Buscar

portfolio uta organização escolar

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTER
PORTFÓLIO UTA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR – A 2016 FASE I
Jocilene Simão Barbosa CORDEIRO
	UNINTER
Resumo
O presente trabalho apresenta o resultado de uma entrevista com a diretora da escola Estadual Arnaldo Jansen afim de fazer um levantamento de dados da escola e verificar se está de acordo no do o que diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei 9.394, de 20/12/96) Apresenta também uma breve relato sobre a Constituição Histórica do Brasil, o “Renascimento” na idade Média, desde companhia dos jesuítas até a chegada da família real ao Brasil e qual a sua influência nos tempos atuais. Em seguida uma síntese da História, Historiografia e História da Educação: Relações e Contribuições. Sendo que o termo educação tem sentido mais amplo que escolarização, quando se fala em educação, pensa em escola, porém é possível ocorrer um processo educativo sem haver escolarização. 
Palavras-chave: Renascimento. História. Escolarização.
INTRODUÇÃO
Este trabalho a tem finalidade realizar reflexões essenciais para o desenvolvimento do conhecimento para formação e práticas pedagógicas verdadeiras. Toda pesquisa resulta num aprendizado significativo para a formação profissional.
Serão abordados, neste trabalho, a relação entre a história da educação, historiografia e história, para compreender melhor a educação atual no Brasil, aprendendo com os erros e acertos do passado. Começando com uma reflexão sobre educação no brasil no período medieval “O Renascimento”, o qual foi muito influenciado pela igreja católica. 
Enfatizamos que a forma de gestão no âmbito escolar quando organizado, bem aplicado e bem administrado valoriza a educação. Isso nos leva a fazer uma análise sobre a estrutura de uma escola estadual segundo o que diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei 9.394, de 20/12/96). Realizado através de uma entrevista com a diretora da escola Estadual Arnaldo Jansen afim de fazer um levantamento de dados da escola.
Observamos que a gestão escolar não pode ser entendida fora do atual contexto socioeconômico e político que vivemos, que a expansão de uma política governamental atinge todas as esferas da sociedade brasileira. E essa sociedade, por sua vez, não pode ser entendida desvinculada do seu caráter clássico, desigual e injusto, mas permeada pelas contradições do próprio capitalismo.
VISITA A ESCOLA ESTADUAL
O papel principal da Escola é instruir, passar o conhecimento acumulado por várias gerações. Entretanto, cada vez mais, a escola está ocupando o lugar da família. Muitos pais colocam os filhos na escola, para a mesma o educar, no sentido de educação doméstica. Com a justificativa de que lhes falta tempo. Mas, a escola tem menos tempo ainda. E mesmo se o tivesse, não seria para passar valores familiares. O professor é um dos atores que propiciam ao aluno o desenvolvimento, promovendo o saber cientifico. O diretor é determinante para a organização da escola. O pedagogo desenvolve e encaminha as ações pedagógicas, além de ser o elemento articulador entre os atores escolares e o PPP. Os pais servem de limite para os encaminhamentos e tornam-se corresponsáveis pelo processo educacional.
Gestão é a atividade pela qual são movidos meios e procedimentos para se atingir os objetivos da organização. Gestão é um processo que envolve várias ações, como diagnóstico e tomada de decisões, definição de objetivos, encaminhamentos e procedimentos para avaliação para a retomada de direção.
Para que a democratização da gestão escolar, bem como sua autonomia e, consequentemente, a participação mais efetiva aconteça, é preciso colocar em prática os mecanismos da gestão democrática. 
Segundo Cordiolli (2011) O governo de Fernando Henrique normatizou a educação nacional com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9.394/96, a qual estabelece as normas de gestão democrática na escola e afirma a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político pedagógico e a necessidade da efetiva presença da comunidade nas atividades escolares. Observadas abaixo:
Parâmetros Curriculares Nacionais e Referenciais Curriculares Nacionais (PCNs e RCNs);
Nova política de financiamento da educação básica – Fundef e
piso salarial;
Sistema de Avaliação da Educação Básica – Saeb/Enem
Bolsa Escola
Ampliação do programa de Manutenção e Desenvolvimento da Educação (MDE) – livro didático, merenda escolar e transporte escolar;
Formação de professores em Curso Normal Superior (CNS)
Programa Comunidade Solidária, com Ruth Cardoso – projeto Alfabetização Solidária
A escola investigada foi o Colégio Estadual Padre Arnaldo Jansen.– Ensino Fundamental e Médio situada à rua Reynaldino Scharffemberg de Quadros, número, 666 no bairro do Centro, CEP: 83005-090, localizada na cidade de São José dos Pinhais no estado do Paraná e está sob o comando da diretora Célia Regina Owcvarzak.
	A instituição atende a um número total de 953 alunos, distribuídos da seguinte forma: no período da manhã 12 turmas compreendendo 3 do Ensino Fundamental e 9 do Ensino Médio; o turno da tarde oferece 14 turmas de Ensino Fundamental; já o noturno oferta 4 turmas de Ensino Médio.
A escola funciona nas modalidades de Ensino Fundamental de nove anos e Ensino Médio, organizados em três turnos de funcionamento compreendidos como matutino, vespertino e noturno. Todos os professores possuem pós graduação na área da educação.
Conforme Cordiolli (2011) as políticas educacionais são produtos da interação entre as ações governamentais e os diversos sujeitos educacionais. Os sujeitos que integram o espaço escolar são os alunos, os professores, a equipe pedagógica, a direção, os pais, os funcionários da secretaria, os funcionários da limpeza.
Pudemos observar que no período noturno haviam salas vazias e com problemas na estrutura, que poderiam ser utilizadas de várias formas, o que nos levou a questionar a gestão, que relatou a desistência de muitos alunos devido a vários fatores e falta de recursos financeiros. De acordo com Cordiolli (2011) As políticas educacionais e os gestores tem constantemente enfrentado problemas quanto ao acesso e permanência dos estudantes na escola e a disponibilização, aplicação e fiscalização de recursos financeiros, o que foi confirmado na escola visitada.
EDUCAÇÃO E ESCOLARIZAÇÃO NO BRASIL COLÔNIA – IDADE MÉDIA E RENASCIMENTO 
Como na Idade Média havia um monopólio da cultura e do pensamento por parte da Igreja Católica, a educação teve grande influência religiosa. Eram os integrantes da Igreja que estabeleciam o que deveria ser estudado, os conteúdos e os objetivos da educação. As escolas eram, portanto, associadas às instituições religiosas católicas. Embora controlada pela Igreja, a educação não ficou apenas no campo religioso, abrindo também espaço para o estudo das ciências, técnicas e habilidades.
De acordo com Gonçalves (2012) a ênfase educativa dada pela igreja foi a formação do homem de fé nos valores cristãos.
 
Principais objetivos da educação medieval
- Transmissão de técnicas adquiridas
- Formação religiosa
- Desenvolvimento da leitura e escrita do latim
- Desenvolvimento de habilidades como falar, refletir, pensar, debater e concluir.
As escolas eram para poucos, sobretudo para membros do clero. Podiam ser monacais episcopais e em alguns reinos, como de Carlos Magno.
No modo de existência feudal o trabalho não exigia educação escolarizada. O trabalho escolar na Idade Média era praticamente o Regime de Preceptoria, segundo Gonçalves (2012, p. 54) o aprendizado direto era forma mais comum de transmissão de conhecimento, por exemplo nas comunidades profissionais, com um aprendiz e seu mestre.
No Século XI ocorreu a Transição do Mundo Medieval ao Moderno: surgiu o renascimento urbano. De acordo com Gonçalves (2012, p. 57) o método escolásticos e o panorama educacional constituído na idade Média tiveram profundo significado para o Renascimento, mais marcado a partir do século XV. A vida se agita, o comérciose organiza, nascem as Universidades para a formação das elites.
Educação Jesuítica
Em 1599, chegaram os jesuítas com Pedagogia Brasílica e o Plano de Instrução elaborado por Nöbrega. De 1599 a 1759 com o plano de estudos Ratio Studiorum, a formação do homem de fé, instrução elitista, metafísica e universalista. Os jesuítas, com seu projeto educacional, tiveram papel fundamental na formação e organização do ensino em nosso país e atuavam em três frentes: educação elementar, secundária e ensino superior. A educação elementar era totalmente voltada para a catequização dos índios e filhos dos colonos, objetivava alfabetizar e catequizar, visando conseguir novos adeptos para a doutrina católica. Os estudos universitários visavam à formação profissional do homem, enquanto os cursos secundários tinham a finalidade de formar o humanista, o homem para viver em sociedade.	
Período Pombalino
No Período Pombalino, 1759 a 1808, ocorreu a expulsão dos Jesuítas e as Reformas Pombalinas diante das mudanças que se operavam, a secularização avançava nas visões de mundo, do homem e da ciência: a dualista ênfase cristã na supremacia do espiritual e transcendental sobre o material e concreto se invertia: o mundo físico tornava-se o foco predominante da atividade humana.
Conforme Gonçalves (2012, p. 75) os esforços desenvolvidos por Pombal visavam também eliminar resquícios arcaicos dos domínios portugueses e aproximar o reino português de outras nações, consideradas mais avançadas na época.
A chegada da família real favoreceu mudanças no panorama cultural e para uma transição política para a independência e o império.
	
HISTÓRIA, HISTORIOGRAFIA E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: RELAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES.
A definição sobre o que é o conhecimento histórico “válido” academicamente não foi sempre a mesma. De acordo com o conhecimento e a ciência houve várias respostas distintas. Marc Bloc (2001) foi um pensador que propôs uma das respostas, trata-se da escola dos annales. Os conhecimentos históricos ganharam força no campo historiográfico a partir da, primeiras décadas do século XX. Para Burke (1992), os historiadores contemporâneos encontram maneira de contemplar as novas proposições. Ele apresenta seis pontos da história tradicional que contrapõe a nova proposta. Como principal preocupação dos pesquisadores, destaca-se a de que não devemos buscar a verdade em história como se acreditava antes, considerando que os relatos sobre um evento histórico podem ser distintos, ou seja, não há como serem absolutamente objetivos. A compreensão de que não existe a verdade em história não implica que toda opinião ou “achismo” seja válido, nem que alguns eventos sejam incontestáveis. Embora com mudanças em suas proposições iniciais ao longo do tempo, pode-se afirmar que hoje a nova história, tem sido predominante na produção da história da história da educação. Porém essa preposição se refere somente ao período mais recente no Brasil. Faria Filho e Vidal (2003 p.1) relacionam a constituição desse campo de conhecimento a três pertencimentos: à tradição historiográfica do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil; às escolas de formação para magistério e à produção acadêmica entre os anos 1940 e 1970. A origem da história na educação como disciplina no campo da Pedagogia marcou a trajetória da história da educação no Brasil em vários aspectos. Nos anos 1980, a história da educação no Brasil começou a ser mais reconhecida e legitimada, devido a vários fatores. 
A escola dos annales, marcou o início da chamada história- problema. Essa expressão remete às questões colocadas pelos historiadores ao passado, com as novas proposições tem interesses distintos conforme a época, a formação, enfim, a cultura de cada um. Bloch exemplifica essa mudança a partir das origens do cristianismo. Na história da educação, no Brasil, é comum ouvirmos falar em pedagogia tradicional, relacionadas em sua origem jesuítas e a sua ação educativa no país. No que diz respeito aos períodos pesquisados, quanto mais recentes, maior quantidade de pesquisas. Nos tema examinados, identifica-se uma grande diversidade: sistema escolar, profissão docente, fontes e metodologias, estudos de gênero, livros e práticas de leitura, saberes escolares e ideias pedagógicas, além dos autores relatarem a dificuldade de criação de categorias que abranjam todos os trabalhos. “A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo que o homem escreve, tudo que fabrica, tudo que toca pode e deve informar sobre ele” (Bloch,2001,p.79).Ou seja as fontes de pesquisas devem ser uma busca dos historiadores. 
Podemos compreender documento a partir da citação de Bloch, ou seja: documento é todo registro ou testemunho do passado humano. O documento se torna fonte na medida em que alguém o seleciona e o interroga: ele será então fonte de informações – no caso, do historiador. Até pouco tempo atrás, quando não havia tantos instrumentos digitais, a fotografia era assumida como registro de uma realidade, mas hoje em dia esse tipo de fonte implica uma série de questionamentos. 
Sobre as fontes da escola, há uma discursão muito importante que ganhou força no Brasil nos anos de 1990: a proteção e preservação de arquivos escolares. Pesquisadores voltam-se aos arquivos e encontra, em geral, uma situação muito precária quanto a organização e guarda desses documentos. O sentido que lhes dão as escolas é “arquivo morto”. A legislação orienta a guarda somente de documentos que comprove o final do processo, como livros de ata e históricos escolares. E permite o descarte de outros registros, que muitas vezes são ignorados, em geral por desconhecimento. O termo educação é amplo abrangendo desde processos de socialização iniciais, como o âmbito familiar até aprendizagens mais formais, enquanto escolarização trata das orientações normativas, práticas, culturais e instituições escolares. 
CONCLUSÃO
Podemos concluir através da entrevista na escola estadual que as escolas enfrentam muitos problemas, principalmente os relacionados com a parte financeira, o que as impede de realizar o papel a mesma prescrito.
Também, que a análise da história do curso de pedagogia contribui para a compreensão das trajetórias e processos que constituem a atual dimensão das práticas docentes no contexto educacional.
A escola, como nós conhecemos, é um produto da Idade Média. A sua estrutura ligada à presença de um professor que ensina a muitos alunos de diversas procedências e que deve responder pela sua atividade à Igreja ou a outro poder (seja ele local ou não); as suas práticas ligadas à leitura e aos autores, a discussão, ao exercício, ao comentário e ao questionamento. As suas práticas disciplinares (prêmios e castigos) e avaliativas vêm daquela época e da organização dos estudos nas escolas monásticas e nas catedrais e, sobretudo nas universidades. Vêm de lá também alguns conteúdos culturais da escola moderna e até mesmo da contemporânea: o papel do latim; o ensino gramatical e retórico da língua; a imagem da filosofia, como lógica e metafísica. 
REFERÊNCIAS
GONÇALVES, Nadia Gaiofatto. Constituição Histórica da Educação Brasileira. Curitiba: InterSaberes, 2012.
CORDIOLLI, M. Sistemas de Ensino e Políticas Educacionais no Brasil.
Curitiba: Ibpex, 2011.

Continue navegando