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Metabolismo Vegetal e a Água

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O PAPEL DA ÁGUA NA AGRICULTURA E NO METABOLISMO VEGETAL 
 
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem por objetivo abordar brevemente conteúdos 
sobre o metabolismo vegetal relacionado com a água, desde sua entrada na 
planta, até a evapotranspiração. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de 
dados com base em artigos, livros e sites relacionados ao tema. 
Inicialmente, será apresentada características gerais da água. Após, 
abranger-se-á questões sobre o transporte dessa molécula pela planta e 
quanto às necessidades de água. Por fim, será exposto o mecanismo de perda 
de água e consequências, como estresse hídrico. 
 
A ÁGUA 
Os vegetais e todos os seres vivos necessitam da água, em pequenas ou 
grandes quantidades, para sobreviver, se desenvolver e se reproduzir. Os 
vegetais possuem em torno de 80% de sua massa constituído por água, 
variando de acordo com as espécies. Em plantas herbáceas essa porcentagem 
varia entre 80% e 95% e em espécies lenhosas atinge 50%. Por isso, a 
disponibilidade de água é um fator que delimita e comanda a distribuição da 
vegetação sobre a superfície da Terra (SHIBATA, 2013). 
A água, como solvente universal, permite que nutrientes, minerais e 
outras substâncias possam ser absorvidos pelas plantas, no sistema radicular, 
conseguindo penetrar nas células e fluir entre elas, alcançando órgãos do 
vegetal. Da mesma forma, a água transporta os metabólitos por diferentes 
partes do vegetal. Além disso, a grande maioria das reações bioquímicas 
ocorrem em meio aquoso; também, a água participa diretamente na grande 
maioria delas (SHIBATA, 2013). 
Em resumo, pode-se dizer que, nas plantas, a água se torna necessária 
como: a) reagente no metabolismo vegetal; b) transporte e translocação de 
solutos; c) na turgescência celular; d) na abertura e fechamento de estômatos; 
e) na penetração do sistema radicular; f) na participação das atividades 
enzimáticas (SHIBATA, 2013). 
 
TRANSPORTE DE ÁGUA NAS PLANTAS 
A entrada de água no vegetal se dá por osmose através das raízes, onde 
por ela é absorvido água e sais minerais ao longo de toda a raiz, porem a 
absorção maior e feita por pêlos radiculares. Os pelos promovem um aumento 
consideravelmente na superfície de absorção (FERNANDES, 2012). 
Fatores que condicionam a absorção da água pelo solo: a) Quantidade de 
água no solo; b) Arejamento e textura do solo; c) Temperatura do solo; d) 
Presença de compactação do solo; e) Concentração de solução; f) Taxa de 
transpiração (pressão osmótica) (DIAS, 2008). 
A condução de seiva nos vegetais é realizada por meio dos vasos xilema e 
floema. O xilema conduz seiva bruta (água e sais minerais) no sentido das 
raízes até as folhas, já o floema conduz a seiva elabora (água e açucares) no 
sentido das folhas até as raízes (PIMENTEL, 2004). 
A dissociação de íons se baseia na separação dos íons de uma 
substância iônica quando ela se dissolve na água. Os íons são absorvidos 
pelos pêlos radiculares ou até mesmo pela epiderme, que estão localizados na 
raiz da planta. A membrana absorvente cede ânions para o solo e recebe 
cátions, normalmente Ca2+, K+ Na+. Esses íons, quando em concentrações 
elevadas, entram nas células da raiz por difusão simples (transporte passivo). 
Todavia, em alguns casos, verifica-se uma elevada concentração desses no 
meio intracelular e, sendo assim, entram nas células por transporte ativo - 
havendo gasto de energia (PIMENTEL, 2004). 
O transporte ativo destes íons gera um gradiente osmótico, que faz com 
que a água seja transferida por osmose até o xilema. A água e os íons, uma 
vez que chegam ao xilema, constituem a seiva bruta. Após se encontrarem no 
xilema, as substâncias dissolvidas na água são transportadas de forma passiva 
(FERNANDES, 2012). 
 
TIPOS DE PLANTAS QUANTO À NECESSIDADE DE ÁGUA 
As quantidades de água requeridos para o metabolismo da planta varia 
consideravelmente conforme a espécie (LEMPS, 1970). Existe, então, 
classificações conforme essa necessidade. São elas: a) as hidrófitas ou 
hidrófilas, que vivem na água durante parte do ano, ou seja, são plantas 
aquáticas e subaquáticas (ex: agrião ‘Nasturtium officinale’ e buriti ‘Mauritia 
flexuosa’). Possuem aerênquimas e/ou raízes pneumáticas. b) as 
higrófitas ou higrófilas, que estão adaptadas a umidades elevadas. Comumente 
possuem folhas largas, para auxiliar a transpiração (ex: bananeiras ‘Musa 
spp.’). c) as mesófitas ou mesófilas, que necessitam de uma quantidade 
média de água. Não possuem adaptações para condições extremas (ex: 
carvalhos ‘Quercus spp.’ e ‘Pinus spp.’). d) as xerófitas ou xerófilas, que 
suportam situações de seca, pois possuem adaptações como: cutícula grossa, 
caule esponjoso, raízes largas e profundas, folhas reduzidas (espinhos). 
Exemplos: figo-do-diabo ‘Opuntia ficus-indica’ e ‘Euphorbia obesa’. e) as 
tropófitas ou tropófilas, adptadas a alternâncias de estações de seca e úmidas. 
Exemplo: ipê-amarelo ‘Tabebuia ochraceae’ (LEMPS, 1970). 
 
MECANISMOS DE PERDA DE ÁGUA NAS PLANTAS 
A epiderme é um tecido de revestimento que recobre toda estrutura de 
uma planta. Essa, em geral, é formada por única camada de células muito 
unidas entre si e possui algumas estruturas acessórias presentes nesse tecido 
como cutícula, estômato, tricomas e hidatódios (PIMENTEL, 2004). 
A maior fração da água absorvida pelo sistema radicular não permanece 
retida na planta. Isso se deve à transpiração que pode ser classificada como: 
transpiração cuticular, transpiração lenticular (não abordada) e transpiração 
estomática. Alguns fatores influenciam a transpiração, seja fatores ambientais – 
radiação solar, temperatura, umidade relativa do ar e vento –, seja fatores da 
própria planta (DIAS, 2008). 
A transpiração cuticular envolve a cutícula que, mesmo 
impermeabilizante, deixa uma de água sair da planta para o ar circundante, 
sem ser controlada pelo vegetal. Essa perda é muito pequena, exceto nas 
plantas sem estomas funcionais (musgos e fetos), e maior em folhas jovens. 
Assim, maior parte da transpiração total – soma das proporções de todas as 
transpirações – não ocorre pela transpiração cuticular, mas pela estomatar 
(DIAS, 2008). 
Nos estômatos, além da saída de ar, também à perda de água. Isso 
ocorre quando esses estômatos estão abertos, através dos ostíolo. O íon 
potássio (K+), sobre determinados estímulos ambientais, irá se transferir da 
células-subsidiárias para as células-guarda – meio hipertônico. Em 
consequência disso, ocorrerá passagem de água por osmose e as células vão 
ficando turgidas e, com isso, o ostíolo acaba se abrindo e permitindo a 
passagem dos gases. O processo inverso é quando as células-guardas ficam 
flácidas, e resulta no fechamento do ostíolo (PIMENTEL, 2004). 
Ademais, a planta também perde água em forma líquida em um processo 
chamado Glutação. Essa retirada de água ocorre nos hidatódios, que secretam 
a água que é levada para a superfície da folha. Os espaços intercelulares abre-
se para o exterior por meio de poros especiais que são originariamente 
estomas que permanecem sempre abertos (COSTA, 2011). 
O estresse hídrico caracteriza-se por uma situação em que a procura de 
água por habitante é superior à capacidade de oferta de um corpo hídrico. A 
deficiência de água no solo causa a perda progressiva de tugor 
protoplasmático e um aumento da concentração de solutos. Isso 
posteriormente ocasionará um distúrbio na função celular (PIMENTEL, 2004). 
A seca resulta em alguns efeitos na fisiologia das plantas, tais como: a) 
Alterações no Crescimento; b) Alterações na Área Foliar; c) Alterações no 
Sistema Radicular; d) Alterações na Abertura Estomática; e) Alterações na 
Fotossíntese;f) Alterações na Translocação de Carboidratos; g) Ajuste 
Osmótico; h) Resistência à Condução de Água, e i) Alterações na Cutícula 
(DIAS, 2008). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente trabalho teve como objetivo expor a relação do metabolismo 
vegetal com a molécula água. Diante o exposto, pode-se concluir que a água 
participa diretamente e indiretamente de todas as reações bioquímicas do 
vegetal. Devido a isso, torna-se relevante o cuidado com a quantidade 
necessária e suficiente para que o metabolismo da planta não ser prejudicado, 
resultando no estresse hídrico. 
 
 
REFERÊNCIAS 
COSTA, A. As Relações Hídricas das Plantas Vasculares. Portugal. Editora 
da Universidade de Évora, 2001. 
 
DIAS, L. Água nas Plantas. Editora da Universidade Federal de Lavras, 2008. 
Disponível em: < 
http://www.ceapdesign.com.br/pdf/monografias/monografia_agua_nas_plantas_
lucia.pdf>. Acesso em: 29/09/2015. 
 
FERNANDES, H. Relações hídricas nas Plantas – Fisiologia Vegetal. 
Publicado em 19 de Abril de 2012. Disponível em: 
http://www.fciencias.com/2012/04/19/relacoes-hidricas-nas-plantas-fisiologia-
vegetal/. Acesso em: 01/10/2015. 
 
LEMPS, A.H. La vegetación de la Tierra. Ed. Masson et Cie, Paris, 1970. 
 
PIMENTEL, C. A Relação da Planta com a Água. Seropédica, RJ: Edur, 
2004. Disponível em: < http://www.esalq.usp.br/lepse/imgs/conteudo_thumb/A-
Rela--o-da-Planta-com-a-Agua-by-Carlos-Pimentel--2004-.pdf>. Acesso em: 
30/09/2015. 
 
SHIBATA, T. Atividade de Água e as Reações Bioquímicas. Decagon 
Devices LatAm. 2013. Disponível em: 
http://www.aqualab.com/assets/Aw%20reacoes%20bioquimicas.pdf. Acesso 
em 01/10/2015.

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