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APOSTILA EXAME FÍSICO1

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EXAME FÍSICO 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
 
 
Itajaí, 2014/1
EXAME FÍSICO GERAL 
 
SOMATOSCOPIA OU ECTOSCOPIA 
 
Obtém os dados gerais do paciente independentemente dos vários sistemas orgânicos. 
Deve ser realizado em local adequado e com iluminação correta. A posição do paciente depende de 
suas condições e do que se irá investigar. A parte a ser examinada deve estar descoberta- o que 
será feito sem ofender o pudor do paciente. Deve-se dispor dos instrumentos e aparelhos 
rotineiros. 
Realizado pela inspeção e palpação. 
 
A) Avaliação do estado geral: (BOM, REGULAR, RUIM) 
 
Avaliação subjetiva baseada no conjunto de dados exibidos pelo doente, que são interpretados de 
acordo com a experiência de cada um. Utilidades práticas: para se compreender até que ponto a 
doença atingiu o organismo visto como um todo (alerta para aprofundar a investigação quando o 
paciente não apresenta sintomas típicos, porém está em mau estado geral/ indica boa capacidade 
de reação do organismo [valor prognóstico] quando o paciente mantém bom estado geral na 
presença de uma doença sabidamente grave); indicação de condutas e tratamentos; orientar quem 
será atendido primeiro. 
 
B) Fácies: 
 
Conjunto de dados (traços anatômicos + expressão fisionômica) exibidos na face do paciente. 
Certas doenças imprimem na face traços característicos e, algumas vezes, o diagnóstico nasce da 
simples observação do rosto do paciente. Os principais tipos de fácies são: 
o NORMAL OU ATÍPICA: sem alterações típicas que representem patologias. 
o MIXEDEMATOSA: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada, com 
acentuação dos sulcos. Presença de edema periorbitário, supercílios escassos e cabelos 
secos e sem brilho, macroglossia. Expressão fisionômica de desânimo e apatia. Presente 
no Hipotireoidismo. 
o HIPOCRÁTICA: olhos fundos, parados e inexpressivos. Lábios e nariz adelgaçados, 
palidez cutânea, discreta cianose labial, caquexia, emagrecimento. Taquipnéia e rosto 
coberto de suor são comuns. Indica doença grave. 
o RENAL: edema predominantemente periorbitário, principalmente pela manhã e palidez 
cutânea. Presente nas doenças difusas dos rins. 
o LEONINA: pele espessa, madarose (sobrancelhas e cílios caem), nariz mais espesso e 
largo (nariz em sela), orelha espessada. Os lábios tornam-se grossos e proeminentes. 
Presença de nódulos (lepromas). A barba escasseia ou até desaparece. Presente na 
hanseníase. 
o ADENOIDIANA: nariz pequeno e afilado e boca sempre entreaberta. Em crianças 
portadoras de hipertrofia das adenóides. 
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o PARKINSONIANA: cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece imóvel nesta 
posição. Olhar fixo, supercílio elevado e fronte enrugada (Expressão de espanto). Parece 
uma figura de máscara. A pele fica oleosa e pode haver salivação pelo canto da boca. 
Observado na doença de Parkinson. 
o BASEDOWIANA: exoftalmia, olhos brilhantes, rosto magro, expressão fisionômica de 
vivacidade, espanto e ansiedade. Pode haver presença de bócio. Indica hipertireoidismo. 
o ACROMEGÁLICA: saliência das arcadas supra-orbitárias, proeminência das maçãs do 
rosto, maior desenvolvimento do maxilar inferior e aumento do tamanho do nariz, 
lábios e orelhas. Olhos parecem pequenos. Presente na acromegalia. 
o CUSHINGÓIDE OU DE LUA-CHEIA: arredondamento do rosto, com atenuação dos 
traços faciais. Bochechas avermelhadas e aparecimento de acne. Presente na síndrome 
de Cushing. 
o MONGOLÓIDE: fenda palpebral que torna os olhos oblíquos, olhos distantes um do 
outro, rosto redondo, boca quase sempre entreaberta, expressão fisionômica de pouca 
inteligência ou mesmo de completa idiotia. Observada na síndrome de Down. 
o DA DEPRESSÃO: expressão cabisbaixa, olhos com pouco brilho e fixos e um ponto 
distante, sulco nasolabial acentuado, canto da boca rebaixado. Muitas vezes o olhar 
permanece voltado para o chão. 
o PSEUDOBULBAR: tem como principal característica as súbitas crises de choro ou riso, 
involuntárias, mas conscientes, que levam o paciente a tentar contê-las, dando um 
aspecto espasmódico à fácies. Aparece geralmente na paralisia pseudobulbar. 
o DA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: assimetria da face, com impossibilidade de fechar 
as pálpebras do lado afetado, repuxamento da boca para o lado são e apagamento do 
sulco nasolabial. 
o MIASTÊNICA OU DE HUTCHINSON: ptose palpebral bilateral que obriga o paciente a 
franzir a testa e levantar a cabeça. Ocorre na miastenia grave e outras miopatias e no 
acidente crotálico que comprometem os músculos da pálpebra superior. 
o DO DEFICIENTE MENTAL: muito característica, mas de difícil descrição. Traços faciais 
apagados e grosseiros; boca constantemente entreaberta, às vezes com salivação; 
hipertelorismo (distância anômala entre as paredes mediais da órbita) e estrabismo. A 
expressão fisionômica é o elemento fundamental desse tipo de fácies: olhar desprovido 
de objetivo; olhos se movimentam sem se fixar em nada, traduzindo um constante 
alheamento ao meio ambiente. Voz grave percebida por um falar de meias palavras, às 
vezes substituído por um simples ronronar. É comum que tais pacientes tenham sempre 
nos lábios um meio sorriso sem motivação e que se acentua em resposta a qualquer 
solicitação. 
o ETÍLICA: olhos avermelhados, ruborização da face, hálito etílico, voz pastosa, sorriso 
meio indefinido. 
o ESCLERODÉRMICA OU DE MÚMIA: quase completa imobilidade facial. Pele 
apergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos, com repuxamento dos 
lábios, afinamento do nariz e imobilização das pálpebras. Fisionomia inexpressiva, 
parada e imutável. 
o LÚPICA: 
 
 
 
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C) Atitude e decúbito preferido: 
 
Atitude é a posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o 
objetivo de conseguir alívio para algum padecimento. Algumas posições são conscientemente 
procuradas pelo paciente (voluntárias), enquanto outras independem de sua vontade ou são 
resultantes de estímulos cerebrais (involuntárias). 
 
 Atitudes voluntárias: 
o ATITUDE ORTOPNÉICA: paciente permanece sentado à beira da cama com os pés e 
mãos apoiados para melhorar um pouco a respiração, que se faz com dificuldade. Em 
estados mais graves o paciente costuma assumir uma posição ortopnéica diferente, 
permanecendo deitado com as pernas estendidas no leito e recostado com a ajuda de 
dois ou mais travesseiros, na tentativa de manter o tórax o mais elevado possível. 
o ATITUDE GENUPEITORAL OU DE “PRECE MAOMETANA”: o paciente fica de joelhos 
com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do tórax se põe em contato 
com o solo ou colchão. O rosto descansa sobre as mãos, que também estão apoiadas no 
solo ou colchão. Esta posição diminui a dificuldade do enchimento do coração nos casos 
de derrame pericárdico. 
o ATITUDE DE CÓCORAS (SQUATTING): adotada pelas crianças com cardiopatia 
congênita cianótica com fluxo sangüíneo pulmonar diminuído, para aliviar a dispnéia e 
as manifestações hipoxêmicas, pois diminui o retorno venoso por compressão das veias 
ilíacas e diminui o curto-circuito de sangue da direita para a esquerda por aumento da 
pressão arterial sistêmica em decorrência da compressão das artérias femorais e ilíacas. 
o ATITUDE PARKINSONIANA: o paciente parkinsoniano, ao se pôr de pé, apresenta 
semiflexão da cabeça, tronco e membros superiores, e ao caminhar parece estar 
correndo atrás do seu próprio eixode gravidade. 
o DECÚBITOS DORSAL, VENTRAL E LATERAL (DIREITO E ESQUERDO): decúbito 
significa “posição de quem está deitado”. Por condições fisiológicas ou patológicas o 
paciente pode preferir um desses decúbitos. 
 
 Atitudes involuntárias: 
o ATITUDE PASSIVA: paciente fica na posição que é colocado no leito. Observada em 
pacientes inconscientes ou comatosos. 
o ORTÓTONO: todo o tronco e membros estão rígidos, sem se curvarem para frente, trás 
ou para um dos lados. 
o OPISTÓTONO: contratura da musculatura lombar, onde o corpo passa a se apoiar pela 
cabeça e calcanhares, embarcando-se como um arco. Presente nas meningites e no 
tétano. 
o EMPROSTÓTONO OU EPISTÓTONO: contrário do opistótono, ou seja, o corpo do 
paciente forma uma concavidade voltada para diante. Presente nas meningites, no 
tétano e na raiva. 
o PLEUROTÓTONO: corpo se curva lateralmente. Presente (raramente) nas meningites, 
no tétano e na raiva. 
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o POSIÇÃO EM GATILHO: hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e 
encurvamento do tronco com concavidade para diante. Encontrada na irritação 
meníngea. 
o TORCICOLO 
o MÃO PÊNDULA DA PARALISIA RADIAL 
 
 Postura ou atitude na posição de pé: 
o BOA POSTURA: cabeça ereta ou ligeiramente inclinada para diante; peito erguido; 
abdome inferior achatado ou levemente retraído; curvas posteriores nos limites 
normais. 
o POSTURA SOFRÍVEL: cabeça levemente inclinada para diante; peito achatado; abdome 
algo protruso, passando a ser a parte mais saliente do corpo; curvas posteriores 
exageradas. 
o MÁ POSTURA: cabeça acentuadamente inclinada para frente; peito deprimido; abdome 
saliente e relaxado e curvas posteriores extremamente exageradas. 
o CIFOSE: alteração da forma da coluna dorsal com concavidade anterior, vulgarmente 
designada “corcunda”. 
o LORDOSE: encurvamento da coluna vertebral, formando concavidade para trás. Pode 
ser cervical ou lombar. 
o ESCOLIOSE: desvio lateral da coluna em qualquer segmento vertebral. 
o CIFOESCOLIOSE 
 
 Movimentos involuntários ou hipercinesias: 
o TREMORES: movimentos alternantes, mais ou menos rápidos e regulares, de pequena 
ou média amplitude, que afetam principalmente as partes distais dos membros. Pode 
ser de repouso (ocorre durante o repouso e desaparece com os movimentos e o sono; 
em regra mais evidente nas mãos – “enrolar cigarro”), de atitude ou postural (ocorre 
apenas em determinada posição/ tremor familiar: não muito grosseiro, acentuado pelas 
emoções), de ação ou intenção (surge ou se agrava quando um movimento é executado) 
e vibratório (fino e rápido). 
o CORÉIA: movimentos breves, rápidos, desordenados, arrítmicos e de ocorrência 
inesperada, multiformes e sem finalidade. Localizam-se na face e nos membros 
superiores e inferiores. 
o ATETOSE: movimentos involuntários das extremidades que possuem características 
muito próprias: são lentos e estereotipados, lembrando os movimentos dos tentáculos 
do polvo. 
o HEMIBALISMO: movimentos de grande amplitude, violentos, abruptos, geralmente 
limitando-se a uma metade do corpo. 
o MIOCLONIAS: contrações musculares breves, rítmicas ou arrítmicas, localizadas ou 
difusas, que acometem um músculo ou um grupo muscular. 
o MIOQUINIAS: contrações musculares fibrilantes em músculos íntegros (principalmente 
no orbicular das pálpebras, quadríceps e gêmeos). Não tem significado patológico. 
o ASTERÍXIS (FLAPPING): movimentos rápidos e de amplitude variável, que ocorrem 
nos segmentos distais e têm uma certa semelhança com o bater de asas das aves. É um 
tipo de tremor de atitude ou postural. 
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o TIQUES: movimentos breves, repetitivos e estereotipados, como piscadelas, caretas e o 
ato de encolher o ombro. 
o CONVULSÕES: movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e 
paroxísticos, que ocorrem de maneira generalizada ou apenas em segmentos do corpo. 
As convulsões tônicas se mantêm demoradamente e imobilizam as articulações. As 
clônicas são rítmicas, alternando contrações e relaxamentos musculares em ritmo mais 
ou menos rápido. Existem as tônico-clônicas. 
o TETANIA: crises exclusivamente tônicas, quase sempre localizadas nas mãos e nos pés. 
o FASCICULAÇÕES: contrações breves, arrítmicas, limitadas a um feixe muscular. 
o DISCINESIAS OROFACIAIS: movimentos rítmicos repetitivos e bizarros, que 
comprometem, principalmente, a face, a boca, as mandíbulas e a língua, expressos sob a 
forma de caretas, franzir do lábio, protrusão da língua, abertura e fechamento da boca e 
desvios da mandíbula. 
o DISTONIAS: movimentos parecidos com os atetóides, mas que costumam envolver 
porções maiores do corpo, inclusive o tronco. 
 
D) Biótipo ou tipo morfológico: 
 
 LONGILÍNEO: pescoço longo e delgado, tórax afilado e chato, membros alongados com 
franco predomínio sobre o tronco, ângulo de Charpy (ângulo formado pelas últimas 
costelas) menor que 90º, musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido e 
tendência para estatura elevada. 
 MEDIOLÍNEO: equilíbrio entre os membros e o tronco, desenvolvimento harmônico da 
musculatura e do panículo adiposo, ângulo de Charpy em torno de 90º. 
 BREVILÍNEO: pescoço curto e grosso, tórax alargado e volumoso, membros curtos em 
relação ao tronco, ângulo de Charpy maior que 90º, musculatura desenvolvida e panículo 
adiposo espesso, tendência para baixa estatura. 
 
E) Altura e outras medidas antropométricos: 
 
 ALTURA 
 PERÍMETRO CEFÁLICO 
 ENVERGADURA 
 DISTÂNCIA PUBOVÉRTICE 
 DISTÂNCIA PUBOPLANTAR 
 
 Peso: 
o PESO IDEAL: segundo a regra simples de Broca, o peso ideal se aproxima do número de 
cm que excede de um metro de altura e se expressa em kg. 
o PESO MÁXIMO NORMAL: soma-se 10% ao peso ideal. 
o PESO MÍNIMO NORMAL: subtrai-se 10% ao peso ideal. 
 
 
 
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 ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA: é dado pelo peso em kg sobre a altura (em metros) ao 
quadrado. 
 
Categoria IMC 
Abaixo do peso Abaixo de 18,5 kg/m2 
Peso normal 18,5 - 24,9 kg/m2 
Sobrepeso 25,0 - 29,9 kg/m2 
Obesidade Grau I 30,0 - 34,9 kg/m2 
Obesidade Grau II 35,0 - 39,9 kg/m2 
Obesidade Grau III 40,0 kg/m2 e acima 
 
 
 RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL (RCQ): valores normais – em mulheres: RCQ > 0,8/ em 
homens: RCQ > 0,9. 
 CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL: gordura em excesso do homem tende a se acumular na 
parte superior do corpo ou na região abdominal (obesidade tipo andróide) e a da mulher se 
acumula nos quadris e nas coxas (obesidade genóide ou gluteofemoral). 
 VARIAÇÕES DO PESO: 
o Magreza: significa apenas que o paciente está abaixo do peso mínimo normal. Pode ser 
constitucional (sem relação com enfermidade e é um traço genético) ou patológica. 
o Caquexia: estado de extrema magreza com comprometimento do estado geral do 
paciente. 
o Sobrepeso e obesidade: paciente acima do peso normal máximo. Distinguir obesidade 
alta ou andróide da baixa ou ginecóide. 
 
F) Desenvolvimento físico: 
 
 DESENVOLVIMENTO NORMAL 
 HÁBITO GRÁCIL: constituição corporal frágil e delgada, caracterizada por ossatura fina, 
musculatura pouco desenvolvida, juntamente com uma altura e um peso abaixo dos níveis 
normais. 
 INFANTILISMO: persistência anormal das características infantis na idade adulta. 
 HIPERDESENVOLVIMENTO HIPODESENVOLVIMENTO 
 GIGANTISMO 
o Gigantes acromegálicos 
o Gigantes infantis 
 NANISMO 
o Anão acondroplásico 
o Cretinos 
o Anão hipofisário 
o Anão raquítico 
 
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G) Temperatura Corporal: 
 
Deixar termômetro de mercúrio aproximadamente 3 minutos e termômetro digital 
aproximadamente 30 segundos. 
 TEMPERATURA AXILAR: 35,5 a 37ºC, com média de 36 a 36,5ºC. 
 TEMPERATURA BUCAL: 36 a 37,4ºC. 
 TEMPERATURA RETAL: 36 a 37,5ºC, isto é, 0,5ºC maior que a axilar. 
Quando a diferença entre as temperaturas retal e axilar for maior que 0,5ºC há valor clínico. 
 
 FEBRE: temperatura corporal acima da faixa de normalidade. Devem ser analisadas as 
seguintes características semiológicas da febre: início (súbito ou gradual), intensidade 
(febre leve ou febrícula: até 37,5ºC/ febre moderada: de 37,6º a 38,5ºC/ febre alta ou 
elevada: acima de 38,6ºC), duração (prolongada quando permanece por mais de uma 
semana, tendo ou não caráter contínuo), modo de evolução (contínua: sempre acima do 
normal, com variações de até 1ºC e sem grandes oscilações/ irregular ou séptica: 
registram-se picos muito altos intercalados por temperaturas baixas ou períodos de 
apirexia, sendo que há caráter cíclico nestas variações/ remitente: hipertermia diária, com 
variações de mais de 1ºC e sem períodos de apirexia/ intermitente: hipertermia 
ciclicamente interrompida por um período de temperatura normal, podendo ser cotidiana, 
terçã ou quartã/ recorrente ou ondulante: período de temperatura normal que dura dias 
ou semanas até que sejam interrompidos por períodos de temperatura elevada) e término 
(em crise: quando a febre desaparece subitamente/ em lise: hipertermia vai desaparecendo 
gradualmente, com a temperatura diminuindo dia a dia, até atingir níveis normais). 
 HIPOTERMIA: diminuição da temperatura corporal abaixo de 35,5ºC na região axilar e 
36ºC no reto. 
 
H) Pele: 
 Coloração: 
o PALIDEZ: atenuação ou desaparecimento da cor rósea da pele. Pode ser generalizada 
(por diminuição das hemácias circulantes devido à vasoconstrição generalizada ou 
anemia) ou localizada (segmentar – por isquemia). Sempre comparar regiões 
homólogas. 
o VERMELHIDÃO OU ERITROSE: exagero da coloração rósea da pele por aumento da 
quantidade de sangue na rede vascular cutânea. Pode ser generalizada ou localizada 
(segmentar). 
o CIANOSE: cor azulada da pele que se manifesta quando a hemoglobina reduzida alcança 
no sangue valores superiores a 5mg/100ml. Pode ser generalizada (do tipo central, 
periférica, do tipo mista ou por alteração da hemoglobina) ou localizada (por obstrução 
da veia que drena a região). Quanto à intensidade pode ser caracterizada em leve, 
moderada e intensa. 
o ICTERÍCIA: coloração amarelada da pele, mucosas visíveis e esclerótica resultante do 
acúmulo de bilirrubina no sangue. 
o ALBINISMO: coloração branco-leitosa da pele em decorrência da falta congênita de 
melanina. 
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o BRONZEAMENTO DA PELE: artificial (raios solares, substâncias químicas 
bronzeadoras) ou natural (na doença de Addison e na hemocromatose). 
o DERMATOGRAFISMO OU URTICÁRIA FICTÍCIA: se a pele é levemente atritada com a 
unha ou com um objeto, aparece uma linha vermelha ligeiramente elevada que 
permanece por 4 a 5 minutos. 
o FENÔMENO DE RAYNAUD: inicialmente observa-se palidez, a seguir torna-se cianótica, 
e o episódio costuma terminar com vermelhidão da área. 
 Umidade (inspeção + palpação com as polpas digitais e palma da mão): 
o UMIDADE NORMAL 
o PELE SECA 
o UMIDADE AUMENTADA OU PELE SUDORENTA 
 Textura (desliza-se as polpas digitais sobre a superfície cutânea): 
o TEXTURA NORMAL 
o PELE LISA OU FINA 
o PELE ÁSPERA 
o PELE ENRUGADA 
 Espessura (pinça-se uma dobra cutânea usando-se o polegar e o indicador de diferentes 
regiões): 
o PELE DE ESPESSURA NORMAL 
o PELE ATRÓFICA 
o PELE HIPERTRÓFICA OU ESPESSA 
 Temperatura (palpação com a face dorsal das mãos ou dos dedos, comparando com o lado 
homólogo cada segmento examinado): 
o TEMPERATURA NORMAL 
o TEMPERATURA AUMENTADA 
o TEMPERATURA DIMINUÍDA 
 Elasticidade (pinça-se prega cutânea com o polegar e o indicador, fazendo a seguir uma 
certa tração, ao fim da qual solta-se a pele): 
o ELASTICIDADE NORMAL 
o PELE HIPERELÁSTICA 
o PELE HIPOELÁSTICA 
 Mobilidade (pousa-se firmemente a palma da mão sobre a superfície que se quer examinar 
e movimenta-se a mão para todos os lados, fazendo-a deslizar sobre as estruturas 
adjacentes): 
o MOBILIDADE NORMAL 
o MOBILIDADE DIMINUÍDA OU AUSENTE 
o MOBILIDADE AUMENTADA 
 Turgor (pinça-se com o polegar e o indicador uma prega de pele que engloba o tecido 
subcutâneo): 
o NORMAL (prega se desfaz rapidamente – pele hidratada) 
o DIMINUÍDO (prega se desfaz lentamente – pele desidratada) 
 Sensibilidade dolorosa (usa-se agulhas): 
o HIPOALGESIA OU ANALGESIA 
o HIPERESTESIA 
 Sensibilidade tátil (usa-se a fricção leve com uma mecha de algodão): 
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o ANESTESIA OU HIPOESTESIA 
 Sensibilidade térmica (usa-se dois tubos de ensaio, um com água quente e um com água 
fria) 
 
I) LESÕES ELEMENTARES 
 
1) Caracterizada por modificações da pele, sem relevo ou espessamento: 
 MANCHA OU MÁCULA: área circunscrita de coloração diferente da pele que a circunda, no 
mesmo plano do tegumento e sem alterações na superfície. As máculas pigmentares podem 
ser hipocrômica ou acrômicas ou hipercrômicas. As manchas vasculares subdividem-se em 
telangectasias (dilatações dos vasos terminais/ telangiectasias venocapilares, aranhas 
vasculares e nevos vasculares de origem congênita), manchas hiperêmicas ou eritematosas 
(decorrente da vasodilatação, tem cor rósea ou vermelho-viva e desaparece à digitopressão 
ou à vitropressão), manchas hemorrágicas (não desaparecem pela compressão por se 
tratar de sangue extravasado/ petéquias quando puntiformes/ víbices quando tomam a 
forma linear/ esquimoses quando em placas/ coloração vai do vermelho-arroxeado ao 
amarelo, dependendo do tempo de evolução/ quando ocorre elevação da pele, é designado 
hematoma) e deposições pigmentares (hemossiderina, bilirrubina, pigmento carotênico, 
tatuagem e pigmentos metálicos como prata e bismuto). 
 
2) Sólidas: 
 PÁPULAS: são elevações sólidas da pele, de pequeno tamanho (até 0,5cm de diâmetro), 
superficiais, bem delimitadas, com bordas facilmente percebidas. 
 TUBÉRCULOS: elevações sólidas, com diâmetro maior que 0,5cm. Estão situados na derme. 
Sua consistência pode ser firme ou mole. 
 NÓDULOS, NODOSIDADE E GOMA: são formações sólidas na hipoderme, mais 
perceptíveis à palpação do que a inspeção. Nódulos são de menor tamanho e as mais 
volumosas são chamadas de nodosidades. Gomas são nodosidades que tendem ao 
amolecimento e ulceração com eliminação de substância gomosa. Os limites dessas lesões 
em geral são imprecisos, e a consistência pode ser firme, elástica ou mole. Podem ser 
dolorosos ou não. Caracterizar a pele circundante e se estão isolados ou agrupados. 
 LESÃO URTICADA OU TIPO URTICÁRIA: são lesões sólidas, chatas, de forma variável, 
quase sempre eritematosa e pruriginosa. 
 QUERATOSE: modificação circunscrita ou difusa da espessura da pele, que se torna mais 
consistente,dura e inelástica, em conseqüência do espessamento da camada córnea. Ex.: 
calo. 
 VEGETAÇÕES: são lesões sólidas, salientes, cônicas, lobulares, filiformes ou em couve-flor, 
de consistência mole, e agrupadas em maior ou menor quantidade. 
 ESPESSAMENTO OU INFILTRAÇÃO: aumento da espessura da pele e de sua consistência, 
que se mantém depressível e sem acentuação das estrias. 
 LIQUENIFICAÇÃO: espessamento da pele com acentuação das estrias, em quadriculado de 
rede. 
 ESCLEROSE: aumento da consistência da pele, que se torna mais firme e aderida aos planos 
profundos, difícil de ser pregueada entre os dedos. 
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 EDEMA: acúmulo de líquido no espaço intersticial, sendo que a pele se torna lisa e 
brilhante. 
 
3) De conteúdo líquido: 
 VESÍCULA: elevação circunscrita da pele com líquido no seu interior. Seu diâmetro na 
ultrapassa 0,5cm. 
 BOLHA: elevação com conteúdo líquido no seu interior. Diâmetro maior que 0,5cm. 
 PÚSTULA: vesícula ou bolha com conteúdo purulento. 
 ABCESSOS: coleções purulentas, mais ou menos proeminentes e circunscritas, flutuantes, 
de localização dermo-hipodérmica ou subcutânea. Pode ser quente (acompanhada de sinais 
flogísticos) ou frio. 
 
4) Soluções de continuidade: 
 EROSÃO OU EXULCERAÇÃO: arrancamento da parte mais superficial da pele, atingindo 
apenas a epiderme. Pode ser traumática (escoriação) ou não-traumática. 
 ULCERAÇÃO OU ÚLCERA: perda delimitada de pele chegando até a derme. Deixa cicatriz. 
 FISSURAS OU RÁGADES: perdas de substância linear, superficial ou profunda e não 
realizada por material cortante. Comprometem toda a camada epitelial e situam-se mais 
freqëntemente no fundo de dobras cutâneas ou ao redor de orifícios naturais. 
 FÍSTULAS: pertuitos cutâneos em conexão com focos de supuração através dos quais flui 
líquido purulento, serossanguíneo ou gomoso. 
 
5) Caducas: 
 ESCAMAS: lâminas epidérmicas secas que tendem a desprender-se da sua superfície 
cutânea. Se têm aspecto de farelo são furfuráceas, e quando em tiras, laminares ou 
foliáceas. 
 CROSTA: formação proveniente de ressecamento de secreções que recobriam uma área 
previamente lesada. 
 ESCARA OU ESFACELO: porção de tecido cutâneo necrosado, insensível, de cor escura e 
separado do tecido sadio por um sulco. 
 
6) Seqüelas: 
 ATROFIAS: adelgaçamento da pele que, por isso, se torna lisa, brilhante, translúcida e 
pregueada. Ex.: estrias. 
 CICATRIZ: reposição de tecido destruído por tecido fibroso. Podem ser deprimidos ou 
exuberantes (cicatriz hipertrófica e quelóide) e ser mais claras ou mais escuras que a pele 
ao seu redor. 
 
J) Mucosas (conjuntivas oculares e mucosas labiobucal, lingual e gengival): 
 
Coloração: 
 NORMOCORADAS (róseo-avermelhadas) 
 DESCORADAS OU PALIDEZ DAS MUCOSAS (usar avaliação por 4 cruzes) 
 HIPERCORADAS 
 CIANOSE 
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 ICTERÍCIA (na mucosa conjuntiva e freio da língua) 
 LEUCOPLASIA: áreas esbranquiçadas, às vezes salientes. 
Umidade 
 NORMAL 
 MUCOSAS SECAS 
Presença de lesões 
 
K) Fâneros: 
 
Cabelos: 
 Tipo de implantação 
o MULHERES: IMPLANTAÇÃO MAIS BAIXA (NORMAL) 
o HOMENS: IMPLANTAÇÃO MAIS ALTA, COM ENTRADAS (NORMAL) 
 Distribuição: UNIFORME, COM ÁREAS DE ALOPECIA OU COM CALVÍCIE PARCIAL OU 
TOTAL 
 Quantidade: QUEDA DOS CABELOS 
 Coloração: PRETOS, CASTANHOS; LOUROS OU RUIVOS 
 Outras características (brilho, espessura, consistência) 
 
Pêlos: 
 HIRSUTISMO OU HIPERTRICOSE: aparecimento de pêlos mais longos, mais duros e mais 
espessos nos mesmo locais onde costumam existir em condições normais. 
 QUEDA DOS PÊLOS 
 
Unhas: 
 Forma ou configuração 
o CURVATURA LATERAL NÍTIDA (NORMAL) 
 Tipo de implantação 
o IMPLANTAÇÃO FORMANDO ÂNGULO MENOR QUE 160º (NORMAL) 
 Espessura 
o AUMENTADA 
o NORMAL 
o DIMINUÍDA 
 Superfície 
o LISA (NORMAL) 
o IRREGULAR 
 Consistência 
o FIRME (NORMAL) 
o DIMINUÍDA 
 Brilho 
o BRILHANTE (NORMAL) 
o SEM BRILHO 
 Coloração 
o RÓSEO-AVERMELHADA (NORMAL) 
o PÁLIDAS (ANÊMICAS) 
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o CIANÓTICAS 
 
 Definições específicas 
 
o LEUCOQUÍNIA: manchas brancas. 
o ONICÓLISE: unhas parcialmente descoladas do leito. 
o UNHAS DISTRÓFICAS: espessadas, rugosas e de forma irregular. 
o COILONÍQUIA OU UNHA EM COLHER: placa ungueal torna-se fina e desenvolve-se uma 
depressão. 
o PERIONÍQUIAS: processos inflamatórios de origem micótica nas regiões que rodeiam 
as unhas. 
o ONICOFAGIA: roer unhas. 
o UNHAS EM VIDRO DE RELÓGIO: implantação da unha forma uma angulação maior que 
160º e a unha fica convexa em todos os sentidos. Em pessoas normais da raça negra e 
no hipocratismo digital. 
o LINHAS DE BEAU: sulcos transversais à lúnula. 
o FAIXAS DE MEE: faixas transversais brancas. 
o UNHAS DE PLUMMER: unhas parcialmente descoladas do leito ungueal. 
o UNHAS DE LINDSAY: porção proximal da unha é esbranquiçada e a distal, avermelhada 
ou rósea. 
o UNHAS DE TERRY: faixa esbranquiçada a 1-2mm da borda distal da unha. 
 
L) Tecido celular subcutâneo e panículo adiposo: 
 
Distribuição: 
 NORMAL 
 ACÚMULO ESPECIAL EM DETERMINADAS ÁREAS 
Quantidade: 
 NORMAL 
 AUMENTADO 
 DIMINUÍDO OU ESCASSO 
Presença de celulite, fibromas, lipomas e cistos sebáceos. 
 
M) Musculatura: 
 
Usa-se a inspeção e a palpação, com as polpas digitais colocadas em forma de pinça e com o 
polegar em oponência aos demais dedos da mão. Deve-se palpar o músculo em repouso e 
contraído e as alterações encontradas devem ser descritas topograficamente. 
 
Quanto à troficidade: 
 MUSCULATURA NORMAL 
 MUSCULATURA HIPERTRÓFICA 
 MUSCULATURA HIPOTRÓFICA 
 
 
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Quanto à tonicidade: 
 TÔNUS NORMAL 
 HIPERTONICIDADE OU ESPASTICIDADE OU MUSCULATURA ESPÁSTICA OU RIGIDEZ 
 HIPOTONICIDADE OU FLACIDEZ 
 
N) Veias superficiais: 
 
 TRAJETO 
 CALIBRE 
 ESTADO DA PAREDE 
 ESTADO DA PELE ADJACENTE 
 DIREÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO 
 SENSIBILIDADE 
 PRESENÇA DE FRÊMITO E SOPRO 
 VARIZES OU VEIAS VARICOSAS 
 FLEBITE 
 
Circulação Colateral: 
 
 LOCALIZAÇÃO 
 DIREÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO 
 PRESENÇA DE FRÊMITO E SOPRO 
 
TIPOS: 
 Tipo Braquiocefálico: presença de veias superficiais ingurgitadas em ambos os lados da 
região superior anterior do tórax, com sangue fluindo de fora para dentro. 
 Tipo veia cava superior: o sistema venoso se distribui na metade superior da face anterior 
do tórax, podendo também aparecer na face posterior, braços e pescoço. Tem direção 
tóraco-abdominal. 
 Tipo porta: localizado principalmente nas regiões periumbilical e epigástrica e na face 
anterior do tórax, com direção de baixo para cima. Quando mais intenso a direção muda de 
cima para baixo. 
 Tipo cava inferior: localiza-se na parte inferior do abdome, umbilical, flancos e face 
anterior do tórax, com sentido abdome-tórax. 
 
O) Edema cutâneo: 
 
 Localização: LOCALIZADO OU GENERALIZADO (ANASARCA) 
 Intensidade 
 Consistência: MOLE OU DURO 
 Elasticidade: ELÁSTICO OU INELÁSTICO 
 Temperatura da pele adjacente: TEMPERATURA NORMAL, QUENTE OU FRIA 
 Sensibilidade da pele adjacente: DOLOROSOOU INDOLOR 
 Outras alterações da pele adjacente: MUDANÇA DE COLORAÇÃO, TEXTURA, ESPESSURA 
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P) Enfisema subcutâneo: presença de bolhas de ar debaixo da pele. Usa-se a palpação. 
 
 
Q) Avaliação do estado de nutrição: 
 
 ESTADO DE NUTRIÇÃO NORMAL 
 SUPERNUTRIÇÃO 
 HIPONUTRIÇÃO OU DESNUTRIÇÃO 
 SUBNUTRIÇÃO 
 MÁ NUTRIÇÃO PROTÉICA 
 
R) Avaliação do estado de hidratação: 
 
 HIDRATAÇÃO NORMAL: pele rósea, com boa elasticidade e com leve grau de umidade; 
mucosas úmidas; sem alterações oculares; sem perda abrupta de peso; fontanelas planas e 
normotensas; bom estado geral. 
 DESIDRATAÇÃO: sede; queda abrupta do peso; pele seca, com elasticidade e turgor 
diminuídos; mucosas secas; olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos; fontanelas 
deprimidas no caso de craianças; estado geral comprometido; excitação psíquica ou 
abatimento e oligúria. 
 
S) Fala e linguagem: 
 
 DISFONIA OU AFONIA: alteração do timbre da voz causada por algum problema no órgão 
fonador. A voz pode tornar-se rouca, fanhosa ou bitonal. 
 DISLALIA: alterações menores da fala, comuns em crianças, como a troca de letras. A 
DISRITMOLALIA compreende transtornos no ritmo da fala, como a gagueira e a taquilalia. 
 DISARTRIA: decorre de alterações nos músculos da fonação, incoordenação cerebral (voz 
arrastada, escandida), de hipertonia do parkinsonismo (voz baixa, monótona e lenta), ou de 
perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar). 
 DISFASIA: pode ser de recepção ou sensorial (o paciente não entende o que se lhe diz) ou 
de expressão ou motora (o paciente entende, mas não consegue se expressar) ou ainda do 
tipo misto. 
 RETARDO DO DESENVOLVIMENTO DA FALA NA CRIANÇA 
 DISGRAFIA: perda da capacidade de escrever. 
 DISLEXIA: perda da capacidade de ler. 
 
T) Marcha: 
 
A todo e qualquer distúrbio da marcha dá-se o nome de disbasia, que pode ser uni ou bilateral. Os 
tipos mais representativos são os seguintes: 
 
 SENIL: lentificada, com passos curtos e com diminuição dos movimentos associados de 
membros superiores. 
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 MARCHA HELICÓPODE, CEIFANTE OU HEMIPLÉGICA: ao andar, o paciente mantém o 
membro superior fletido em 90º no cotovelo e em adução e a mão fechada em leve 
pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona, tendo a 
perna que se arrastar pelo chão descrevendo um semicírculo quando o paciente troca o 
passo. Após AVC. 
 MARCHA ANSERINA OU DO PATO: o paciente para caminhar acentua a lordose lombar e 
vai inclinando o tronco ora para a direita, ora para a esquerda, alternadamente. Em 
grávidas, miopatias e neuropatia distal. 
 MARCHA PARKINSONIANA: doente anda enrijecido, sem o movimento automático dos 
braços. A cabeça permanece inclinada para frente e os passos são miúdos e rápidos, dando 
a impressão que o doente “corre atrás do seu centro de gravidade” e que vai cair para 
frente. 
 MARCHA CEREBELAR OU MARCHA DO ÉBRIO: ao caminhar o doente ziguezagueia como 
um bêbado. 
 MARCHA TABÉTICA: para se locomover o paciente mantém o olhar fixo no chão; os 
membros inferiores são levantados abrupta e explosivamente e, ao serem recolocados no 
chão, os calcanhares tocam o solo pesadamente. Ocorre devido à perda da propriocepção. 
 MARCHA DE PEQUENOS PASSOS: paciente dá passos muito curtos e caminha arrastando 
os pés como se estivesse dançando “marchinha”. Na paralisia pseudobulbar e em idosos. 
 MARCHA VESTIBULAR OU MARCHA EM ESTRELA: paciente apresenta lateropulsão 
quando anda, ou seja, é como se fosse empurrado para o lado quando tenta se mover em 
linha reta. 
 MARCHA ESCARVANTE: quando o paciente tem paralisia do movimento de flexão dorsal 
do pé, ao tentar caminhar toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, levanta 
acentuadamente o membro inferior. 
 MARCHA EM TESOURA OU ESPÁSTICA: os dois membros inferiores enrijecidos e 
espásticos permanecem semifletidos, e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando 
o paciente tenta caminhar. 
 MARCHA CLAUDICANTE: ao caminhar, o paciente “manca” para um dos lados. 
 
U) Avaliação do nível de consciência 
 
 
 
 
V) Linfonodos ou gânglios linfáticos: 
 
 
O exame dos linfonodos se faz por meio da inspeção e da palpação, um método completando o 
outro. 
O exame físico geral inclui obrigatoriamente a investigação sistemática dos linfonodos superficiais 
(localizados no tecido subcutâneo), que assim se distribuem: 
 
 
 
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Grupo ganglionar da cabeça e do pescoço: 
 Linfonodos occipitais 
 Linfonodos auriculares anteriores 
 Linfonodos auriculares posteriores 
 Linfonodos amigdalianos 
 Linfonodos submandibulares 
 Linfonodos submentonianos 
 Linfonodos cervicais (anteriores superficiais, anteriores profundos, posteriores)  Os 
profundos não são habitualmente palpáveis ao exame físico. 
 Linfonodos supraclaviculares 
Grupo ganglionar das axilas: 
 Linfonodos infraclaviculares 
 Linfonodos laterais 
 Linfonodos posteriores ou subescapulares 
 Linfonodos centrais 
Grupo ganglionar das virilhas: 
 Linfonodos inguinais superficiais 
 Linfonodos inguinais profundos 
 
Deve-se verificar: 
 PRESENÇA DE LINFANGITE: caracteriza-se pela presença de finas estrias vermelhas na 
pele, sobre o trajeto dos linfáticos. 
 LOCALIZAÇÃO: quais linfonodos estão comprometidos. 
 TAMANHO OU VOLUME: comparar com termos tirados da vida diária ou estimar seu 
diâmetro em centímetros. 
 COALESCÊNCIA: junção de dois ou mais gânglios, formando uma massa de limites 
imprecisos. 
 CONSISTÊNCIA: duro ou mole, com flutuação ou não. 
 MOBILIDADE: móvel ou aderente aos planos adjacentes. 
 SENSIBILIDADE: doloroso ou não. 
 ALTERAÇÕES DA PELE: existência de sinais flogísticos (edema, calor, rubor, dor); presença 
de fistulização, descrevendo-se o tipo de secreção que flui pela fístula, e ulcerações. 
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EXAME FÍSICO DO ABDOME 
 
O paciente deve permanecer em decúbito dorsal, com os braços estirados ao longo do corpo, com a 
cabeça em plano ligeiramente superior aos ombros e com o máximo relaxamento da parede 
abdominal. Para algumas manobras podem ser solicitadas ao paciente que adote posições 
específicas. 
É composto pela inspeção, palpação, percussão e ausculta, sendo que a ausculta deve ser realizada 
antes da palpação e da percussão, uma vez que essas podem estimular o peristaltismo e encobrir 
uma hipoatividade dos ruídos hidroaéreos. 
 
Divide-se o abdome em regiões, para que se possa correlacionar quais são as estruturas 
correspondentes a essas regiões. Pode ser feita de duas formas: 
 
 Em 4 quadrantes: traça-se uma linha vertical e uma horizontal que cruzem 
perpendicularmente na cicatriz umbilical. Com essa divisão, adquire-se 4 regiões: 
 
 Em 9 regiões: traçam-se duas linhas horizontais, a linha bicostal que une dois pontos onde 
as linhas hemiclaviculares cruzam as rebordas costais correspondentes, e a linha biilíaca, 
que une as espinhas ilíacas ântero-superiores. A seguir, traçam-se duas linhas curvas 
(linhas costais) que acompanham as rebordas costais, a partir da base do apêndice xifóide 
até as linhas axilares médias. Por fim, demarcam-se duas linhas ligeiramente oblíquas, uma 
de cada lado do abdome, que ligam o ponto de cruzamento da linha hemiclavicular com a 
reborda costal e o tubérculo do púbis. Por duas linhas oblíquas unem-se, por fim, as 
espinhas ilíacas ântero-superiores e o tubérculo do púbis. Com isso teremos as 9 regiões.o quadrante superior direito 
o quadrante superior esquerdo 
o quadrante inferior direito 
o quadrante inferior esquerdo 
 
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o Hipocôndrio direito: fígado, vesícula biliar, ângulo hepático, cápsula renal direita. 
o Hipocôndrio esquerdo: fundo de estômago, baço, ângulo esplênico e cápsula renal 
esquerda. 
o Flanco direito: rim e cólon ascendente. 
o Flanco esquerdo: rim e cólon descendente. 
o Fossa ilíaca direita: ceco, apêndice, trompa e ovário. 
o Fossa ilíaca esquerda: cólon sigmóide, trompa e ovário. 
o Epigástrio: piloro, duodeno (bulbo) e pâncreas. 
o Mesogástrio: delgado. 
o Hipogástrio: bexiga e útero. 
 
 
INSPEÇÃO 
 
1. Pele: 
 
 COLORAÇÃO 
 PRESENÇA DE LESÕES, CICATRIZES, ESTRIAS OU MANCHAS HEMORRÁGICAS 
 DISTRIBUIÇÃO DE PÊLOS: normalmente adquire forma losangular nos homens e forma 
triangular nas mulheres. 
 PRESENÇA DOS SINAIS DE CULLEN E GREY TURNER: manchas hemorrágicas azuladas na 
pele periumbilical (Cullen) ou nos flancos (Grey Turner); ambos patognomônicos de 
pancreatite. 
 PRESENÇA DE SOLUÇÕES DE CONTINUIDADE DA PAREDE: 
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o DIÁSTASE DOS MÚSCULOS RETOS ANTERIORES DO ABDOME: separação dos retos 
por fragilidade da linha média (alba), sendo possível insinuar-se um ou mais dedos 
entre eles. Para caracterizá-la, estando o paciente em decúbito dorsal, pede-se a ele para 
contrair a musculatura abdominal, seja elevando as duas pernas estendidas, seja 
levantando forçadamente a cabeça do travesseiro sem mover o tórax. Se diferencia de 
hérnia por não ter saco herniário, nem anel palpável. 
o HÉRNIAS: solução de continuidade em algum local da parede abdominal, por onde 
penetram uma ou mais estruturas intra-abdominais. Para exteriorizar hérnias da 
parede abdominal usa-se a mesma manobra usada para caracterizar a diástase dos 
músculos retos abdominais. As hérnias inguinais e crurais tornam-se evidentes quando 
o paciente sopra com força sua própria mão, colocada na boca para impedir a 
eliminação do ar (manobra de Valsalva). Também se pode pedir para que o paciente 
tussa, pois o aumento da pressão intra-abdominal pode tornar uma hérnia mais 
evidente. Tipos de hérnias mais comuns: epigástrica, umbilical, inguinal, femoral e 
incisional. 
 PRESENÇA DE CIRCULAÇÃO COLATERAL: verificar LOCALIZAÇÃO, DIREÇÃO DO FLUXO 
SANGUÍNEO (técnica: comprimir com os 2 indicadores rentes um ao outro a veia a ser 
analisada; afastá-los um do outro até 10 cm mantendo a pressão e deslocando a coluna 
sangüínea; retirar um dos dedos; observar o enchimento; se ocorrer enchimento imediato 
da veia, significa que o sangue está fluindo no sentido do dedo que permanece fazendo a 
compressão; usar as expressões fluxo venoso abdome-tórax, ombro-tórax ou pelve-
abdome) e PRESENÇA DE FRÊMITO E/OU SOPRO. 
Tipos: 
o TIPO VEIA CAVA SUPERIOR: o sistema venoso se distribui na metade superior da face 
anterior do tórax, podendo também aparecer na face posterior, braços e pescoço. Tem 
direção tóraco-abdominal. 
o TIPO PORTA: localizado principalmente nas regiões periumbilical (“cabeça de 
medusa”) e epigástrica e na face anterior do tórax, com direção de baixo para cima. 
Quando mais intenso a direção muda de cima para baixo. Circulação colateral tipo 
“cabeça de medusa” associada a frêmito e na ausculta  Síndrome de Cruveillier 
Baumgarten (recanalização da veia umbilical). 
o TIPO CAVA INFERIOR: localiza-se na parte inferior do abdome, região umbilical, 
flancos e face anterior do tórax, com sentido abdome-tórax. 
 
2. Forma e volume do abdome: 
 
 ABDOME NORMAL (ATÍPICO): altamente variável de um indivíduo para outro; simétrico. 
 ABDOME GLOBOSO: globalmente aumentado, com predomínio nítido do diâmetro ântero-
posterior sobre o transversal. Distensão abdominal: os 5 F (fat, fluid, fetus, flatus, faeces). 
 ABDOME EM VENTRE DE BATRÁQUIO: predomínio do diâmetro transversal sobre o 
ântero-posterior quando o paciente está em decúbito dorsal. Na ascite em fase de 
regressão. 
 ABDOME PENDULAR OU PTÓTICO: quando as vísceras pressionam a parte inferior da 
parede abdominal produzindo, neste local, uma protrusão; quando o paciente está em pé. 
Em abdomes flácidos. 
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 ABDOME EM AVENTAL: parede abdominal cai “como um avental” sobre as coxas do 
paciente. Em pessoas muito obesas. 
 ABDOME ESCAVADO: parede abdominal retraída. Em pessoas muito emagrecidas. 
 
3. Cicatriz umbilical: 
 NORMAL: forma plana ou levemente retraída. 
 PROTRUSA: hérnia umbilical, acúmulo de líquido, gravidez. 
 PRESENÇA DE ERITEMA E SECREÇÃO SEROSA OU SEROPURULENTA: infecções do 
umbigo (onfalites). 
 NÓDULO DA IRMÃ MARIA JOSÉ: linfonodo metastático periumbilical. 
 
4. Abaulamentos ou retrações localizados: 
 
Avaliar simetria e regularidade do abdome; notificar localização; aliar à palpação (localização, 
forma, tamanho, mobilidade, pulsatilidade). 
 
5. Movimentos: 
 
 MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS: respiração tóraco-abdominal, comum principalmente 
nos homens, desaparece nas peritonites e afecções dolorosas do andar superior do 
abdome. 
 PULSAÇÕES: é normal ver as pulsações da aorta abdominal no abdome de pessoas magras; 
pulsações na região epigástrica quando há hipertrofia do VD; aneurisma da aorta 
abdominal; ondas de Kussmaul visíveis no epigástrio (ondas peristálticas vigorosas 
causadas por hiperperistalse gástrica, freqüentemente observadas logo após a 
alimentação). 
 MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS VISÍVEIS: normais (comumente vistas em pessoas 
magras) ou anormais (manobra provocativa por aplicação de piparotes na área suspeita: 
aparecimento de ondas indica obstrução em algum segmento do tubo digestivo  
caracterizar localização, velocidade e direção das ondas). 
 
 
 
AUSCULTA 
 
 
Em condições normais escuta-se: 
RUÍDOS HIDROAÉREOS (de timbre agudo, localização variável e aparecimento imprevisível), 
decorrentes da movimentação dos líquidos e gases contidos no trato gastrointestinal. Encontram-
se aumentados nos casos de diarréia e início de oclusão intestinal (peristalse de luta: ruído de alta 
intensidade e freqüência, que pode chegar ao timbre metálico) e diminuídos nos casos de íleo 
paralítico. 
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Podem ser ouvidos SOPROS sistólicos (normais) ou contínuos, indicativos de estenose de artéria 
renal (causa de hipertensão secundária em jovens) ou aorta abdominal, aneurisma de aorta 
abdominal, tumor ou fístula arteriovenosa. 
Também podem ser escutados ATRITOS, principalmente hepático ou esplênico, devido a 
enrijecimento de suas cápsulas fibrosas, causado por presença de metástases nesses órgãos. 
 
 
 
 
PALPAÇÃO 
 
Deixar a região onde o paciente refere dor para o final do exame. 
 
Palpação superficial: estudo da parede abdominal e das vísceras que podem alcançar a parede. 
 
1. Sensibilidade: 
 
 HIPERESTESIA CUTÂNEA: dor despertada à palpação leve ou ao apenas roçar a parede 
abdominal com objeto pontiagudo. 
 PONTOS DOLOROSOS: 
o PONTOS CÍSTICOS OU GÁSTRICOS: 
o PONTO XIFOIDIANO: logo abaixo do processo xifóide. Doloroso na cólica biliar e 
nas afecções do estômago e duodeno (úlceras e neoplasias). 
o PONTO EPIGÁSTRICO: no meio da linha xifoumbilical. Sensível nas gastrites, nos 
processos ulcerosos e tumorais. 
o PONTO BILIAR OU PONTO CÍSTICO: no ângulo formado pela reborda costal direita e a 
borda externa do músculo reto abdominal  Pesquisa do SINAL DE MURPHY: ao se 
comprimir o ponto cístico,pede-se ao paciente para inspirar profundamente, para que o 
diafragma abaixe o fígado, fazendo com que a vesícula biliar alcance a extremidade do 
dedo que está comprimindo a área, o que causa uma dor inesperada em pacientes com 
colecistite aguda, fazendo com que ele interrompa a inspiração (sinal de Murphy 
positivo). 
o PONTO APENDICULAR OU PONTO DE MCBURNEY: na extremidade dos dois terços da 
linha que une a espinha ilíaca ântero-superior direita ao umbigo  Pesquisa do SINAL 
DE BLUMBERG: realizar compressão do ponto apendicular com pressão progressiva, 
lenta e contínua, procurando averiguar se isto provoca uma sensação dolorosa; a seguir 
descomprime-se bruscamente a região, com o que se determina um estiramento rápido 
do peritônio, o qual, se estiver inflamado, despertará uma dor aguda e intensa (sinal de 
Blumberg positivo). A descompressão rápida pode ser aplicada em qualquer região da 
parede abdominal e seu significado é sempre o mesmo, ou seja, peritonite. 
o PONTO ESPLÊNICO: abaixo da reborda costal no início do seu terço externo. Dor local 
no infarto esplênico. 
o PONTOS URETERAIS: 4 pontos, situados nos cruzamentos das bordas laterais dos 
músculos retos abdominais com uma linha horizontal que passa pelo umbigo e uma 
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linha que passa pelas espinhas ilíacas ântero-superiores, que representam as zonas de 
estenose dos ureteres. Dor quando há migração de cálculos pelos ureteres. 
 
 
 
2. Resistência da parede abdominal: 
 
Contração voluntária (por “medo” do examinador, por exemplo) ou involuntária (na peritonite) 
dos músculos abdominais. A involuntária pode ser localizada ou generalizada (abdome em tábua). 
A PALPAÇÃO BIMANUAL para avaliar defesa localizada (peritonite localizada) da parede 
abdominal procede da seguinte maneira: o examinador coloca ambas as mãos longitudinal e 
paralelamente no sentido craniocaudal e, enquanto uma das mãos palpa a região suspeita, a outra 
examina a região homóloga, com seguidos movimentos alternados, verificando-se a simetria. 
 
3. Continuidade da parede abdominal: 
 
 PRESENÇA DE DIÁSTASE: vide Inspeção. 
 PRESENÇA DE HÉRNIAS: vide Inspeção. 
 PRESENÇA DE MASSAS: lipomas, fibromas, hematomas da bainha do músculo reto 
abdominal (acúmulo de sangue na sua bainha por ruptura de vaso epigástrico ou da 
própria musculatura). Deve-se diferenciar as massas de origem na parede daquelas 
originadas intraperitonealmente. Para isso, podem ser realizadas duas manobras: a 
manobra de Carnet e a manobra de Smith-Bates. A MANOBRA DE CARNET consiste em 
pedir ao paciente para fletir a cabeça, enquanto na MANOBRA DE SMITH-BATES o paciente 
deve elevar as duas pernas. O objetivo é induzir a contração da musculatura abdominal. As 
massas originadas na parede tornam-se mais evidentes e nítidas durante essas manobras, 
enquanto as massas de origem intraperitoneal podem vir a se tornar menos evidentes ou 
até mesmo desaparecer. Lembrar que ao se realizar essas manobras em um paciente que 
apresenta com hérnia, esta desaparece. 
 
4. Pulsações: vide Inspeção. 
 
Palpação profunda: 
 
Investigação de órgãos da cavidade abdominal e eventuais massas palpáveis ou tumorações. Se 
encontrar algum desses, caracterizar: LOCALIZAÇÃO (9 regiões ou 4 quadrantes), FORMA E 
VOLUME, SENSIBILIDADE (doloroso ou indolor), CONSISTÊNCIA (cística, borrachosa, dura ou 
pétrea), MOBILIDADE (aderente ou não às estruturas vizinhas; móvel ou não aos movimentos 
respiratórios) E PULSATILIDADE (pulsátil ou não; se for, diferenciar pulsação própria de 
pulsação transmitida). 
 
1. Palpação do fígado: deve ser guiada pela hepatimetria. 
 
 Uma técnica consiste em palpar o hipocôndrio direito, o flanco direito e o epigástrio, indo 
do umbigo à reborda costal. A seguir, executa-se a palpação junto à reborda, coordenando-a 
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com os movimentos respiratórios da seguinte maneira: durante a expiração, as mãos do 
examinador ajustam-se à parede abdominal, sem fazer compressão e sem se movimentar; à 
inspiração, a mão do examinador, ao mesmo tempo que comprime, é movimentada para 
cima, buscando detectar a borda hepática. Um artifício para aproximar o fígado da parede 
anterior do abdome para facilitar a palpação, consiste em colocar a mão esquerda ao nível 
da loja renal direita, forçando-a para cima. 
 Em outra técnica, o paciente coloca-se em decúbito lateral esquerdo, enquanto o 
examinador se coloca ao seu lado direito, voltado para os pés do paciente. A mão ou as 
mãos do examinador, cujos dedos formam uma leve garra, repousam sobre o hipocôndrio 
direito. Em seguida, coordena-se a palpação com os movimentos respiratórios do paciente. 
À inspiração, quando o órgão se desloca para baixo, procura-se reconhecer sua borda. 
 
As informações clínicas são tiradas da análise da borda e da superfície do fígado. 
Deve ser descrita a distância da borda ao rebordo costal e a espessura (fina ou romba), 
superfície (lisa ou irregular  nodular: características dos nódulos quanto ao número, 
consistência dura ou cística e sensibilidade), consistência (diminuída, normal ou aumentada) e 
sensibilidade (dolorosa ou indolor) da borda. 
Toda hepatomegalia é palpável, mas nem todo fígado palpável está aumentado de volume. Quando 
o fígado está normal, sua palpação é difícil. 
Quando a veia jugular externa fica ingurgitada à palpação do fígado, temos o reflexo hepato-
jugular, característico de ICC (Insuficiência cardíaca congestiva) descompensada. 
 
2. Palpação da vesícula biliar: 
 
Só se torna palpável em condições patológicas (alteração de sua parede ou aumento da tensão no 
seu interior, quando é chamada de vesícula hidrópica). 
SINAL DE CURVOISIER: vesícula biliar palpável em paciente ictérico. Sugere câncer na cabeça do 
pâncreas. 
SINAL DE MURPHY: vide Palpação superficial. Vesícula não palpável. 
 
3. Palpação do baço: 
 
Deve ser feita da mesma maneira como é feita a palpação do 
fígado, exceto pela região examinada ser o quadrante superior 
esquerdo. Quando não se consegue palpar o baço utilizando as 
manobras anteriormente descritas, pede-se ao paciente que 
assuma a POSIÇÃO DE SCHUSTER, que consiste no decúbito 
lateral direito, estando o paciente com a perna direita estendida e 
a coxa esquerda fletida sobre o abdome em um ângulo de 90º; 
ademais, o ombro esquerdo é elevado, colocando-se o braço 
correspondente sobre a cabeça. 
Com o paciente nesta posição, é realizada a palpação onde, de 
início, o examinador se posta diante do paciente, pousando com 
alguma pressão sua mão esquerda sobre a área de projeção do 
baço como se quisesse deslocá-lo para baixo. Enquanto isso, a mão 
direita executa a palpação, coordenando-a com os movimentos 
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respiratórios do paciente, de tal modo que, durante a inspiração, o examinador avança sua mão no 
rumo da reborda costal. 
Em geral, palpar este órgão significa que seu volume está aumentado, ou seja, há esplenomegalia. 
 
4. Palpação do ceco: 
 
Efetua-se sua palpação deslizando-se a mão palpadora ao longo de uma linha que une a cicatriz 
umbilical à espinha ilíaca ântero-superior. Ao alcançar a borda interna do ceco, percebe-se uma 
súbita elevação; atocontínuo, as polpas digitais do examinador vão se deslocando sobre a face 
anterior do ceco até alcançar a espinha ilíaca. Sem retirar a mão deste local, o examinador encurva 
ligeiramente seus dedos e repete a manobra em direção oposta, procurando deslocar o ceco para 
dentro com a finalidade de investigar o seu grau de mobilidade. 
Ao deslizar a mão sobre esta víscera, produzem-se ruídos hidroaéreos conhecidos como 
GARGAREJOS. 
Havendo dificuldade na palpação desta víscera, recorre-se a uma manobra auxiliar, que consiste 
em palpar com a mão direita enquanto a mão esquerda exerce pressão sobre o cólon ascendente a 
fim de se obter maior repleção do ceco. 
 
5. Palpação do cólon transverso: 
 
Desliza-se uma ou, de preferência, ambas as mãos, de cima para baixo e de baixo para cima no 
abdome. Sua localização é variável, geralmente mesogástrica. Assemelha-se a uma corda de 
direção transversal. 
 
6. Palpação do cólon sigmóide: 
 
Situa-se no quadrante inferior direito e assemelha-se a uma corda de consistência firme e pouco 
móvel. Em casos de megassigmóide, a alça dilatada se alonga e deixa sua topografia normal. Se 
contiver fezes, sua consistência varia de pastosa a pétrea. 
O SINAL DE GERSUNY é encontrado em casos de fecaloma, e consiste em palpar o “tumor fecal” na 
topografia do sigmóide; quando positivo, ouve-se ligeira crepitação, decorrente do ar interposto 
entre a parede intestinal e o fecaloma. 
 
7. Palpação dos rins: 
 
Com o paciente em decúbito dorsal, a palpação do rim é feita de preferência pela TÉCNICA 
BIMANUAL, com uma das mãos sendo aplicada transversalmente na região lombar, onde faz certa 
pressão para que o rim seja projetado para frente, enquanto outra se apóia longitudinalmente 
sobre a parede abdominal, à altura do flanco. A mão palpadora é homônima do lado que se palpa. 
O paciente deve respirar tranqüila e profundamente. A cada inspiração procura-se sentir sob as 
pontas dos dedos a descida do rim. Ao final de cada inspiração, intensifica-se a pressão exercida 
por ambas as mãos e procura-se perceber o deslocamento ascendente súbito do rim (“captura do 
rim”). A palpação bimanual pode também ser realizada com o paciente em decúbito lateral sobre o 
lado oposto que se vai examinar e com os membros inferiores em semiflexão. 
Pode também ser usada a manobra do CHOQUE LOMBOABDOMINAL: com a extremidade dos 
dedos da mão que comprime a região lombar, realizam-se ao nível do ângulo costovertebral 
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sucessivas e rápidas impulsões, em direção à mão palpadora, que recebe a sensação de choque do 
rim quando este é impelido para frente. 
 
8. Palpação da aorta abdominal 
 
9. Palpação do útero 
 
10. Palpação da bexiga cheia 
 
11. Manobra do rechaço: 
 
Com a palma da mão, comprime-se com certa firmeza a parede abdominal, e com a face ventral 
dos dedos e polpas digitais provoca-se um impulso rápido na parede, retornando-se os dedos à 
posição inicial sem afrouxar a compressão da parede abdominal. Existe rechaço quando, 
imediatamente após a impulsão, percebe-se um choque na mão que provocou o impulso. Traduz 
presença de órgão ou tumor sólido flutuando num meio líquido (ascite de grande volume  
palpação profunda habitual impossibilitada devido à resistência da parede distendida). 
 
12. Pesquisa de vascolejo: 
 
Prende-se o estômago com a mão direita, movimentando-o de um lado para o outro, ao mesmo 
tempo em que se procura ouvir ruídos hidroaéreos nele originados. Ou repousa-se a mão sobre a 
região epigástrica e executam-se rápidos movimentos compressivos com a face ventral dos dedos 
e as polpas digitais, tendo-se o cuidado de não deslocar a palma da mão; manobra conhecida como 
PATINHAÇÃO. Quando se ouvem ruídos de líquidos sacolejando, diz-se que há vascolejo. Pode ser 
encontrado em pessoas normais que acabaram de ingerir líquido ou em casos de estase líquida em 
um estômago atônico ou quando existe estenose pilórica. 
 
 
 
PERCUSSÃO 
 
 
Podem ser encontrados os seguintes tipos de som no abdome: timpanismo (som obtido 
normalmente em quase todo o abdome, porém mais nítido no espaço de Traube), 
hipertimpanismo (quando aumenta a quantidade de ar), submacicez (menor quantidade de ar 
ou superposição de uma víscera maciça sobre uma alça intestinal) e macicez (normalmente no 
fígado e no baço; útero gravídico, ascite, tumores e cistos contendo líquido). 
Serve para delimitar vísceras ou massas, detectar presença de gases e de líquido na cavidade e 
para avaliar hipersensibilidade renal. 
 
O encontro de som maciço à percussão do ESPAÇO DE TRAUBE (limite anterior do gradeado 
costal, à altura do 9º e 10º espaço intercostal  fundo do estômago: som timpânico) geralmente 
indica ESPLENOMEGALIA. 
 
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1. Hepatimetria: 
 
Percute-se o hemitórax direito ao nível da linha hemiclavicular desde sua origem até o 4º ou 5º 
espaço intercostal; a partir daí desvia-se para fora, de modo a fugir do plastrão formado pelas 
cartilagens das últimas costelas. De início, obtém-se som claro pulmonar (atimpânico). A seguir, 
em condições normais, na altura do 5º ou 6º espaço intercostal, observa-se som submaciço, que 
caracteriza que foi encontrado o limite superior do fígado. Continuando a percussão para baixo, 
encontra-se a área de macicez hepática. Para encontrar o limite inferior do fígado, continua-se a 
percussão iniciando no quadrante inferior direito ao nível da linha hemiclavicular, no sentido de 
baixo para cima; o som obtido no abdome é timpânico e quando for encontrado som maciço, 
significa que o limite inferior do fígado foi encontrado. A medida do fígado normal encontrada por 
esta técnica deve ter de 6 a 12cm na linha hemiclavicular e 4 a 8 cm na linha média esternal. 
A condição que ocorre quando a macicez hepática não é encontrada, encontrando-se apenas 
timpanismo (presença de ar), chama-se SINAL DE JOBERT, e ocorre principalmente por 
acentuada atrofia hepática, interposição de alça intestinal entre o fígado e a parede costal e 
pneumoperitônio (por perfuração do tubo gastrointestinal, por exemplo). 
 
2. Pesquisa de ascite: 
 
 Ascite de grande volume (mais que 1500ml): a percussão é feita por PIPAROTE. Paciente 
em decúbito dorsal e ele próprio ou um auxiliar coloca a borda cubital na mão sobre a linha 
mediana do abdome, exercendo uma ligeira pressão de modo a impedir a transmissão pela 
parede abdominal do impacto provocado pelo piparote. O examinador coloca-se ao lado 
direito do paciente e repousa a mão esquerda no flanco do outro lado. Golpeia-se com o 
indicador a face lateral do hemiabdome direito. Se houver líquido em quantidade suficiente 
na cavidade peritoneal, a mão esquerda capta os choques das ondas líquidas 
desencadeadas pelos piparotes. 
 Ascite de médio volume: quando o piparote é negativo, faz-se a técnica de PESQUISA DE 
MACICEZ MÓVEL que consiste em percutir todo o abdome com o paciente em decúbito 
dorsal. Permite a determinação de macicez nos flancos e som timpânico na parte média do 
abdome, o que levanta a suspeita de haver uma certa quantidade de líquido na cavidade 
peritoneal. Coloca-se o paciente em decúbito lateral direito e percute-se todo o abdome; 
havendo ascite, encontra-se timpanismo no flanco esquerdo e macicez no flanco direito. O 
paciente adota o outro decúbito lateral, percutindo-se de novo todo abdome; se houver 
ascite o resultado desta percussão será o contrário do obtido na etapa anterior da manobra, 
haverá timpanismo no hemiabdome direito e macicez no esquerdo. A macicez móvel é 
explicada pela mobilização do líquido existente na cavidade peritoneal, devido à mudança 
de posição. Em posição ortostática, o sinal dopiparote está presente em baixo ventre. 
 Ascite de pequeno volume (geralmente menos de 500ml): deve-se fazer a percussão por 
piparote na região do baixo ventre, estando o paciente na posição de pé e com a bexiga 
vazia. 
 
 
 
 
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3. Punho-percussão do rim: 
Mantendo-se a mão fechada, golpeia-se com a borda cubital a região lombar de projeção renal e 
averigua-se se a manobra desperta sensação dolorosa. O SINAL DE GIORDANO é positivo quando 
há hipersensibilidade renal, ocorrendo dor à punho-percussão da região. 
 
 
 ANOTAÇÕES: 
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EXAME FÍSICO DO TÓRAX 
 
-APARELHO RESPIRATÓRIO- 
 
 
 
 
INSPEÇÃO 
 
 
Inspeção estática: 
 
1. Estado da pele 
 
 
2. Forma do Tórax: 
 
 NORMAL: mesmo em pessoas normais, a forma do tórax apresenta variações em relação à 
idade, ao sexo e ao biótipo. No adulto normal o diâmetro lateral é maior que o antero-
posterior. 
 TÓRAX CHATO: reduzido diâmetro antero-posterior, escápulas sobressaídas claramente 
no relevo torácico. Mais comum nos longilíneos e sem significado patológico. 
 TÓRAX EM TONEL OU EM BARRIL: grande magnitude do diâmetro antero-posterior. 
Comum em pessoas que fazem retenção de ar, idosos e em casos de enfisema pulmonar. 
 TÓRAX INFUNDIBULIFORME (PECTUS ESCAVATUM): presença de uma depressão menos 
acentuada ao nível do terço inferior do esterno. Pode ser congênito ou adquirido. “Tórax de 
sapateiro”. Causa mais comum é o raquitismo. 
 TÓRAX CARINIFORME (PECTUS CARINATUM): presença de saliência em forma de peito 
de pombo ou quilha de navio ao nível do esterno. Pode ser congênito ou adquirido. Causa 
mais comum é o raquitismo. 
 TÓRAX EM SINO OU PIRIFORME: porção inferior alargada. Aparece nas grandes 
hepatomegalias e na ascite volumosa. 
 TÓRAX CIFÓTICO: conseqüente ao encurvamento posterior da coluna torácica. Por defeito 
de postura ou lesão de vértebras torácicas (tuberculose, osteomielite, neoplasias ou 
anomalias congênitas). 
 TÓRAX ESCOLIÓTICO: tórax torna-se assimétrico em conseqüência do desvio lateral do 
segmento torácico da coluna vertebral. Geralmente congênito. 
 TÓRAX CIFOESCOLIÓTICO: combinação de alteração cifótica com escoliótica. 
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 TÓRAX INSTÁVEL TRAUMÁTICO: quando são fraturadas várias costelas, observam-se 
movimentos torácicos paradoxais, ou seja, na inspiração a área correspondente desloca-se 
para dentro; na expiração, para fora. 
 
3. Abaulamentos e depressões: 
 
Indicam alguma lesão que aumentou ou reduziu uma das estruturas da parede ou de órgãos intra-
torácicos. SULCO DE HARRISON e ROSÁRIO RAQUÍTICO são deformações das costelas 
determinadas pelo raquitismo. 
 
Inspeção dinâmica: 
 
1. Tipo respiratório: 
 
Em condições normais observam-se dois tipo de respiração, que são o COSTAL SUPERIOR 
(predomínio da ação dos músculos escaleno e esternocleidomastóideo/ mais no sexo feminino) e 
o TORACOABDOMINAL (diafragmático/ mais no sexo masculino, crianças de ambos os sexos e 
pessoas de ambos os sexos na posição de decúbito). 
 
2. Ritmo respiratório: 
 
 NORMAL: sucessão regular de movimentos respiratórios, de profundidade mais ou menos 
igual. 
 RESPIRAÇÃO DISPNÉICA: sucessão regular de movimentos respiratórios amplos e quase 
sempre desconfortáveis para o paciente. 
 PLATIPNÉIA: dificuldade para respirar em posição ereta, aliviada na posição deitada. 
 ORTOPNÉIA: dificuldade para respirar na posição deitada. 
 TREPOPNÉIA: paciente se sente mais confortável para respirar em decúbito lateral. No 
derrame pleural e na ICC. 
 RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES (DISPNÉIA PERIÓDICA): paciente apresenta, de modo 
cíclico, incursões respiratórias que vão ficando cada vez mais profundas até atingir uma 
amplitude máxima; neste momento os movimentos começam a diminuir gradativamente, 
podendo chegar à apnéia; se isto acontece, o paciente permanece sem respirar alguns 
segundos, ao fim dos quais repete-se a mesma seqüência. E assim sucessivamente. 
 RESPIRAÇÃO DE BIOT (ATÁXICA): ocorrência de períodos de apnéia que interrompem a 
seqüência das incursões respiratórias. Há, também, nítidas variaçõesna amplitude dos 
movimentos torácicos, observando-se uma verdadeira arritmia respiratória. Indica sempre 
mau prognóstico. 
 RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL: amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos 
períodos de apnéia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas que, por sua 
vez, são sucedidas por pequenas pausas de apnéia. “Peixe fora d’água”. 
 RESPIRAÇÃO SUSPIROSA: suspiros passam a interromper o ritmo respiratório normal. 
Faz parte do quadro do transtorno de ansiedade. 
 
 
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3. Amplitude da respiração: SUPERFICIAL OU PROFUNDA. 
 
4. Freqüência respiratória: ver em “Sinais vitais”. 
 
5. Tiragem: 
 
Ligeira depressão nos espaços intercostais durante a inspiração que é explicável pelo efeito da 
pressão atmosférica sobre os espaços intercostais no momento em que a negatividade intra-
torácica se acentua e os músculos intercostais ainda estão descontraídos. Quando existe obstáculo 
em uma via aérea, a parte correspondente do pulmão não se expande, então, a pressão 
atmosférica, ao atuar sobre a área correspondente da parede toráica, provoca uma leve depressão 
dos espaços intercostais (tiragem). Pode ser localizada ou ser unilateral (oclusão de um brônquio 
inteiro), visível em todo um hemitórax, ou bilateral (oclusão acima da bifurcação traqueal). 
 
6. Expansibilidade dos pulmões: 
 
Melhor na palpação. Observar se a RESPIRAÇÃO ESTÁ AUXILIADA PELA AÇÃO DOS MÚSCULOS 
ACESSÓRIOS, sinal precoce de obstrução das vias aéreas. Este fato é evidenciado pela retração das 
fossas supraclaviculares e espaços intercostais. 
 
 
 
PALPAÇÃO 
 
 
1. Estrutura da parede torácica: de acordo com as normas indicadas na semiologia geral. 
 
2. Expansibilidade ou mobilidade: avalia-se separadamente a expansibilidade dos ápices e 
das bases. Examinador se posta atrás do paciente, pousa ambas as mãos sobre as costas do 
paciente, criando um sulco e fazendo leve pressão. Na avaliação da expansibilidade das 
bases analisa-se a mobilidade tanto durante a respiração tranqüila como após algumas 
incursões respiratórias profundas e durante a dos ápices somente após incursões 
respiratórias profundas solicitadas ao paciente. Se o sulco não for desfeito há DIMINUIÇÃO 
da mobilidade, que pode ser UNI OU BILATERAL. 
 
3. Frêmito tóraco-vocal (FTV): vibrações percebidas na parede torácica pela mão do 
examinador, quando o paciente emite algum som. O examinador vai pousando a mão sobre 
as regiões do tórax, ao mesmo tempo em que o paciente vai pronunciando, seguidamente, 
as palavras “trinta e três”. À medida que ele fala, o examinador desloca sua mão de modo a 
percorrer toda a extensão da parede torácica (região paravertebral e abaixo da escápula – 
ao todo 8 vezes, sendo 4 de cada lado), completando o exame com o estudo comparativo 
das regiões homólogas. Variações fisiológicas: FTV é mais fraco em mulheres, pessoas com 
parede torácica espessada e com voz débil; maior nitidez é notada no ápice direito e na 
região interescápulo-vertebral direita por causa do menor comprimento do brônquio 
direito. Pode encontra-se AUMENTADO (consolidações: pneumonias e infarto do pulmão), 
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DIMINUÍDO OU AUSENTE (derrame pleural, espessamento da pleura, atelectasia por 
oclusão brônquica, pneumotórax e enfisema pulmonar) e ser UNI OU BILATERAL. 
 
 
 
 
PERCUSSÃO 
 
 
Usar a percussão dígito-pressão e, ao executá-la, o examinador fica atento ao ruído gerado pelo 
golpe e à resistência gerada pelo dedo plexímetro. Deve-se iniciar a percussão pela face anterior, 
indo de cima para baixo e golpeando, ora de um lado, ora de outro, em pontos simétricos. Passa-se 
a seguir às regiões laterais e conclui-se o exame com a percussão da face posterior. Na área de 
projeção do coração, do fígado e do baço obtém-se, à percussão, som maciço ou submaciço 
(somente na altura do 4º espaço intercostal). Na área de projeção do fundo do estômago (espaço 
de Traube) obtém-se som timpânico e nas demais regiões, encontra-se sonoridade ou SOM CLARO 
PULMONAR (SOM CLARO ATIMPÂNICO). 
As modificações encontráveis nas áreas de sonoridade pulmonar são: HIPERSONORIDADE 
PULMONAR (aumento de ar nos alvéolos pulmonares/ enfisema pulmonar/ não confundir com 
som timpânico), SUBMACICEZ E MACICEZ (diminuição ou desaparecimento da sonoridade 
pulmonar/ redução ou inexistência de ar no interior dos alvéolos/ derrames ou espessamentos 
pleurais; condensação pulmonar por pneumonias, tuberculose, infarto pulmonar e neoplasias) ou 
SOM TIMPÂNICO (indica ar aprisionado no espaço pleural, como no pneumotórax, ou numa 
grande cavidade intrapulmonar, como as cavernas tuberculosas). 
 
 
 
 
AUSCULTA 
 
 
É um método semiotécnico por excelência da exploração clínica do tórax, tanto dos pulmões como 
do coração. Oferece grandes subsídios para diagnóstico. Erro grosseiro e inaceitável é fazer a 
ausculta do tórax por cima da roupa. Faz-se a ausculta do tórax estando o paciente de preferência 
na posição sentada, com o tórax total ou parcialmente descoberto. Não auscultar sobre qualquer 
tipo de roupa. É importante solicitar ao paciente que respire um pouco mais profundamente com 
os lábios entreabertos. Quando o paciente está impossibilitado de sentar-se, faz-se o exame nos 
decúbitos dorsal e lateral. O receptor mais adequado é o de diafragma, usando-se os de menor 
diâmetro no exame de crianças. 
 
1. Sons Pleuropulmonares: 
 
 Sons Normais 
o Som Traqueal: é audível na região de projeção da traquéia, no pescoço e na região 
esternal, origina-se na passagem do ar na fenda glótica e na própria traquéia. 
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Apresenta os seus dois componentes diferenciados, sendo a inspiração um ruído 
soproso, mais ou menos rude, após o qual há um curto intervalo de silêncio que 
separa os dois componentes; e o expiratório, um pouco mais forte e mais 
prolongado. 
 
o Respiração Brônquica: é o som traqueal audível na zona de projeção de brônquios 
de maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do externo. Tem 
componente expiratório menos intenso que o traqueal. Nas áreas que correspondem 
à condensação pulmonar, atelectasia ou regiões próximas de cavernas superficiais 
ouve-se respiração brônquica no lugar do murmúrio vesicular. 
 
o Murmúrio Vesicular: são os ruídos respiratórios ouvidos na maior parte do tórax, 
produzidos pela turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das 
bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de diferentes tamanhos. O 
componente inspiratório é mais intenso, mais duradouro e de tonalidade mais alta 
em relação ao componente expiratório, o qual é mais fraco e de duração curta e 
tonalidade mais baixa. O M.V. é mais fraco e suave que a respiração brônquica. 
Ausculta-se o M.V. em quase todo o tórax, exceto pelos focos preferencialmente da 
respiração broncovesicular. É mais intensa nas regiões ântero-superior, axilar e 
infra-escapulares. O prolongamento da expiração aparece na asma brônquica, 
enfisema e na bronquite espastiforme (dificuldade da saída do ar). A diminuição do 
M.V. pode ser por presença de ar (penumotórax), de líquido (hidrotórax) ou tecido 
sólido (espessamento pleural), enfisema etc. 
 
o Respiração Broncovesicular: somam-se características da respiração brônquica 
com as do M.V. Intensidade e duração da inspiração e expiração têm igual 
magnitude. Auscultado em regiões esternal superior, interescaápulo-vertebral 
direita e ao nível da 3ª e 4ª vértebras dorsais. Sai presença em outras regiões

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