Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Concepções sobre a surdez Profª Lidinéia Barreiros Visão clínico-terapêutica Surdez como “deficiência” (patologia) Normalização – ouvintização Deficiente auditivo – classificação de acordo ao grau da surdez (leve,moderada,severa,profunda) Modelo oralista para educação dos surdos (ênfase na reabilitação) Visão sócio-antropológica Surdez como diferença linguística e cultural Surdo – experiência visual, utiliza a língua de sinais Identidade e cultura Modelo bilíngue para educação dos surdos (Língua de sinais como L1 e a Língua Portuguesa como L2) Deficiente auditivo x Surdo Deficiente auditivo (D.A) Não se aceita como surdo Utiliza próteses Rejeita a Língua de sinais Oralização Surdo Aceitação Usa a Língua de sinais (LS) Identidade / Cultura Participa da comunidade surda Luta pelos seus direitos Surdo-mudo O fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda; A mudez não tem nada a ver com a surdez; O surdo só será também mudo se, e somente se, for constatada clinicamente deficiência na sua oralização, impedindo-o de emitir sons. Fora isto, é um erro chamá-los de surdo-mudo. Apague esta ideia! Ser Surdo é: Saber que pode falar com as mãos e aprender a língua escrita; Saber conviver com pessoas ouvintes que vivem numuniverso de barulhos e consigo mesmo, que percebe omundo pela visão; Ser diferente e não deficiente; Pertencer a um mundo de experiência visual e não auditiva. Então, não é Surdo quem não ouve, mas quem quer ser Surdo, ou seja, quem se considera membro de uma comunidade linguística e cultural diferente. O grau de surdez pouco importa, o que é mais importante para se poder pertencer à comunidade surda é o uso da língua de sinais como primeira língua (Wrigley, 2002). É esta língua que permite aos surdos afirmar a sua diferença.
Compartilhar