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Glicogênio: Glicogênese e glicogenólise Vamos ter formação das coenzimas reduzidas quando tem a oxidação de lipídeos e quando falamos da oxidação de aminoácidos. E com isso, tb é possível formar ATP a partir da oxidação dessas moléculas. Quando a concentração de insulina aumenta isso contrapõe a concentração de glucagon e aí vamos ter os efeitos da insulina sendo desencadeados. Neste período, dizemos que é um período anabólico, onde teremos as vias de anabolismo funcionando, como a síntese de triacilgliceróis, formação de ptns e formação da molécula de glicogênio. Neste momento as células vão utilizar essa glicose que está na circulação sanguínea para obter ATP e aí esta glicose será oxidada para gerar energia (ATP) e aí teremos fígado, tecido adiposo, músculo e cérebro tendo os seus metabolismos diferenciados nesse momento. Neste momento o papel do fígado será de estocar o excesso de glicose no sangue, ou seja, ele vai retirar esta glicose para regularizar a concentração de glicose circulante e primeiramente ele vai fosforilar esta molécula e é neste momento que ele estoca glicose que vai começar a ocorrer a síntese da molécula de glicogênio. Já no músculo, quando o indivíduo está no estado alimentado, da mesma forma que o fígado, ele terá importância em retirar este excesso de glicose no sangue e estocar, onde neste músculo existe um receptor, que vai ser endereçado para a membrana como uma resposta a insulina, então essa resposta do músculo a insulina neste momento, vai ser importante para pegar mais glicose do sangue e levar para dentro da célula muscular. Quando entra na célula muscular, a glicose vai ser fosforilada e quando tem muita o músculo pode utilizala para obter molécula de ATP (através da oxidação da glicose) e isso vai depender da necessidade daquele tecido, se o indivíduo estará em atividade ou não, por exemplo. Então, ele pode se tiver em excesso, fazer como o fígado, em relação a fazer uma via anabólica, realizando a síntese de glicogênio. O cérebro, neste momento, está utilizando exclusivamente glicose, então, neste momento ele estará oxidando a molécula de glicose para usar em seu benefício. Falamos tb do estado de jejum, que é mais ou menos após 4h que o indivíduo se alimentou e vai até 14h após a última refeição. O jejum prolongado é quando a pessoa fica mais de 14h sem se alimentar. Neste momento de jejum temos a ação do glucagon, ou seja, não temos mais as células beta do pâncreas liberando isulina e passamos a ter as células alfa do pâncreas atuando liberando o glucagon na circulação e aí temos os efeitos do mesmo sendo produzido no organismo. Com isso, o glucagon vai estimular as vias catabólicas, que seria a degradação de triglicerídeos, glicogênio e ptns, ou seja, vimos que neste primeiro momento temos lipólise e proteólise sendo estimuladas, respectivamente, para gerar ácidos graxos para gerar energia e gerar moléculas de glicerol que podem ser utilizadas na gliconeogenese. Então, no momento de jejum, onde tem sinalização para produção de glucagon, os tecidos passam a ter uma preferência em usar ácidos graxos para obter energia ao invés da glicose, pois a mesma deve ser poupada pq o cérebro, neste jejum inicial, continua usando somente a molécula de glicose e as hemácias sempre vão usála tb em seu benefício. Então, órgãos como fígado, músculo, tecido adiposo e cérebro vão responder de forma diferente a este hormônio. No caso do fígado, ele vai realizar gliconeogenese para suprir a necessidade do organismo. No caso do músculo ele não possui receptor para glucagon, ou seja, ele não vai sentir esta sinalização desencadeada no fígado para produção de glucagon e estímulo da gliconeogenese no músculo, no entanto, teremos vias catabólicas no músculo sendo estimuladas e aí vai começar a ocorrer a degradação de glicogênio, pois no músculo ele não pode parar de ter energia, ou seja, ele vai utilizar ácidos graxos para obter energia e para gerar as coenzimas reduzidas e formar ATP. Neste jejum temos a ação do músculo e fígado sendo comparadas, ou seja, temos a ação deles sendo bastante diferenciada e expressão o papel de cada um desses órgãos no organismo, ou seja, o músculo é um órgão egoísta, onde ele quer a energia só para ele e o fígado vai disponibilizar a glicose para os outros tecidos. Então, neste estado de jejum, é preciso manter o nível de glicose sanguínea, para isso existe a fonte da gliconeogenese, no entanto, as ptns devem ser poupadas, pois não pode usar todas para formar glicose pq assim comprometeria o funcionamento do organismo. Por isso, o organismo não pode depender somente da glicose produzida pela gliconeogenese, já que ele deve poupar ptns principalmente, e com isso, a evolução foi selecionando métodos eficientes, como por exemplo, armazenar essa glicose na molécula de glicogênio. O glicogênio forma grânulos dentro da célula e existe variação no tamanho desses grânulos e são neles que são encontradas várias moléculas de glicogênio e são nestes grânulos que existem todas as enzimas relacionadas com a síntese e degradação de glicogênio, ou seja, no momento de síntese sintetizar e no momento de degradação degradar e por isso este processo será otimizado pq está tudo no mesmo compartimento. A molécula de glicogênio é formada por ligações alfa 14 e tb possui ramificações e ligações alfa 16. O glicogênio ele é formado por polimerização de várias moléculas de glicose ligadas por ligações alfa 14 e alfa 16 (ramificações). Quando olhamos para dentro destes grânulos de glicogênio, temos a presença de várias moléculas do mesmo nestes grânulos, assim como a presença de enzimas envolvidas com degradação e síntese e uma molécula chamada de glicogenina, que é uma ptn importante para iniciar a síntese da molécula de glicogênio. Como a molécula de glicogênio é ramificada ela possui muitas pontas e a síntese e a degradação acontecem devido a presença dessas pontas, então, quanto mais pontos eu tenho mais rápida pode ser a síntese ou a mobilização das moléculas de glicose, por isso é uma vantagem ter essas ramificações, visto que quanto mais pontas eu tiver,mais sítios eu terei para formar glicose ou retirar a mesma. O glicogênio está presente em quase todos os tecidos, mas ele está estocado principalmente no fígado e no músculo esquelético e em pequenas quantidades nos outros tecidos e estes dois tecidos mencionados serão os principais em estocar essas moléculas de glicose na forma de glicogênio. O fígado possui muito mais glicogênio do que o músculo, no entanto nosso corpo possui mais músculo do que fígado, então, a fonte principal de glicogênio será no músculo, no entanto comparar um hepatócito com um miócito, o hepatócito possui uma quantidade de glicogênio maior que o miócito. Razões para estocar glicogênio? A mobilização dessas moléculas é muito mais rápida do que mobilizar ácidos graxos para obter energia. Se a glicose está em excesso o organismo pode aproveitala e estocala e essa glicose pode ser transformada em tecido adiposo (triglicerídeos/ácidos graxos), então, essas moléculas de glicose estão sendo reservadas e convertidas em outros tipos de moléculas. Só que o contrário não pode acontecer, como converter moléculas do tecido adiposo em glicose, isso só acontece a partir do glicerol na gliconeogenese. A mobilização de lipídeos leva mais tempo que mobilizar glicogênio, justamente pq no caso do glicogênio, todas as enzimas envolvidas no processo de síntese e degradação já estão presentes no grânulo, então, a mobilização desta glicose é mais rápida que pegar os ácidos graxos nas gotas de lipídeos dos adipócitos e transformar em uma molécula utilizável, ou seja, a mobilização do glicogênio é muito mais rápida do que uma molécula de ácido graxo. Se comparar a camada de solvatação de uma molécula de glicose e outra de glicogênio, vamos perceber que temos menos água em uma molécula de glicogênio do que glicose, por isso que ela não altera tanto a osmolaridade da célula, no entanto, se compararmos uma molécula de glicogênio com uma de triglicerídeo (uma gota de lipídeo), a molécula de glicogênio é mais polar, então ela carreia mais água e por isso que as enzimas que estão envolvidas com síntese e degradação estão ali e isso não acontece nos lipídeos. Então a mobilização da molécula de glicogênio é melhor do que triglicerídeos, justamente, por conta das características físicoquimicas da molécula de glicogênio e devido a sua estrutura que é possível realizar esta mobilização mais rápida. A glicose liberada pela molécula de glicogênio pode ser utilizada para obter energia em condições anaeróbicas. A mobilização do glicogênio é melhor, justamente, por causa da camada de solvatação que é formada ao seu redor, ou seja, um ambiente polar é formado ao seu redor, o que é um ambiente favorável para as enzimas que estão ali, pois a maioria das enzimas são formadas por aminoácidos polares e vão funcionar melhor em ambientes polares. Por isso a mobilização de glicogênio é melhor do que de triglicerídeo, justamente, pq ao seu redor o ambiente é apolar, o que não é um ambiente interessante para enzimas envolvidas com síntese e degradação, pois as mesmas atuam melhor em ambientes polares. Os ácidos graxos só serão utilizados para formar energia em condições aeróbicas, ou seja, só haverá formação de ATP a partir de ácidos graxos na fosforilação oxidativa. Obter energia na ausência de oxigênio é uma vantagem e por isso é importante ter estoque de glicogênio no músculo, pois em momentos de fuga e exercício o suprimento de oxigênio não será o suficiente, sendo necessário realizar fermentação lática. A síntese de glicogênio é chamada de glicogênese. O músculo não libera a glicose que veio a partir do glicogênio para corrente sanguínea, no entanto ele pode contribuir indiretamente com essa glicose através do ciclo da alanina e de cori. Na glicogênese terá quatro passos para a formação do glicogênio, onde primeiramente ocorrerá a ativação da molécula de glicose, depois iniciação, elongamento e ramificação. A molécula de glicose é ativada ligando a elas nucleotídeos. No caso da síntese da molécula de glicogênio onde se tem um polímero de glicose a gente tem UDP glicose como a molécula de glicose ativada e será utilizada como substrato para formar o glicogênio. A UDP glicose será sempre adicionada ao final não redutor da molécula de glicogênio e isso tanto para a cadeia principal quanto para as ramificações e a enzima envolvida com a síntese de glicogênio é a glicogênio sintase. A ativação da glicose vem através de moléculas de glicose 6P, onde ela será convertida em glicose 1P pela ação da enzima fosfoglicomutase na presença de UTP que vai se ligar ao UDP e a molécula de UDP glicose vai ser polimerizada a partir das moléculas de glicose 1P e UTP com ação da enzima UDPglicosepirofosforilase. A enzima glicogênio sintase só é responsável por formar as ligações alfa 14 entre as moléculas de glicose, já em relação as ramificações outra enzima está envolvida na formação das mesmas. É necessário ter pelo menos um polímero com 8 moléculas de glicose para que a glicogênio sintase possa atuar adicionando moléculas de glicose e formando as ligações alfa 14. Por isso, no meio da molécula de glicogênio, existe uma molécula de glicogenina, que forma um dímero e cada um desses dímeros é capaz de iniciar a formação do glicogênio, pq esta ptn consegue adicionar moléculas de glicose nela mesma e aí começa a síntese de glicogênio, até a molécula de glicogênio possuir pelo menos 8 resíduos de glicose, para posteriormente a glicogênio sintase atuar elongando a molécula. A enzima ramificadora é responsável por fazer as ramificações da molécula de glicogênio, que são as ligações alfa 1,6. Ela transfere uma cadeia de 6 a 7 resíduos de uma extremidade não redutora para um resíduo de glicose anterior e isso só acontece se tiver pelo menos 11 de comprimento adicionados pela glicogênio sintase e aí enzima ramificadora pode pegalos para formar as ramificações. Quanto mais ramificações existir na molécula de glicogênio melhor será a captura de moléculas de glicose, ou seja, essas glicoses serão adicionadas mais facilmente a molécula de glicogênio. Como acontece a degradação de glicogênio (glicogenólise)? São 4 etapas:1) Liberação da glicose 1P 2) Duas reações que remodelem o glicogênio para que as ligações alfa 1,4 e 1,6 sejam desfeitas. Vão ser necessárias duas reações para desfazer essas ligações e uma enzima que vai catalisar essas duas reações. 3) Conversão de glicose 1P em glicose 6P. No contexto do fígado, essa glicose 6P poderá ser convertida em glicose por ação da enzima glicose6fosfatase e disponibilizada para o organismo, e no contexto do músculo, ela poderá ser utilizada para seguir na via da glicólise. 1 reação para degradar, duas para remodelar e a outra para converter o produto da quebra em uma forma utilizável. (etapas da glicogenólise). Obs: O anabolismo do glicogênio não será o simples reverso do catabolismo do glicogênio!! A glicose 1P vai ser obtida através da lise das ligações alfa 1,4 e a lise das ligações alfa 1,6 vai gerar glicose e isso vai ser importante pq vai ter rendimento energético diferente. Quem faz essa degradação é a enzima glicogênio fosforilase que vai clivar essas ligações alfa 1,4 e ela vai atuar nas extremidades e por isso é importante ter bastante ramificação pq quanto maior o número maior a mobilização na hora de degradar ou sintetizar. A degradação ocorre de fora para dentro e a síntese de dentro para fora. A glicogênio fosforilase vai pegar uma ponta não redutora e vai fazer uma fosforólise (lise utilizando fosfato) e vai desfazer uma ligação covalente. Aí ela pega o fosfato e transfere para outra molécula de glicose, desfazendo então a ligação alfa 1,4 e formando glicose 1P. Para cada um dos terminais redutores haverá a formação de uma glicose 1P. Qual a vantagem da enzima fazer fosforólise e não hidrólise? Fazer fosforólise é importante pq ao desfazer uma ligação covalente adicionando um fosfato isso garante que a molécula fique retida dentro da célula, ou seja, como no caso da célula muscular, em uma uma necessidade energética, é vantajosa essa fosforólise, pq como adiciona fosfato isso garante que a glicose fique dentro do miócito e seja utilizada para gerar energia. Se fosse feita uma hidrólise a molécula de glicose ia ser formada e não ia ficar retida dentro da célula pq ela não estaria fosforilada. Remodelamento da molécula: A fosforilase não cliva ligações alfa 1,6. As ramificações são removidas pela enzima desramificadora e ela possui duas atividades enzimáticas, ou seja, catalisa duas reações diferentes, uma reação de transferase, onde ela vai remover os 3 resíduos e vai transferir para uma extremidade não redutora, então ela vai ter essa atividade transferase e de glicosidase, pois o resíduo que estava fazendo a ligação alfa 1,6 que sobrou ela vai clivar nessa ligação alfa 1,6 e vai liberar uma molécula de glicose. Neste caso ela não faz fosforólise e sim hidrólise. Em cada ramificação o resíduo que forma ligação alfa 1,6 quando o glicogênio está sendo degradado vai formar glicose enquanto os outros resíduos vão formar glicose 1P. A glicose 1P agora vai sofrer ação da fosfoglicomutase convertendo em glicose 6P que vai servir em outras vias. Regulação: Quando o indivíduo está no estado alimentado o glicogênio será sintetizado no músculo e fígado. Nas primeiras 4h após ter se alimentado o glicogênio irá aumentar mas depois das 4h o indivíduo começará a entrar no estado de jejum, então, as reservas energéticas de glicogênio vão começar a ser mobilizadas e o nível de glicogênio vai começar a cair. O indivíduo se alimenta, consequentemente a concentração de glicose aumenta e o organismo tem que começar a dispor de mecanismos para regular a concentração de glicose e normalizala. Depois de passadas 4h, o individuo entrará no estado de jejum e aí este glicogênio terá que que começar a ser mobilizado e a glicogenólise começará a ser estimulada no fígado para que o glicogênio comece a ser degradado para liberar a glicose para o sangue. Aí a glicogenólise pode começar a diminuir se eu entrar em um jejum prolongado pq as reservas de glicogênio são limitadas e é neste momento que a gliconeogenese começa a ser estimulada, mas ela começa a ser inibida após um tempo pq o organismo não pode ficar degradando ptn o tempo todo. A regulação vai ser mediada por regulador alostérico. As modificações covalentes vão ser desencadeadas e dentre elas temos a fosforilação e defosforilação que vão estar modificando a atividade dessas enzimas regulatórias. As modificações covalentes elas são desencadeadas por sinais hormonais e por isso que essa regulação vai ser diferente quando compara músculo com fígado, pq a sinalização nestes tecidos é diferente. No caso do músculo, epinefrina (adrenalina) desencadeando reações que vão gerar mensageiros secundários que no caso é o AMP cíclico, assim como o glucagon interage com as células do fígado gerando uma cascata de sinalização que gera AMP cíclico como mensageiro secundário. Lembrando que músculo não tem receptor para glucagon e que ele e a adrenalina geram cascata de sinalização que forma AMP cíclico mas as respostas nestes tecidos são diferentes, embora seja o mesmo mensageiro secundário sendo formado, mas são células diferentes que expressam padrões gênicos diferentes, receptores diferentes. Então, numa situação de jejum, temos glucagon e em uma situação de exercício ou de estresse temos adrenalina (epinefrina) sendo liberada. A adrenalina tb tem receptor no fígado e desencadeia cascata de sinalização tanto no fígado quanto no músculo, enquanto o glucagon ativa cascata de sinalização só no fígado. Os dois hormônios são produzidos em uma baixa de glicose. Músculo não tem receptor para glucagon mas tem para adrenalina e vai desencadear cascata via AMP cíclico. A cascata de sinalização para AMP cíclico ativa a pKa que vai promover fosforilação em uma série de enzimas e no caso do contexto do metabolismo do glicogênio envolvendo síntese e degradação a fosforilase pode sofrer uma modificação covalente induzida pela sinalização de um hormônio. Quando nós temos glucagon chegando no fígado ou adrenalina no músculo mas tb adrenalina no fígado, temos a ativação de uma fosforilase b cinase, ou seja, se é uma cinase ela vai fosforilar a fosforilase e vai transformar fosforilase que era uma enzimamenos ativa em uma mais ativa e essa fosforilase pode estar fosforilada ou defosfoforilada. Quando ela está fosforilada é pq ela está ativa (fosforilase a) e quando está defosforilada ela fica menos ativa (fosforilase b). A fosforilase b é predominante no músculo em repouso, então, quando o músculo recebe uma sinalização da adrenalina indicando que precisa fazer uma contração que vai precisar bastante de energia aí ocorre a ativação da cinase que faz com que fosforilase b seja fosforilada e forme fosforilase a (mais ativa) e consequentemente atue degradando o glicogênio. No momento de atividade física ou jejum os hormônios glucagon e adrenalina vão estimular ativação da fosforilase. No momento de produção de insulina há um estímulo para fosfatase e consequentemente a fosforilase a (ativa) é convertida em fosforilase b (menos ativa). No caso do fígado é predominante a fosforilase a, ou seja, ela já fosforilada e mais ativa e no fígado tb vai haver sinalização que vai modificar ligação covalente e transformar fosforilase b em a, ou seja, como há a presença das duas fosforilases será necessário um controle maior que vai além de modificação covalente e é aí que entra a modificação alostérica para regular a atividade destas enzimas. A fosforilase do músculo que é predominante a fosforilase b, ela sofre modificação alostérica de ativação por AMP, ou seja, no músculo quando o mesmo está necessitando de energia isso pode ser evidenciado por aumento de concentração de AMP, o que indica que houve uma sinalização celular que promoveu a sua produção, indicando que será necessário tornar fosforilase mais ativa no músculo para que ela possa degradar o glicogênio. Já no caso de ATP e glicose6fosfato vão tornar a enzima menos ativa pq se tenho muito ATP, isso indica que o músculo não está precisando de energia, logo, fosforilase não precisará estar tão ativa para degradar glicogênio e gerar energia. Já em relação a glicose 6P, se eu tenho ela sobrando, ela poderá ser convertida em glicose 1P e aumentar a quantidade de glicogênio, logo, tendo altas concentrações dela não é necessário que fosforilase fique mais ativa para fornecer energia ao músculo. No caso do fígado a enzima fosforilase é modulada alostericamente pela concentração de glicose, ou seja, ela passa a atuar como um sensor de glicose. Se eu tenho aumento de glicose no fígado esta enzima fosforilase a é inativada no fígado e se eu tenho uma diminuição de glicose esta enzima fica mais ativa indicando que deve ser degradado mais glicogênio. A enzima glicogênio sintase tb vai sofrer modificações covalentes e alostéricas. A enzima glicogênio sintase existe tanto fosforilada quanto defosforilada e quando ela está ativa tb é chamada de glicogênio sintase a só que neste caso ela vai estar ativa quando estiver defosforilada, contrário da enzima que fosforilase que fica ativa fosforilada, ou seja, quando a produção de glucagon, por exemplo, a enzima fosforilase vai estar ativa e a glicogênio sintase estará inativa e será chamada de glicogênio sintase b. Insulina é produzida em um momento em que o indivíduo esteja alimentado, ou seja, neste momento vai ocorrer síntese de glicogênio e isso fará com que enzimas fosfatases estejam ativadas, defosforilem a glicogênio sintase e ela fique ativa para sintetizar glicogênio. Glicose e glicose 6P tb são moduladores alostéricos para a glicogênio sintase e geralmente vai indicar que poderá ocorrer síntese de glicogênio, pois elas facilitam a defosforilação que favorece a síntese. No caso do músculo ainda tem Ca que funciona como efetor, ou seja, tem fosforilase ativada e sintase inibida, pois no músculo durante a contração muscular ocorre liberação de Ca e quando ele é formado cinases atuam fosforilando a fosforilase e deixando ela mais ativa, deixando fosforilase ativa e sintase inativa. O fígado com baixa de glicose ocorre degradação de glicogênio. A cascata de AMP tb inibe a síntese de glicogênio.
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