Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 91 RAPP – Volume 12, 2004 TAXONOMIA DE ASCOMICETOS: REVISÃO DA ORDEM ASTERINALES José Luiz Bezerra Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira-CEPLAC, Centro de Pesquisa do Cacau-CEPEC, Seção de Fitopatologia, Caixa Postal 7, 45600-970 Itabuna, BA jlbezerra@cepec.gov.br RESUMO Uma revisão da ordem Asterinales Barr é apresentada neste trabalho. Apesar desta ordem estar bem caracterizada na literatura, publicações recentes que tratam da classificação filogenética dos chamados ascomicetos bitunicados, do filo Ascomycota, não têm feito a distinção entre as ordens Asterinales e Dothideales. A família Asterinaceae, tipo da ordem, é comumente referida nessas publicações como pertencente aos Dothideomycetes ou Dothideomycetideae incertae sedis. Na presente revisão, é proposto o reconhecimento da ordem Asterinales compreendendo as famílias Asterinaceae, Parmulariaceae e Englerulaceae com exclusão da família Parodiopsidaceae. Os gêneros ora incluídos entre os Asterinales formam um grupo de fungos afins em relação à sua morfologia, ontogenia e biologia. Se a ordem Asterinales, aqui conceituada, será reconhecida como monofilética, dependerá de estudos filogenéticos futuros. Descrições detalhadas da ordem e das famílias estudadas são apresentadas juntamente com as características diferenciais dos gêneros por grupos e, no caso da família Englerulaceae, por meio de uma chave analítica genérica. A contribuição do micólogo brasileiro A. Chaves Batista e de sua equipe para o estudo dos Asterinales é enfatizada e seus desenhos originais são utilizados para ilustrar o presente trabalho. SUMMARY ASCOMYCETES TAXONOMY: ORDER ASTERINALES- A REVIEW In this paper a review of the order Asterinales Barr is presented. This order has been well characterized in the literature, but recent publications about the classification of bitunicate ascomycetes do not separate the Asterinales from the Dothideales. The Asterinaceae family, type of the order, 92 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 is commonly placed as Dothideomycetes or Dothideomycetideae incertae sedis in these publications. In this review, the revalidation of the order Asterinales is proposed comprising the families Asterinaceae, Parmulariaceae and Englerulaceae excluding the family Parodiopsidaceae. This proposal establishes a closely related group of fungi concerning morphology, ontogeny and biology. If the order Asterinales may be considered monophyletic will depend on future studies on phylogeny. Detailed description of the order and the families studied are presented with the separation of genera by groups and, in the case of the family Englerulaceae, the genera are separated by a key. The contribution of the Brazilian mycologist A. Chaves Batista and collaborators to the knowledge of Asterinales is emphasized and their original drawings are utilized to illustrate the present work. INTRODUÇÃO A ordem Asterinales foi criada por Barr (1979) para abranger aqueles Ascomycota com ascos bitunicados, formados quase paralelamente, no interior de ascomas escutelares-dimidiados, superficiais, de parede superior radiada, geralmente dotados de micélio superficial, com ou sem hifopódios, recobrindo os ascomas, incluindo alguns gêneros desprovidos de micélio superficial. As famílias Asterinaceae, Parmulariaceae e Englerulaceae enquadram-se perfeitamente na ordem, dentro da concepção atualizada de Barr (1987). Porém, a inclusão da família Parodiopsidaceae contendo alguns gêneros com ascomas globoides, não radiados, de cores vivas e com pigmentos parietais solúveis em álcool e em água (exemplo: Perisporiopsis), bem como, outros com ascomas subglobosos, não radiados, pedicelados (exemplos: Balladyna) é, no mínimo, discutível. Estes últimos, possuem em comum com os Asterinales apenas o micélio hifopodiado, um caráter, provavelmente, de pouco valor genético por sua natureza vegetativa e nutricional, sem ligação com as características reprodutivas do fungo, presente em vários gêneros reconhecidamente afastados filogeneticamente entre si (exemplos: Meliola e Asterina). O micologista familiarizado com os gêneros Asterina, Lembosia, Englera, Englerulaster, Parodiopsis e Dysrhynchis, reconhece a grande semelhança entre os quatro primeiros gêneros, pertencentes às Famílias Asterinaceae e Englerulaceae e a dessemelhança destes com os dois últimos, situados por alguns autores entre os Parodiopsidaceae. Alexopoulos et al. (1996) aceitaram a ordem Asterinales nas bases propostas por Barr (1987). Numa revisão, Pfenning & Rodrigues-Heerklotz (1999) incluíram os Asterinales entre os Dothideales. Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 93 RAPP – Volume 12, 2004 Luz (2001) propõe uma classificação neotaxionômica dos fungos, combinando critérios moleculares, químicos, ultra-estruturais e morfológicos onde não há menção dos Asterinales, implicitamente incluídos entre os Dothideales. Kirk et al. (2001) remetem os Asterinales para a Ordem Dothideales (Subclasse Dothideomycetideae) e consideram as famílias Asterinaceae, Parmulariaceae, Englerulaceae e Parodiopsidaceae como Dothideomycetideae incertae sedis. Esta subclasse, segundo os autores, engloba as ordens Capnodiales, Coryneliales, Dothideales, Hysteriales, Lahmiales, Microthyriales, Mycosphaerellales, Myriangiales, Patellariales, Pleosporales e Pyrenulales. Eriksson et al. (2003) não incluem as ordens Coryneliales, Lahmiales, Mycosphaerellales e Pyrenulales na sua classe Dothideomycetes. Tanto Kirk et al. (2001) quanto Eriksson et al. (2003) justificam a não inclusão de um número significante de ordens e famílias em seus sistemas classificatórios com o argumento de que ainda nenhum dos seus membros foi seqüenciado genomicamente e que isto representa uma impossibilidade de se estabelecer uma classificação com base filogenética aceitável para os fungos pertencentes a estas ordens. É evidente que dados moleculares de umas poucas espécies de uma ordem ou família serão insuficientes para estabelecer o grau de parentesco entre as espécies desses taxa e, no ritmo que esses estudos vêm sendo realizados com os fungos asterináceos, terão passado décadas até que eles sejam seqüenciados para atender aos “micologistas genômicos”. Para os poucos micologistas realmente conhecedores dos fungos asterináceos, os dados morfológicos, ontogenéticos, biológicos, ultra-estruturais e químicos disponíveis permitem o delineamento da ordem Asterinales, partindo da conceituação de Barr (1979). Tal esquematização, embora sujeita a correções futuras, facilitará a classificação desses Dothideomycetes que é tarefa para os especialistas que estudam Asterinales em seus habitats tropicais e subtropicais baseando suas conclusões em espécimes frescos ou bem conservados e não apenas em descrições incompletas e exsicatas antigas, muitas vezes com material escasso e mal representado. A taxonomia atual, com os recursos da informática, se transformou numa agradável abstração para micologistas com amplo acesso à literatura, porém, muitas vezes, sem conhecimento próprio e experiência prática para classificar a maioria dos taxa incluídos em seus sistemas classificatórios. A evolução dos sistemas classificatórios dos ascomicetos, foi magistralmente descrita por Pfenning & Rodrigues-Heerklotz (1999) desde o sistema de Saccardo, passando pelas contribuições antigas, o início da modernidade com Nannfeldt (1932), a contribuição de Luttrell (1951), a escola suíça de Gäumann (1949), Müller & vonArx (1962) até chegar as contribuições recentes de Margaret Barr (1979,1983,1987 & 1990), Korf (1973), Kendrick (1992), Hanlin (1999), Kimbrough (1973), Benny & 94 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 Kimbrough (1980) e outros. Entretanto, não foram citadas as contribuições relevantes de micologistas latino-americanos como a argentina Irma Gamundi (1971) e os brasileiros Augusto Chaves Batista (1959,1961), Batista & Bezerra (1960, 1964), Batista & Ciferri (1957, 1959, 1962), Batista & Maia (1959, 1960, 1960a,b,c,d), Batista & Peres, 1959, 1962), Batista & Souza (1960, 1960a), Batista et al. (1958, 1960, 1962, 1964, 1967) e Ahmés Pinto Viégas (1940). É muito significativo o fato de Batista haver monografado duas ordens, Capnodiales e Chaetothyriales, baseadas em dados morfológicos, ontogenéticos e biológicos (Batista & Ciferri, 1962 e 1963) cujas validades são confirmadas pelos dados moleculares atuais. DESCRIÇÃO DA ORDEM ASTERINALES Fungos epifíticos, parasitas biotróficos, porém raramente patogênicos; ascomas superficiais, de contorno circular, alongado ou irregular em vista frontal, dimidiado-escutelares em vista lateral, não ostiolados, abrindo-se irregularmente à maturidade por meio de fendas estelares, irregulares ou por deliqüescência parcial da parede superior, resultantes do desenvolvimento ascal no interior de estromas achatados, formados sob o micélio; parede superior escura, com uma ou poucas camadas de células pseudoparenquimáticas, retangulares a quadráticas, geralmente radiadas, glabra ou setosa; parede inferior clara a hialina, inconspícua ou pouco desenvolvida. Micélio superficial, escuro, geralmente hifopodiado ou ausente; haustórios presentes em vários gêneros, normalmente intraepidérmicos, simples, originados dos hifopódios; micélio imerso bem desenvolvido em alguns gêneros; hipostroma intramatrical presente em vários representantes da ordem, mais freqüentes na família Parmulariaceae. Hamatécio ausente, normalmente reduzido a remanescentes de hifas estromáticas gelatinizadas e paredes de ascos vazios. Ascos originalmente formados individualmente em lóculos cujas paredes laterais logo sofrem lise, dando uma aparência unilocular ao ascoma, dispostos paralelamente em uma camada basal, bitunicados, com endotúnica espessa, elástica e ectotúnica rígida; epiplasma apresentando coloração castanho avermelhada em iodo. Ascósporos castanhos, raramente hialinos, usualmente uniseptados, oblongos, de pólos geralmente rotundos e paredes espessas, lisas ou ornamentadas. Anamorfos: Coelomycetes (conidiomas semelhantes aos ascomas, porém menores) ou Hyphomycetes (conidióforos, conídios e conidiogênese variados). Sivanesan (1984) ilustra várias espécies do estádio anamórfico de Asterinales. Nosso conceito da ordem Asterinales é mais restrito que o de Barr Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 95 RAPP – Volume 12, 2004 (1987) pela exclusão da família Parodiopsidaceae. Os membros desta família, provavelmente polifilética, não apresentam dissolução da parede superior à maturidade e sim um pseudostíolo apical; os ascomas são subglobosos, sésseis ou pedicelados, com paredes pseudoparenquimáticas formadas de células poligonais, não radiadas, às vezes, liberando pigmento alaranjado ou avermelhado em água ou álcool. O gênero Thrauste colocado na família Englerulaceae por Luttrell (1973), Arx & Müller (1975) e Barr (1987) possui ascomas tão peritecióides que Yarwood (1973) o situou na família Perisporiaceae a despeito dos ascos serem bitunicados. Nós preferimos excluir esses gêneros da família Englerulaceae, a qual, apesar de ter representantes com ascomas subglobosos à maturidade, quando jovens, eles se apresentam achatados e com parede superior radiada. Batista e colaboradores (Silva & Minter, 1995), provavelmente, foram os micologistas que mais coletaram e estudaram por mais tempo os fungos Asterinales, aproveitando a grande ocorrência deles na Mata Atlântica do nordeste brasileiro. Além disso, inúmeros exemplares foram coletados por sua equipe na Amazônia brasileira ou recebidos para estudo, procedentes de outras regiões do Brasil e de outros países tropicais das Américas e da Ásia. Os Asterinales são bem representados nas regiões subtropicais do planeta, inclusive no sul da Flórida, onde o autor deste trabalho os observou e coletou. Magistrais ilustrações de Asterinales são encontradas nos trabalhos de Arnaud (1918) e Doidge (1942). CHAVE ANALÍTICA DAS FAMÍLIAS DE ASTERINALES 1a. Ascomas geralmente superficiais, ocasionalmente imersos, dimidiado- escutelares, com parede superior radiada; micélio imerso bem desenvolvido e micélio superficial ausente ....................... Parmulariaceae 1b. Ascomas superficiais, dimidiado-escutelares, com parede superior radiada; micélio imerso ausente ou muito escasso e micélio superficial bem desenvolvido, com ou sem hifopódios ....................................................... 2 2a. Ascomas com parede superior deliqüescente à maturidade .............................................................................................. Englerulaceae 2b. Ascomas com parede superior persistente ............................. Asterinaceae 96 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 FAMÍLIA PARMULARIACEAE Ascomas formados em lóculos no interior de estromas escutelares, dimidiados, pulvinados ou subglobosos, superficiais, raramente imersos, desenvolvidos a partir de micélio intramatrical ou de hipostromas irrompentes; parede superior geralmente radiada, abrindo-se através de fendas ou por deliqüescência parcial; ascos paralelos, clavados, obovais ou subglobosos, bitunicados, com a endotúnica espessada no ápice, geralmente octospóricos; ascósporos usualmente bicelulares, a principio hialinos, geralmente escuros e de paredes espessas à maturidade; hamatécio em forma de filamentos septados, geralmente escurecidos e dilatados no ápice, tornando-se gelatinosos, deliqüescentes ou evanescentes. Parasitas de folhas, ramos e pecíolos foliares. Arx & Muller (1975) incluem 27 gêneros nesta família os quais são tratados neste trabalho. Anamorfos: Coelomycetes ou Hyphomycetes (pouco conhecidos). DIVISÃO DE GÊNEROS POR GRUPOS Para agrupar os gêneros de Parmulariaceae adotamos os critérios usados por Müller & Arx (1962), Luttrell (1973) e Arx & Müller (1975). Os gêneros monotípicos Aldonata, Dictyocyclus, Kentingia e Thallomyces ocorrem exclusivamente na Ásia e na Austrália e não foram reexaminados para inclusão neste trabalho. GRUPO I. Ascomas de parede superior radiada; hipostroma ausente: 1. Pseudolembosia Theissen - estromas ligados só a haustórios. 2. Ferrarisia Saccardo - estromas conectados a hifas imersas. GRUPO II. Ascomas como no Grupo I; hipostroma presente e lóculos alongados ou arredondados: 3. Aulacostroma Sydow - hipostroma subcuticular. 4. Dothidasterona v. Höhnel - hipostroma intraepidérmico ou mais profundo. 5. Cyclostomella Patouillard - ascósporos separáveis no septo. 6. Polycyclus v. Höhnel - ascósporos não separáveis. GRUPO III. Ascomas como nos Grupos anteriores; lóculos formando anéis concêntricos: 7. Polycyclina Theissen & Sydow - lóculos em vários anéis Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 97 RAPP – Volume 12, 2004 concêntricos. 8. Cocconia Saccardo - lóculos em um só anel concêntrico; hipostroma ligado por hifas aos ascomas através de várias perfurações na cutícula. 9. Cycloschizon P. Hennings - lóculos como acima, hipostroma em forma de colunaou pé. GRUPO IV. Ascomas como nos Grupos anteriores; lóculos lineares radiais ou paralelos a partir de um centro estéril: 10. Parmulariopsis Petrak - lóculos paralelos; parasita de pteridófitas. 11. Rhipidocarpon Theissen & Sydow - lóculos radiais, unilaterais, em forma de leque. 12. Parmularia Léveillé - lóculos radiais, em todas as direções; hipostroma em forma de pé. 13. Parmulariopsella Sivanesan - como em Parmularia, porém com hipostroma conectado por várias hifas que perfuram a cutícula. 14. Parmulina Theissen & Sydow - lóculos como acima; ascomas menores e mais delgados. GRUPO V. Ascomas como nos Grupos anteriores; lóculos lineares a arredondados, desordenados, às vezes confluentes lateralmente. 15. Inocyclus Theissen & Sydow - ascósporos com septo submediano; ascoma unilocular, achatado, crustáceo; comum em pteridófitas. 16. Hysterostomella Spegazzini - ascósporos com septo mediano; ascomas mais desenvolvidos, arredondados a lineares ou irregulares, multiloculares. 17. Palawaniella Doidge - ascomas uniloculares, pequenos, em grupos numerosos sobre hipostromas coletivos (figura 1). 18. Rhagadolobium P. Hennings & Lindau - ascomas delgados, dimidiados ou crustáceos; parasita de pteridófitas. GRUPO VI. Ascomas como nos Grupos anteriores; estromas pulvinados. 19. Protothyrium Arnaud – hipostroma delgado, subcuticular ou intraepidérmico, conectado aos ascomas por várias hifas que perfuram a cutícula. 20. Campoa Spegazzini – hipostroma conectado aos ascomas por feixes de hifas através dos estomas. 98 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 Figura 1. Palawaniella brosimi. A. setor do ascoma em vista frontal; B. ascos, ascósporos e filamentos hamateciais; C. secção longitudinal do ascoma e hipostroma intraepidérmico. A C B Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 99 RAPP – Volume 12, 2004 GRUPO VII. Ascomas de parede superior não radiada: 21. Kiehlia Viégas - ascósporos unicelulares; lóculos radiados. 22. Perischizon Sydow - lóculos em forma de anel, circundando o centro do estroma. 23. Symphaeophyma Spegazzini - lóculos alongados, radialmente dispostos; hipostroma subcuticular. 24. Englerodothis Theissen & Sydow - estromas crustáceos grandes. 25. Coccodothis Theissen & Sydow - estromas pulvinados; hipostroma em forma de pé. 26. Pachypathela Theissen & Sydow - estromas pulvinados, ascomas discóides. 27. Aldona Raciborski - ascósporos fragmospóricos. FAMÍLIA ENGLERULACEAE Parasitas foliares; micélio superficial escuro, com hifas hifopodiadas ou não; ascomas superficiais subglobosos, não ostiolados, geralmente pequenos; parede superior radiada quando na fase de primórdio dos ascomas, logo tornando-se mucosa e deliqüescente; ascos pouco numerosos, subglobosos, bitunicados, endotúnica espessa na parte superior, envolvidos por uma massa mucosa ou elementos hifais, contendo de 4 a 8 ascósporos; ascósporos bicelulares, castanhos à maturidade. Anamorfos: Coelomycetes ou Hyphomycetes. Como conceituada nesse trabalho, esta família tem afinidade com os Asterinaceae, onde o gênero Asterina possui várias espécies cujos ascomas apresentam dissolução mucosa parcial da parede superior, tal como: A. diplocarpa Cooke, sobre Sida spp., de comum ocorrência na região cacaueira da Bahia. A chave analítica considera os gêneros Englerula P. Hennings, Parenglerula v. Höhnel, Schiffnerula v. Höhnel e Rhytidenglerula v. Höhnel. O gênero Rhizotexis Theiss. & Syd. não está bem caracterizado na literatura e o gênero Thrauste Theiss. possui ascomas pedicelados, atípicos da família, por isso não foram incluídos na chave. 1a. Hifas sem hifopódios .................................................... Englerula P. Henn 1b. Hifas com hifopódios laterais .................................................................... 2 2a. Ascos rodeados de filamentos hifais ...................... Parenglerulula Höhnel 2b. Ascos rodeados por uma massa mucosa .................................................... 3 3a. Hifa com paredes espessas; parede basal do ascoma delgada; conídios escuros formado sobre as hifas, semelhante aos do gênero Clypeolella 100 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 ..................................................................................... Schiffnerula Höhnel 3b. Hifas de paredes delgadas; parede basal espessa; conídios miceliais ausentes ou picnídios presentes ............................ Rhytidenglerula Höhnel FAMÍLIA ASTERINACEAE Parasitas foliares, raramente ocorrendo sobre pedicelos ou ramos de plantas superiores; micélio superficial composto de hifas septadas, com hifopódios formando haustórios, ou sem hifopódios; micélio imerso ou hipostroma presentes ou não; ascomas superficiais, dimidiado–escutelares, de contorno circular, alongado ou linear, com parede superior composta de células retangulares ou quadráticas radialmente dispostas; deiscência por fendas estelares ou lineares, ou por dissolução mucosa parcial da parede superior; ascos paralelos subclavados, obovais ou subglobosos, bitunicados, com endotúnica espessada no ápice, geralmente octospóricos; ascósporos bicelulares ou raramente multicelulares hialinos ou castanhos; hamatécio ausente ou formado de filamentos septados, hialinos ou de ápice escuro, deliqüescentes à maturidade. Anamorfos: Coelomycetes e Hyphomycetes (freqüentes, figuras 2 e 3). DIVISÃO DE GÊNEROS POR GRUPOS Os grupos propostos foram definidos segundo critérios usados por Müller & Arx (1962), Luttrell (1973) e Arx & Müller (1975). Os gêneros Allothyrium Syd., Leveillela Thesis. & Syd., Parasterinella Speg., Placosoma Syd. e Thyriopsis Theiss. & Syd. não foram reexaminados criticamente pelo autor e os gêneros Aulographina Arx. & Muller, Lembosina Theiss., Lembosiopsis Theiss., Morenoina Theiss., Petrakina Cif. e Placoasterina Toro são colocados com ressalva na família Asterinaceae (Kirk et al., 2001), portanto, também não são incluídos nesse estudo. O gênero Trichosia Batista & Guarnier possui hipostroma devendo ser retirado da sinonímia de Trichasterina Arnaud. GRUPO I. Micélio superficial hifopodiado; hipostroma ou micélio imerso ausentes; ascomas lineares alongados: 1. Cirsosia Arnaud – hifopódios intercalares presentes. Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 101 RAPP – Volume 12, 2004 Figura 2. Peltaster splendens, anamorfo de Asterinales indeterminado. A. setor do conidioma picnídial em vista frontal; B. primórdio picnidial; C. conidioma picnídial em secção longitudianal; D. conídios. A B D C 102 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 Figura 3. Homalopeltis chrysobalani, anamorfo de Asterolibertia sp. A. conídios 0-1 septados; B. conidioma picnidial em vista frontal sob hifas com hifopódios intercalares; C. conidioma picnidial em secção longitudinal. A B C Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 103 RAPP – Volume 12, 2004 2. Yamamotoa Batista - hifopódios laterais; anamorfo hifomicetiforme presente. 3. Trichamelia Batista - ascomas e /ou micélio setosos (figura 4). 4. Lembosia Léveillé - ascomas glabros (figura 5). GRUPO II. Micélio como no Grupo l, porém com ascomas de contorno circular ou irregular: 1. Asterotexis v. Arx - ascósporos hialinos. 2. Symphaster Theissen & Sydow - ascósporos castanhos. 3. Asterolibertia Arnaud - hifopódios intercalares.4. Trichasterina Arnaud - ascomas e/ou micélio setosos. 5. Clypeolella Höhnel - ascomas glabros; anamorfo hifomicetiforme presente (figura 6). Afim de Schiffnerula Höhnel. 6. Asterina Léveillé - como Lembosia, porém com ascomas orbiculares, glabros. 7. Meliolaster Höhnel - ascósporos biseptados, atenuados na base. Sinônimo de Patouillardina Arnaud. 8. Batistinula v. Arx - Ascósporos triseptados; anamorfo hifomicetiforme com conídios ramificados (figura 7). 9. Parasterinopsis Batista - ascósporos triseptados; conídios ausentes. 10. Trichosia Batista & Garnier – como em Trichasterina, porém com ascomas glabros e hipostromas múltiplos intracuticulares, conectados aos ascomas por istmos delgados (figura 8). GRUPO III. Micélio superficial com ou sem hifopódios; hipostromas ou micélio imerso presentes; ascoma de contorno circular: 11. Placoasterella (Saccardo) Theissen & Sydow - hifas não hifopodiadas; ascoma de parede espessa. 12. Asterodothis Theissen - lóculos radiados; anamorfos com conídios tetra-septados. 13. Viegasia Batista - micélio com poucas hifas hifopodiadas; lóculos não radiados. 14. Dothidasteromella v. Höhnel - hifas sem hifopódios; hipostroma subcuticular delgado. 15. Macowaniella Doidge – hipostroma subepidérmico ou mesofílico. 16. Halbania Raciborski – ascósporos tetra-septados, com as células terminais pequenas. 104 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 Figura 4. Trichamelia eugeniae. A. secção longitudinal do ascoma setoso; B. vista frontal do ascoma; C. seta micelial; D. asco, ascósporos e filamento hamatecial. Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 105 RAPP – Volume 12, 2004 Figura 5. Lembosia cf. patoullardii. A. ascoma em vista frontal e micélio hifopodiado; B. ascoma em secção longitudinal; C. ascos e ascósporos. C A B 106 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 Figura 6. Clypeolella craterispermi. A. setor do ascoma em vista frontal e micélio hifopodiado exibindo conídios de Mitteriella craterispermi; B. asco; C. ascósporos. A B C Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 107 RAPP – Volume 12, 2004 Figura 7. Batistinula gallesiae. Corte longitudinal do ascoma mostrando ascos, ascósporos, conídios miceliais e haustório (seta). 108 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 Figura 8. Trichosia pernambucensis. A. ascoma em vista frontal; B. ascoma em corte longitudinal com hipostromas intracuticulares; C. Asco, ascósporos e filamentos hamateciais; D. micélio setoso, hifopoiado. A C B D Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 109 RAPP – Volume 12, 2004 17. Anariste Sydow – hifas setosas; ascósporos separáveis no septo. 18. Eupelte Sydow – ascomas e hifas cobertos de conídios septados. 19. Neostomella Sydow – ascomas formando crostas estromáticas confluentes (figuras 9 e 10). 20. Aphanopeltis Sydow – ascósporos hialinos; micélio tênue. 21. Prillieuxina Arnaud – ascósporos castanhos; micélio bem desenvolvido, escuro. GRUPO IV. Micélio e lóculos como no Grupo III, porém com ascomas lineares, em forma de Y ou de X; deiscência por fenda longitudinal. 22. Uleothyrium Petrak – ascósporos uni a tri-septados; picnídios presentes. 23. Echidnodes Theissen & Sydow – ascósporos uni-septados; hipostroma subcuticular ou intraepidérmico. 24. Echidnodella Theissen & Sydow – hipostroma substomatal. Figura 9. Neostomella splendida. A. asco, filamentos hamateciais e ascósporos; B. micélio hifopodiado; C. ascoma em secção longitudinal com hipostroma intraepidérmico. A C B 110 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 Figura 10. Neostomella mimosae. A. setor do ascoma em vista frontal e micélio hifopodiado; B. corte longitudinal do ascoma com hipostroma intraepidérmico; C. asco e ascósporos e filamento hematecial. A C B C A Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 111 RAPP – Volume 12, 2004 CONCLUSÃO Procurou-se nesta revisão resgatar a validade da ordem Asterinales que nos tratamentos mais recentes dos Ascomycetes tem sido incluída entre os Dothideales que abrangem gêneros com ascomas periteciais estromáticos geralmente imersos, sem micélio superficial extenso e nunca dimidiado escutelares. Enquanto os Asterinales são quase exclusivamente biotróficos, os Dothideales são sapróbios ou necrotróficos, em sua maioria. Várias famílias anteriormente incluídas entre os Dothideales foram promovidas à categoria de ordem, destacando-se os Capnodiales, Chaetothyriales, Microthyriales, Myriangiales, Pleosporales e Mycosphaerellales. O agrupamento das famílias Asterinaceae, Parmulariaceae e Englerulaceae em uma só ordem facilita, sem dúvida, a compreensão desta fascinante assembléia de fungos ricamente representada no Brasil. A família Parodiopsidaceae possui gêneros com características discrepantes que a situam fora dos Asterinales na conceituação ora adotada. Pretendeu-se com este trabalho facilitar a classificação dos fungos asterináceos, ao nível de gênero, sem a necessidade de se recorrer, de início, aos tratados em idiomas estrangeiros que tanto dificultam o aprendizado dos nossos alunos de pós-graduação e desfazer o mito da quase inacessibilidade dos iniciantes à sistemática e taxionomia do filo Ascomycota. O acerto desta proposta taxionômica precisará de tempo para ser confirmada ou não, no todo ou em parte, pelos estudos moleculares, por enquanto, inexistentes para a maioria dos gêneros de Asterinales. AGRADECIMENTOS O autor agradece a Kátia Maria Trindade Bezerra e Eusimar Junes dos Santos Filho pela ajuda na digitação do manuscrito e manuseio dos espécimes revisados; às excelentes micólogas e ex-alunas, Araílde Fontes Urben, Leonor Costa Maia e Edna Dora Martins Newman Luz, pela ajuda bibliográfica e revisão do manuscrito; e Raimundo Marques da Silva pela reprodução das ilustrações. LITERATURA CITADA ALEXOPOULOS, C.J.; MIMS, C.W. & BLACKWELL, M. 1996. Introductory mycology. 4 ed. John Wiley, New York. ARNAUD, G. 1918. Les Astérinées – Annls. Éc. natn. Agric. Montpellier, n. 112 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 Sér. 16:-288 ARX, J.A. von. & MÜLLER, E. 1975. A re-evaluation of the bitunicate Ascomycetes with keys to famílies and genera. Studies in Mycology. Baarn 9:1-159. BARR M.E. 1979. A classification of Loculoascomycetes. Mycologia 71:935- 57. BARR, M.E. 1983. The ascomycete connection. Mycologia 75:1-13. BARR, M.E. 1987. Prodromus to Class Loculoascomycetes. Lubrecht & Cramer, Forestburg. BARR, M.E. 1990. Prodromus to nonlichenized Pyrenomyceteous members of class Hymenoascomycetes. Mycotaxon 39:43-189. BATISTA, A.C. 1959. Monografia dos fungos Micropeltaceae. Instituto Micologia Universidade. Recife 56:1-519. BATISTA, A.C. 1960. Lembopodia, Yamamotoa e Peresiopsis, novos gêneros de Asterinaceae. Publicações. Instituto de Micologia da Universidade do Recife 291:1-35. BATISTA, A.C. 1961. Resendeia - um novo gênero de Polystomellaceae. Publicações. Revista Brotéria Sér., Ciências naturais 30(3-4):87-91. BATISTA, A.C. & BEZERRA, J.L. 1960. Naothyrsium – novo gênero de Rhizothyriaceae, associado a Palawania brosimi n. sp. Publicações. Instituto de Micologia da Universidade do Recife 250:1-15. BATISTA,A.C. & BEZERRA, J.L. 1964. Polystomellaceae: novas entidades brasileiras. Portugalia Acta Biológica Ser. B, Sistemática 7(4):361-82. BATISTA, A.C.; BEZERRA, J.L. & PERES, G.E.P. 1962. Três novos Polystomellaceae. Brotéria 31(1):1-7. BATISTA, A.C.; BEZERRA, J.L. & PERES, G.E.P. 1964. Ascomycetes da flora brasílica. Publicações. Instituto de Micologia da Universidade do Recife 438:1-22. BATISTA, A.C.; BEZERRA, J.L. & PERES, G.E.P. 1967. Lembosiopeltis n. gen. e outros Microthyriaceae da Amazônia. Atas do Instituto de Micologia. Universidade Federal de Pernambuco, Recife 5:225-34. BATISTA, A.C. & CIFERRI, R. 1957. Contribuição ao estudo dos ascomicetos pernambucanos. Sydowia Beihefte 1:325-41. BATISTA, A.C. & CIFERRI, R. 1959. Sistemática dos fungos imperfeitos de picnostromas com himênio invertido (Peltasterales). Mycopathologia et Mycologia Applicata 11:(1-2):1-102. BATISTA, A.C. & CIFERRI, R. 1962. The Chaetothyriales. Sydowia Beihefte 3:1-129. BATISTA, A.C. & CIFERRI, R. 1963. Capnodiales. Saccardoa 2, 296 p. BATISTA, A.C. & MAIA, H. da S. 1959. Posição do gênero Aphanopeltis Sydow. Anais da Sociedade de Biologia de Pernambuco 18(1):105-8. BATISTA, A.C. & MAIA, H. da S. 1960. Phaeopolystomella n. gen. e Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 113 RAPP – Volume 12, 2004 espécies de Cocconia, Cyclopeltis e Dielsiella. Saccardoa 1:42-7. BATISTA, A.C. & MAIA, H. da S. 1960a. Asterinaceae dos gêneros Trichasterina Arn. e Wardina Arn. Annales Histórico-Naturales Musei Nationalis Hungarici 52:109-17. BATISTA, A.C. & MAIA, H. da S. 1960b. Lembosiellina e Parasterinopsis, dois gêneros de Asterinaceae. Atas do Instituto de Micologia. Universidade de Pernambuco, Recife 1:323-9. BATISTA, A.C. & MAIA, H. da S. 1960c. Fungos Asterinaceae, dos gêneros Arnaudia Bat., Asterinopeltis Bat. & Maia e Asterolibertia Arn. Publicações. Instituto de Micologia da Universidade do Recife 226:1-26. BATISTA, A. C. & MAIA, H. da S. 1960d. Cirsosia Arnaud e Cirsosina Bat. – novas espécies. Revista de Biologia Lisboa 2(2):115-36. BATISTA, A.C.; MAIA, H. da S. & FARR, M.L. 1958. Novos gêneros e novas espécies de fungos Asterinaceae. Revista de Biologia, Lisboa 1(3- 4):287-98. BATISTA, A.C.; MAIA, H. da S.; LIMA, J.A. de & PERES, G.E.P. (1960). Asterinaceae dos gêneros Caudellopeltis Bat. & Maia, Clypeolella Höhnel, Dictyasterina Hansf. e Doguetia Bat. & J. A. Lima. Publicações. Instituto de Micologia da Universidade do Recife 277:1-27. BATISTA, A.C. & PERES, G.E.P. 1959. Alguns fungos dos gêneros Englera e Englerulaster. Revista de Agricultura Pernambuco 2(1):25-35. BATISTA, A.C.; PERES & G.E.P. 1962. Capnodiaceae: novos gêneros e novas espécies. Brotéria Ser. Ciências Naturais 31(2):81-92. BATISTA, A.C. & SOUZA, R.G. 1960. Steyaertia, Trichamelia e Trichosia novos Asterinaceae feodídimos. Publicações. Instituto de Micologia da Universidade do Recife 295:1-21. BATISTA, A.C. & SOUZA, R.G. 1960a. Duas novas espécies de Neostomella Syd. Publicações. Instituto de Micologia da Universidade do Recife 292:1-12. BENNY, L.; SAMUELSON, D.A. & KIMBROUGH, J. W. 1985. Studies in the Coryneliales. IV. Caliciopsis, Coryneliopsis and Coryneliopora. Botanical Gazette 146:437-48. BENNY, G.L. & KIMBROUGH, J.W. 1980. A synopsis of the orders and families of Plectomycetes with keys to gerera. Mycotoxon 12:1-91. ERIKSSON, O.E.; BARAL, H.O.; CURRAH, R.S.; HANSEN, K.; KURTZMAN, C.P.; RAMBOLD, G. & LAESSOE, T. 2003. Outline of Ascomycota. Myconet. www.umu.se/myconet/currente.html. DOIDGE, E. 1942. A revision of the South African Microthyriaceae. Bothalia 4:273-344. GAMUNDI, I.J. 1971. Las “Cyttariales” Sudamericanas. Darwiniana 16:461- 510. GÄUMANN, E. 1949. Die Pilze. Birkhauser, Basel. 114 – José Luiz Bezerra RAPP – Volume 12, 2004 HANLIN, R.T. 1990. Illustrated Genera of Ascomycetes. APS Press, St. Paul, MN. HANSFORD, C.G. 1946. The foliicolous ascomycetes, their parasites and associated fungi. Mycological Papers. 15:1-240. HAWKSWORTH, D.L. & ERIKSSON, O.E. 1994. Systema ascomycetum: the concept. In: Hawksworth, D.L. (Ed.). Ascomycete systematics: problems and perspectives in the nineties. Plenum Press, New York, p.349-55. Nato ASI series 269. KENDRICK, B. 1992. The fifth kingdom. 4ed. Waterloo. Mycologie Publications. KIMBROUGH, J.W. 1970. Current trends in the classification of Discomycetes. Botanical Reviu. 36:91-161. KIRK, P.M.; CANNON, P.F.; DAVID, J.C. & STALPERS, J.A. 2001. Dictionary of the Fungi. 9 ed. CABI Bioscience, Wallingford. KORF, R.P. 1973. Discomycetes and Tuberales. In: Ainsworth, G.C; Sparrow, K.K. & Sussmann, A.S. (Ed.). The fungi, an advanced treatise. Vol. IVA, a taxonomic review with keys: Ascomycetes and fungi imperfecti. Academic Press, New York, p.249-319. LUTTRELL, E.S. 1951. Taxonomy of the Pyrenomycetes. The university of Missouri Studies 24, p.1-120. LUTTRELL, E.S. 1973. Loculoascomycetes. In: The Fungi. Vol. IVA. Ainsworth, G.C.; Sparrow, F.K. & Sussman, A.S. (Ed.). The fungi, an advanced treatise. Vol. IVA, a taxonomic review with keys: Ascomycetes and fungi imperfecti. New York, Academic Press, p.135-219. LUZ, W.C. 2001. Classificação dos seres vivos para o novo milênio. Parte II. Classificação dos fungos. In: Luz, W.C.; Fernandes, J.M.C.; Prestes, A.M. & Picinini, E.C. (Ed.). Revisão Anual de Patologia de Plantas. Passo Fundo, RAPP, v.8, p.1-62. MÜLLER, E. & von ARX, J.A. 1962. Die Gattungen der didymosporen Pyrenomyceten. Beitr. Kryptogamenfl. Schweiz 11(2):1-922. NANNFELDT, J.A. 1932. Studien über die Morphologie und Systematik der nicht-lichenisierten, inoperculaten Discomycetes. Nova acta Reg. Soc. Scient. Upsala IV-8, p.1-368. PFENNING, L. & RODRIGUES-HEERKLOTZ, K.F. 1999. Evolução de sistemas de classificação dos ascomicetos. In: Luz, W.C.; Fernandes, J.M.C.; Prestes, A.M. & Picinini, E.C. (Ed.). Revisão Anual de Patologia de Plantas. Passo Fundo, RAPP, v.7, p.67-102. REYNOLDS, D.R. 1986. Foliicolous Ascomycetes 7. Phylogenetic systematics of the Capnodiaceae. Mycotaxon 27:377-403. SILVA, M. & MINTER, D.W. 1995. Fungi from Brazil recorded by Batista an co-workers. Mycological Papers 169:1-585. SIVANESAN, A. 1984. The bitunicate Ascomycetes and their anamorphs. J. Taxonomia de ascomicetos: Revisão da ordem Asterinales – 115 RAPP – Volume 12, 2004 Cramer, Vaduz. 701p. VIÉGAS, A.B. 1944. Alguns fungos do Brasil. II. Ascomycetes. Bragantia 4:5-392. YARWOOD, C.E. 1973. Pyrenomycetes: Eysiphales. In: Ainsworth, G.C.; Sparrow, F.K. & Sussmann, A.S. (Ed.). The fungi, an advanced treatise. Vol. IVA, a taxonomic review with keys: Ascomycetes and fungi imperfecti. Academic Press, New York, p.71-86.
Compartilhar