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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC ÁREA DAS HUMANAS CURSO: Psicologia DISCIPLINA: Drogas e Redução de Danos PROFESSORA: Bruna Bertollo ACADÊMICA: Fernanda C. C. Santos ANÁLISE DO FILME: EU, CHRISTIANE F., 13 ANOS, DROGADA E PROSTITUÍDA O filme Eu, Cristiane F., drogada e prostituída, é baseado em fatos reais, e retrata a história de uma adolescente alemã, e acontece na década de 70, onde as drogas, o sexo e a violência influenciavam diretamente a vida dos jovens. Focando na vida familiar e social de Christiane, é importante ressaltar sua insegurança emocional, o que a faz ter atitudes negativas em relação a situações cotidianas. Um fator que é determinante para tais comportamentos é a ausência os pais em sua infância e adolescência. Nas primeiras cenas já é perceptível o receio de Christiane pelo pai, quando sua irmã decide ir morar com ele. E a insegurança de sua mãe, que deixa Christiane ter grande liberdade com apenas 13 anos. O fato de Christiane levar uma vida com liberdades e como a influencia do álcool e as drogas eram evidentes naquela época, a jovem começa a ser atraída por tais substâncias através de seus amigos. Vale ressaltar a importância das amizades na vida de Christiane e como elas a faziam praticar hábitos aterradores para uma criança de 13 anos. As cenas iniciais da trama acontecem na boate Song, local onde Christiane frequenta com seus amigos. Apesar de não ser permitida a entrada de menores, Christiane, juntamente com sua amiga falsificam sua identidade para frequentar a boate, e no filme retrata a situação precária do estabelecimento. Na boate, Christiane conhece um rapaz chamado Detlev, também usuário de drogas e que se tornara uma grande influencia para Christiane fazer uso de entorpecentes. No decorrer da trama, conforme Christiane vai crescendo e a maneira que vai aumentando sua dependência nas drogas, e sempre é despertada a atração e o medo de uma droga em especial: a heroína. O modo como os adolescentes ficam após fazerem uso da droga faz com que Christiane crie certo receio de fazer uso dela. Porém, ao ver seus amigos “se picarem” ela deseja usar esse tipo de droga injetável, mesmo sabendo dos efeitos trazidos pela heroína. É interessante ressaltar a maneira como Christiane lida com o seu desejo e seu medo a respeito do uso da heroína. Ao fazer uso da droga e sentir o efeito que ela traz, Christiane começa a entender o porquê que os jovens se tornam dependente dela e também começa a ficar viciada, mais sempre em mente que tem que parar de usar. Detlev também faz uso de heroína, e quando é retratada a vida do rapaz e como é sua profissão, as cenas acabam enternecendo o telespectador, pois o garoto, que não aparenta ser tão mais velho que Christiane, se prostitui para conseguir manter seu vício, o que mais tarde se torna um problema entre o relacionamento dele e de Christiane. Quando Christiane se torna dependente de heroína e pelo fato de sua juventude para uso de tal substancia, a jovem passa muito mal e quando faz uso no banheiro de sua casa e a sua mãe a encontra em um estado crítico, é notório que a situação pode mudar, pois o padrasto de Christiane vê a seringa com a droga que a jovem injetou para que chegasse naquele estado assustador. Ao encontrar o amigo de Detlev morto em seu apartamento, Christiane fica horrorizada e percebe o ponto que a droga faz a pessoa chegar. Assustada, porém ainda dependente da droga, Christiane quer por um basta nessa situação, termina o relacionamento com Detlev depois de perceber quão nojento é a prostituição e essa dependência e recebe ajuda de seus familiares, o que ocasiona certa esperança para a moça e tristeza em quem esta assistindo, pois nem todos os jovens conseguem essa ajuda. Cenas chocantes nos chamam atenção em relação ao drama vivido por esses jovens. Mortes, prostituição, as más companhias e a violência são retratadas e aterroriza ao espectador pelo fato de não estarmos nem um pouco longe dessa realidade. Esses jovens precisam de total apoio familiar e psicológico, pois apesar de eles pensarem que conseguem se libertar desse vício, sabemos que sozinhos eles não conseguirão.
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