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Fisiopatologia respiratória conif. I farmacia 2010

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Fisiopatologia respiratória:
Tipo de actividade: conferencia introdutoria - 1
Duração: 50 minutos 
 professor Dr. Agostinho
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Considerações gerais do sistema respiratorio
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INTRODUÇÃO AO SISTEMA RESPIRATÓRIO “fisiologia”
Respiração externa e interna
Mecanismos de defesa do Sistema Respiratório
Funções do Sistema Respiratório
Composição gasosa da atmosfera
Conceito de Ventilação e Ventilação Alveolar
Factores externos que influenciam a Função Pulmonar.
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RESPIRAÇÃO EXTERNA:
Trocas gasosas na superfície alveolar
RESPIRAÇÃO INTERNA
Trocas gasosas na superfície mitocondrial
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Mecanismos de defesa:
Nariz / traquéia  aquecem e humidificam o ar que entra aos pulmões.
Nariz  retem todas as impurezas
Camada mucociliar retem parte destas partículas aproximadamente de 3 µm de tamanho
Macrofágos alveolares protegem o espaço alveolar.
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Funções do Sistema Respiratório
Trocas gasosas
Aquecimento, umidificação e filtração do ar inspirado
Deglutição
Fonação
Olfato
Reservatório sangüíneo
Filtração do sangue
Mecanismos de defesa contra agressores ambientais
Produção de surfactante
Regulação ácido-base
Termorregulação
Síntese, liberação, modificação, inativação ou remoção de substâncias bioativas como a serotonina, histamina, calicreína, noradrenalina, eicosanóides, enzimas, neuropeptídeos, citocinas...
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Composição gasosa da atmosfera
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Conceito de Ventilação e Ventilação Alveolar
VENTILAÇÃO - Volume de ar mobilizado pelos pulmões por minuto (expresso em litros/min.)
Espaço Morto Anatômico: volume de ar que preenche as vias aéreas (de condução), onde não existem alvéolos, em torno de 10L.
Ve = VC . FR
VENTILAÇÃO ALVEOLAR
VENTILAÇÃO (l/min)
Ve = VC . FR
Repouso: 70 = 5,0 . 14
Máxima: 1800 = 15,0 . 120
VC = Volume Corrente (litros)
FR = Freqüência Respiratória (mpm)
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Factores externos que influenciam a Função Pulmonar.
Muitos fatores não relacionados à integridade do Sistema Respiratório podem influenciar negativamente a função pulmonar. Esses fatores devem ser levados em consideração quando se avalia essa função.
Esses factores são:
-Qualidade do ar inspirado:
- Posição da cabeça e do pescoço;
- Massa abdominal;
- Sincronização locomoção-respiração;
- Função cardíaca;
- Equipamentos usados;
- Outros factores.
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Patologia respiratoria
Sintomas e sinais
As afecções respiratórias geralmente apresentam os seguintes sintomas:
dor torácico.
dispneia 
Tosse
expectoração.
hemoptise 
vómica. 
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Dor torácico – a maior parte das patologias pleural e pulmonar apresentam dores, que variam quanto a sua localização, intensidade, e evolução. As vezes se trata de verdadeiros pontos dolorosos da caixa torácica, ocasionalmente podem ser bem definida ao longo dos trajectos nervosos:
 Dores torácicos podem ser de dois tipos:
Dor em pontada
neuralgias: frénica, intercostais, etc.
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Semiogênese ou fisiopatologia:
 Aceita-se que a pleura parietal e a parede torácica, contendo inervação espinal sensitiva, podem ser o ponto de partida das sensações dolorosas. 
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Mecanismos de dor torácicos:
Dor pleurovisceral pulmonar ( reflexo viscerosensitivo e reflexo visceromotor);
Dor pleuroparietal e da parede torácica.
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Dor em Pontada:
Esta dor pode ser aguda ou subaguda. 
É aquela que aparece nas afecções pleuropulmonares que se localizam numa região determinada do tórax; geralmente caracteriza-se por ser vivo, intenso, continuo, que piora com os movimentos respiratórios, pela tos e através da pressão exercida ao seu nível. Quando é intensa acompanha-se de respiração superficial ou dispneia designada por polipnea antálgica. 
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Geralmente aparece nas seguintes situações:
afecções pulmonares:
pneumonia. Dor brusco, intenso na região mamaria , dura 2 a 4 dias. Pode acompanhar-se de febres
Embolia pulmonar, etc.
afecções pleural: 
Pleuresia
pneumotorax espontânea – dor em pontada, brusca e insuportável.
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Dor em pontada sub agudo
É menos intenso, insidioso que aparece em afecções de evolução lenta, e ocorre em pontos estratégicos da caixa torácica. Por exemplo: câncer do pulmão.
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As neuralgias
São em geral por sofrimento dos nervos intercostais e do nervo frénico.
Neuralgias intercostais – dor continuo paroxística intenso ao longo do trajecto do nervo intercostal.
Causas: sífilis, cancro ( câncer) do pulmão, seja por invasão de um tumor ou metástase, neurite, etc.
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Dispneia:
 Conceito – dispneia, significa, respiração difícil. Procede de dis: difícil; pnein: respirar ( Matkins)- considera-se como uma sensação consciente e desagradável do esforço respiratório, ademais de este componente subjectivo (respiração difícil), têm outro objectivo, que é a participação activa dos músculos acessórios da respiração ( músculos do pescoço para a inspiração e músculos abdominais para a espiração)
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Classificação da Dispneia:
Duração : A dispneia pode ser 
aguda ou crónica e 
progressiva ou passageira.
Intensidade: 
muito ligeira e 
muito intensa
Forma de aparecimento: 
lenta e gradual ou 
brusca e paroxística.
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Classificação da Dispneia:
Finalmente a dispneia pode aparecer durante o esforço ( dispneia de esforço, ou bem em repouso ( dispneia permanente) ou bem que acontece bruscamente geralmente durante a noite ( dispneia paroxística nocturna).
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Alteração da frequência respiratória
taquipneia ou polipneia e 
bridipneia.
Alteração dos tempos da respiração: 
dispneia inspiratória
dispneia espiratoria 
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Classificação da Dispneia:
Fenómenos subjectivos da dispneia ( ou seja: o que sente o individuo):
percepção consciente do acto respiratório;
falta de ar, respiração limitada ou afogada,
peso ou opressão na caixa torácica;
constrição da garganta.
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Polipneia ou taquipneia :
Aumento da ferquencia respiratória que de 16 a 20 por minuto pode chegar a 50 ou 60 /mto com diminuição a amplitude respiratória.
Causas: afecções respiratórias, circulatórias, febres, crises emotiva, etc.
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Bradipneia
Diminuição da frequência respiratória, a respiração é pouco frequente e de maior intensidade que na polipneia.
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Fisiopatologia da dispneia:
 obstáculos das vias aéreas, seja para entrada ou saída do ar, por isso a dispneia pode ser inspiratória e espiratória:
dispneia inspiratória: - causas: obstáculo nas vias aéreas superiores, laringe e traqueia, que impede a entrada de ar nos pulmões.
Dispneia espiratório: - causa: ver proximo slide.
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Dispneia espiratório
perda da elasticidade pulmonar;
espasmos dos músculos respiratórios;
espasmo dos músculos lisos;
edema e secreções 
causas: asma: 
espasmo dos músculos, obstrução bronquial.
Enfisema: perda da elasticidade pulmonar;
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Fisiopatologia geral da dispneia:
 Considerações previas:
o centro respiratório ou nó vital de Flourens, localizado no soalho doVI ventrículo e encarregado de controlar os movimentos respiratórios, funciona automaticamente.
o centro respiratório recebe influencias do cérebro e estímulos nervosos e químicos que garantem o automatismo e ritmo normal;
estímulos nervosos. A vias centrípeta viaja pelo neumogástrico que procede do pulmão o a distensão alveolar provoca o reflexo espiratório e vice-versa ( reflexo de Hering-Breuer). A via centrífuga viaja através do nervo frénico, os espinais e os nervos espiratorios.
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Fisiopatologia geral da dispneia:
controle químico. O pH baixo do sangue, ou seja ácido, estimula ao centro respiratório e vice-versa, é através deste que o aumento do dióxido de carbono (CO2) no sangue produz polipnea, também a diminuição das cifras tensionais de oxigénio ao nível do centro respiratório estimula-o.
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Fisiopatologia geral da dispneia:
O desiquilibrio destes mecanismos provocará uma dispneia, seja pela alteração da regulação química ou por perturbação nervosa central ou periférica.
De acordo com estes
princípios as causas patogénicas da dispneia são:
dispneia por anoxia;
dispneia por acidose;
dispneia por exagero do reflexo de Hering-breuer;
dispneia por transtornos orgânicos ou funcionais encefálicas.
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A dispneia por anoxia
Preferimos usar este anoxia termo usado por “slyke” e não anoxemia ( por bancroft) – o défice de oxigénio encontra-se ao nível de todos os tecidos e não somente no sangue. 
Causas:
falta vde saturação da hemoglobina pelo oxigénio, ja seja por pobreza do gás na atmosfera ( grandes alturas, túneis, etc);
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outras Causas da dispneia por anoxia :
Defeituosa ventilação alveolar nas obstruções dos tubos aéreos, por diminuição da elasticidade pulmonar ( enfisema);
incapacidade do pulmão para a hematose ( fibrose alveolocapilar); 
redução de grandes áreas do Parênquima pulmonar funcionante, como sucede nas pneumonias e atelectasia massivas, derrames e pneumotórax intensas; 
curto-circuito, com a correspondente mistura de sangue arterial e venosa por exemplo nas fistulas arteriovenosas.
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Tosse
Conceito: - consiste em uma ou varias espirações fortes e súbitas por contracção brusca dos músculos espiradores acompanhadas no seu inicio por espasmos dos constritores da glotes, que se fecha par abrir-se depois, bruscamente, sub efeito da força espiratória, deixando-se ouvir um ruído característico produzido pela saída violenta de ar acumulado a tensão nas vias aéreas, acompanhada ou não de secreções ou corpo estranhos presentes.
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classificação
Quando a tosse acompanha-se de secreções leva o nome de tosse húmida ou produtiva, ao contrario dá-se o nome de tosse seca, que acontece nas condições reflexas.
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Fisiopatologia da tosse:
A tosse pode ser voluntária, mas geralmente é reflexa, e, portanto, consta de:
Ponto de partida,
Vias centrípetas.
Centro tossígeno
Causas que irritam a via centrípeta
Resposta ou descrição do reflexo
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Ponto de partida: Laríngea, traqueia, mucosa nasal, pleura, faringe, amígdalas, vísceras, pele etc.
Vias centrípetas:
laríngeo superior,
neumogástrico
trigemio
glosofarigeo
nervos sensitivos da pele;
nervos viscerais.
Centro tusígeno – localizado no bulbo.
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Consequências da tosse:
aumento da pressão intratorácica; o que dificulta o retorno do sangue venoso a aurícula direita, com estase venoso na cabeça, cianose, hemorragias conjuntival, epistaxe, acidentes pleuropulmonais.
aumento da pressão intraabdominal.
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Expectoração
É a expulsão através da boca e por intermédio da tosse das secreções acumuladas nas vias respiratórias.
Características especificas da expectoração:
quantidade ou abundância; ( depende da natureza das lesões e da força do paciente para tossir).
viscosidade ou consistência; (depende da quantidade de água, muco e detritos).
cor ou transparência (depende da quantidade de pigmentos Hb, bílis, subst. Estranhas e do material de solução “ serosidade, muco, exsudados albuminosos)
cheiro e sabor subjectivo.
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Classificação Expectoração :
Mucosa -(transparente, incolor, com muitas borbulhas de ar) – asma, bronquite cararral.
Mucopurulenta -(contem mucopus de cor branco – amarelada ou ligeiramente verdosa) – TB – P, bronquite infecciosas, etc.
Purulenta -(cor amarela – verdoso, opaca, inodora ou muito fétida) – nos processos altamente supurativos.
Serosa -(liquida, branca, com abundante espuma) – edema do pulmão,
sanguinolenta -(estrias de sangue) – infarto pulmonar, carcinoma, TB –P, etc.
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Hemoptise 
conceito – expulsão por expectoração, de sangue contida nas vias respiratórias. Geralmente, ocorre nos processos respiratórios, embora em pequena medida pode ser produto da ruptura de um aneurisma aórtico na traqueia ou brônquio esquerdo. Quando o sangue é ingerido depois expulso pode simular uma Hematemese.
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Fisiopatologia da hemoptise
hiperemia pulmonar;
por congestão activa inflamatória; 
congestão passiva;
ruptura de vasos sanguíneos
hipertensão arterial da circulação maior e menor
descrasias sanguíneos com alteração da coagulação
aneurisma de aorta. 
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Conclusao 
O conjunto de sinais e sintomas fazem um sindrome. 
Os sinais e sintomas ajudam estabelecer o diagnostico do paciente
Sintoma – sensação subjctiva referenciada pelo paciente, exemplo: dor
O sinal – elemento visivel pelo paciente ou examinador. Exemplo adenopatia.
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bibliografia
Temas de patologia medica rubbin 4ta e 7a edic. Sistema respiratorio.
Guyton. 
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obrigado

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