Buscar

Apostila de Recusos Eletroterapêuticos Tipos de Correntes Elétricas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
Faculdade da Serra Gaúcha – FSG 
Curso de Fisioterapia 
Acad. Cássio Broilo   
  
 
Recursos 
Eletroterapêuticos 
  
 
 
 
 
 
 
2 
 
Recursos Eletroterapêuticos: 
 
1) CORRENTE GALVÂNICA 
2) CORRENTE DIADINÂMICA 
3) CORRENTE FARÁDICA  
4) CORRENTE INTERFERENCIAL 
5) ELETROESTIMULAÇÃO FUNCIONAL (FES) 
6) CORRENTE RUSSA 
7) TENS 
 
CORRENTE GALVÂNICA 
 
● Corrente contínua e unidirecional. 
● Corrente de baixa frequência ​(50 Hz) 
● Monofásica e Polarizada 
 
Efeitos fisiológicos 
● Produção de calor: O transporte da corrente elétrica através de íons                     
produz calor e sua intensidade tem relação direta com a resistência                     
específica do meio utilizado. 
● Vasodilatação: é devido à ação da corrente sobre os nervos                   
vasomotores, provoca uma hiperemia ativa. A hiperemia atinge também                 
estruturas mais profunda, por ação reflexa. Com isso há aumento da                     
irrigação sanguínea, acarretando maior nutrição tecidual profunda. 
● Aumento do metabolismo​: decorrente da vasodilatação e conseqüente               
aumento da oxigenação e substancias nutritivas na região tratada. 
● Aumento da ação de defesa​: com a vasodilatação e conseqüente                   
aumento da irrigação sanguínea, haverá um aumento de elementos                 
fagocitários (leucócitos, basófilos, neutrófilos, etc.) e anticorpos. 
 
Efeitos terapêuticos 
● Analgesia (pólo +) 
● Estimulação nervosa (pólo ­) 
● Antiinflamatório 
● Transtorno circulatórios 
● Iontoforese 
 
Técnicas administrativas 
a) Quanto menor for a área do eletrodo maior será a concentração de                       
energia. 
b) Aplicação: area do eletrodo x 0,15 ou 0,2 dependendo da sensação de                       
formigamento referida pelo paciente. Sendo valor seguro de 0,3 mA. 
c) Tempo de aplicação:​ normalmente dura em torno de “15 a 30” min. 
3 
d) A sensação de formigamento deve ser homogênea, não poderá se                   
concentrar em um só ponto do segmento tratado ou da placa. 
e) Inverter a polaridade após esse período (para evitar queimadura) 
 
Indicações 
● Processos inflamatórios 
● Processos álgicos (pólo +) 
● Lesões de nervos periféricos (pólo ­) 
● “alterações de sensibilidade” 
● Iontoforese 
● Transtornos circulatórios 
● Estimulação da irrigação sanguínea,etc 
 
Contra­indicações 
● Quando o paciente apresentar cefaléia, vertigens durante o tratamento 
● Quando o paciente apresenta irritabilidade cutânea 
● Marca­passo 
● Implantações metálicas no campo de aplicação 
● Locais com solução de continuidade 
 
Técnica geral de aplicação  
 
Convencional: 
 
Os eletrodos são acoplados na superfície do corpo, utilizando­se sempre um                     
meio para facilitar introdução da corrente: esponja, algodão ou feltro embebidos                     
em água quando o eletrodo for metálico; e ainda também utiliza­se “gel” quando                         
o eletrodo for de borracha de silicone. 
 
Aplicações clínicas 
 
­Artrite  ­ciatalgia  ­fibrose  ­tendinite 
­Artralgia  ­lombalgia  ­neuralgia do trigêmeo  ­bursite 
­Mialgia  ­distensão  ­Guillain­Barré  ­plegias 
­Neuralgia  ­artrose  ­Paralisia facial  ­hipoestesia 
 
Iontoforese 
● Técnica de tratamento que permite a introdução de medicamentos para                   
dentro do músculo 
● A iontoforese sempre é feita com a utilização de corrente contínua  
● Os eletrodos são molhados em uma solução iônica (com polaridade) 
● Lei de Du Fay: a polaridade da solução iônica deve ser a mesma do                           
eletrodo, para poder penetrar na pele e músculo. 
4 
● Molhar o eletrodo positivo (ou negativo) com a solução iônica positiva (ou                       
negativa) (para poder penetrar na pele), e o outro eletrodo somente com                       
água.  
 
Indicações 
A iontoforese é indicada principalmente em afecções, onde a atuação da                     
eletricidade e do fármaco se fazem necessário, principalmente afecções                 
cutâneas superficiais, em lesões de nervos periféricos, fraturas e contraturas,                   
nas artropatias reumáticas e traumáticas, em cicatrizes de tendência a quelóide                     
e até no tratamento coadjuvante de celulite e obesidade. 
 
Contra­indicado 
­Quando houver cefaléia, vertigens e colapso circulatório 
­Quando forem constatadas irritações cutâneas 
­Perda de sensibilidade 
­Paciente com dificuldade de compreensão da técnica 
­Áreas cardíacas 
 
CORRENTE DIADINÂMICA  
(Correntes de Bernard) 
 
● Correntes alternadas de baixa frequência ​(50 a 100 Hz) 
● Sinusoidais 
● Polarizada 
● Estimulação sensorial e motora 
● Efeito analgésico forte (pois penetra nos tecidos) 
● Aplicação de no máximo de ​12 minutos​ (pode dar queimadura) 
 
 
Tipos de corrente diadinâmica 
 
Corrente Monofásica Fixa: (MF) 
● Corrente contínua interrompida 
● Frequência de ​50 Hz 
● Pulso de ​10 ms​, conseqüentemente, entre um pulso e outro tem um                       
intervalo de ​10 ms. 
● Indicada para analgesia e estimulação do tecido conjuntivo, pois ela                   
aumenta o metabolismo  
● Utilizar de ​3 a 4 minutos 
● Produz contrações musculares pequenas 
● Esta forma de ondas também estimula diretamente a circulação, o que                     
pode ter um efeito benéfico em áreas pouco vascularizadas 
 
 
5 
Corrente Difásica Fixa: (DF) 
● Frequência de ​100 Hz 
● Utilizar de ​3 a 4 minutos 
● Pulsos​ também são de duração de ​10 ms​ porém, não tem intervalo. 
● Tem um forte efeito analgésico  
● Está indicado para tratamento inicial, antes da aplicação de outras                   
correntes. Também é indicada para o tratamento de transtornos,                 
circulatórios funcionais periféricos e transtornos vegetativos. 
 
Curtos Períodos: (CP) 
● É a monofásica fixa combinada com a difásica fixa (MF + DF) ora MF ora                             
DF. A duração de cada MF ou cada DF é longa, equivale a 1 seg.  
● Varia a frequência de ​50Hz para 100Hz 
● A CP aumenta de forma considerável o fluxo sanguíneo, o que                     
proporciona uma diminuição de diferentes origens, estados             
pós­traumáticos e alterações tróficas. 
● Está contra­indicada à aplicação nos dermátomos correspondentes aos               
órgãos viscerais, onde estiverem ocorrendo espasmos de musculatura               
lisa. 
 
Longos Períodos: (LP) 
● Sobre uma corrente monofásica fixa modular outra corrente monofásica                 
fixa que vai crescendo e decrescendo gradativamente.  
● Até descrever, leva 5 seg depois 10 seg só MF (alguns autores falam em                           
6 seg para as duas fases). 
● Nesta corrente o paciente não sente uma forma tão brusca de alternância                       
entre o período monofásico que cresce e decresce e o monofásico                     
simples. 
● A acentuada sensação vibratória do período monofásico simples e                 
alternada pelo efeito de sensação de fibrilação e formigamento do período                     
crescente/decrescente, que ascende e descende com relativa lentidão. 
● Caracteriza­se por um efeito analgésico particularmente favorável e               
persistente (mais duradouro que a DF). Presta­se para o tratamento de                     
mialgias. 
 
Corrente Ritmo­Sincopado: (RS) 
● É uma corrente MF com intervalo. A corrente MF dura 1 seg e o período                             
de pausa é de 1 seg. 
● Possui alto efeito dinamógeno. A sensação mais forte é de contração                     
muscular. É a corrente onde vai haver a estimulação de músculos                     
plégicos ou paréticos. 
● Está indicada para exercícios muscularesfarádicos locais. 
 
 
 
6 
OBS: 
1) Em todas as correntes (MF/DF/CP/LP), exceto RS, quando se                     
trabalha com diadinâmica utiliza­se uma corrente de base, que é uma corrente                       
contínua. Este controle aumenta a saída do componente galvânico da                   
diadinâmicas, e conseqüentemente os efeitos eletrolíticos 
 
2) Antes de usar as modulações LP e CP pode­se empregar primeiro                     
a DF. Pois sempre que as modulações LP e CP se experimentem                       
demasiadamente dolorosa, o tratamento com DF elevará o umbral de                   
sensibilidade fazendo com que as formas de ondas mencionadas se tornem                     
mais toleradas. 
 
3) Pode­se usar a corrente DF que é retirada e com frequência de 100                             
a 120 Hz para a introdução de íons medicamentosos no organismo. (iontoforese) 
 
Efeitos 
● Analgésico 
● Diamógeno ou efeito estimulante 
● Circulatório 
● Espasmolítico 
 
Técnica de aplicação 
● A intensidade de corrente se eleva em geral pouco a pouco, e deve                         
causar uma sensação forte, porém, não dolorosa. É preferível elevar o                     
umbral de excitação sensitiva (formigamento) e, às vezes, mais tarde, o                     
da excitação motora (contração), com a influência da corrente. 
● com intensidade suficiente de 2 a 3 mA. Logo se eleva pouco a pouco a                             
intensidade do componente diadinâmico respectivo. 
● Em geral, a ​intensidade de todas as formas de onda diadinâmicas                     
não supera os 12 a 15 mA. 
● O tempo terapêutico de um modo geral não deve exceder a ​12 minutos​. 
● Quando o tratamento for superior a 3 minutos, devemos inverter as                     
polaridades. 
 
 
Formas de Aplicação 
● pontos dolorosos: Neste caso coloca­se um eletrodo diretamente sobre                 
o ponto doloroso e de preferência que ele esteja conectado ap pólo                       
positivo do aparelho, e o outro próximo ao primeiro. Geralmente é                     
utilizado de forma bipolar (eletrodos com tamanho iguais) mas pode ser                     
monopolar (eletrodos com tamanhos diferentes, com o menor no ponto                   
doloroso). 
 
● tronco nervoso: No trajeto dos nervos periféricos (aplicação no tronco                   
nervoso). Ao tratar de enfermidade dos nervos periféricos, os eletrodos                   
7 
devem ser dispostos ao longo do respectivo nervo. A aplicação consiste                     
na fixação do eletrodo positivo sobre a raiz nervosa, e o negativo no                         
trajeto do nervo periférico. O paciente perceberá uma sensação de                   
fibrilação e formigamento na região da inervação sensorial do nervo                   
correspondente. Este tratamento só é efetivo em áreas onde os nervos                     
estão localizados mais superficialmente. Ex: neurite ulnar, sempre o                 
trajeto, ponto de Valleix. 
 
● paravertebral: (utilizada para dores a nível da coluna) Em ambos os                     
lados da coluna vertebral (aplicação paravertebral ou segmentaria).] 
 
● mioenergética: Dois eletrodos são colocados sobre cada extremo da                 
região do ventre muscular. Sobre o ponto motor: variação de aplicação                     
mioenergética, colocamos um eletrodo pequeno ativo sobre o ponto motor                   
de estimulação do músculo em questão. Técnica monopolar. 
 
● transregional ou transarticular (transversal​): Usa­se esta aplicação             
quando necessitar de passagem de corrente elétrica através de uma                   
articulação. Ex: dor no punho, tornozelo, punho. 
 
● aplicação vasotrópica: Em caso de transtornos circulatórios periféricos.               
Os eletrodos são colocados de acordo com o curso das correntes                     
vasculares. 
 
Indicação 
 
1) Afecções do aparelho locomotor 
● Distensões (luxações, subluxações) – CP 
● Contusões – CP 
● Distensões musculares – DF e CP 
● Periartrite umeroescapular – CP 
● Mialgias – DF e LP 
● Torcicolos, lumbagos – LP, CP e DF 
● Atrofias musculares – RS 
● Epicondilite – DF, LP e CP 
● Artrose articulares (extremidades) – LP, DF e CP 
● Osteocondrose da coluna vertebral – CP 
● Síndrome de sudeck (inicia o tratamento com DF, com pólo positivo na                       
região supraclavicular e o positivo na borda posterior do ECOM) – DF e                         
LP 
 
2) Transtornos circulatórios 
● Enfermidade de Raynaud – DF e CP 
● Transtornos circulatórios endageíticos (angeíte obliterante) e           
arterioscleróticos – DF, CP e LP 
8 
● Acrocianose ­ CP 
● Varicose – DF 
● Hemicrania e outras cefalgias (cefaléias) vasomotoras – DF 
● Estado pós­congelamento e queimaduras – CP 
● Edemas – CP 
 
3) Afecções dos nervos periféricos 
● Neuralgia do trigêmeo – DF e LP 
● Síndrome do ciático – DF, LP e CP 
● Neuralgia do occipital – DF e LP 
● Neuralgia dos nervos intercostais– LP e CP 
● Neuralgia glossofaríngea ­ CP 
● Herpes Zoster – DF e CP 
● Radiculopatias (síndrome cervical, síndrome cervicobraquial,         
lombosacralgia, etc) – DF, LP e CP 
● Paralisia facial – RS 
 
4) Transtornos funcionais vegetativos dos órgãos internos 
● Discinesias e estreitamentos anatômicos e espásticos dos condutos               
biliares (cálculos) – DF e CP 
● Gastropatias nervosa – DF e LP 
● Enteroptoses ­ DF 
 
Contra­indicação 
● Pacientes portadores de marca­passo 
● Endopróteses ou próteses endógenas 
 
CORRENTE FARÁDICA 
 
● Corrente alternada de baixa frequência ​(50 – 100 Hz) 
● Bifásica/despolarizada 
● Assimétrica e equilobrada 
● Tempo terapêutico de 5 minutos 
● Com duração de pulso de 0,1 a ms e com intervalos de 20 ms que tem                               
fins terapêuticos e diagnósticos. 
● Diferentemente da corrente galvânica, a corrente farádica não é                 
polaridade, isto é, não apresenta os pólos negativo e positivo. 
 
Efeitos fisiológicos 
● Estimula os nervos motores e sensitivos 
● Ocasiona contração do músculo, estimulando­o 
● Favorece o retorno venoso 
● Aumenta o aporte sanguíneo 
● Provoca ação metabólica 
9 
 
 
Efeitos terapêuticos 
● Aumento do tônus muscular 
● Manutenção da integridade da placa motora 
● Recuperação da capacidade de contração muscular 
● Descongestionante 
 
Indicações 
● Estimulação de nervos e músculos 
● Paresia 
● Hipertrofia por desuso 
● “Fraturas” 
● Edemas 
● Transplante tendinoso 
 
 
 
Contra­indicações 
● Áreas cardíacas 
● Neuromas 
● Espasticidade 
● Varizes trombosadas 
● Marca­passo 
 
Técnica de aplicação 
● A contração muscular não deve causar dor ou desconforto ao paciente. 
● Utiliza­se a corrente farádica para eletrodiagnóstico clássico. 
● A frequência de estímulos normalmente utilizada é de 20 contrações por                     
minuto (na técnica bipolar). 
● Deve­se ter cuidado com as alterações de sensibilidade, pois pode                   
administrar uma dosagem alta e lesionar estruturas mioneurais. 
 
CORRENTE INTERFERENCIAL 
 
● É o fenômeno que ocorre quando se aplicam duas ou mais oscilações                       
simultâneas no mesmo ponto ou série de pontos de um meio. 
● Frequência de 2000 Hz a 4000Hz  
● Quanto maior a frequência, menor a resistência da pele, melhor o                     
conforto do estímulo para o paciente. 
● Estimulação neuromotora 
● Correntes eletro­analgésica 
● Usada somente em condições não dolorosas 
 
10 
Propriedades fisiológicas 
● Frequência portadora: 2000 Hz 
● Frequência moduladora (AMF): 50 Hz 
● Obter efeito de profundidade: Quanto maior a frequência, menor é aresistência capacitiva tecidual, portanto com as correntes de média                 
frequência utilizadas para obtenção da corrente interferencial,             
consegue­se atingir níveis de profundidade maiores que na utilização                 
direta das correntes de baixa freqüência no modo convencional. 
 
Efeitos gerais 
● Analgesia 
● Estimulação muscular (frequência menor que 75 Hz) 
● Melhora da circulação 
● Relaxamento muscular 
● Diminuição da reação inflamatória (diminuindo a dor, o edema e o                     
espasmo muscular) 
 
 
Intensidade da corrente 
● Toma por base a sensação subjetiva da corrente na pele pelo paciente. 
● Fase aguda: dose mínima (mínima intensidade sentida na pele) – início                     
da sensação ​(100 a 150 Hz) 
● Fase subaguda: dose normal (sensação clara da corrente) – sensação                   
agradável. 
● Fase crônica: dose forte – no limite da tolerância ​(75 a 100 Hz) 
● frequência para analgesia:​ 4000 Hz 
● frequência modulada:​ 75 a 150 Hz 
 
 
 
OBS: ​À medida que a intensidade aumenta, o paciente sentirá uma sensação de                         
formigamento. Com uma intensidade maior, ocorrerá uma contração muscular.                 
Se a corrente for aplicada a uma intensidade suficiente elevada, o paciente                       
poderá sentir desconforto, ou dor. É provável que os efeitos sensitivos                     
originem­se entre 4 e 10 mA, e as respostas motoras entre 8 e 15 mA. 
 
Método de tratamento de acordo com a colocação dos eletrodos 
 
1) Técnica bipolar (dois pólos): O efeito da corrente interferencial se dará                     
contida entre os dois eletrodos a certo nível de profundidade. 
2) Técnica tetrapolar (quatro pólos): ​O efeito da corrente interferencial se                   
dará na área da soma vetorial entre os eletrodos. É aconselhável que os                         
eletrodos fiquem eqüidistantes. 
3) Técnica tetrapolar vetorial (vetor automático): Criada para aumentar a                 
área de tratamento e aumentar a região de efetividade de corrente. Nesta                       
11 
técnica há um deslocamento do vetor de modo automático, aumentando a                     
área de exposição da corrente interferencial. A realização desta técnica                   
consegue­se mudando a intensidade de uma das correntes de média                   
frequência. E isto é feito automaticamente pelo aparelho (escolhe­se o                   
modo ‘vetorar” ou vetor automático). É indicada para extensas áreas                   
lesionadas. 
 
Eletrodos 
 
Tamanho 
● Quando se trabalha com eletrodos de tamanho diferentes, há mudança                   
na interferência da corrente gerada. 
● Normalmente utiliza­se os de borracha de silicone ou os auto­adesivos                   
(próprios para articulações), entretanto podem ser utilizados os eletrodos                 
de lápis, para aplicações em pontos de dor, e a almofada de quatro pólos. 
 
Técnica de aplicação 
● Pontos dolorosos: Esta forma de aplicação de corrente interferencial é                   
mais adequada para se tratar pontos mais profundos, ou seja, quando o                       
ponto doloroso ou de aplicação se localiza em músculos, tendões, bursas,                     
etc. 
● Tronco nervoso (aborda­se o trajeto da via nervosa): O método de dois                       
pólos é muito adequado para este fim. Ao aplicar esta técnica de                       
tratamento é importante que o paciente sinta a irradiação acima da parte                       
afetada. 
● Paravertebral: Os eletrodos são colocados em volta da coluna vertebral                   
ou sobre ela, para os seguintes sintomas: dor local, dor cervical por                       
compressão, hipertonia dos músculos eretores do troco, etc. 
● Músculos: É usada quando a terapia pretende: tonificar a musculatura,                   
melhorar a circulação, fortalecer os músculos, relaxar a musculatura, etc                   
(técnica bipolar em origem e inserção) 
● Transregional (articular): Neste caso prefere­se o método de quatro pólos,                   
e se a dor for inespecífica ou difusa é proveitoso utilizar o modo “vetorar”                           
(vetor automático). 
 
OBS: 
  
● A área a ser tratada deve ficar entre os eletrodos, deve­se evitar que ela                           
fique sob os eletrodos, pois a ação da corrente e menor. 
● Se distanciamos demais os eletrodos, diminuiremos a eficácia da corrente                   
interferencial no ponto médio entre os eletrodos. 
● Os eletrodos devem ficar sempre um de frente para o outro tanto na                         
técnica bipolar como na tetrapolar 
● Na técnica tetrapolar, se um dos eletrodos desconectar, a interferência                   
deixará de existir, ou seja, se um dos eletrodos deixar de funcionar não                         
12 
teremos uma das correntes de média, não teremos superposição, e não                     
teremos interferência. Os 4 eletrodos precisam estar íntegros. 
● Evitar deixar a área a ser tratada na região central da interferência, pois                         
nessa região não há efetividade da corrente. 
 
Analgesia 
● Frequência: ​40000 Hz 
● AMF:​ 75 a 100 ­ crônico 
● AMF:​ 100 a 150 ­ agudo 
 
Slope 
● 1/1 Crônico 
● 1/5/1 Subagudo 
● 6/6 Agudo 
 
Tempo de aplicação 
● Aguda: 5 min a 10 min (curto) 
● Crônica: 10 min a 15 min (longo) 
 
Indicações 
● Dor (músculos, tendões, ligamentos, cápsulas, nervos) 
● Hipertonia / espasmos 
● Debilidade muscular 
● Transtornos circulatórios 
 
Contra­indicações 
● Tromboses 
● Marca­passo 
● Estado confusional (paciente psiquiátrico; incompetente) 
● Febre 
● Tumores (sobre o tumor) 
● Tuberculose 
● Falta de colaboração (paciente indisposto) 
● Implante metálico, caso o paciente sinta sensações desagradáveis 
● Região abdominal de útero grávido 
 
ELETROESTIMULAÇÃO 
FUNCIONAL (FES) 
 
A Eletroestimulação Funcional (FES) foi descrita como sendo a                 
estimulação de músculo, tanto lisos quanto estriados, que foram privados do                     
controle nervoso, com o objetivo de proporcionar contração muscular que                   
13 
produza um movimento funcionalmente útil. As contrações evocadas são obtidas                   
a partir de vários pulsos elétricos de pequena duração aplicados sob frequência                       
controlada.  
 
● FES é uma corrente alternada 
● Corrente pulsada (pois não podemos provocar uma contração no músculo                   
e manter por um longo período de tempo, pois ele vai fadigar) 
● Usado para trabalhar funcionalidade, e pacientes com problemas               
neurológicos, consegue recrutar mais fibras.  
● bifásica/despolarizada 
● assimétrica 
● equilibrada 
 
Parâmetros: 
● Contração efetiva: ​150 e 400 microssegundos  
● Pulso ​retangular​, trabalhando contração muscular 
● Frequência: ​20 a 50 Hz 
● Frequência baixa: ​fibra lenta (mais utilizado) 
● Frequência alta:​ fibra rápida  
 
Fases da Eletroestimulação do FES 
● Fase on: fase de ​contração​, é dividida em fase de ​subida​, ​sustentação                       
e ​descida  
● Fase off:​ fase de repouso 
 
Tempo de subida e descida: 
● 2s ​para sedentário e espástico 
● 0,5s​ para atletas 
● 2s​ de contração e ​4s​ de repouso para ​ADM 
● 2s ​de contração e ​6s​ de repouso para ​fortalecimento 
● 2s​ de contração e ​10s​ de repouso para ​espasticidade 
 
Posicionamento dos Eletrodos 
● Ponto motor e ventre muscular  
● Próximo do tendão 
 
Bases funcionais 
● Inibição funcional: Os reflexos flexores e extensores não podem ser                   
evocados simultaneamente. 
● Estimulação aferente: estimulação dos nervossensitivos 
● Estimulação eferente: estimulação dos nervos motores 
14 
 
Objetivos 
● Diminuição da espasticidade 
● Auxiliar a reorganização da atividade motora 
● Acelerar a recuperação do controle voluntário 
● Restituir por controle elétrico, movimentos simples e complexos 
● Substituição ortótica 
● Fortalecimento muscular 
 
Condições que dificultam a técnica 
● Discinesias 
● Síndromes hipertônicas graves 
● Irritação da pele 
● Obesidade 
● Aceitação do paciente 
● Escaras 
 
­  Falta de conhecimento da técnica pelo terapeuta. 
 
Critério de avaliação dos pacientes 
 
1. Capacidade de resposta à corrente FES: 
Os pulsos elétricos (T) utilizados na técnica FES são da ordem de                       
décimos milisegundos (0,2 , 0,5 , etc). Pulsos com esta ordem de grandeza, com                           
qualquer intensidade de corrente, apenas conseguem produzir contração               
muscular através do estímulo do nervo periférico. Doenças que acometem o                     
neurônio motor inferior (nervo periférico) não são elegíveis à técnica FES. As                       
moléstias que acometem a placa motora, também não podem ser tratadas por                       
esta metodologia (interferem na passagem do impulso nervoso para o músculo).                     
As miopatias que se caracterizam pela perda da capacidade de contração                     
muscular também não têm indicação de tratamento pelas correntes FES. 
 
2. Graduação da espasticidade 
Como a técnica FES tem objetivos funcionais, lança­se mão de uma                       
graduação baseada no efeito da espasticidade sobre a função a ser realizada,                       
existindo, desta forma, três níveis de graduação: 
● Grau 1 – o aumento do tônus é percebido ao exame, porém não interfere                           
na função. 
● Grau 2 – a espasticidade percebida ao exame interfere com a função. 
● Grau 3 – a espasticidade impede o desempenho da função. 
 
3.  Critérios de avaliação das articulações 
As articulações são avaliadas através da movimentação passiva e                   
quantificadas pela goniometria manual. 
 
15 
Indicações 
● Facilitação neuromuscular 
● Substituição ortótica 
● Controle da espasticidade 
● Paraplegias/paraparesias 
● Esclerose múltipla 
● Escoliose 
● Hipotrofia por desuso 
● Hemiplegia 
● Lesão medular 
● Paralisia cerebral (quanto à distribuição topográfica, os pacientes mais                 
beneficiados são os hemiparéticos e os paraparéticos). 
 
Contra­indicações 
● Eixo do marca­passo 
● Sobre o seio carotídeo 
● Sobre a área cardíaca 
● Espasticidade grave 
● “lesão nervosa periférica” 
 
FES em hemiplegia ​(AVE) 
A hemiplegia pós­acidente vascular cerebral é uma das formas mais                   
frequentes de incapacidade. Em relação aos aspectos motores, a paresia                   
espástica, a perda da seletividade do movimento, as retrações                 
músculo­ligamentares e as deformidades são problemas que podem ser mais                   
bem tratados com a inclusão de técnica FES no arsenal de recursos                       
terapêuticos utilizados no processo reabilitativo. 
 
a) Objetivos da técnica FES em pacientes com hemiplegia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Metodologia 
    De uma forma didática, a aplicação pode ser classificada de dois modos: 
 
● recurso de recondicionamento muscular 
● recurso ortésico 
 
16 
c) FES e recondicionamento muscular 
● Membros superiores: ​os grupos musculares mais frequentes estimados               
com objetivos de recondicionamento funcional são: deltóide, tríceps, e os                   
extensores de punho e dedos. 
 
● Membros inferiores: ​O recondicionamento mais frequente é dirigido a                 
três grupos musculares: quadríceps, ísquios tibiais, e dorsiflexores. 
● contração evocada rítmica – a técnica de produção de contrações                   
evocadas dos dorsiflexores de forma rítmica é utilizada nas fases iniciais                     
do tratamento, quando o paciente não tem condições de assumir a                     
posição ortostática e tem como objetivo a manutenção de representação                   
corporal do segmento paralisado, e a prevenção da enfermidade em                   
eqüino. 
● contração evocada por disparador – O disparador – um dispositivo                   
semelhante ao utilizado nos jogos de videogame, permanece na mão do                     
terapeuta que vai aciona­lo no momento em que o paciente inicia a fase                         
da passagem. O estímulo elétrico produz a dorsiflexão e permite a                     
diminuição do padrão ceifante da marcha do hemiplégico. Quando inicia a                     
fase de apoio, o terapeuta desliga a fonte produtora do estímulo após o                         
calcanhar atingir o solo. 
 
d)  FES como uso ortésico na hemiplegia (FES de palmilha) 
A utilização da técnica FES como órtese funcional em pacientes                   
hemiplégicos frequentemente é restrita ao controle da articulação do tornozelo. 
Um pequeno aparelho gerador de correntes é fixado na cintura do                     
paciente e os eletrodos são aplicados na projeção do nervo ciático poplíteo                       
externo (cabeça da fíbula) e/ou no próprio músculo. Os estímulos são gerados                       
de forma contínua, sendo interrompidos por uma chave acoplada a uma palmilha                       
colocada no calçado do paciente. 
Esta órtese funcional produz o controle da dorsiflexão do pé. Quando o pé                         
está apoiado ao solo, permanece desligada, por ação de chave da palmilha,                       
permanecendo ativa durante toda a fase de passagem da marcha, sendo                     
desligada novamente assim que o calcanhar atinge o solo. 
 
FES em lesão medular 
 
a) critérios de seleção dos pacientes:  
Os pacientes com lesão medular de qualquer etiologia, para serem elegíveis à                       
aplicação da técnica FES, não podem ter acometimento do neurônio motor                     
inferior. Habitualmente, as lesões acima do nível L1/L2 têm esta característica, o                       
que permite o estímulo elétrico aplicado ao nível do nervo periférico produzir                       
contração muscular com finalidades funcionais. Pacientes com lesões abaixo                 
deste nível, porém do tipo incompleto, podem ser incluídos no programa se a                         
resposta motora evocada a partir de gerador de correntes for satisfatória. 
17 
As deformidades em flexão­adução dos quadris ou eqüinismo dos pés,                   
frequentes nos pacientes com lesão medular, desde que moderadas, não são                     
fatores de inelegibilidade, assim como escaras em tratamento que não estejam                     
comprometendo o estado geral do paciente ou situadas em zonas de apoio na                         
posição ortostática. 
  
b)  Fases de tratamento:  
O programa de recuperação motora em pacientes com lesão medular é dividido                       
em quatro fases: 
● recondicionamento muscular; 
● transferência da posição sentada para a de pé; 
● treinamento da posição ortostática; 
● treinamento da deambulação. 
 
CORRENTE RUSSA 
 
● É uma corrente alternada (sinusoidal) de média frequência 
● Este tipo de corrente permite aplicação de alta amperagem, em torno de                       
100 mA. 
● Frequência portadora de 2500 a 4000 Hz 
●  
 
Propriedades das Unidades Motoras Tônicas e Fásicas 
TÔNICAS  FÁSICAS 
Fibras vermelhas  Fibras brancas 
Inervadas por fibras “A alfa 2” (alfa             
tônica) 
Inervadas por fibras “A alfa 1” (alfa             
fásica) 
Frequência tetânica de 20 a 30Hz  Frequência tetânica de50 a 150Hz 
Fadiga tardia  Fadiga rápida (tetânica) 
Capilaridade ótima  Capilaridade pobre 
Chamadas de fibras estáticas ou         
musculares 
Chamadas de fibras rápidas ou         
contração rápida 
Filogenéticamente velha  Filogenéticamente jovem 
Maior quantidade de ATPase  Menor quantidade de ATPase 
 
Comportamento clínico da musculatura 
 
Tipos de Fibras: 
● Tipo I: fibras ​vermelhas​, de contração lenta​, muito ​resistentes​, de 30 a                       
40 Hz 
● Tipo II A: fibras ​brancas​, contração ​rápida e usadas em momentos de                       
explosão, ​muito ​resistentes, de 80 a 150 Hz 
18 
● Tipo II B: fibras ​acinzentadas​, contração ​rápida e usadas em momentos                     
de explosão, ​pouco ​resistentes, de 80 a 150 Hz 
 
OBS: Para trabalhar ​somente contração​, usamos um frequência de 50 Hz,                     
trabalhando tanta fibra lenta quanto rápida 
a) musculatura pálida (A) “branca” 
É a principal responsável pela flacidez e perda de tônus. Cansa­se com                       
facilidade e não tolera contrações prolongadas. Só é trabalhada com exercícios                     
extenuantes e realizados numa frequência muito rápida. Assim, costuma ser a                     
primeira a se atrofiar. 
Possui rápida velocidade de contração, entre 60 ms, mas com                   
fadigabilidade precoce. 
 
b)  musculatura vermelha (C) 
Praticamente “não necessita ser trabalhada”. Basta ficar de pé para                   
exercita­la (musculatura estática). Resistente e dinâmica, suporta intensa               
atividade e têm grande capacidade de contração, o que permite, aliás, a                       
movimentação de todo corpo. 
Possui lenta velocidade de contração, entre 50ms e 80ms, mas com                     
fadigabilidade tardia (fibras que suportam atividades por períodos prolongados). 
 
OBS: ​1. As unidades motoras tônicas são ativadas primeiramente, ao se                     
produzir um movimento, e seu potencial de ação está em torno de –70mV; 
2. As unidades Motoras fásicas são ativadas quando o movimento                   
requerer um esforço suplementar, e seu potencial de ação está em torno de                         
–90mV. 
3. O neurônio “A alfa 1” tem um axônio mais grosso, conseqüentemente,                          
sua velocidade condutora é maior. Isto é muito importante para as fibras                       
musculares fásicas, pois realizam uma força de explosão de curto prazo;                     
adicionam força ao movimento vigoroso; são as primeiras a entrarem em                     
atividade quando se exige uma reação inesperada e rápida do músculo. 
 
Plasticidade do tecido conjuntivo muscular 
Estímulos elétricos sobre os motoneurônios mudaram as características               
de algumas fibras fásicas que passaram a agir como fibras tônicas, ou                       
vice­versa, ou seja, interferindo sobre os motoneurônios podemos interferir                 
sobre as fibras musculares. Em geral a transformação de fibras musculares                     
fásicas em tônicas transcorre com maior facilidade que o caminho inverso. 
A partir daí existiu uma facilidade da “transformação” de fibras fásicas em                       
tônicas através de mudanças em seus potenciais. 
 
Modificação na composição muscular (Swynghedauw – 1986) 
● Frequência baixa – 20 Hz a 30Hz – boa estimulação para transformação                       
de fibras fásicas em tônicas. 
19 
● Frequência alta – 150 Hz – boa estimulação para transformação de fibras                       
tônicas em fásicas. 
 
OBS: ​Mudanças que podem ocorrer com a utilização da Corrente Russa: 
● mudanças na capilaridade 
● mudança na característica de resposta do motoneurônio 
● redução na velocidade de condução 
● aumento da excitabilidade 
 
Conclusão: Dependendo da frequência adotada na estimulação, as fibras                 
fásicas podem adotar comportamento e características de fibras tônicas, e isto                     
poderia ser mantida se mantivesse a estimulação e a função do músculo. 
 
Características da Corrente Russa 
Este tipo de corrente foi construído exatamente baseada nos tipos                   
musculares existentes (tônicas e fásicas). 
É uma corrente alternada, com frequência entre 2500 Hz e 5000 Hz                       
(média frequência). 
Permite o uso de amperagem elevada (acima de 100 mA), pois é uma                         
corrente de média frequência, ou seja, mais agradável e não possui efeitos                       
polares sobre a pele. 
  
Especificações técnicas da Corrente Russa  
● frequência portadora – 2500 Hz (corrente de média frequência que vai                     
gerar a corrente para estimulação) 
● porcentagem do ciclo ­ 20% ­ 30% ­ 50% 
 
OBS: ​Quanto maior a porcentagem de corrente de corrente dentro do ciclo, mais                         
agressiva ou com maior intensidade o paciente vai sentir a corrente (a escolha                         
vai depender do estado de saúde, fase da doença, etc.) 
● Frequência de modulação – 0 a 150 Hz (quantos ciclos ter­se­á numa                       
unidade de tempo ­ nº de ciclos por segundo). 
 
OBS: A modulação da frequência vai obedecer a característica da fibra (fásica                       
ou tônica) e a porcentagem do ciclo vai obedecer a situação do paciente (estado                           
de saúde, fase da doença). 
● intensidade – a máxima suportável (0 a 140 mA, podendo variar até 200                         
mA) 
● Tempo de subida – 2ms 
● Tempo de contração – 0 a 30 seg. 
● Tempo de descida – 1 ms 
● Tempo de repouso – 3 a 30 seg. 
 
Utilização Terapêutica  
● Incremento da força muscular 
20 
● Modificação do tecido muscular 
● Melhorar a estabilidade articular 
● Melhorar o rendimento físico em esporte de alto nível 
● Manter a qualidade e quantidade do tecido muscular 
● Aumentar a circulação sanguínea no músculo 
● Recuperar a sensação da contração nos casos de perda de                   
sinestesia.  
 
OBS: Comparando­se a estimulação da musculatura com a utilização da                   
Corrente Russa e o FES, no tocante ao fortalecimento muscular observou­se                     
que a estimulação com a Corrente Russa era mais efetiva, pois por ser de média                             
frequência a corrente penetra mais no tecido muscular estimulando um maior                     
número de fibras musculares que o FES (baixa frequência – 190 Hz). 
 
Vantagens 
● Se consegue ativar 30% a 60% a mais das unidades motoras com a                         
Corrente Russa que nos exercícios comuns e tratamentos convencionais. 
● O aparelho consegue trabalhar toda musculatura, inclusive zonas               
consideradas difíceis de serem atingidas com eletroestimulação             
convencional, como os glúteos e o reto­abdominal. 
● Melhora à curto prazo 
● Melhora da estabilidade articular durante a fase de mobilização 
 
Seleção do Tipo de Corrente 
 
Parâmetros a serem seguidos: 
● Tipo de músculo a ser tratado 
● Exigir o máximo em todas fases do tratamento 
● O tipo de corrente deve ser o mais agradável possível 
● O músculo que se vai trabalhar deverá está normal, e o nervo motor                         
intacto 
● Evitar, dentro do possível a adaptação (acomodação) do nervo motor 
 
OBS: ​Não são aconselháveis aplicações de longa duração, pois por ser uma                       
corrente de média frequência a partir de determinado momento irá inibir a fibra                         
motora por adaptação (acomodação). O ideal é de 15 a 20 min por sessão                           
apenas. 
  
Modificações na composição da fibra muscular 
Temos constatado que a composição das fibras musculares se modificaao ser exposta a um período prolongado de excitação produzida por correntes                       
elétricas. Esta modificação depende principalmente da frequência com que se                   
despolariza o nervo motor por meio da corrente elétrica. 
Na maioria dos casos, se reduz a velocidade de contração das células                       
musculares. Com esta modificação a fibra muscular adquire a função ou a                       
21 
característica de fibra tônica, que nem sempre é desejado, principalmente                   
quando se necessita de função dinâmica do músculo. 
A modificação é reversível desde que, passemos a trabalhar estes                   
músculos com funções mais dinâmicas. 
 
A ação da Corrente Russa na musculatura ainda permite: 
● fortalecimento do músculo sem que produza modificação da fibra                 
muscular; 
● fortalecimento do músculo com o objetivo de modificar a composição da                     
fibra muscular; 
● excitação subliminar prolongada para modificar a composição da fibra                 
muscular, sem fortalecimento do músculo 
 
Riscos terapêuticos 
● Evitar dor muscular 
● Cuidado com a amplitude articular nas contrações isotônicas nos casos                   
de bloqueio articular 
● Certificar­se que não há lesão em músculos, tendões, ligamentos e                   
fáscias 
● Modificações não desejadas na composição da fibra muscular. 
 
Indicações 
● Fortalecimento em condições patológicas 
● Fortalecimento no esporte de alto nível, tais como: 
a) aumentar a capacidade de “sprint” 
b) aumentar a capacidade de salto 
c)aumentar a capacidade de resistência 
 
● Estabilização da coluna vertebral 
● Estabilização de articulações 
● Incontinência esfincteriana 
● Estética 
 
Contra­indicações 
● Lesões musculares, tendinosas e ligamentares (absoluta) 
● Inflamações articulares em fase aguda 
● Fraturas não consolidadas 
● Espasticidade 
● Miopatologias que impeçam a contração muscular fisiológica 
● Lesão nervosa periférica 
 
 
 
 
22 
TENS 
 
● É uma técnica de neuroestimulação sensorial superficial, de               
características não invasivas e não lesivas utilizadas no tratamento da                   
dor. 
● É uma corrente alternada de baixa frequência. 
 
Classificação da fibra nervosa sensitiva 
 
CATEGORIA  EFERENT
E 
AFERENT
E 
VELOCIDADE DE   
CONDUÇÃO (MS) 
DIÂMETRO DA   
FIBRA EM MICRA 
Fibras de   
grosso 
calibre 
A – alpha 
A – beta 
A ­ gama 
I 
II 
II 
70 – 120 
50 – 70 
30 – 50 
12 – 22 
5 – 12 
5 – 12 
Fibras de fino     
calibre 
A – delta 
dor rápida 
III  < 30  2 ­ 5 
Fibras de fino     
calibre 
C 
Dor lenta 
IV  < 3  0,1 – 1,3 
 
 
OBS:  
● As fibras A – alpha (I) são fibras que conduzem tato e pressão; são fibras  
grassas e mielinizadas. 
● As fibras A – delta (III) são fibras finas e mielinizadas (tracto                       
espinotalâmico – localiza a dor com clareza) 
● As fibras do tipo C são fibras de fino calibre e amielínicas (tracto                         
espinoreticular – não localiza a dor com clareza) 
 
Mecanismo de ação do TENS 
 
a) Teoria das Compotas: 
A teoria das compotas foi estipulada por níveis medulares. Esta teoria                     
estabelece, que pela medula entram informações pelas fibras de grosso calibre                     
(tato e pressão) e pelas fibras de fino calibre (sensação de dor). 
Quem determina o que passa entre as fibras de grosso calibre é uma                         
substância chamada ​Substância Gelatinosa de Rolando​ (Portão da dor). 
A substância gelatinosa de Rolando faz o mecanismo conhecido como                   
“INIBIÇÃO PRÉ­SINÁPTICA” – funciona como se fosse um gatilho controlador                   
(filtra as informações que chegam através das fibras de grosso calibre e de fino                           
calibre). 
Para a teoria das compotas o “sentir” ou “não sentir” dor seria                       
determinado pela maior quantidade de impulsos que chegam pelas fibras de                     
grosso calibre ou pelas fibras de fino calibre. 
23 
Chega­se informação pelas fibras de grasso calibre, ocorrerá um efeito                   
facilitatório sobre a Substância Gelatinosa (Portão da dor), gerando um                   
mecanismo inibitório sobre as fibras de fino calibre (dor) que fecha a “porta” para                           
estimulação dolorosa. Se a informação for maior nas fibras de fino calibre (A –                           
delta ou C) elas tendem estabelecer uma conexão com a Substância Gelatinosa,                       
inibindo­a, abrindo a porta para estimulação dolorosa. 
Ou seja, se passarem mais impulsos pelas fibras de grosso calibre haverá                       
um efeito facilitatório nas comportas, proporcionando um mecanismo de                 
“fechamento” para a passagem dos impulsos dolorosos (fino calibre). 
Se chegarem mais impulsos pelas fibras de fino calibre, haverá um efeito                       
inibitório nas comportas, e teremos a  passagem da sensação dolorosa. 
 
 
b) Peptídios opióides endógenos: 
Pesquisadores demonstraram um aumento nos peptídios opióides             
(encefalina e endorfina) no LCR diante de uma estimulação nervosa                   
transcutânea. 
Obs: Pesquisas realizadas, que mostraram o alívio da dor tendo como                     
mecanismo de liberação de endorfina que possuía maior tempo do alívio                     
dolorosos após o uso do TENS. 
 
Deve­se dirigir a atenção para o TENS de onda bifásica assimétrica                     
(retangular modificada), que é aquele mais encontrado no mercado nacional. 
Os controles de T (Tempo ou Duração) e R (Frequência) são numerados                       
no aparelho, normalmente, de 1 a 10 (alguns de 1 a 9). Os tempos envolvidos                             
podem ser avaliados por tabelas de correspondência. 
 
Controle de T​ (tempo em microsegundos): 
Este controle programa o tempo de duração de pulso, cuja a gama vai,                         
aproximadamente, de 82 a 350 (ou 35 a 365) microsegundos, dependendo do                       
aparelho. 
 
Controle de F​ (tempo em milesegundos): 
Este controle programa o tempo entre um pulso e outro, ou seja, a                         
frequência  de repetição dos pulsos.  
Permite uma repetição de aproximadamente 6 pulsos/segundo até 200                 
pulsos/segundos, correspondente a uma faixa de frequência de 6 a 200 Hz (ou 1                           
a 150 Hz). 
 
Intensidade: 
Parâmetro subjetivo, que depende da sensibilidade do paciente. Não                 
existe uma escala. Trabalha­se com o limiar doloroso (varia de 10 a 80 mA) 
Se mesmo com o controle na posição máxima de intensidade não houver                       
potência suficiente, deve­se aumentar progressivamente o controle de T. 
 
24 
Modo (tipos) de TENS  
● Convencional 
● Do tipo acupuntura 
● Burst 
● Breve e intenso 
 
a) Tens convencional (mínimo 40 a 50’) – Dor aguda 
● Frequência de pulso:​ ALTA (50 a 100 Hz) 
● Duração do pulso: 40 a 100 microAmpéres (estreito) 
● Intensidade: Confortável alta (10 a 30 mA) 
● Início do alívio: 20’ 
● Duração do alívio: 20’ á 2 h 
● Sensação: Parestesia sem contração muscular 
 
b) Tens acupuntura – dor crônica 
● Frequência de pulso: BAIXA (1 a 4 Hz) 
● Duração de pulso: 150 a 250 microAmpéres (largo) 
● Intensidade: forte, no limite do suportável (30 a 80 mA) 
● Início do alívio: 20’ à 30’ até uma hora 
● Duração do alívio: 2 a 6 horas 
● Sensação: Contrações musculares rítmicas (visíveis) 
 
c) Tens breve e intenso (alívio imediato) 
● Frequência de pulso: ALTA (100 a 150 Hz) 
● Duração do pulso: 150 a 250 microAmpéres (largo) 
● Intensidade:Forte, ao nível de tolerância (30 a 80 mA) 
● Início do alívio: 10’ á 15’ 
● Duração do alívio: pequena, apenas durante a estimulação 
● Sensação: Fasciculações musculares não rítmicas, ou contrações             
tetânicas. 
 
d) Tens Burst ou Tens de pulso 
● Frequência de pulso: alta (70 a 100 Hz)  
● Frequência de modulação –1 a 8 Hz , pode vir modulada em valores fixos                           
e com variação durante a terapêutica 
● Duração do pulso: 150 a 200 microAmpéres (largo) 
● Intensidade: variável de forte a fraco (30 a 60 mA) 
● Início do alívio: 10’a 30’ 
● Duração do alívio: 20’ à 6 horas 
● Sensação: contrações musculares rítmicas acompanhadas de           
parestesias. 
 
Indicações 
● Dor aguda (F  e I↓) 
● Dor crônica (F↓ e I ) 
25 
● Fraturas 
 
Contra­indicações 
● Pacientes com marca­passo 
● Problemas cardíacos 
● Dores não diagnosticadas 
 
Precauções 
● Grávidas 
● Aplicação sobre os olhos e boca 
● Aplicação sobre a parede anterior do tórax em pacientes com problemas                     
cardíaco 
● Sem nível intelectual 
● Crianças 
● Cabeça ou face 
 
Técnica de aplicação 
 
1. Eletrodos: 
 
Eletrodos de borracha de silicone: 
● deve­se trocar os eletrodos a cada 6 meses, pois altera a propagação dos                         
impulsos 
● cuidado com a ruptura dos eletrodos 
● deve­se utilizar gel ou algodão embebido, para melhorar a condução                   
elétrica. Aplicar de maneira uniforme. 
 
Eletrodos auto­adesivos 
● limpar a pele antes de acopla­lo 
● umedece­los e guardar na geladeira após o uso 
● não retirar­lo da pele puxando pelo fio 
 
O posicionamento dos eletrodos é um dos fatores mais críticos que pode                       
influenciar no sucesso do tratamento. Para que uma área do corpo seja eletiva                         
para a estimulação, devemos saber que está área selecionada deve estar                     
anatomicamente ou fisiologicamente relacionada à fonte de dor. 
 
2. Áreas de utilização dos eletrodos: 
● sobre os dermátomos 
● sobre os miótomos 
● sobre os pontos de acupuntura 
● sobre os pontos motores 
● sobre um trigger points 
 
 
26 
 
 
3. Disposição dos eletrodos: 
 
a) Colocação geral dos eletrodos: 
● estimulação dos pontos motores, de acupuntura e gatilho. 
● Estimulação da região dolorosa 
● Estimulação do dermátomo 
● Estimulação da medula espinhal 
● Estimulação do trajeto do nervoso 
 
b) Colocação particular: 
● Uni ou bilateral 
● Colocação proximal 
● Colocação distal 
● Colocação linear 
● Colocação cruzada 
● Miótomo relacionado á dor 
● Bracelete 
● Colocação trans­craniana ou transcerebral 
 
Frequentemente os eletrodos são colocados no próprio local da dor.                   
Algumas vezes o quadro doloroso pode ser delegado se a origem da dor estiver                           
na área sob os eletrodos. No entanto, podemos estar diante de uma dor referida;                           
ou seja, embora a dor seja referida pelo paciente em determinada área, seu                         
lugar de origem, na verdade, está à distância. 
Mesmo que localizemos o verdadeiro local de produção da dor, o                     
tratamento terá um melhor rendimento se estimularmos todo o dermátomo. 
É comum, depois de algum tempo de iniciado o tratamento, o paciente                       
referir que a intensidade dos estímulos diminuiu. Isto se dá em função de um                           
bloqueio inicial ao estímulo da dor. Neste caso, a intensidade poderá ser                       
aumentada no mesmo atendimento. 
O paciente pode ter alívio completo da dor, ter algum alívio, ou não                         
demonstrar qualquer melhora com a utilização da TENS. Este fato fará com que                         
o fisioterapeuta se disponha a pesquisa melhor a causa do quadro álgico, para                         
melhor interferir no processo de sua geração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
ESTUDOS DE CASO 
 
Orientações 
 
Para todos os casos, vocês deverão elencar:  
­ O tipo de corrente a ser utilizada e porque é a mais adequada                         
(caso agudo, crônico, analgesia,...) 
­ O tipo específico de tratamento, quando uma mesma corrente                 
tiver mais que um;  
­ Os parâmetros adequados (frequência, largura do pulso,             
tempo...) 
            Tipo, colocação dos eletrodos, quantidade de canais....  
 
1) Paciente J. L., 62 anos, sexo feminino, hérnia de disco lombar em L4­L5,                           
refere dor intensa tanto em repouso quanto em movimento, em todo o membro                         
inferior D e na região lombar, também à direita, há dois dias.  
 
a) Você resolve aplicar TENS para analgesia. Qual o tipo mais indicado para                         
esta situação?  
b) No dia seguinte, paciente refere que não teve alívio do quadro doloroso. Qual                           
outro recurso você utilizaria?  
 
2) Paciente H. G., 65 anos, sexo masculino, hérnia de disco lombar em L5­Sl,                           
refere dor moderada há 6 meses na região lombar esquerda e na região                         
posterior da coxa E. Você resolve aplicar TENS para analgesia.  
 
a) Qual o tipo mais indicado para esta situação? 
b) Cite outro recurso eletroterapêutico que também poderia ser utilizado nesta                     
situação.  
 
3) Paciente S. M., 28 anos, sexo masculino, agricultor, relata ter trabalhado                       
carregando peso nos últimos dois dias. Chega em seu consultório relatando dor                       
em queimação na região cervical e cintura escapular. Em seu exame clínico                       
você identifica pontos de contratura muscular em escalenos, trapézio,                 
esternocleidomastoideo e romboides, bilateralmente. Você resolve aplicar TENS.  
28 
 
a) Qual tipo você utilizaria?  
b) Cite outra corrente que também poderia ser utilizada nesta situação.  
 
4) Paciente F. G., 22 anos, sexo masculino. Sofreu acidente automobilístico há 3                         
meses, lesionou parcialmente plexo braquial. Refere dores agudas e intensas na                     
região do ombro e porção medial do braço e antebraço. Qual recurso de                         
eletroterapia você elegeria para analgesia?  
 
 
5) Paciente S. B., sexo feminino, 49 anos. C.A. de mama há 4 anos com                             
metástases ósseas em região do esterno e coluna torácica, no momento                     
realizando tratamento conservador de cuidados paliativos em casa. Quadro                 
álgico intenso e persistente, mesmo com medicação. Você é chamado para                     
atendimento domiciliar. Qual recurso de eletroterapia para analgesia você                 
utilizaria?  
 
6) Paciente W.Y., 29 anos, sexo masculino, paraplégico, escarra de decúbito em                       
região sacral. Qual corrente de eletroterapia você utilizaria para acelerar o                     
processo de cicatrização?  
 
7) Paciente F. T., 45 anos, sexo masculino, tendinite de flexores de punho D,                           
apresentando edema, hiperemia e dor intensa no local e tendinose de flexores                       
de punho E, apresentando diminuição da função e dor moderada há alguns                       
meses. Estas lesões foram provenientes de LER. Você possui 2 correntes                     
eletroterapêuticas: TENS e galvânicas. Como você utilizaria cada uma delas em                     
cada um dos membros?  
 
8) Paciente H. U., 38 anos, advogado, sexo masculino. Apresenta uma                     
cervicalgia por atitude postural, no momento apresentando dor intensa. Você                   
possui, para analgesia, apenas dois tipos de correntes polarizadas. Diga comofaria o tratamento deste paciente com cada uma destas correntes no presente                       
momento (curto prazo) e daqui a 15 ( médio prazo), quando o paciente já estiver                             
referindo um quadro álgico menos intenso.  
 
9) Paciente R. Y., 57 anos, P.O. de 2 dias de prótese de ombro E. No momento,                                 
apresenta dor intensa ao movimento e moderada em repouso, e edema e                       
hiperemia leves em região cirúrgica. Qual corrente você utilizaria nesta                   
situação?  
29 
 
10) Paciente U. I., 79 anos, sexo feminino, artrose severa de joelhos, relatando                         
dor moderada, porém constante. Utilize uma corrente de baixa e uma de média                         
frequência para analgesia e diga qual a mais eficaz, na sua opinião, e porquê.  
 
11) Paciente, 62 anos, P.O. de prótese de quadril D. Está com um edema                           
moderado em todo membro inferior D e dor moderada na região da cirurgia                         
(quadril).  
 
a) Você resolve utilizar uma corrente para estimular contração muscular e                     
melhorar o bombeamento do edema no início de seu atendimento. Qual?  
b) Além disso também quer utilizar uma corrente para analgesia do quadril.                       
Qual?  
 
 
 
12) Paciente 26 anos, paraplégico com lesão medular lombar incompleta.                   
Realiza marcha com andador, com muita dificuldade. Precisa de estímulo para                     
melhorar extensão de joelho e dorsiflexão. Qual corrente você utilizaria?  
 
13) Paciente, 13 anos de idade, quadriplegia espástica por paralisia cerebral.                     
Tem padrão flexor de membros superiores. Necessita melhorar função para                   
alcance de objetos. Qual corrente você utilizaria?  
 
14) Paciente, 22 anos, sexo feminino, atleta profissional de vôlei, sofreu                     
estiramento muscular posterior de coxa. No momento, já se encontra na fase de                         
cicatrização, e, para retornar à atividade, necessita ganhar força e hipertrofia.                     
Qual recurso de eletroterapia você utilizaria?  
 
15) Paciente, 56 anos, sexo feminino. Sofre queda e, após exame ecográfico,                       
constatou­se estiramento muscular de glúteo médio e minimo D. No momento,                     
quadro álgico intenso. Qual corrente você utilizaria?  
 
16) Paciente, 28 anos, sexo feminino, saudável, quer melhorar aspecto estético                     
de abdômen e coxa (porção anterior). No seu exame você constata flacidez                       
muscular. Qual corrente você utilizaria?  
 
17) Paciente, 42 anos, trabalhador da metalúrgica, sexo masculino. Tem duas                     
hérnias de disco em L4­L5 e L5­S1. Além disso, tem LER: flexores e extensores                           
30 
de punho e cotovelo D. Apresenta dores intensas el ambos locais no momento.                         
Eleja uma corrente eletroterapêutica para: 
 
a) Analgesia imediata de coluna lombar e MSD; 
b) Analgesia quando a dor estiver de leve à moderada;  
c) Em uma situação ideal: você acha que seria importante ganhar força e                         
hipertrofia do MSD, na fase mais fina] de recuperação da LER? Se sim, que                           
corrente você utilizaria?  
 
18) Paciente, 21 anos, sexo masculino, jogador de futebol. P.O. de reconstrução                       
de ligamento cruzado anterior. Eleja uma corrente para utilizar.  
 
a) no pré­operatório (manutenção do trofismo);  
b) para o pós­operatório imediato (analgesia, edema moderado na região);  
c) para o pós­operatório curto prazo (manutenção do trofismo);  
d) para o pós­operatório médio e longo prazo (hipertrofia e ganho de força).  
 
 
19) Paciente, 28 anos, sexo masculino, sofreu acidente automobilístico. Teve.                   
TCE com comprometimento hemicorpo D, necessitando estimular musculatura               
de tronco anterior e posterior para manutenção da postura. sedestaçâo. Além                     
disso, também teve uma lesão por esmagamento do membro superior E, com                       
posterior amputação deste em nível de antebraço proximal. Eleja correntes:  
 
a) Estímulo da musculatura de tronco anterior e posterior; 
b) Analgesia para coto do MSE.

Continue navegando