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ANÁLISE DOS SONHOS Complementar para a psicoterapia, não é obrigatória sua presença. Formação: Através de estímulos sensoriais; Situações do dia que não foram elaboradas, assimiladas erroneamente pelo ego; Sentimentos, pensamentos e desejos reprimidos. Fenômenos associados: Conteúdo manifesto do sonho – Nunca é o mesmo do sonho real pois a mente ‘censura’ o que exatamente ocorreu, a fim de lógica e causalidade; é o que o paciente relata. Elaboração onírica secundária – Processo de elaboração que os sonhos passam, em busca de sentido, lógica e causalidade. Conteúdo latente do sonho – As pulsões e desejos recalcados que são simbolizados no sonho. Censor onírico – Uma ‘censura’ feita por mecanismos de defesa enfraquecidos, evidente em sonhos abstratos; a fim de proteção do ego frente ao infinito impacto de materiais inconscientes. Mecanismo de Defesa: Condensação: Concentração de vários significados inconscientes, que tenham analogias entre eles, num único símbolo; evidente no conteúdo manifesto; Repressão: Esconder conteúdos que venham a ser nocivos ao ego, tornando-os ID; Simbolização: Manifestação do inconsciente, simbolizadas através da tradução afetiva do ego. Linguagem do processo primário – Comandado pelo prazer, pelo desejo. Formação de compromisso entre as pulsões do ID e as defesas do Ego que permitem uma gratificação parcial e tolerável – Os sonhos respeitam o interesse das 03 estruturas psíquicas, e nunca há gratificação total por conta dos interesses contrários entre, por exemplo, ID e Superego. Funções dos Sonhos: Descarga pulsional – Descarregar as pulsões, mesmo quando censuradas; Realização de Desejos – Sempre será uma realização parcial, porque independente do desejo, ocorreu somente no sonho e não na ‘realidade’; Maneira de elaborar situações traumáticas – Artifício para lidar com situações traumáticas do mundo real, pensar em alternativas; Função adaptativa e de integração do ego – Gerar instrumentos para enfrentar a realidade, ou situações desagradáveis; Forma de comunicação de experiências emocionais antigas que ainda estão representadas no Ego – Experiências emocionais que não receberam significação/decodificação, aparente nos sonhos; Função elaborativa – modo de pensar durante o sono – Maneira de julgar situações futuras que venham a ser desagradáveis; preparação para o episódio. Processo criativo e gerador de sentidos e de novos significados – Processo criativo de repensar conteúdos conscientes, através de outras óticas, a fim de ressignificação. Método de interpretar sonhos: Considerando que através dos sonhos, os materiais inconscientes são acessíveis mais facilmente, há a possibilidade de externalizar esses materiais e ressignificá-los. Interpretação simbólica: Interpretar os símbolos presentes no sonho, através de significações universais; se sustenta na fragmentação dos sonhos em símbolos, interpretado por alguém que conheça essas significações. Interpretação por decifração: Os elementos têm significados fixos e pré-determinados, mas é considerada as características do sonhador. Interpretação científica: Preparação psicológica do paciente: Estimular que o paciente dê mais atenção às próprias percepções psíquicas; eliminar a crítica pela qual ele filtra os pensamentos; Conteúdo do sonho: Interpretar o sonho como parcelas isoladas; estimular associação do paciente para cada parcela (‘Pensamento de fundo’); justificativa -> as associações das parcelas têm sua importância pelo interesse nos detalhes e não pelo todo em si. Sonho como realização de um desejo Sonhos de conveniência: Desejos apresentados como realizados; Sonhos de elaboração: Desejos não são apresentados como realizados; Sonhos de angústia: Angústia, ansiedade como sinal nos sonhos; normalmente sinaliza que algum conteúdo reprimido está ameaçando ser externalizado. A deformação dos sonhos: Realização de desejos, parcialmente, de forma disfarçada; por conta do censor onírico. Sonhos de contra desejos: Resistência ao processo terapêutico; Se defender, transformando ações ativas em passivas; Desejos masoquistas – culpa e apelo por punição. TODO SONHO É A REALIZAÇÃO (DISFARÇADA) DE UM DESEJO (SUPRIMIDO OU REPRIMIDO). A Psicologia dos Processos Oníricos Esquecimento dos Sonhos – por conta das defesas, proteções; Regressão – regredir a uma situação anterior; Realização de desejos; Funções dos Sonhos – Sonhos de angústia; O modelo da mente – ID, Ego e Superego; A fisiologia mental – Os processos mentais e as defesas; Reforçar suas estruturas mentais (Inconsciente; Pré-Cons; e o Consciente). Características: Sonho como um ato psíquico tão importante quanto o falar, pensar; Motivado pelo desejo; A deformação é por conta dos mecanismos de defesa; São relevantes ao contexto vigente pessoal do paciente. Esquecimento dos Sonhos: Papel da censura; A elaboração onírica atende ao ID, ego e superego; Determinismo psíquico: nada é ao acaso, arbitrário; Não há nada de insignificante nos sonhos; Há intencionalidade do inconsciente. Dicas técnicas: Sonhos difíceis: Pedir para repetir; aquilo que for modificado, é importante; Dúvida no relato: Como o esquecimento, serve aos propósitos da censura onírica; Sonhos tidos numa mesma noite: Em geral, devem ser tratados como um todo único; Associações superficiais: são substitutos de associações mais profundas suprimidas (censura). Regressão Não aparente em vigília, por conta da repressão do desejo; é aparente em momentos de fadiga; pensamentos oníricos são expressos preferencialmente através de imagens, pela regressão. Restos Diurnos Tudo o que não foi bem assimilado, conscientemente; que foi estimulado no inconsciente pelos estímulos recebidos em vigília, por não ter sido resolvido por alguma insuficiência pessoal. Psicologia da Formação dos Sonhos Origem dos Desejos: Que são capazes de produzir sonhos: Desejos que em vigília foram repudiados, jogados para o inconsciente. Desejos despertados durante o sono, provenientes de conteúdos inconscientes, que não são ligados com a vida em vigília. Que necessitam de desejos inconscientes compatíveis para ter o sonho: Desejos despertados durante o dia por fatores externos, que não foram satisfeitos/atendidos -> permanecem no pré-consciente; Desejos fisiológicos, necessidades corporais. Realização de Desejos: Sonhos; lapsos; devaneios/fantasias: expressar desejos deformados, por conta da censura do Superego; Alucinações/Delírios: expressar desejos deformados por um ego desorganizado; Sintomas: expressão de desejos opostos entre si (ID e Superego, por exemplo). Psicologia dos Sonhos desagradáveis Os restos diurnos são de matérias desprazerosos, quando: Ideias desagradáveis são substituídas por ideias opostas, fazendo com que afetos desagradáveis sejam suprimidos -> Sonho de realização de desejo comum; Ideias desagradáveis, penetram no sonho de forma modificada: Os afetos desagradáveis são suprimidos -> Sonhos vividos com indiferença; Os afetos desagradáveis permanecem -> Sonhos de angústia. Sonhos que punem a quem sonha, por conta de desejos proibidos e reprimidos -> a força motivadora não vem do inconsciente, mas sim do Superego. Conclusões Mente (enquanto ID, ego e superego) e cérebro são efetivos tanto no sono quanto em vigília; O funcionamento mental enquanto há o sonho, não é um funcionamento psicótico, embora a psicose seja uma das formas de expressão do Processo Primário de Pensar; Função dos Sonhos: guardião do sono; na fase REM, há um reprocesso das informações adquiridas em vigília, a fim de melhor assimilação. Significado dos sonhos: caráter fisiológico/pessoal de cada indivíduo; Os sonhos deixam de ter caráter místico e religioso; Sonhos precisam de tradução, não interpretação; Sonhos lidam com o que é atual ao sonhador; Sonhos podem dar retratos claros e buscar soluções. Desenvolvimento psicossexual, segundo Freud Teoria sequenciada, sustentada pelo biológico; atrelado com o psicológico. Processos maturacionais: Investimentoda libido em zonas erógenas, a fim de gratificação sexual; São fases sequencias; Maturação do Ego – do narcisismo primário às relações interpessoais (investimento da libido em algum objeto externo). Libido: energia sexual a fim de prazer, de forma ampla. Fases: Zonas erógenas -> Objetos (manifestos/latentes/concretos...) Relações objetais: bom, mau, idealizado ou perseguidor. Há uma regressão a uma etapa anterior de desenvolvimento, ao qual houve uma fixação por grande satisfação ou por imensa frustração (a fim de punição), na fase em questão. Isso quando o adulto passa por alguma frustração/decepção. Fase Oral: Zona erógena: Boca e região; Objeto -> Seio (através da amamentação pela mãe; função de nutrir, sustentar); O seio é o Objeto Parcial, enquanto a mãe é o Objeto Total; Amamentação tem a função de reduzir a tensão, provocando o prazer de natureza sexual; tem funcionalidade a sobrevivência; Ligação com transtornos alimentares; O choro e a amamentação estão ligados a fatores futuramente como insegurança, frustração, passividade, desamparo e dependência; Constante a relação das necessidades biológicas para com as psíquicas. Incorporação: Primeiro contato com objetos do mundo externo, através da amamentação; protótipo da relação interna com a externa; 1º Subestágio: Etapa de passividade e da sucção, a fim de incorporação do que é dado para apreender o mundo; necessidade de um objeto constante (constância objetal) para melhor apego e vínculo; 2º Subestágio: Etapa ativa e de agressividade, coincide com o início da dentição; maneira para destruir o que acha ofensivo... Fase oral sádico-canibal; Quando começa a perceber que o seio não o pertence a todo momento, que ele não é autônomo...gera sentimentos ambíguos, de amor e ódio; Antes havia o ‘amor->incorporação’, agora há o ‘mastigar->destruir’. Angústia do 8º mês como 2º Organizador psíquico (Spitz): Por conta da introjeção desse objeto passional/maternal, a criança já a diferencia das demais pessoas e costuma chorar pela distância do objeto de apego.[1: O 1º Organizador psíquico para Spitz, é o ato de ‘sorrir’ para os rostos conhecidos. Sendo ‘Organizador psíquico’, marcos desenvolvimentais que sinalizam um crescimento esperado.] Conjecturas sobre o caráter oral: fumantes, alcoolistas, gostar de discursar, muito falantes, chupar dedos, compulsão alimentar. Fase Anal: Por volta dos 02 anos; Fixação na área anal. Ligado ao controle do defecar e urinar; cognição do caminho das refeições e líquidos pelo corpo, até ‘por magia’ se transformarem em fezes e urina; Momento da maturação psicomotora, que leva a autonomia, mobilidade e ao controle esfincteriano -> experiência de poder; que suas ações podem ter controle sobre o ambiente; Fase de desafio, confronto, controle; Regras e limites começam a ser aparentes, perda de liberdade -> O ‘não’ como 3º Organizador psíquico; Há uma relação de ambiguidade: enquanto a criança quer o controle do ambiente e impor seus desejos, também procura uma figura paternal de carta rigidez, a fim de segurança e confiança. Dois processos básicos para evolução psicológica: Fantasias quanto aos seus primeiros produtos (fezes), se são bem vistos ou não pelo ambiente; Como se relaciona com o mundo através desses produtos (andar, falar e fezes), por conta do controle e certa autonomia. Modalidades a serem estabelecidas: Projeção – ligada a exteriorização; Controle; Retenção – ligada a personalidades mais retraídas, tímidas ou a pessoas muito expansivas, de descontrole emocional. A forma como se dá e educação quanto ao controle esfincteriano, repercute vitalmente; A avaliação dos pais quanto aos produtos da criança, afetam em seu sentimento de ser amado ou não; Sentimentos que influenciam na criatividade, autoestima. Etapas Anais: Anal expulsivo: expulsão das fezes -> projeção; não há o controle; Anal retentivo: retenção, ao controle -> mecanismos de controle; Aspectos relacionados ao caráter anal -> (des) controle, colecionadores, pessoas muito possessivas, avarentos, super gastões... Fase Fálica Por volta dos 03 anos. Atenção pela diferença entre os gêneros; dirigido aos genitais -> masturbação/exploração do corpo; Pessoas com ou sem FALO (pênis); levando em conta o contexto cultural, normalmente ligado ao poder; influência na identidade sexual; Fantasia masculina -> fantasia da castração, originada pela exploração do corpo e que é reprovada pelos pais, com a ameaça de perda (Complexo da Castração); medo de perder o falo, ‘igual as meninas’; Fantasia feminina -> clitóris (pênis a ser desenvolvido) /castrada; fantasia que o falo vai ser desenvolvido; Nos meninos, a figura de paixão continua sendo a mãe, o que traz ódio e ciúmes quanto ao pai, fazendo-o planejar ações para afastar o pai da mãe; O pai tem o papel de ‘castrador’, fazendo com que a criança assimile que a mãe pertence ao pai; Por isso, esse menino se identifica e se espelha no pai para ter alguém igual a mãe. (Quebra do Complexo de Édipo). Nas meninas, começa a paixão pelo pai e o ódio pela figura da mãe, pelos mesmos motivos já citados e assim, identificação e introjeção pela figura da mãe. Como consequência do temor da castração e inveja do pênis: Para aliviar a ansiedade, ocorre a identificação e introjeção de características parentais, que leva ao estabelecimento de papéis culturais mais aceitos socialmente. Gênese do Superego Período de Latência Não é uma fase, pois não há somente uma zona erógena; intermediário entre a infância e adolescência; libido ligada ao aprendizado, a intelectualidade -> sublimação. Resolução do Complexo de Édipo: desenvolvimento do Superego (mais regras e valores); o “ideal do ego” (são as aspirações possíveis, ‘deveria ser assim’) e o “ego ideal” (engloba as ações para concretizar as pulsões). Há uma repressão da energia sexual, por brincadeiras sendo distintas por gênero; há segregação; Antecede a entrada na adolescência, intermediando a sexualidade ‘pré-genital’ e a ‘genital’, onde se torna possível a reprodução e consumação dos desejos. Fase Genital Adolescência Volta dos desejos incestuosos por conta da possibilidade da consumação: comum a procura de afastamento, do menosprezo por tudo que esteja ligado ao pai/mãe...isso em reflexo dos mecanismos de defesa a fim de isolamento, repressão; Libido ligada a objetos externos, não incestuosos; Discussões acerca da maturidade sexual, emocional, intelectual e social; fase de tomada de decisões quanto a fase adulta e suas preferências; Pontos de fixação definirão conflitos, regressões e psicopatologias; Homossexualidade – visita como uma ‘inversão’; tem diversas possíveis causas; Gênero não compatível com sua função (P.e: ter o falo, mas não a masculinidade); Quando há uma mãe fálica (poderosa) e a criança se identifica com ela, a fim de continuar a ter o seu falo; Pai ausente; Homens extremamente narcísicos onde há um medo enorme pela castração, que o faz ter repulsa da mulher que viria a roubar seu falo. Homossexualidade vista como uma condição, não como uma escolha; reflexo das vivências/experiências enquanto na infância, da maneira como introjetou as figuras paternas; por volta dos 4 ou 5 anos, já há indícios da orientação sexual; há questões genéticas também envolvidas. MELANIE KLEIN Conhece a Psicanálise, como paciente; Estudo e observação do desenvolvimento emocional, nas crianças; Inova ao tratar as crianças, psicóticos e autistas. CONCEITOS KLEINIANOS – “TEORIA DAS RELAÇÕES OBJETAIS” Período narcisista – como aquele anterior ao apelo objetal; libido toda investida no eu; Primeiro objeto de amor – Seio; para Freud era a mãe; por ser o primeiro objeto necessitado, aquilo que me falta; Teoria ‘seiocêntrica’, em combate ao falocentrismo freudiano; Ideia de objeto parcial-> Seio, como algo alheio a mãe; Ideia do objeto total -> mãe, quando percebe a integração do seio a mãe; Seio ‘bom’ -> quando o desejo é suprido, é satisfeito; Seio ‘mau’ -> aquele que não alimenta, que falta;Ideia de fragmentação, de cisão; onde os episódios ruins são projetados no ‘seio mau’ e os bons, no idealizado ‘seio bom’. No 1º ano de vida, quando deixa de existir a simbiose entre a mãe/bebê, com a presença do pai (figura castradora); A precocidade do Complexo de Édipo e da formação do Superego; Ideia da inveja do ‘seio’, contrapondo a ideia do falo. ‘Inveja’ enquanto um instinto de morte, bem primitivo, inato; ‘Seio’ como o primeiro objeto de inveja; Sempre relacionada a algum objeto/característica do outro. ‘Ciúmes’ como um sentimento menos primitivo, mais elaborado; uma experiência triangular, de medo de perder algum objeto de posse, para o outro. Anna Freud – Usava da Psicoeducação, a fim de orientação de tutores e cuidadores; trabalho pedagógico. Melanie Klein x Anna Freud – Contrariando os Freud, Melanie acredita sim que é possível a terapia infantil, que há transferência e expressão..., mas a partir do brincar – Ludoterapia. Melanie Klein acredita nas fases sexuais, mas acrescenta duas ‘Posições’, que se alternam durante toda a vida. Posição Esquizoparanóide: Ego primitivo: instinto de vida e de morte; Divisão do ego: instinto da morte projetado no seio; Seio dividido em ideia e persecutório; ‘Esquizo’ – por conta da cisão do ego, em bom e mau; ‘Paranoide’ – por assimilar o mau, a algo persecutório e desprazeroso. Ansiedade na posição: Aniquilação do objeto ideal e do eu; Ansiedade paranoide é predominante, e o estado do ego e de seus objetos é caracterizado pela divisão, que é Esquizóide. Posição Depressiva: Tem início na fase oral; ‘Depressiva’ por conta das desilusões e lutos necessários, a fim de desenvolvimento; Perda por conta do luto do objeto idealizado e reconhecimento do objeto total e da relação com ele; Ansiedade proveniente do amor e ódio; aprender a conviver com essa ambivalência; surgindo o ‘desespero depressivo’; Surgem sentimentos como: o luto; anseio pelo objeto bom e a culpa; Conflito depressivo enquanto uma luta entre a destrutividade, raiva/hostilidade latente no bebê, e impulsos reparadores de culpa. WINNICOTT Da pediatria a psicanálise; Compreende que a maioria das mães que o procuravam, apenas queriam ser ouvidas, por estarem angustiadas; Teoria do Desenvolvimento Emocional Valorização do ambiente – ‘ambientalista’; Maior atenção pela realidade, não pelo imaginário das relações objetais; Fase inicial do Desenvolvimento: Bebê não tem sentido de integração, das significações das coisas; Todos nascem com uma potencialidade inata/tendência para o desenvolvimento sadio; somado a um ambiente facilitador, ocorre de fato o desenvolvimento. Preocupação materna primária, inata; Mãe como ego auxiliar, para observar as situações e agir; ‘Mãe suficientemente boa’ -> que compreende as necessidades do bebê, mas que equilibra a frustração e gratificação, de forma natural; Holding -> capacidade de manter um bom suporte emocional; Handling -> Mantimentos enquanto concretos (palpáveis), favorecedores; Função especular da Mãe: ‘sou visto, logo existo’, sentimento de estar vivo; “A criança faz o ambiente e o ambiente faz a criança”; O ambiente ‘relação mãe-filho’ é base para estabilidade mental; Ilusão da onipotência: capacidade de criar tudo que necessita para sobreviver; é a origem da criatividade; necessária a frustração quanto a ilusão, para criar uma boa tolerância; Ambiente facilitador + Holding adequado = traz autonomia, portanto a continuidade existencial; Ambiente complicador + Holding falho = traz obstáculos ao desenvolvimento. Estágios da Fase inicial de desenvolvimento: Não nega os anteriores estágios estabelecidos. Dependência absoluta: unidade ‘mãe-bebê’; Dependência relativa: 6 meses -> ‘eu’ e ‘não-eu’; Independência: A partir dos 7 meses -> ‘eu sou’. Maturação emocional – Considerando a cisão do ambiente ‘mãe’ para o ‘exterior’. Integração -> ‘eu sou’/constituição da ideia somática e psicológica; Personalização -> ‘si mesmo’ /integração psique-somática; Início das relações objetais; interação com outros objetos ou ambientes. O verdadeiro e falso Self Ambiente facilitador + Holding adequado + autonomia = continuidade existencial, verdadeiro Self; Ambiente complicador + Holding falho + obstáculos ao desenvolvimento = escala de patologias, falso Self. Ambos Self’s convivem concomitantemente no nosso psiquismo. Falhas ambientais – Considerando as extremas, pois ‘frustrações razoáveis’ são necessárias. Falso Self ‘saudável’ -> protege o real sem substituir; uso sadio dos mecanismos de defesa; Falso Self ‘patológico’ -> substitui a realidade; Falhas no Holding, Handling e na apresentação dos objetos (o mundo, o pai...) -> falta de atenção, concentração, coordenação motora ineficaz, sentimentos de tédio, vazio e futilidade; Transicionalidade Objeto transicional: Algo de posse, localizado na zona intermediária da relação mãe-bebê -> tolerância a angústia da separação; Espaço transicional: onde há a transição da dependência absoluta para a relativa; Abandono do objeto -> evolução maturacional; substitui-se pelo espaço potencial e criado pelo homem. Tendência antissocial Reflexo de intensas privações infantis; ocasiona defesas radicais levando a psicose infantil; Privação: ainda não houve a diferenciação do ‘eu’ e ‘não eu’ completamente; além de não ter estabelecido vínculos. Deprivação: abandono após o desenvolvimento adequado da diferenciação e de ter estabelecido vínculos; consequentemente torna delinquência e talvez, psicopatia. Consultas terapêuticas e o Jogo dos Rabiscos Consulta pediátrica com um enfoque psicológico, dando margem às fantasias da criança e a observação dos comportamentos.
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