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Pneumo provas de função pulmonar

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Scheila Maria 
2016 
1 
 
PNEUMO – ESPIROMETRIA 
E outras provas de função pulmonar 
 
 
TÉCNICA 
Inspira-se profundamente até encher plenamente os pulmões (capacidade pulmonar 
total) e, em uma expiração rápida (não tão brusca como na tosse), sopra-se todo o volume de ar 
contido nos pulmões até o maior tempo possível (geralmente, não menos que 6s). Com essa 
manobra, obtêm-se os diversos parâmetros necessários, principalmente a capacidade vital 
forçada (CVF), que é o volume máximo de ar eliminado, e o volume expiratório forçado no 
primeiro segundo (VEF¹). 
 
VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES 
CRF (Capacidade Residual Funcional): volume de ar nos pulmões após expiração normal (VR + VRE); 
VR (Vol. Residual): volume retido nos pulmões após expiração máxima; 
VRE (Vol. Reserva Expiratório): volume máximo que pode ser expirado após expiração normal; 
VC (Vol. Corrente): volume inspirado ou expirado durante respiração normal, em repouso; 
VRI (Vol. Reserva Inspiratório): volume máximo que pode ser inspirado após expiração normal; 
CI (Capacidade Inspiratória): volume máximo que pode ser inspirado após expiração normal (VRI + VC); 
CV (Capacidade Vital): volume máximo que pode ser expirado após inspiração máxima (VRE + VC + VRI); 
CVF (Capacidade Vital Forçada): volume expirado (rápido e com esforço máx) após inspiração máx; 
VEF¹(Vol. Expiratório Forçado em 1s): volume expirado no primeiro segundo da CVF. 
PFE (Pico do Fluxo Expiratório): fluxo máximo obtido logo após o início da CVF (geralmente após 0,2 s). 
 
 
Scheila Maria 
2016 
2 
 
PADRÃO OBSTRUTIVO 
 A relação VEF¹/CVF é normal quando ≥ 0,7. Ou seja, 70% do ar é expelido no primeiro 
segundo. 
 No padrão obstrutivo esta relação está abaixo desse valor. Então: VEF¹/CVF < 0,7. Isso 
ocorre devido ao VEF¹ que está muito reduzido nesse padrão. 
 Nessa situação o CVF pode estar reduzido (<80%), mas não tanto quando o VEF¹. 
 O CVF reduzido se deve ao fato de que o aumento da pressão pleural na expiração oclui 
as vias aéreas quase totalmente causando aprisionamento de ar nos alvéolos. 
 Se fez broncodilatador e CVF normalizou não há distúrbio restritivo. 
 Para avaliar a gravidade do distúrbio obstrutivo utilizamos VEF¹ como parâmetro. 
o VEF¹ ≥ 60%  distúrbio leve 
o VEF¹ 40-59%  distúrbio moderado 
o VEF¹ < 40%  distúrbio grave 
 Então, vamos analisar na seguinte sequência: 
o PASSO 1: Relação VEF¹/CVF < 0,7  distúrbio ventilatório obstrutivo. 
o PASSO 2: Analisa-se VEF¹ para avaliar a gravidade de acordo com os índices. 
o PASSO 3: Analisa-se CVF para avaliar presença de distúrbio restritivo. Se estiver 
reduzido utilizamos a equação: 
 
 % CVF - %VEF¹  ≥ 25% obstrução com CVF reduzido 
 13 – 24% sugere distúrbio obstrutivo 
 ≤ 12% sugere distúrbio misto 
 CPT pode estar normal ou aumentada nesse padrão. 
 
PADRÃO RESTRITIVO 
 A relação VEF¹/CVF é normal quando ≥ 0,7. Ou seja, 70% do ar é expelido no primeiro 
segundo. 
 Se a relação está normal podemos ter três situações: exame normal, padrão restritivo 
ou inespecífico. 
 No padrão restritivo %VEF¹ > % CVF 
 A CVF é caracteristicamente reduzida nesses distúrbios. 
 Para avaliar a gravidade do distúrbio obstrutivo utilizamos CVF como parâmetro. 
o CVF 65 – 79%  distúrbio leve 
o CVF 51 – 75%  distúrbio moderado 
o CVF < 50%  distúrbio grave 
 A CPT normalmente encontra-se baixa (não é avaliada na espiro simples). 
 O fluxo não se distancia tanto quanto no obstrutivo do gabarito. 
 Padrão inespecífico: se a relação VEF¹/CVF, CPT e VR estão normais, porém há 
pequena redução da CVF indica padrão inespecífico. Este padrão pode ocorrer em 
obesos, ICC, asmáticos compensados, no qual ocorre uma pequena hiperinsuflação. Só 
Scheila Maria 
2016 
3 
 
deve ser considerado quando: Há dados indicativos de doença restritiva, asma ou DPOC; 
O CVF pós broncodilatador permanece reduzido; Difusão CO está normal. 
 Padrão normal: Se a relação está normal, porém CVF não apresenta redução temos 
uma espirometria normal. 
 
Parâmetros Obstrutivo Restritivo Inespecífico Normal 
VEF¹ < 80% <80% - ≥ 80% 
CVF < 80% ou não <80% <80% ≥ 80% 
VEF¹/CVF < 0,7 (reduzida) > 0,7 (normal) > 0,7 > 0,7 
Gravidade VEF¹ ≥ 60% leve 
VEF¹ 40-59% moderado 
VEF¹ < 40% grave 
CVF > 65% leve 
CVF 51-75% moderado 
CVF < 50% grave 
- - 
CPT Normal ou aumentada Baixa Normal 
Reposta ao 
BD 
Se normalizar, não há 
restritivo. 
Não responde Não responde 
 
OBSTRUÇÃO ALTA DE VIAS AÉREAS. 
 PFE diminuído (pico de fluxo expiratório). 
 Curvas fluxo-volume 
 Calibre < 7. 
TESTE COM BRONCODILATADOR 
 Uso de 400mcg de salbutamol e após 15 min novo teste. 
 Não diferencia DPOC de asma. 
 Para critério de resposta, considerar VEF¹ ou CVF: aumento de 200mL e 12% em valor 
relativo e variação no VEF¹ > 10% 
 DPOC é confirmada pela relação pós–broncodilatador VEF1/CVF < 0,7 
 
CURVAS VOLUME-TEMPO E FLUXO-VOLUME 
 
 
 
 
Figura 1 Curva volume-tempo: 
auxilia na interpretação de que 
o tempo de expiração foi 
adequado.
 
 
Scheila Maria 
2016 
4 
 
 
 
Figura 2 
Curva fluxo-volume: auxilia na 
verificação da boa técnica do 
exame além de ser útil na sua 
interpretação quanto ao tipo 
de distúrbio (obstrutivo, 
restritivo, misto); 
 
 
 
 
 
INDICAÇÕES PARA ESPIROMETRIA: Diagnóstico, avaliação de gravidade, acompanhamento 
pré-operatório, incluindo ressecção pulmonar, rastreamento de doenças pulmonares. 
 
O QUE A ESPIROMETRIA NÃO MEDE: Volume Residual (VR) , Capacidade Residual Funcional 
(CRF) e Capacidade Pulmonar Total (CPT). 
 
CONTRA-INDICAÇÕES: Hemoptise de causa desconhecida, pneumotórax, instabilidade 
cardiocirculatória, IAM recente, aneurismas, cirurgia ocular recente, náuseas ou vômitos, 
cirurgia torácica ou abdominal recente. 
 
CRITÉRIOS PARA ACEITAÇÃO DO TESTE: 
 
• Assegurar inspiração máxima; 
• Expiração de início abrupto e sem hesitação; 
• O PFE é o melhor índice para avaliar o esforço respiratório; 
• Manobras aceitáveis devem ter variação máxima de 10% ou 500ml do PFE em relação a 
anterior; 
• Duração da expiração forçada > 6s; 
• Platô evidente de pelo menos 1s; 
• Crianças, jovens e restritivos podem ter esvaziamento pulmonar completo < 6s 
tornando-se aceitáveis se platô no último s; 
Scheila Maria 
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5 
 
• Uma boa espirometria deve ser composta de 03 curvas aceitáveis, sendo 02 delas 
reprodutíveis; 
• A ausência de manobras aceitáveis após 08 tentativas prejudica a validade do exame; 
 
INTERPRETAÇÃO DAS INFORMAÇÕES 
 VEF¹ e CVF previstos: ≥ 80% 
 A quantificação do grau de obstrução brônquica e a resposta aos broncodilatadores são 
obrigatórias na assistência dos pacientes asmáticos, enfisematosos e bronquíticos. 
 A medida dos volumes pulmonares faz parte da avaliação dos pacientes com enfisema e 
infiltrações pulmonares difusas. 
 A medida da capacidade de difusão (DCO) auxilia na avaliação de enfisema e alterações 
intersticiais pulmonares difusas 
 Os testes de broncoprovocação (TBP) tem utilidade na investigação da tosse crônica e 
na melhor caracterização da asma em casos de mais difícil diagnóstico. 
 
TESTE DE MENSURAÇÃO DA DIFUSÃO 
 Único método não invasivo capaz de informar sobre a integridade da membrana 
alvéolo-capilar e a efetividade das trocas gasosas. 
 CO foi usado por ser muito difusível pela membrana alvéolo-capilar, ser virtualmente 
inexistente na corrente sanguínea e ter grande afinidade pela Hb, gerando contra-
gradiente para a difusão. 
 Técnica: inalaçãoda mistura de CO até o nível da CPT, seguida de um período de 10s de 
apneia e eliminação do gás alveolar. O aparelho analisa as quantidades inspiradas e 
expiradas informando quanto difundiu pela membrana. 
 Utilizado para diagnóstico e quantificação de enfisema e doenças intersticiais, avaliação 
de ressecção pulmonar, avaliação de disfunção e incapacidade. 
 Os resultados seguem a seguinte tabela de classificação: 
 
 Situação: paciente tem espirometria, CVF e eco normais e tem baixa difusão  Doenças 
vasculares com aumento da pressão ou doenças fibrosantes. 
 Aumento: a DLCO pode aumentar em casos de exercício, poliglobulia, shunt esquerda-
direita, disfunção cardíaca, asma e hemorragia alveolar. 
 Nos casos de hemorragia alveolar o aumento ocorre pois a hemácia extravasa pra 
dentro do alvéolo e capta o monóxido. 
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6 
 
 Redução: ocorre no enfisema, ressecção pulmonar, obstrução brônquica, anemia, 
pneumopatias interstificiais, congestão pulmonar, tabagismo, hipertensão pulmonar. 
 
TESTES DE BRONCOPROVOCAÇÃO 
 Asmáticos apresentam responsividade 10-100x maior, no entanto também pode estar 
presente na DPOC e sarcoidose. 
 As indicações do teste são diagnóstico de asma atípica, tosse crônica, dispneia de causa 
indeterminada, entre outros. Ex. Paciente tem espiro normal porém tem clínica para 
asma, faz-se o teste para comprovar que a dispneia é da asma. 
 As contra-indicações incluem: IAM ou AVC recentes, HAS não controlada, aneurisma de 
aorta, incapacidade técnica do pcte. 
 Uma boa triagem é essencial já que o teste pode se apresentar positivo em outras 
situações. 
 Resultados: Queda de 20% no VEF¹, em relação ao valor basa = positivo. Se não houver 
queda ≥ 20% = negativo. 
 
TESTE DE DILUIÇÃO DO HÉLIO 
 Utiliza-se o hélio pois é inerte, não participa de reações químicas, não atravessa a 
barreira alvéolo-capilar, e não é produzido pelo metabolismo. 
 Técnica: É feita a inalação, em circuito fechado de gás com concentração conhecida de 
He. A manobra começa da CRF e são realizadas múltiplas respirações até o equilíbrio. 
 O cálculo é feito a partir da Lei de Boyle: C¹ . V¹ = C² . (V¹ + V²). Sendo o V² o volume 
pulmonar. 
 
PLETISMOGRAFIA 
 Em uma amostra de gás com temperatura constante, a pressão é inversamente 
proporcional ao volume: P¹ . V¹ = P². V² 
 A pletismografia mede todo o volume gasoso torácico, comunicante ou não com via 
aérea, diferentemente das técnicas dilucionais que medem apenas o gás alveolar com 
comunicação com via aérea. 
 É o padrão ouro para doenças obstrutivas pois mede a CPT. 
 
ERGOESPIROMETRIA 
 Avaliação de dispnéia 
 Pré-operatório de ressecção pulmonar 
 Avaliação prognóstica e de resposta ao ttt. 
 Indicação de transplante cardíaco 
 Prescrição e acompanhamento de reabilitação pulmonar 
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VOLUMES PULMONARES EM ALGUMAS PATOLOGIAS

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