a 
mulheres. Quanto ao grau de escolaridade, em uma visão mais abrangente, 
podemos dizer que a maior parte dos clientes está na faixa do ensino médio e do 
fundamental incompleto, no total de 59%. A participação de clientes da linha 
universitária é de 17%. Assim, no geral, 83% da amostra é composta por clientes 
que ainda não tiveram acesso ao ensino superior. 
3.1.3 Estado civil e filhos 
Gráfico 5 – Estado civil 
36%
11%
34%
16%
3%
Casado
Divorciado
Solteiro
União estável
Viúvo
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Gráfico 6 – Filhos 30%
70%
Não tem filho
Tem filho
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Gráfico 7 – Quantidade de filhos 
30
21
16 17
10
2 2 11
0 1 2 3 4 5 6 9 10
0 1 2
3 4 5
6 9 10
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 11 
A grande maioria dos entrevistados (70%) tem filhos. Em relação à 
quantidade, 37% estão na faixa de um a dois filhos; 27% na faixa de cinco a seis 
filhos e apenas 2% na faixa de 9 a 10 filhos. Quanto maior a quantidade de filhos, 
menor a quantidade de clientes na respectiva faixa. 
3.1.4 Frequência e tempo gasto em cada compra 
Gráfico 8 – Frequência ao mercado por mês 
18%
24%
11%
10%
3%
5%
5%
24%
1x 2x
3x 4x
5x 6x
7x >7x
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
 
Gráfico 9 – Tempo gasto por compra 
68%
20%
8% 2% 2%
30 a 45min
45min a 1h
1h a 1h30
1h30 a 2h
>2h
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Em termos de visita mensal ao mercado, a amostra é bimodal para 
as frequências de duas visitas e mais de sete visitas mensais, cada uma com 24%. 
Os que frequentam de três a quatro vezes ao mês representam 
21%. Vão ao mercado de cinco a sete vezes ao mês o total de 13%. 
Aqueles que visitam o mercado apenas uma vez por mês 
representam 18% da amostra. 
 12 
3.1.5 Gasto médio, formas e prazos de pagamento 
Gráfico 10 – Gasto médio por compra em R$ 
36%
33%
19%
8% 4%
0,00 a 100,00
100,00 a 300,00
300,00 a 500,00
500,00 a
1.000,00
> 1.000,00
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
 
Gráfico 11 – Formas de pagamento 
13%
2%
2%
73%
1% 9%
Cartão
crédito
Cartão débito
Cheque
Dinheiro
Promissória
Vale/Ticket 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
 
Gráfico 12 – Parcelas no cartão de crédito 
92%
8% 1 parcela
3 parcelas
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
 
 13 
3.2 COMPORTAMENTO 
3.2.1 Preferência e reação do cliente 
Gráfico 13 – Preferência por produto ou marca 
46%
54%
Não tem
preferência
Tem
preferência
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Os produtos preferidos pelos entrevistados foram: açúcar, água 
sanitária, amaciante, arroz, biscoito, café, carne, carne, cerveja, coca-cola, 
desodorante, feijão, iogurte, leite, massas, milharina, óleo de soja, palha aço, pão, 
produtos light, sabão em pó, saponáceo, suco, tintura para cabelo e trigo. 
As marcas preferidas pelos entrevistados foram: Aurora, Bernardo, 
Bombril, Coca-Cola, Cristal, Danone, Dona Benta, Dona Nina, Downy, Dubom, Ipê, 
Itaipava, Itamaraty, Juruá, Leite, Lino, Nestlé, Niely Gold, Omo, Primavera, Qboa, 
Refreskant, Rexona, Sadia, Soltinho, Soya, Tang, Tio Urbano e Tradição. 
 
Gráfico 14 – O que faz na falta da marca preferida? 
48%
52%
Não compra
de outra
marca
Compra de
outra marca
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Quando não há o produto preferido em termos de marca, 48% dos 
clientes não compram produto de outra marca no mesmo mercado, significando 
 14 
perda de receita. Daí a importância de conhecer a preferência do consumidor e da 
adequada gestão para que não haja falta desses produtos. 
 
Gráfico 15 – O que faz quando o preço aumenta? 
44%
29%
27%
Substitui por
mais barato
Compra
menos
quantidade
Compra
mesma
quantidade
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Dos entrevistados, 54% tem preferência por algum produto ou 
marca. Destes, 52% (28 pessoas), na ausência da marca preferida, não compram de 
outra marca, indo para outro mercado buscando encontrar o produto com a marca 
de sua preferência. Os demais, ou seja, 48% (26 pessoas) resolvem comprar um 
produto de outra marca. 
3.2.2 Fator determinante na escolha do mercado 
Gráfico 16 – Fator determinante na escolha do mercado 
62%
28%
7%
3%
Proximidade
Menor preço
Variedade
Gosta/Serviço
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
O Comercial Dalto tem uma situação de certa forma cômoda em 
relação a sua clientela, pois sua maioria (62%) faz compras nesse mercado mais 
pela proximidade de sua residência, ficando o menor preço em segundo lugar como 
fator determinante (28%). Apenas 3% dos entrevistados vão a esse mercado por 
razões de gosto/serviço, demonstrando a necessidade de a empresa buscar 
diferenciais para conquistar maior número de clientes nesse ambiente competitivo. 
 15 
4 MÉTODOS QUANTITATIVOS 
A variável escolhida para análise em termos de medidas de 
tendência central e de variabilidade foi a quantidade de filhos dos clientes. O 
universo da pesquisa é representado por todos os clientes do Comercial Dalto, 
sendo os dados coletados de uma amostra de 100 (cem) clientes, mediante 
formulários de pesquisa conforme Apêndice A. 
Depois do processamento e organização dos dados, elaboramos a 
tabela de distribuição de frequências a seguir: 
 
Tabela 1 - Distribuição de frequências - número de filhos 
xi fi fa xi*fi (xi- )²* fi 
0 30 30 0 1,85 102,675 
1 21 51 21 1,85 15,1725 
2 16 67 32 1,85 0,36 
3 17 84 51 1,85 22,4825 
4 10 94 40 1,85 46,225 
5 2 96 10 1,85 19,845 
6 2 98 12 1,85 34,445 
9 1 99 9 1,85 51,1225 
10 1 100 10 1,85 66,4225 
TOTAL 100 185 358,75 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Onde: xi = número de filhos; fi = frequência; fa = frequência 
acumulada = média. A média é definida por Levin e Fox (2004, p. 81) como sendo 
"a soma de um conjunto de escores dividida pelo número desses escores no 
conjunto". Conforme Larson e Farber (2010, p. 60), a média de uma distribuição de 
frequências para uma amostra é dada pela seguinte fórmula: ∑(xi*fi)÷n, em que n = 
∑fi. No caso: = 185÷100 = 1,85 ≈ 2 (filhos). 
Conforme Larson e Farber (2010, p. 56), a entrada de um conjunto 
de dados que ocorre com maior frequência é a moda. Neste caso, a moda 
corresponde a 0 (zero). 
Em relação a determinada amostra, a variância e o desvio padrão 
são dados pelas seguintes fórmulas, sendo que este último corresponde à raiz 
quadrada da respectiva variância: 
 16 
Quadro 2 – Variância e desvio padrão 
Variância 
 
Desvio padrão 
 
Onde: s² = variância amostral; s = desvio padrão 
amostral; n = tamanho da amostra (∑fi); = média 
amostral. 
Fonte: Larson e Farber (2010, p. 70) 
 
Em se tratando de dados agrupados em uma tabela de distribuição 
de frequências simples, teremos como numerador dasfórmulas de variância 
amostral, respectivamente, o seguinte: ∑(xi – )².fi – onde fi é a frequência da 
respectiva ocorrência da variável estudada xi. 
No presente caso, calculando a variância teremos: s² = 358,75 ÷ 99, 
resultando em 3,62. O desvio padrão (s) é a raiz quadrada da respectiva variância, 
equivalendo a 1,90. Segundo Larson e Farber (2010, p. 81), o coeficiente de 
variação (CV) é dado por [(desvio padrão/média)*100%]. Neste caso, teremos o CV 
equivalente a [(1,90÷1,85)*100%] = 102,70%. 
Conforme Levin e Fox (2009, p. 80 e 81), estando os dados 
ordenados, pode-se localizar a mediana desse conjunto, ou seja, o ponto do meio, 
definida como "uma medida de tendência central que separa a distribuição em duas 
partes iguais". Se a quantidade de elementos for ímpar, a mediana será o elemento 
do meio da distribuição. Se o número de elementos for par, a mediana será a média 
dos dois elementos centrais. 
Neste caso, os elementos centrais de um conjunto de 100 entradas 
(n) correspondem a n/2 e n/2+1, respectivamente: 50ª e 51ª entradas. Estas, 
considerando as frequências acumuladas, correspondem a 1 e 1. Portanto, a 
mediana vale 1. 
Também decidimos avaliar o comportamento do consumidor quando 
os preços dos produtos aumentam e identificar os produtos que mais se destacaram 
nesse comportamento e o potencial reflexo deste na receita da empresa. 
Conforme Larson e Farber (2010, p. 3), Estatística é a "ciência que 
coleta, organiza, analisa e interpreta dados para a tomada de decisões". Segundo os 
mesmos autores (2010, p. 6), "o ramo da estatística que envolve a organização, o 
resumo e a representação dos dados" é denominado Estatística Descritiva. 
 17 
De forma interdisciplinar, faremos uso da Estatística Descritiva para 
organizar, resumir e representar os dados, buscando sua interpretação com o auxílio 
dos conceitos fornecidos pela Ciência Econômica. 
Conforme Sandroni (1999, p. 199), o termo elasticidade refere-se à 
"relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de certas mercadorias, 
em função das alterações verificadas em seus respectivos preços". Trata-se, 
segundo Mendes (2012, p. 31), de uma medida de resposta que compara a variação 
percentual de uma variável dependente em razão da variação percentual em uma 
variável explicativa. Nesse caso, busca-se a razão estabelecida entre as respectivas 
variações percentuais de duas variáveis entre si relacionadas. 
Quando relacionamos as variações de quantidade e preço, estamos 
tratando da elasticidade-preço, que segundo Mochón (2007, p. 40 e 41), “mede o 
grau em que a quantidade demandada responde a uma variação de preço”, sendo 
calculados pela razão entre a variação percentual da quantidade demandada de um 
bem e a variação percentual de seu preço, mantendo-se constantes todos os demais 
fatores. Quando certo bem tem substitutos próximos e seu preço aumenta, há uma 
tendência para que seja substituído por um produto mais barato. Por outro lado, 
quando o aumento do preço ocorre sobre um bem de primeira necessidade, as 
variações na quantidade demandada serão pequenas. 
Ainda segundo Mochón (2007, p. 41 e 45), quando a redução 
percentual no preço produzir um aumento percentual maior na quantidade, dizemos 
que a demanda é elástica e seu efeito é o aumento da receita quando o preço cai; 
quando a redução percentual no preço ocasionar um aumento percentual menor na 
quantidade, teremos uma demanda inelástica, tendo como efeito a diminuição da 
receita quando o preço cai. Nota-se que nesse processo a reação do consumidor é 
muito importante, pois, diante da elevação do preço, expressa sua demanda na 
compra de igual quantidade, menor quantidade ou na substituição por outro produto 
com melhor preço, podendo também simplesmente não comprar determinado bem, 
caso não seja de primeira necessidade. 
Conforme Mendes (2012, p. 34), "quanto mais essencial for um 
produto para os consumidores, quanto menor o número de substitutos e quanto mais 
baixa a proporção da renda gasta com esse produto, mais inelástica será sua 
demanda, ou seja, menor será a resposta do consumidor a variações de preços". 
O mesmo autor (2012, p. 36) também observa que "quanto maior for 
 18 
o grau de substituição de um bem, mais elástica será a curva de demanda". Após 
essa abordagem teórica, passamos a apresentar o processamento dos dados 
coletados, tendo em vista a problemática proposta neste trabalho, considerando-se a 
reação do consumidor diante do aumento de preços. Primeiramente, 
apresentaremos a preferência do consumidor por gênero de produto: 
 
Gráfico 17 – Preferência por gênero de produto 
78%
17%
5%
Alimentício
Limpeza e
Higiene
Bebidas
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
É dominante a preferência por produtos alimentícios, devido a sua 
essencialidade, tratando da necessidade mais básica, que é a alimentação. No 
gráfico 15 já tratamos, no geral, a respeito de como o consumidor reage diante do 
aumento de preços. Agora, veremos com mais aprofundamento os casos que se 
destacaram em relação à resposta do consumidor: 
 
Gráfico 18 – Reação do consumidor – 4 produtos principais 
83%
53%
75%
18%
33%29% 25%
17%
67%
Arroz Feijão Carne Leite
Substitui por
mais barato
Compra
menos
quantidade
Compra
mesma
quantidade
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Quando o preço de determinada marca de leite aumenta, os clientes 
o substituem por outro leite com preço mais barato. Tal comportamento é dominante 
(87%) mostrando uma tendência para a demanda inelástica desse produto. No caso, 
haverá pouca receita em relação ao produto que teve seu preço aumentado. 
 19 
No caso da carne, a resposta dominante na situação de aumento de 
preço foi comprar a mesma quantidade (75%), sendo que nenhum dos entrevistados 
se manifestou pela substituição por outro tipo de produto (frango, por exemplo). 
Situação parecida é a do feijão, em que a reação diante do aumento de preços é 
principalmente a de comprar a mesma quantidade (67%), observando que ninguém 
escolheu reduziu a quantidade consumida. Entendemos que esse tipo de 
comportamento também contribui para a melhoria da receita da empresa quando o 
preço aumenta. 
Quando o preço do arroz aumenta, a substituição por produto mais 
barato é a menor ocorrência (18%). Somando aqueles que permanecem comprando 
o produto que teve o preço elevado teremos 82% (29% compram menos quantidade 
e quase o dobro – 53% - continuam comprando a mesma quantidade). Nesse caso, 
entendemos que a receita da empresa aumenta com esse tipo de reação do 
consumidor.Também consideramos importante, em termos de gênero (masculino e 
feminino), analisar o comportamento diante do aumento de preços, para verificar a 
existência de alguma tendência para determinado tipo de reação, conforme a seguir: 
 
Gráfico 19 – Reação do consumidor masculino/feminino 
44%
28%
32%
24%
38%
34%
Substitui Compra menos
quantidade
Compra mesma
quantidade
Homem
Mulher
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Para comparar os comportamentos, utilizamos a noção matemática 
de número índice. Segundo Castanheira (2013, p. 12), números índices são medidas 
estatísticas, expressas em termos percentuais, utilizadas para fazer comparações 
entre variáveis com alguma relação entre si, objetivando ter uma visão resumida e 
simplificada a respeito das mudanças ocorridas no decurso do tempo. No presente 
 20 
caso, estabelecemos a razão entre os percentuais de comportamento dos homens e 
mulheres que participaram da pesquisa, observando o seguinte: 
a) Compra mesma quantidade: os homens assumiram esse 
comportamento 29,41% a mais do queas mulheres; 
b) Compra menos quantidade: as mulheres assumiram esse 
comportamento 16,67% a mais do que os homens; 
c) Substitui por mais barato: as mulheres assumiram esse 
comportamento 18,75% a mais do que os homens. 
Para exemplificar a importância de conhecer o comportamento do 
consumidor, inclusive quanto ao gênero, levando também em conta o tipo de 
produto, apresentamos a seguir o caso específico da cerveja, produto que, na 
pesquisa, constou como preferido apenas dos clientes de sexo masculino. Veremos 
como foi seu comportamento: 
 
Gráfico 20 – Reação do consumidor – cerveja 
33%
67%
Substitui Compra mesma
quantidade
Homem
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Neste caso, diante do aumento do preço da cerveja, os clientes do 
sexo masculino confirmaram a tendência de comprar a mesma quantidade (67%), 
sendo que esse tipo de reação é de interesse para o aumento da receita. 
 21 
5 ANÁLISE DOS EMPREGADOS 
No contexto do desafio proposto pela disciplina de Ética, Política e 
Sociedade, tendo em vista refletir a respeito da questão do mercado de trabalho 
dentro do setor atacadista, realizamos algumas pesquisas com os funcionários do 
supermercado visitado na pesquisa de campo. 
Como critério geral, buscamos seguir as orientações propostas para 
a produção textual em grupo, inclusive a respeito das questões a serem efetuadas 
perante os empregados. Entretanto, uma das questões sugeridas, produziu dúvidas 
quanto a seu sentido. Trata-se da questão relativa à “percepção” que o empregado 
tem sobre o trabalho dentro do mercado, pois o referido termo é muito abrangente, 
bem como é de um vocabulário mais culto, em razão do que o empregado poderia 
se sentir confuso ou com dificuldade para entender e responder a pergunta no 
formulário. 
Para superar a referida questão, realizamos pesquisas bibliográficas, 
encontrando o trabalho de Nascimento (2008), uma dissertação de mestrado 
abordando o tema: “Autopercepção dos funcionários de uma empresa 
supermercadista familiar: Um estudo de caso sob convívio organizacional”, que, 
também baseada em trabalho de campo, utilizou diversas perguntas, sendo que 
algumas delas serviram de inspiração para serem aplicadas no trabalho de campo 
do presente trabalho, no que entendemos relacionadas à problemática da percepção 
do empregado. Além disso, substituímos o termo “percepção” por “opinião”, por ser 
esta uma palavra de mais fácil compreensão, sem prejudicar o sentido da pergunta. 
Passamos agora ao conteúdo da pesquisa, realizada em campo com 
dez empregados (de um total de vinte), esclarecendo que o objetivo era abordar 
todos, mas alguns não estavam presentes, havendo também desinteresse de alguns 
em participar da pesquisa. Apesar disso, entendemos que a entrevista com 50% dos 
funcionários representa uma boa base para a pesquisa. 
5.1 PERCEPÇÃO DO EMPREGADO SOBRE O TRABALHO NO SETOR 
A seguir, apresentaremos a percepção do empregado sobre o 
trabalho no Comercial Dalto, considerando as respostas dadas a oito perguntas-
chave relacionadas ao orgulho de trabalhar na empresa, de exercer a sua função, se 
 22 
a indicaria para outra pessoa trabalhar, bem como a respeito do sucesso 
profissional, cursos e treinamentos, reconhecimento e valorização, salário e 
entrosamento com os colegas como fator para melhoria do trabalho. 
5.1.1 Orgulho de trabalhar na empresa e na função que exerce 
Os empregados foram questionados se têm orgulho de trabalhar no 
Comercial Dalto e se têm orgulho da função que exercem dentro da empresa. As 
respostas estão resumidas conforme a seguir: 
 
Gráfico 21 - Tenho orgulho de trabalhar nesta empresa? 
40%
20%
40%
Sim
Não
Mais ou menos
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Gráfico 22 - Tenho orgulho da função que exerço? 
80%
10%
10%
Sim
Não
Mais ou menos
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Diante dos gráficos acima, pode-se interpretar que uma quantidade 
pequena de empregados (20%) têm orgulho de trabalhar no mercado em questão. O 
 23 
restante, em proporções iguais, varia de parcial a totalmente sem orgulho de 
trabalhar no referido mercado. A situação melhora quanto ao orgulho do empregado 
em exercer sua função no mercado, com uma avaliação positiva de 80%. 
Pelos dados, nota-se que, apesar de o local de trabalho não ser o 
ideal para a maioria dos empregados, estes têm uma valoração positiva acerca da 
própria função exercida na empresa. 
5.1.2 Indicaria esta empresa para outros trabalharem? 
Quando questionados se indicariam o mercado em que trabalham 
para outras pessoas trabalharem, os empregados manifestaram o seguinte: 
 
Gráfico 23 - Indicaria esta empresa para outros trabalharem? 
80%
20%
Sim
Mais ou menos
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Pelo resultado do gráfico acima, e apesar das considerações 
explanadas no item 5.1.1 deste trabalho, observamos que a maioria dos 
empregados (80%) recomendaria o Comercial Dalto como local para outros 
trabalharem, possivelmente por levarem em conta as vantagens de trabalhar nesse 
local, como se verá oportunamente neste trabalho. 
5.1.3 Sucesso profissional, reconhecimento e valorização 
Também foi questionado aos empregados se, dentro da empresa, 
consideram ter sucesso profissional e se entendem que seu trabalho é reconhecido 
e valorizado. Responderam conforme os quadros a seguir: 
 24 
 
Gráfico 24 – Tenho sucesso profissional nesta empresa? 
10%
60%
30%
Sim
Não
Mais ou menos
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Gráfico 25 – Meu trabalho é reconhecido e valorizado? 
70%
30%
Não
Mais ou menos
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Ficou patente um quadro negativo tanto em relação à percepção de 
sucesso profissional dentro da empresa (60%) quanto no diz respeito ao 
reconhecimento e valorização do empregado (70%), sendo este último aspecto 
agravado por não haver nenhuma manifestação positiva, ou seja, nenhum dos 
empregados tem a percepção de que seu trabalho é reconhecido e valorizado pela 
empresa. Portanto, entendemos que o Mercado Dalto precisa atuar para reverter 
esse quadro negativo. Uma das formas para fazer isso seria através da motivação e 
de uma gestão menos centralizadora que permita maior participação dos 
empregados no que diz respeito à melhoria do ambiente de trabalho e apresentação 
de propostas que contribuam para o crescimento da empresa. A participação mais 
efetiva do empregado na resolução de problemas internos faz com que ele se sinta 
 25 
ainda mais parte da empresa. Segundo Ladeia (2013), “a motivação nem sempre 
pode significar gastos para a empresa, é possível chegar a bons resultados sem ter 
que usar o dinheiro como moeda de troca”, dando como exemplo as seguintes 
estratégias: conforto, aprendizado, reconhecimento e autorrealização. 
5.1.4 Cursos/treinamentos, salário e entrosamento com a equipe 
Quando questionados se recebiam cursos e treinamentos 
adequados para o exercício de suas funções, bem como a respeito do salário e do 
entrosamento com a equipe, os empregados manifestaram as seguintes opiniões: 
 
Gráfico 26 – Recebo cursos/treinamentos suficientes? 
10%
90%
Sim
Não
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Gráfico 27 – Meu salário atual é justo? 
30%
50%
20%
Sim
Não
Mais ou menos
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
 26 
Gráfico 28 – O entrosamento com os colegas é bom? 
80%
20%
Sim
Mais ou menos
 
Fonte: pesquisa de campo (2014) 
 
Da análise dos gráficos do presente tópico, nota-se que 90% dos 
participantes da pesquisa sentem a ausência de cursos e treinamentos adequados 
para o exercíciode suas funções, situação preocupante, pois tem a ver com 
aspectos como eficiência, produtividade e diferencial no atendimento. Esse ponto 
negativo mostra a necessidade de o Mercado Dalto investir na capacitação ou 
treinamento de seus empregados, conforme suas funções específicas. 
Apenas 20% dos entrevistados consideram que seu salário é justo. 
Apesar de ninguém ter opinado que seu salário seja injusto, consideramos que 80% 
de opiniões ficando no “mais ou menos” serve para indicar que, no geral, há certa 
insatisfação em termos de justeza de salários. 
Por outro lado, temos uma situação positiva no que tange ao 
entrosamento com os colegas, com avaliação favorável de 80%, sendo esse um 
fator importante e que deve ser sempre estimulado, uma vez que um ambiente com 
problemas no relacionamento de trabalho acaba repercutindo no rendimento da 
equipe, prejudicando a execução dos trabalhos, inclusive o atendimento ao cliente. 
5.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS 
Como vantagens, os empregados apontaram, além de ter um 
emprego com carteira assinada, o pagamento não atrasa, fazem suas compras no 
próprio mercado, e para a maioria (80%) o fator de o local de trabalho ser perto de 
sua residência, o que torna evidente a política do empregador em contratar 
trabalhadores próximos do local de trabalho. 
 27 
No que tange às desvantagens de trabalhar no mercado em 
questão, os empregados foram unânimes em mencionar a carga horária "muito 
puxada", inclusive com trabalho nos finais de semana e feriados. Além disso, houve 
reclamação a respeito da falta de climatização e da falta de reconhecimento. 
5.3 EXPECTATIVA DO EMPREGADO 
Abordando a expectativa de trabalho dos empregados dentro do 
Comercial Dalto, apenas um dos entrevistados considerou com algo duradouro, os 
demais (90%) tendo a percepção de ser só uma fase ou um emprego temporário. 
Logo, ficou evidente que a maioria dos empregados não tem a expectativa de, a 
longo prazo, continuar trabalhando no mesmo local, tendo a perspectiva de 
encontrar outras oportunidades para crescimento profissional e melhoria da renda. 
Oportuno dizer que também questionamos se os empregados já 
trabalharam em outros supermercados ou em mercados menores, dos quais 60% 
responderam afirmativamente. E, dentre esses, apenas três apontaram diferenças 
em relação ao seu local de trabalho atual. Em síntese, as diferenças apontadas são 
as seguintes: 
a) em um supermercado pequeno o empregado exerce várias 
funções. Já no Comercial Dalto, cada um exerce uma função específica; 
b) em um mercado pequeno a carga horária é menor; 
c) a relação entre patrão e funcionário é diferente. 
Diante dessas diferenças apontadas, cabe destacar que no 
Comercial Dalto, aplica-se a ideia de divisão do trabalho como forma de melhorar a 
eficiência. 
 
 
 
 28 
6 CONCLUSÃO 
Concluímos que, a pesquisa de campo realizada no comercial Dalto, 
trouxe-nos dados interessantes a respeito deste universo, a forma como o 
responsável pelo setor atua para definir a melhor estratégia de venda levando em 
consideração todas as variáveis possíveis, é um deles. Para quem olha a 
problemática de outro ângulo, que não seja da área em questão, acha que é 
simplesmente escolher um valor e aplicar ao produto, conforme foi exposto nos 
“Aspectos gerencias” esse processo é bem mais complexo do que se imagina, são 
vários os fatores que influenciam nesta decisão, desde a negociação com o 
fornecedor até a influencia da inflação, por exemplo. Outro dado interessante é a 
respeito de como o consumidor, de modo geral, se comporta em seu ambiente de 
consumo, e de como reagem às alterações ocorridas no mesmo. Podemos observar 
que nem sempre essas mudanças interferem no comportamento desse consumidor, 
alguns, por exemplo, permanecem fieis a suas preferencias, outros, por sua vez, 
tentam se adequar a essas modificações, procurando sempre a melhor alternativa, 
tanto no que diz respeito ao preço do produto, quanto à falta da marca favorita, por 
exemplo. 
Ficou claro que quanto mais essencial e necessário é o produto, 
menos as alterações sofridas por ele, interferem na escolha do consumidor em 
relação a esse produto, um exemplo disso são os produtos do gênero alimentício, a 
carne exerce uma predominância no que diz respeito a essa variável. Já os homens, 
optaram pela cerveja como um dos itens de preferencia. 
Com base nos métodos quantitativos, concluímos que existe um 
quadro negativo de 63% na relação entre empregado e empregador, considerando 
como principais fatores para este quadro, a carga horaria, valorização profissional e 
a falta de reconhecimento. Com relação ao quadro positivo, que é de 37%, podemos 
destacar como principais fatores, local de trabalho próximo à residência e a relação 
interpessoal entre funcionários. 
Alguns especialistas na área de Recursos Humanos dizem que a 
motivação do funcionário nem sempre deve acarretar gastos para a empresa, logico, 
que o aumento da remuneração, sem dúvida, seria o motivador maior, porém, 
existem maneiras de fazê-las sem custo algum para a empresa e com o mesmo grau 
de eficiência, basta apenas o gestor estar disposto a dar esse estímulo a seus 
 29 
funcionários, que se baseiam em boa vontade e trabalho mental. O maior 
conhecimento sobre os seus funcionários, sem dúvida, é o fator chave para qualquer 
processo de motivação dentro de um ambiente empresarial. Como o setor 
supermercadista tem uma carga horária muito intensa, devido à necessidade de ficar 
mais tempo abertos, para atender as necessidades de seus clientes e obter maior 
lucro, esses especialistas sugerem a criação de um banco de horas informal, onde o 
funcionário é recompensado em horas pelo seu esforço. Cabe ao gestor a melhor 
distribuição dessas horas. 
A possibilidade de aprendizado sempre funciona bem como 
ferramenta de troca com os funcionários, em especial com os novatos, caso a 
empresa não disponha de recursos para oferecer esse aprendizado, ele pode 
ocorrer dentro da própria empresa, e uma das maneiras de se fazer isso é a troca de 
atividades por períodos pré-determinados, é uma opção barata, porém, muito valiosa 
para o funcionário, pois além do aprimoramento dá a ele a chance de crescer dentro 
da empresa, tendo em vista a possibilidade de se sobressair em alguma das 
atividades e com isso, é claro, ganhar a tão sonhada promoção. 
 30 
REFERÊNCIAS 
CASTANHEIRA. Nelson Pereira. Métodos quantitativos. Curitiba: InterSaberes, 
2013. 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Qual a faixa de renda familiar 
das classes? Disponível em <http://cps.fgv.br/node/3999>. Acesso em: 4 set. 2014. 
LADEIA, Bárbara. 4 formas de motivar seus funcionários sem por a mão no 
bolso. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/4-formas-de-
motivar-seus-funcionarios-sem-por-a-mao-no-bolso>. Acesso em: 8 out. 2014. 
LARSON, Ron; FARBER, Betsy. Estatística aplicada. Tradução de Luciane Ferreira 
Pauleti Vianna. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. 
LEVIN, Jack; FOX, James Alan. Estatística para ciências humanas. Tradução de 
Alfredo Alves de Farias. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. 
MENDES. Judas Tadeu Grassi. Economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. 
MOCHÓN, Francisco. Princípios de economia. Tradução de Thelma Guimarães. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
NASCIMENTO. Aline Gomes do. Auto-percepção dos funcionários de uma 
empresa supermercadista familiar: Um estudo de caso sob convívio 
organizacional. 2008. 96f. Dissertação (Mestrado em Administração e 
Desenvolvimento Empresarial) – Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2008. 
Disponível em <http://portal.estacio.br/media/215549/dissertacoes-aline-gomes-do-nascimento.pdf>. Acesso em: 17 out. 2014. 
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: Gestão e Estratégia. - São Paulo: Atlas, 2000. 
PARKIN, Michael. Macroeconomia. 5. ed. Tradução de Célia Blake e Mauro Plattek. 
Saõ Paulo: Addison Wesley, 2003. 
SANDRONI. Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo: Best Seller, 
1999. 
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Ficha 
Técnica Supermercado. Ideias de Negócio. Disponível em: 
<http://www.ms.sebrae.com.br/uploads/UAI/fichastecnicas/supermercado.pdf>. 
Acesso em: 8 out. 2014. 
 
 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 32 
APÊNDICE A – Instrumentos de pesquisa utilizado na coleta de dados 
1. PERFIL DO CLIENTE 
Idade  Menor de 18 
anos 
 18 a 30 anos  31 a 45 anos  > 45 anos 
Renda (SM)  Até 1.100  1101-1700  1701-7500  7501-9700  > 9700 
Sexo  Masculino  Feminino 
Estado Civil  Solteiro  Casado  União Estável  Divorciado  Viúvo 
Tem filhos?  Sim Quantos?  Não 
Escolaridade  Analfabeto  Médio incompleto 
 Fundamental incompleto  Médio completo 
 Fundamental completo  Superior incompleto  Superior completo 
No mês, quantas 
vezes vêm ao 
Mercado? 
 1  2  3  4  5  6  7  > 7 
Quanto tempo 
gasta fazendo 
compras? 
 30 min a 
45 min. 
 45 min a 
1 h. 
 1h a 1h 
30min. 
 1 h 30 min 
a 2 h 
 > 2 h 
Em média, quanto 
gasta em cada 
visita ao Mercado? 
 R$ 100,00  R$ 300,00  R$ 500,00  R$ 1000,00  > R$ 1000,00 
Forma de 
pagamento 
 Dinheiro  Cheque  Cartão de crédito 
Quantas vezes?_____ 
Tem preferência 
por algum produto 
ou marca? 
 Não 
 Sim 
Qual? _________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
Quando os preços 
dos produtos 
sobem, o que você 
faz? 
 Compro 
mesma 
quantidade 
 Compro menos 
quantidade 
 Substitui por 
outro mais barato 
 Outros: 
______________ 
______________ 
Quando não há a 
marca de sua 
preferência você 
compra de outra 
marca? 
 Sim  Não 
Qual fator 
determinou a 
escolha deste 
mercado? 
 Tem Mais Variedade  Os preços são mais em conta.  Proximidade de 
sua residência. 
 
 
 
 
 
 33 
Continuação do Apêndice A 
2. ENTREVISTA COM O GERENTE 
1) O mercado revisa regularmente seus preços para decidir se deve aumentá-
los ou mantê-los? Quais critérios utilizam? 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
2) A inflação interfere nos preços praticados pelo mercado? Como? 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
3) Na definição dos preços, a cada vez que vão aumentar, quais são os pontos 
considerados importantes para definir o reajuste? Por quê? 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 
4) Quais as formas e prazos de pagamento que o mercado utiliza para pagar 
seus fornecedores? 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
6) Existem concorrentes locais no mercado? Quais? 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
7) Quais as estratégias de venda mais utilizadas pelos concorrentes? Por quê? 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 _________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
Continuação do Apêndice A 
3. ENTREVISTA COM OS FUNCIONÁRIOS: [Não precisa se identificar] 
 
1) Qual sua opinião sobre o trabalho dentro deste mercado? 
Tenho orgulho de trabalhar nesta empresa  Sim  Não  Mais ou menos 
Tenho orgulho da função que exerço aqui  Sim  Não  Mais ou menos 
Indicaria esta empresa para outros 
trabalharem? 
 Sim  Não  Mais ou menos 
Tenho sucesso profissional nesta empresa  Sim  Não  Mais ou menos 
Recebo cursos/treinamentos suficientes  Sim  Não  Mais ou menos 
Meu trabalho é reconhecido e valorizado?  Sim  Não  Mais ou menos 
Acho justo meu salário atual?  Sim  Não  Mais ou menos 
O entrosamento com os colegas é bom e 
contribui para melhorar meu trabalho? 
 Sim  Não  Mais ou menos 
 
2) Principais vantagens e desvantagens de trabalhar neste supermercado? 
Vantagens Desvantagens 
 
 
 
 
 
 
3) Qual a expectativa que você tem trabalhando neste supermercado? 
 Emprego temporário; 
 É só uma fase; 
 É algo duradouro? 
 
4) Já trabalhou em outro Supermercado ou mercado menor? Se sim o que 
achou de diferente? 
 Não 
 Sim. 
Diferenças: ___________________________________________________ 
 __________________________________________________________________ 
 __________________________________________________________________

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