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Lingua portuguesa L01 parte 1

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Língua
Portuguesa
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
2
Comentários e 
AnotaçõesLinguagem e
comunicação
humana
Nesta primeira unidade 
de seu curso, serão 
apresentados alguns 
elementos da comu-
nicação humana, seu 
processo e seus regis-
tros. Você terá a opor-
tunidade de conhecer 
diferentes formas de 
comunicação que serão 
úteis em diversas situ-
ações de seu estudo, 
seja na redação de tra-
balhos escritos ou em apresentações para grupos de pessoas 
em sua faculdade e, no futuro, fora dela. Para ajudá-lo a apri-
morar sua habilidade de comunicação, analisaremos alguns 
vícios de linguagem que costumam prejudicar a comunicação 
para que você possa reconhecê-los e se policiar para evitá-los.
Esta unidade se encerrará com a apresentação dos temas 
denotação e conotação, para melhorar seu desempenho na 
interpretação de textos. Lembre-se de que a capacidade de 
inferir corretamente o que um texto técnico deseja expressar 
é um divisor de águas para um estudante, pois ela garante 
que você absorva os conteúdos e, também, que seja capaz 
de transmitir exatamente o que deseja. Por isso, aproveite 
este momento para investir na sua própria capacidade de 
comunicação. Mãos à obra!
U
ni
da
de
 1
http://www.freepik.com/index.php?goto=74&idfoto=794411
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
3
Comentários e 
AnotaçõesLinguagem: o que é isso?
O emprego da linguagem (ou 
de várias linguagens) é a fer-
ramenta que torna possível 
nossa vida em sociedade. A 
linguagem é o instrumento 
pelo qual expressamos nos-
sas ideias, pensamentos, 
sentimentos, emoções, etc. 
Da mesma forma, é por intermédio da linguagem que recebemos 
essa mesma carga de informações das pessoas que nos cercam. 
Por isso é que podemos afirmar que a linguagem é o elemento 
que nos une e nos transforma em seres sociais, que fazem uso 
intenso da comunicação para viverem em sociedade.
Comunicação, palavra mágica!
A princípio, quando pensamos em linguagem, logo nos vem à 
mente o uso da palavra. De imediato pensamos em uma con-
versa entre duas pessoas, em um discurso para uma plateia, 
em um noticiário de TV, em um livro, e assim por diante. To-
dos são exemplos do uso da língua. Nesses exemplos, esta-
mos nos referindo à linguagem verbal, que está presente em 
todos os momentos do nosso dia.
Linguagem e comunicação andam juntas. A linguagem é o con-
junto de elementos que as pessoas usam para estabelecer a 
Sim, tudo isso é linguagem. Mas 
linguagem é apenas isso? Indo 
mais além, você já parou para pensar em quantos 
recursos uma pessoa utiliza para se comunicar? 
Pense nisso
http://www.freeimages.com/photo/talking-1239092
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
4
Comentários e 
Anotaçõescomunicação. A comunicação só pode se estabelecer se algum 
tipo de linguagem for empregado! E a linguagem empregada 
na comunicação pode ser muito diferente da linguagem verbal. 
Quando falamos em linguagem, estamos falando em...
Diferentes códigos, 
diferentes linguagens!
Como você viu até agora, a comunicação pode acontecer 
por intermédio de muitas linguagens. Isso nos mostra que a 
linguagem é qualquer sistema com seu próprio conjunto de 
sinais que as pessoas usam para se comunicar.
Definição!
De acordo com Celso Cunha e Lindley Cintra, “Lin-
guagem é um conjunto complexo de processos – 
resultado de uma certa atividade psíquica profun-
damente determinada pela vida social – que torna 
possível a aquisição e o emprego concreto de uma 
língua qualquer” e “Usa-se também o termo para 
designar todo sistema de sinais que serve de meio 
de comunicação entre os indivíduos. Desde que 
se atribua valor convencional a determinado sinal, 
existe uma linguagem, ou seja, a linguagem falada 
ou articulada” (CUNHA; CINTRA, 1998, p. 1).
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
5
Comentários e 
Anotações
Isso é linguagem... 
Isso é linguagem... 
E isso, certamente, 
também é linguagem!
O que mais é linguagem?
• O conjunto de placas e sinais de trânsito...
• As notas de uma partitura 
musical...
• Os passos de uma dança...
• O sistema Braile dos 
 deficientes visuais...
• Os diferentes toques de 
um clarim militar...
• E as bandeiras dos países!
Nem sempre nós reconhecemos 
todas as variações que existem 
para a linguagem. Temos o hábito de pensar que 
a linguagem é sempre a formal, escrita, mas a ver-
dade é que, cada vez mais, as pessoas usam formas 
alternativas para se comunicar. Aliás, você já parou 
para pensar em quantas vezes você mesmo faz isso 
no dia a dia? Quantas vezes você troca uma frase 
por um gesto, uma conversa ao vivo por um SMS ou, 
até mesmo, uma palavra por um emoticon?
Pense nisso
http://www.freepik.com/index.php?got-
o=74&idfoto=720409
http://www.freepik.com/free-photo/
braile-book_343666.htm#ter-
m=braile&page=1&position=0
http://pt.freeimages.com/photo/hands-
talking-1311838 
http://pt.freeimages.com/photo/crazy-fac-
es-1430642
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
6
Comentários e 
AnotaçõesTipos de linguagem
São tantas as possibilidades e variações no estudo das lin-
guagens que, para facilitar nosso trabalho, vamos empre-
gar uma distinção clássica sobre os tipos de linguagem. A 
partir dessa distinção, definiremos nosso objeto de estudo 
logo em seguida. As linguagens se dividem em verbal, não 
verbal ou mista. Vamos conhecer cada tipo em detalhes e 
com exemplos.
Verbal:
Como já vimos, é aquela que emprega a palavra em sua for-
ma escrita ou oral. Um bom exemplo está nos livros, revistas 
ou jornais. Veja, por exemplo, este trecho de uma reporta-
gem da Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios 
sobre “A juventude e o empreendedorismo”:
O empreendedorismo é a mola mestra da nossa 
história. Foi a audácia dos grandes empreendedores 
que trouxe à luz a realidade em que vivemos hoje, 
cheia de inovações e conexões. Da descoberta do 
fogo e da roda até o lançamento dos primeiros com-
putadores e smartphones, as grandes transformações 
da humanidade foram promovidas por aqueles que 
colocaram em prática os seus projetos e ideias, com 
coragem, inteligência e perseverança.
No entanto, embora o desenvolvimento da nossa 
sociedade seja algo a ser celebrado, muitos estu-
diosos do comportamento humano afirmam que as 
facilidades proporcionadas pela modernidade estão 
tornando as pessoas escravas de seus gadgets e, 
com isso, mais preguiçosas e menos criativas. Nesse 
cenário, os jovens, que já nasceram em meio ao uso 
de tantas tecnologias, tendem a ser os mais afetados.
Fonte: (PEGN, 2015, p. 1).
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
7
Comentários e 
AnotaçõesNão verbal:
É a linguagem que 
não se utiliza da pala-
vra, baseando-se em 
outros sinais, como 
a mímica, a dança, 
a imagem, etc. Um 
exemplo está em 
um espetáculo de 
balé, que é capaz de 
transmitir uma es-
tória com início, meio 
e fim a quem assiste. 
E, mais que isso, é 
capaz de transmitir sentimentos e sensibilizar o espectador 
sem usar uma só palavra. Na imagem, você tem o exemplo 
do balé clássico.
Mista: 
É a linguagem que faz uso tanto da linguagem verbal quanto 
da não verbal. Exemplo: histórias em quadrinhos, filmes, 
produções audiovisuais em geral.
Nosso curso está voltado para o estudo da linguagem ver-
bal. Vamos dar atenção especial ao estudo do nosso idio-
ma, a Língua Portuguesa, em suas formas mais conhecidas 
de manipulação: a linguagem oral e a linguagem escrita. 
Esse é o objeto de estudo da linguística, a ciência que se 
dedica ao estudo da linguagem articulada como língua, ou 
Todos esses exemplos são tipos de 
linguagens,porque permitem que a 
comunicação aconteça. Mas, neste curso, vamos nos 
concentrar em um tipo de linguagem especial!
Atenção
http://www.freepik.com/free-vector/ballet-dancer-silhouette-vector-art_720902.htm#ter-
m=ballet&page=1&position=4
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
8
Comentários e 
Anotaçõesseja, como linguagem verbal. A palavra é a base de estudo 
da linguística.
Elementos da comunicação humana
Você já parou para pensar em tudo o que está envolvido em 
um simples diálogo? No quadrinho acima, você tem o exem-
plo de um diálogo simples, com poucas palavras e apenas 
dois personagens. Mas, ainda assim, há muito mais elemen-
tos nessa comunicação do que pode parecer à primeira vista. 
Vamos esmiuçar?
1. Quando Calvin inicia o diálogo com Haroldo, 
ele emite uma comunicação (“Oi, Haroldo! Fa-
zendo o quê?”), ou seja: ele se torna o res- 
ponsável pela comunicação, aquele que ini-
cia a conversa. A esse indivíduo, nós damos o 
nome de emissor da comunicação. Na maior 
parte das vezes, o emissor é uma pessoa, mas 
nem sempre é esse o caso. Quando uma em-
presa emite um comunicado, por exemplo, ela 
é a emissora.
2. Se o emissor emite, certamente alguém 
recebe a comunicação, não é mesmo? A 
este segundo indivíduo, nós damos o nome 
de receptor. Nem sempre o receptor é um 
indivíduo apenas. Pense, por exemplo, no 
Fonte: LENDO & APRECIANDO (2014, p.1).
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
9
Comentários e 
Anotaçõescaso de um jornal. Todos aqueles que leem 
são receptores daquilo que o jornal comunica
3. Mas, afinal, o que está sendo comunicado aqui? 
Ainda que não pareça, essa é uma pergunta 
complexa. Aquilo que é transmitido é conhecido 
como mensagem e se refere ao conjunto de to-
das as informações que são enviadas. Observe 
que a mensagem vai além do conteúdo em si. 
Suponha que haja um comunicado, escrito, a ser 
comunicado para uma plateia. Certamente, as 
palavras do texto terão significado para aquelas 
pessoas e transmitirão uma mensagem, mas 
outros elementos também poderão interferir no 
que será assimilado pela audiência. A postura de 
quem lê, a entonação e as ênfases são exem-
plos de como um conteúdo puro pode ser rece-
bido como uma mensagem diferente de acordo 
com o modo como a comunicação se dá.
Há 75 anos, rádio transmitiu ‘invasão alieníge-
na’ à Terra e assustou milhões
Em 30 de outubro de 1938, marcianos invadiram 
a Terra. Pelo menos em uma transmissão de rádio 
A comunicação vai muito além do con-
teúdo da mensagem. A reportagem 
abaixo conta o que houve quando Orson Welles, um cineas-
ta, leu trechos do livro “A Guerra dos Mundos”, de George 
Wells, no rádio ao vivo em 1938. Os ouvintes acreditaram 
que, de fato, acontecia uma invasão alienígena na Terra!
Atenção
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
10
Comentários e 
Anotações
que disseminou preocupação e até pânico entre os 
milhões de ouvintes da Columbia Broadcasting Sys-
tem (CBS) nos Estados Unidos. Às 21h, uma mu- 
lher entrou apavorada na 47.ª delegacia de polícia 
de Nova York. Carregava duas crianças pequenas, 
roupas e mantimentos. “Estou pronta para deixar a 
cidade”, anunciou para os policiais, segundo relato 
do New York Times do dia posterior.
Na verdade, o noticiário veiculado naquela estação 
de rádio era uma adaptação do livro A Guerra dos 
Mundos, de H. G. Wells, narrada por Orson Welles 
e pela companhia teatral Mercury Theatre on the 
Air. No início do texto, uma mensagem avisava que 
a peça se constituía de ficção. Mas muitas pes-
soas só começaram a ouvir depois, quando a nar-
rativa retratava a queda de um meteoro em uma 
fazenda de Nova Jersey e a descoberta de que o 
“meteoro” era uma nave cheia de alienígenas mu-
nidos de raios mortais e inclinados a exterminar a 
espécie humana.
No livro e na transmissão, os seres extraterrestres 
são descritos como marcianos, ou seja, oriundos 
de Marte. Antigamente, a possibilidade de vida 
fora da Terra era sempre associada a esse plane-
ta. “Marte estava no imaginário popular”, lembra 
Ademar Gevaerd, editor da Revista UFO. “Tinha-
se mais informações sobre Marte do que sobre 
outros planetas. Depois foi a vez de Vênus.”
Após o envio de sondas da Nasa a Marte – 
como a Curiosity, que perscruta o solo marciano 
neste exato momento –, o planeta deixou de se 
enquadrar como candidato a abrigar vida inteli-
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
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Comentários e 
Anotações
gente. Mas ufólogos apontam para mais longe: 
acreditam que seres de planetas mais distantes 
já tenham visitado a Terra. Por outro lado, as-
trônomos alegam que, com a tecnologia que se 
conhece hoje, os planetas mais próximos com 
condições de ter vida estão longe demais para 
enviar representantes para cá.
De qualquer forma, a adaptação da história de A 
Guerra dos Mundos teve impacto no imaginário 
popular. Talvez impacto maior do que esperava 
seu idealizador, que chegou a pedir desculpas por 
qualquer dano, incômodo ou problema provoca-
do. O New York Times do dia seguinte relatou o 
recebimento de 875 telefonemas sobre o assunto. 
Em um deles, o homem perguntava a que horas 
seria o fim do mundo. Em outro, o leitor reclamava 
que todos os seus convidados haviam abandona-
do o jantar em sua casa para fugir dos marcia-
nos. No hospital de St. Michael, em Newark, 15 
pessoas tiveram que ser atendidas por conta de 
choque e histeria.
A quantidade de ligações sobre o assunto era tão 
grande que jornalistas começaram a investigar 
o caso. Assim, a agência de notícias Associated 
Press achou conveniente emitir o seguinte comuni-
cado: “Nota aos editores: as perguntas aos jornais 
de ouvintes de rádio em todo o país nesta noite 
a respeito de um meteoro caindo e matando pes-
soas em Nova Jersey são resultado de uma dra-
matização em estúdio.”
TERRA EDUCAÇÃO, 2013, p.1
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
12
Comentários e 
Anotações4. Uma mensagem sempre é transmitida sob a for-
ma de algum código, ou seja, usando um con-
junto de sinais que são conhecidos tanto pelo re-
ceptor quanto pelo emissor. A Língua Portuguesa 
é exemplo de um código.
5. Um canal de comunicação também é requi-
sito para que a mensagem seja transmitida. 
Esse canal se refere ao meio de transmissão 
da mensagem e, nas últimas décadas, o avanço 
tecnológico tem trazido muitos novos canais de 
comunicação. Rádio, televisão, livros, computa-
dores, celulares e tablets são alguns dos canais 
mais comuns nos dias de hoje. Mas nem sempre 
foi assim. Observe, por exemplo, o aparelho da 
foto. Trata-se de um telégrafo, um antecessor 
do telefone. Esse aparelho, inventado em 1835, 
transmitia mensagens de um ponto a outro por 
grandes distâncias através de fios. O telégrafo 
foi revolucionário, porque permitia a comuni-
cação em tempo real.
http://www.freepik.com/index.php?goto=41&idd=642340&url=aHR0cDovL3d3dy5zeGMua-
HUvcGhvdG8vOTcwMzYx
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
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Comentários e 
Anotações6. Por fim, a que se refere a mensagem a ser co-
municada? Em que situação ela se encontra? 
Essa pergunta nos mostra o último elemento da 
comunicação, o contexto (às vezes, também 
chamado de “referente”).
Quando a comunicação falha
Às vezes, emissor e receptor não conseguem uma comunicação 
eficiente. Isso acontece graças aos ruídos na comunicação, 
que surgem quando há falha na decodificação da mensagem 
pelo receptor. Um exemplo clássico é a existência de barulhos 
no local de emissão da mensagem – mas a evolução da tecno-
logia também fez com que os próprios ruídos evoluíssem. Um 
ruído na comunicação bastante comum nos dias de hojeocorre 
quando se tem um erro de digitação em um SMS, por exemplo.
Falhas na comunicação também se verificam quando há al-
gum erro na emissão ou na mensagem, como mostra a tirinha 
de Hagar, O Horrível.
Nem sempre o emissor sabe que 
houve uma falha na emissão de sua 
mensagem ou na comunicação. Isso é um problema es-
pecialmente grave nas organizações, em que boatos às 
vezes causam problemas reais. Observe, no quadrinho, 
o efeito de um mal-entendido que virou boato!
Atenção
Fonte: BLOG DO BEN OLIVEIRA (2014, p.1).
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
14
Comentários e 
Anotações
Funções da linguagem
Na seção anterior, você viu o quanto um ruído ou uma men-
sagem mal formulada podem ser danosos para a comunicação. 
Para garantir que a mensagem que você deseja expressar em 
seus textos, suas falas e demais comunicações seja bem com-
preendida pelos receptores, você também deve estar atento 
aos sentidos que quer transmitir. Ou seja: a intenção de quem 
emite a mensagem também faz a diferença.
A intenção do emissor define a finalidade da mensagem. É 
possível, por exemplo, dar ênfase a um aspecto ou outro, ain-
da que se utilize a mesma frase. Quer ver só? Leia a frase 
abaixo dando ênfase à palavra “não”. Agora, leia novamente a 
frase, desta vez dando ênfase à palavra “disse”.
Eu não disse que o Pedro
roubou as joias.
O que ocorreu? No primeiro caso, você colocou o destaque 
em negar a ação, ou seja, deixou claro que você, realmente, 
não executou a ação de dizer. No segundo, você enfatizou 
justamente a ação de dizer e seu receptor pode entender 
Fonte: ÊXITO MARKETING (2015, p.1).
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
15
Comentários e 
Anotaçõesque você não disse, mas insinuou que Pedro roubou as joias. 
Siga este mesmo exercício com as demais palavras da frase 
e veja como a ênfase é crucial!
Esse é um exemplo simples de como uma mesma men-
sagem ou um mesmo conteúdo podem ser transmitidos de 
formas muito distintas de acordo com a intenção do emissor. 
Isso ocorre porque a linguagem pode assumir diferentes fina-
lidades ou funções. Estamos falando das funções da lingua-
gem, que mostram justamente as intenções do emissor em 
relação ao que deseja transmitir como mensagem. Há seis 
funções da linguagem na Língua Portuguesa. Na sequência, 
você conhecerá cada uma em detalhes.
Função emotiva
A função emotiva é aquela utilizada para expressar emoções, 
sentimentos e o 
ponto de vista do 
emissor. Por isso, é 
normalmente utiliza-
da em textos em pri-
meira pessoa e com 
alto grau de identi-
dade pessoal. Um 
bom exemplo está 
na música Samba 
do Soho. Observe 
como o texto ex-
prime os sentimen-
tos do autor sobre 
um lugar que visita.
Samba do Soho
Quando ando pelo Soho
Eu me lembro da Gamboa
Ai, ai, ai que coisa louca
Ah, meu Deus, que coisa boa
Lá por trás do Cais do Porto
na Ladeira da Preguiça
onde otário nasce morto
onde só dá gente boa
BASTOS (1987).
Para cada intenção, uma função. 
Para cada função, um uso!Pense nisso
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
16
Comentários e 
AnotaçõesFunção referencial
Função referencial é utilizada quando o emissor deseja o efeito 
oposto da função emotiva. Ou seja: é para textos impessoais 
e informativos. É o tipo de linguagem que se utiliza em textos 
jornalísticos, materiais didáticos, relatórios técnicos, etc. Um 
excelente exemplo está em uma ata de reunião.
Função conativa
A função conativa é aquela utilizada por emissores que dese-
jam sensibilizar seus receptores. Estes, então, são o foco da 
mensagem. São textos que procuram interpelar, convencer 
ou ordenar algo ao receptor. Bons exemplos da função co-
nativa estão nos anúncios publicitários, como o que aparece 
na imagem. Em geral, os textos que se utilizam dessa função 
são redigidos na segunda pessoa e no imperativo.
Função fática
A função fática é aquela que en-
fatiza o canal para a transmissão 
da mensagem. É muito comum 
utilizar-se esta função quando 
o emissor deseja testar o canal, 
como quando se diz “alô?” ou 
“você viu isso?”.
Função metalinguística
Nos textos que se utilizam desta 
função, o foco está em descre-
ver ou analisar o próprio código 
utilizado para a mensagem. As-
sim, é o caso de programas de 
http://www.freepik.com/index.php?goto=74&idfoto=785844
Mauritz Escher (1948)
Língua Portuguesa
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Comentários e 
AnotaçõesTV que falam sobre a TV, jornais falando sobre jornais ou 
livros falando sobre livros. Na imagem, você tem o quadro 
“Drawing hands”, de Mauritz Escher, um artista plástico 
holandês. O quadro é de 1948 e mostra um desenhista de-
senhando suas próprias mãos, em um excelente exemplo 
de linguagem metalinguística.
Função poética
A última das seis funções da linguagem é a função poética, 
majoritariamente encontrada em textos literários. Aqui, o foco 
é a mensagem, o conteúdo poético. Nesta função, a estética 
é valorizada e o objetivo é chamar a atenção do receptor para 
o conteúdo em si. Um excelente exemplo está no Poema de 
Sete Faces, de Carlos Drummond de Andrade.
Poema de Sete Faces 
(Carlos Drummond de Andrade)
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Língua Portuguesa
Unidade 1 – Linguagem e comunicação humana
Parte 1
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Comentários e 
Anotações
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
(DE ANDRADE, 1987)
Muito bem, você chegou ao final da primeira parte de 
sua unidade. Agora, retorne ao seu Ambiente Virtual 
de Aprendizagem para responder a uma bateria de 
exercícios sobre os temas estudados até este ponto.

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