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1/9/2014 1 FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO MICROBIANO EM ALIMENTOS ALI 128- Microbiologia de Alimentos Profa. Maria Tereza de Freitas FATORES INTRÍNSECOS FATORES EXTRÍNSECOS FATORES IMPLÍCITOS Qual é a importância de se conhecer os fatores que interferem no crescimento e na morte microbiana? RECORDANDO: CURVA DE CRESCIMENTO MICROBIANO FATORES INTRÍNSECOS 1. pH Valores mínimo, máximo e ótimo. Maioria dos micro- organismos pH neutro: 6,5 e 7,5). FATORES INTRÍNSECOS 1. pH A maioria das bactérias cresce melhor em pH em torno de 6,5 a 7,5. Algumas favorecidas em pH acido, como as bactérias láticas. Bactérias patogênicas em pH em torno de 7,0. Bolores (fungos filamentosos) e leveduras maior tolerância ao pH 1/9/2014 2 FATORES INTRÍNSECOS Fungos – faixa ampla de pH. Leveduras – mais tolerantes que bactérias. Bactérias patogênicas – maior exigência. 1. pH Efeito do pH no crescimento microbiano VALORES DE pH PARA MULTIPLICAÇÃO DE ALGUNS MICRO- ORGANISMOS Organismo pH Mínimo Ótimo Máximo Bactérias (maioria) 4,5 6,5 a 7,5 9,0 B. subtilis 4,2 a 4,5 6,8 a 7,2 9,4 a 10 C. botulinum 4,8 a 5,0 6,0 a 8,0 8,5 a 8,8 C. perfringens 5,0 a 5,5 6,0 a 7,6 8,5 E. coli 4,3 a 4,4 6,0 a 8,0 9,0 a 10 Salmonella 4,5 a 5,0 6,0 a 7,5 8,0 a 9,6 S. aureus 4,0 a 4,7 6,0 a 7,0 9,5 a 9,8 Leveduras 1,5 a 3,5 4,0 a 6,5 8,0 a 8,5 S. cerevisae 2,0 a 2,4 4,0 a 5,0 - Fungos 1,5 a 3,5 4,5 a 6,8 8,0 a 11 Penicillium 1,9 4,5 a 6,7 9,3 Fonte: Adaptado de Jay (1992) Alimento Faixa de pH Alimento Faixa de pH Clara de ovo 7,6-9,5 Alho 5,3-5,8 Camarão 6,5-8,2 Repolho 5,4-6,0 Caranguejo 6,8-8,0 Espinafre 5,5-6,0 Leite 6,3-6,5 Queijos (maioria) 4,9-5,9 Melão 6,3-6,7 Cenouras 4,9-6,0 Manteiga 6,1-6,4 Beterrabas 4,2-4,4 Repolho 5,4-6,0 Bananas 4,5-4,7 Couve-flor 5,6 Presunto 5,9-6,1 Alface 6,0 Melancia 5,2-5,6 Gema de ovo 6,0-6,3 Uva 3,4-4,5 Carne de frango 6,2-6,4 Ameixas 2,8-4,6 Batatas 5,3-5,6 Laranja (suco) 3,6-4,3 Carne bovina (moída) 5,1-6,2 Limão 2,2-2,4 pH aproximado de alguns alimentos Fonte: Adaptado de Jay (1992) pH > 4,5 Alimentos de baixa acidez Espécies patogênicas e deteriorantes Predomínio de bactérias pH entre 4,0 e 4,5 Alimentos ácidos Predomínio de leveduras oxidativas ou fermentativas e de fungos; Esporogênicas (B. coagulans, B. polymyxa, B. macerans, B. licheniformis, C. pasteurianum e C. butyricum; família Lactobacillaceae (Lactobacillus) e Streptococcaceae (Streptococcus, Leuconostoc e Pediococcus) pH < 4,0 Alimentos muito ácidos Quase que exclusivamente fungos e leveduras Classificação dos alimentos de acordo com pH Carne de animais fatigados x carne de animais descansados FATORES INTRÍNSECOS 1. pH 1/9/2014 3 Afeta a respiração por agir nas enzimas e no transporte de nutrientes para dentro das células. pH adverso Aumento da fase lag FATORES INTRÍNSECOS Como o pH adverso afeta a célula microbiana? pH adverso FATORES INTRÍNSECOS pH adverso Quando os micro-organismos estão em pH diferente do neutro sua capacidade de multiplicação depende de sua capacidade de modificar o pH adverso. Em pH ácido � ativação de aminoácido-descarboxilases � produção de aminas Em pH alcalino � ativação de aminoácido-desaminases � produção de ácidos orgânicos Neutralidade do pH do meio pH adverso FATORES INTRÍNSECOS Exemplos Clostridium acetobutylicum � reduz o ácido butírico a butanol � aumenta o pH do substrato. Enterobacter aerogenes � produz acetoína a partir do ácido pirúvico � aumenta o pH de seu ambiente de crescimento. pH adverso FATORES INTRÍNSECOS Aplicação de ácidos no controle microbiano • Célula microbiana possui carga residual negativa � compostos ionizados não conseguem penetrar a célula. ácidos orgânicos fracos e lipófilos, na forma não dissociada, são facilmente solúveis na membrana celular inibem ou destroem micro-organismos � interferência na sua permeabilidade, afetando o transporte de substratos e a fosforilação oxidativa; inibição do sistema de transporte de elétrons e, finalmente, causando acidificação do interior da célula, provavelmente a causa principal da sua inibição ou destruição. FATORES INTRÍNSECOS 2. ATIVIDADE DE ÁGUA (Aa ou Aw) Metabolismo e multiplicação � água disponível (livre) FATORES INTRÍNSECOS 1/9/2014 4 FATORES INTRÍNSECOS Aa = P/ Po P = pressão parcial de vapor da água contida na solução ou no alimento Po = pressão parcial de vapor da água pura Valores variam de 0 a 1 RELAÇÃO ENTRE A ATIVIDADE DE ÁGUA E SOLUTOS Adição de solutos (sal, açúcar, outras substâncias) Aa do alimento, pois reduz valor de P. Redução da Aa varia em função da: � natureza da substância adicionada � quantidade adicionada � temperatura RELAÇÃO ENTRE A ATIVIDADE DE ÁGUA E SOLUTOS Natureza da substância adicionada Conformação molecular do soluto Interfere na afinidade da água pelo soluto Exemplos: Amido:α (1 4) pontes INTRAmoleculares retém + H2O > Aa Celulose: β(1 4) pontes INTERmoleculares expulsa H2O < Aa Aa Concentração de NaCl - %(p/v) 0,995 0,9 0,99 1,7 0,98 3,5 0,96 7 0,94 10 0,92 13 0,90 16 0,88 19 0,86 22 Relação entre a Aa e a concentração de sal Relação entre Aa e crescimento de micro- organismos MICRO-ORGANISMOS Aa mínima Aa ótima Aa máxima Limite máximo para o crescimento microbiano � ligeiramente < 1,0. REQUERIMENTO: BACTÉRIAS > LEVEDURAS > FUNGOS FILAMENTOSOS Relação entre Aa e crescimento de micro-organismos 1/9/2014 5 Valores de Aa mínima para multiplicação de alguns micro-organismos ORGANISMOS ESPECÍFICOS Aa Grupos Bactérias deteriorantes 0,9 Leveduras deteriorantes 0,88 Bolores deteriorantes 0,80 Bactérias halofílicas 0,75 Bolores xerofílicos 0,65 Leveduras osmofílicas 0,61 Grupos específicos Clostridium botulinum tipos A e B 0,94 Clostridium botulinum tipo E 0,97 Pseudomonas spp. 0,97 Acinetobacter spp. 0,96 E. coli 0,95 Enterobacter aerogenes 0,94 Bacillus cereus 0,95 Staphylococcus aureus 0,86 Aspergillus flavus 0,78 Xeromyces bisporus 0,61 Fonte: adaptado de Jay (1992) Aa dos alimentos e crescimento de micro-organismos Aa Alguns alimentos Micro-organismos 0,98-0,99 Leite, peixe, carne fresca, vegetais em salmoura, fruta em calda leve Patogênicos (todos) ex:Salmonella, Campylobacter, Yersínia, E. coli, Shiguella, Clostridium, S. aureus, B. cereus. Deterioradores: todos crescem, exceto osmofílicos e halofílicos Aa dos alimentos e crescimento de micro-organismos Aa Alguns alimentos Micro-organismos 0,93- 0,97 Leite evaporado, queijo processado, carne curada, carne e peixe levemente salgado, embutidos, fruta em calda forte e pão. Patogênicos: maioria S. aureus, V. parahaemolyticus, os micro- organismos citados acima crescem lentamente ou param de crescer. Deterioradores: Gram+ (bastonetes, micrococos, lactobacilos), fungos filamentosos e leveduras Aa dos alimentos e crescimento de micro-organismos Aa Alguns alimentos Micro-organismos 0,85- 0,92 Leite condensado, queijo cheddar maturado, linguiça fermentada, carne seca, presunto cru e bacon. Patogênicos: S. aureus, fungos filamentosos toxigênicos. Deterioradores: Gram+ (bastonetes, micrococos, lactobacilos), fungos filamentosos e leveduras Aa dos alimentos e crescimento de micro-organismos Aa Alguns alimentos Micro-organismos 0,60-0,84 Farinha, cereais, nozes, frutas secas, vegetais secos, leite e ovos em pó, gelatinas e geléias, melaço, peixe fortemente salgado, alguns queijos maturados. Alimentos levemente úmidos. Patogênicos: não há crescimento de bactérias patogênicas. Crescimento de fungosfilamentosos toxigênicos. Deterioradores: bactérias halofílicas, fungos filamentosos e leveduras osmofílicas Aa dos alimentos e crescimento de micro-organismos Aa Alguns alimentos Micro-organismos < 0,60 Confeitos, vegetais fermentados, chocolate, mel, macarrão seco, biscoitos e batatas chips. Não há crescimento microbiano, mas permanecem viáveis 1/9/2014 6 Todas as reações químicas da célula dependem da água. Aa desfavorável Aumento da fase lag Diminuição da velocidade de crescimento e do tamanho da população microbiana final � Alguns micro-organismos acumulam prolina e outros aminoácidos como consequência da baixa Aa; � Leveduras osmofílicas – acumulam álcoois poli-hídricos (glicerol) para regular a pressão osmótica; � Bactérias halofílicas – capacidade de acumular KCl; � S. aureus – capacidade de multiplicação em baixa Aa, porém não produz as enterotoxinas. CURIOSIDADES �Os chineses e os gregos, desde 5.000 anos atrás, utilizavam o sal para conservar os peixes acumulados em épocas de fartura. �Os índios brasileiros, muito antes do descobrimento, costumavam assar as carnes e secar os peixes, e depois armazená-los em caldo grosso de pimenta. 3- POTENCIAL DE OXI-REDUÇÃO FATORES INTRÍNSECOS 3- POTENCIAL DE OXI-REDUÇÃO Cu Cu+ + e- Cu + O2 2CuO Oxidação Redução Redução Oxidação FATORES INTRÍNSECOS Composto oxidado Potencial positivo Composto reduzido Potencial negativo 1/9/2014 7 Micro-organismos Eh de crescimento (mV) Aeróbios (maioria dos fungos, leveduras oxidativas e muitas bactérias, principalmente as deteriorantes como Pseudomonas, Moraxella, Acinetobacter e patogênicas como B. cereus). + 350 a + 500 Anaeróbios (patogênicas como C. botulinum e deteriorantes como Desulfotomaculum nigrificans) +30 a – 250 (melhor = - 150) Anaeróbios facultativos (bactérias da família Enterobacteriaceae, espécies de Bacillus, S. aureus e leveduras fermentativas); + 100 a + 350 Potencial de óxido-redução de alguns alimentos Alimento Potencial de oxirredução-Eh Leite +200 a +400 Queijo Cheddar +300 a - 100 Carne in natura -60 a -150 Carne enlatada -20 a -150 Suco de uva + 409 Suco de limão + 383 Fonte: ICMSF, 1980. � Alimentos de origem vegetal: Eh + 300 e + 400 mV; � Carnes (grandes pedaços): - 200 mV � Carnes (moídas): + 200 mV � Fungos de importância em alimentos – aeróbios; � Leveduras de importância em alimentos – aeróbias ou anaeróbias facultativas; 4 – COMPOSIÇÃO QUÍMICA Fonte de energia Açúcares, álcoois e aminoácidos Alguns usam: amido, celulose Pequeno grupo: gordura FATORES INTRÍNSECOS 4 – COMPOSIÇÃO QUÍMICA Fonte de nitrogênio Principal: aminoácidos Alguns usam: nucleotídeos e aminoácidos livres Outros usam: peptídeos e proteínas FATORES INTRÍNSECOS 4 – COMPOSIÇÃO QUÍMICA Fonte de vitaminas Principais: complexo B Mais exigentes: Bactérias Gram+ FATORES INTRÍNSECOS 1/9/2014 8 4 – COMPOSIÇÃO QUÍMICA Fonte de Minerais Na, K, Ca, Mg, Fe, Cu, Mn, P, Zn, S, Co FATORES INTRÍNSECOS 4 – COMPOSIÇÃO QUÍMICA FATORES INTRÍNSECOS 5 – PRESENÇA DE INIBIDORES � Condimentos: vários óleos essenciais com atividade antimicrobiana: - eugenol ⇒ cravo; - alicina ⇒ alho; - aldeído cinâmico e eugenol ⇒ canela; - alil-isotiocianato na mostarda; - timol e isotimol no orégano. FATORES INTRÍNSECOS Leite Ação inespecífica Ação específica • imunoglobulinas, • fator complemento, • macrófagos e linfócitos • Sistema lactoperoxidase (SLP) Bactericida (G-) Bacteriostático (G+) • Lactoferrina • Lisozima 5 – PRESENÇA DE INIBIDORES FATORES INTRÍNSECOS Clara de ovo pH desfavorável Lisozima Avidina Conalbumina (ovotransferrina) 5 – PRESENÇA DE INIBIDORES FATORES INTRÍNSECOS Estrutura biológica 5 – PRESENÇA DE INIBIDORES FATORES INTRÍNSECOS 1/9/2014 9 2 – FATORES EXTRÍNSECOS TEMPERATURA Principal fator ambiental na multiplicação de micro-organismos Efeito da temperatura Fase Lag T ºC ótima� reduz fase lag Conservação � T ºC distante da ótima Tempo de geração (G) T ºC ótima� G mínimo� intensa multiplicação Conservação � G estendido � pouco crescimento Parâmetros afetados pela temperatura no micro- organismo Requerimento nutricional (RN) T ºC ótima� RN mínimo aumenta ou redução� inibição das rotas metabólicas�RN máximo até cessar o crescimento TIPOS DE MICRO- ORGANISMOS TEMPERATURAS (ºC) MÍNIMA ÓTIMA MÁXIMA Psicrófilos 0 a 5 10 a 15 15 a 20 Psicrotróficos 0 a 5 20 a 30 35 Mesófilos 5 a 25 30 a 40 40 a 50 Termófilos 35 a 45 45 a 65 65 a 90 Controle do crescimento microbiano pela temperatura Temperatura abaixo da mínima � efeito microbiostático � princípio de conservação do alimento pelo frio Temperatura acima da máxima � efeito microbiostático � temperatura de conservação (ex.: 65 ºC para alimentos). � efeito microbicida � letal � ex.: acima de 75ºC em alimentos� princípio da conservação pelo tratamento térmico UMIDADE RELATIVA DO AMBIENTE � Diretamente relacionada à Aa; 2 – FATORES EXTRÍNSECOS UR ambiente UR alimento UR = Aa x 100 Alimentos em equilíbrio com a atmosfera 1/9/2014 10 UMIDADE RELATIVA DO AMBIENTE 2 – FATORES EXTRÍNSECOS UR ambiente UR alimento Alimentos em ambiente com UR superior à Aa UMIDADE RELATIVA DO AMBIENTE 2 – FATORES EXTRÍNSECOS UR ambiente UR alimento �Alimentos em ambiente com UR inferior à Aa ATMOSFERA GASOSA � Composição Normal do Ar Composição gasosa do ambiente – determina o tipo de micro-organismo presente. 2 – FATORES EXTRÍNSECOS 78% de N2 21% de O2 0,035% de CO2 outros gases e vapor d’água Atmosfera modificada� substituição total ou parcial do oxigênio por outros gases, contendo diferentes combinações entre o oxigênio, o nitrogênio e o gás carbônico. Embalagem a vácuo � acondicionamento do produto em embalagens com barreira aos gases� remoção do ar � previne o crescimento de organismos deteriorantes, a oxidação e a descoloração do produto. � O2 residual é utilizado pela microbiota aeróbica residente, produzindo CO2 (10-20%) e fazendo com que o potencial redox tenda a ficar negativo. Suprimem o crescimento de bactérias aeróbias deteriorantes que produzem a viscosidade, rancificação e descoloração indesejáveis no produto. Favorecimento dos anaeróbios facultativos, incluindo as bactérias láticas. Mas em velocidade mais lenta retardando a deterioração da carne. EFEITO MICROBIOSTÁTICO DO CO2 POSSÍVEIS MECANISMOS DE AÇÃO: � Penetra na parede da célula microbiana e altera a permeabilidade celular; � Solubiliza-se dentro da célula e produz ácido carbônico (H2CO3)� pH da célula. � Interfere em muitos caminhos enzimáticos e bioquímicos dentro da célula microbiana, reduzindo a sua taxa de crescimento. 1/9/2014 11 EFEITO DO CO2 depende: atividade inibitória do CO2 se: T ºC de armazenamento�maior solubilidade em água pH ácido Micro-organismo estiver na fase lag Em geral: � Bactérias G- são mais sensíveis à inibição pelo CO2 do que as G+ (Pseudomonas mais sensíveis e Clostrídios mais resistentes). Em carnes, durante o armazenamento prolongado, o CO2 provoca uma mudança considerável em sua microbiota, variando de uma microbiota predominantemente formada por G- , nos produtos frescos, para uma principalmente, ou exclusivamente, formada por G+ . �Fungos, leveduras e bactérias aeróbias deteriorantes são altamente suscetíveis ao CO2. As bactérias facultativas podem ou não ser inibidas pelo CO2, enquanto as bactérias ácido- láticas e anaeróbias são altamente resistentes. FATORES IMPLÍCITOS � Interações positivas ou negativas entreos micro-organismos � Exemplos � Nisina – produzida por Lactobacillus lactis. Impede desenvolvimento de G+ e germinação de seus esporos. Algumas são proteínas simples, outras são componentes lipídicos e açúcares; � bactérias láticas – meio ácido x leveduras – degradam ácido lático - ↑ pH - favorece C. botulinum � P. aeruginosa – produção de tiamina e triptofano – favorece o S. aureus; • Bacteriocinas e bactérias produtoras de bacteriocinas � recurso tecnológico na produção de vários alimentos � conservadores naturais; • Exclusão competitiva – outra forma de interação entre micro-organismos; Ex.: colonização da superfície epitelial do TGI de aves recém-nascidas como micro-organismos inócuos retirados de aves adultas sadias ⇒ estímulo ao processo competitivo (eliminação de Salmonella e Campylobacter) Conceito dos Obstáculos de Leistner • Interações entre os fatores intrínsecos e extrínsecos TEORIA DOS OBSTÁCULOS - LEISTNER � Fatores intrínsecos e extrínsecos influenciam na taxa de sobrevivência, crescimento e morte dos micro- organismos nos alimentos. � A ação conjunta ou de mais de dois fatores podem potencializar ou não e até limitar o efeito isolado dos fatores sobre os micro-organismos. �A aplicação conjunta: impede a deterioração impede a veiculação de doenças aumenta a vida útil dos produtos Garante a qualidade dos produtos 1/9/2014 12 1/9/2014 13 EXEMPLO: Uso de métodos combinados na preservação de polpa de goiaba com 15oBRIX (TORREZAN et al., 1999) ����Alteração da atividade de água e o pH do produto por meio da adição de sacarose (0 a 70%), ácido cítrico (0 a 3%) e sorbato de potássio, conservando o produto por 120 dias a 25oC com a adição de alguns ingredientes, em proporções variadas, como por exemplo: � 0,75% de ácido cítrico e 0,10% de sorbato de potássio; ou � 46% de sacarose, 0,22% de ácido cítrico e 0,06% de sorbato de potássio. FRANCO, Bernadete D. G. de M.; LANDGRAF, M. Microbiologia de alimentos. São Paulo, Atheneu, 1996. 182p. GAVA, Altanir Jaime. Princípios de tecnologia de alimentos. São Paulo, Nobel, 1984. 284p. ICMSF. Ecologia microbiana de los alimentos. Zaragoza, Acribia, 1980. 2 v. JAY, James M. Microbiologia de alimentos. Porto Alegre: Artmed, 2005. 711 p. LEITÃO, Mauro Faber de Freitas. Microbiologia de alimentos. In: Tratado de microbiologia. São Paulo, Manole, 1987. 186 p. PELCZAR JR., Joseph Michael; CHAN, E.C.S.; KRIEG, Noel R. Microbiologia; conceitos e aplicações. São Paulo, Makron Books, 1996. 2 v. PROFIQUA. Higiene e sanitização para as empresas de alimentos. 1995. 32 p. (Manual Série Qualidade). REFERÊNCIAS
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