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PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS CIÊNCIAS NATURAIS
Hingredy Manuelly Santos Souza
Michel Nolasco Monte
Shirley Badú Freitas
Suêne Oliveira Santos Mascarenhas
Tutora: Thais Rios de Lima
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (PED. 1318) 
09/05/2016
RESUMO 
Este artigo tem como objetivo mostrar a importância dos parâmetros curriculares nacionais, fazendo uma analise mais profunda no desenvolvimento dos PCNs ao ensino de ciências voltado para a cidadania, levando em conta o cotidiano do aluno e utilizando metodologias ativas. O presente trabalho objetiva manter uma experiência em que o ensino de ciências ocorre de acordo com as orientações didáticas sugeridas nos parâmetros curriculares nacionais de ciências naturais, a metodologia aborda o ensino e o desenvolvimento das principais orientações didáticas apresentadas nos PCNs.
Palavras-chave: Ensino de ciências. Parâmetros Curriculares Nacionais. Propostas Didáticas.
1 INTRODUÇÃO
	A mudança da sociedade e do conhecimento tem provocado discussões e busca de novos caminhos para o desenvolvimento do ensino. Na área de ciências naturais, novas concepções de ensino e propostas para a escola têm sido discutidas. Uma das mais importantes foi desenvolvida na década de 90 com uma sugestão de currículo pelo ministério da educação e publicada sob denominação de parâmetros curriculares nacionais – ou PCNs.	O objetivo do presente trabalho foi discutir pontos importantes dessa proposta como subsidio para formação de professores da área. O estudo foi desenvolvido a partir da analise dos PCNs e mudança que ele propõe para o ensino de ciências naturais.
2 OBJETIVOS PROPOSTOS PELO P.CN. PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS.
Referenciados nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências Naturais são objetivos gerais de Ciências Naturais para o Ensino Fundamental:
· Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente das transformações do mundo em que vive em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
· Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e cultural;
· Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica e compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;
· Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
· Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
· Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
· Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;
· Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento.
No primeiro objetivo é apontada a função do professor de fazer com que o aluno compreenda que ele tem de sair do ensino fundamental tendo aprendido que o ser humano está inserido na natureza, que o ser humano vive em sociedade e que ele é um agente de transformação e que tem uma relação importante com os demais seres vivos e com o ambiente.
Logo após, o aluno tem que sair do ensino fundamental sabendo que o que o professor comenta/ensina em sala de aula não surgiu do nada, surgiu da atividade humana, de um processo científico que é influenciado pela história econômica, política e cultural. E aí vem a questão da interdisciplinaridade, a questão histórica, geográfica e econômica do mundo.
O terceiro objetivo se encaixa perfeitamente na atualidade, a tecnologia ela tem contribuído realmente para a melhoria da qualidade de vida humana? Qual a contrapartida do surgimento dessa tecnologia? Então o aluno ele tem que saber ao final do ensino fundamental, como essa tecnologia contribui para a qualidade de vida humana e quais são as consequências dessas tecnologias na área de ciências principalmente.
A saúde citada no quarto objetivo, que tem uma concepção de modo geral na população como algo contrário a doença, algo que está ligado mais a questão fisiológica humana, ela pode ser vista como saúde social, será que a sociedade está saudável? O que existe de errado de doença na sociedade? Será que o meio ambiente está saudável, o que existe de errado? O que existe de doença no meio ambiente? E sabendo o que existe de ruim no meio ambiente o aluno começará a encontrar soluções para curar essas doenças ambientais e o básico que é: curar sua própria doença e saber como funciona seu organismo, daí então o aluno de ciências, ao final do ensino fundamental ele terá essas noções.
O aluno tem que começar a ser mais autônomo, começar a pensar por si, onde o professor terá que ser o fio condutor desse processo, tem que ser o moderador desse processo. Estimulando, problematizando para que o aluno consiga formular e pensar cientificamente.
Percebe-se quando se fala em ciências e/ou quando o professor ensina ciências, dentro das ciências se tem a física, a química, a própria biologia, a astronomia e várias outras áreas que se juntam para dar noção científica, por que ciências é realmente tudo isso junto! Não existe química sem biologia, sem física. Quando se estuda essas áreas, todas estão interconectadas, elas são divididas para efeitos didáticos (para melhorar o aprendizado) porque esse sistema tende a dificultar o entendimento, mas percebe-se atualmente, por exemplo, com o ENEM, que as questões elas são todas misturadas, você pega uma questão que tem biologia, química, física e história na mesma questão. Então a tendência natural é que o aluno comece a pensar cientificamente utilizando conceitos científicos básicos.
Este sétimo objetivo está muito envolvido com a atitude do aluno, com a capacidade do mesmo de se comunicar, de se expressar e isso é uma característica importante e, porém, de difícil aquisição pela própria formação do professor que muitas vezes s acha o centro das atenções em sala de aula e não permite que seus alunos se expressem adequadamente e acaba podando essa característica. Mas que o correto é mudar essa postura e saber se trabalhar para que se deixe colocar mais a voz do aluno em pauta nas aulas. E isso é o que sugere o Parâmetro Curricular Nacional.
O oitavo objetivo é mais um relacionado ao comportamento do educando como cidadão, fazendo com que ele saiba viver em grupo, com que ela saiba expressar sua opinião fazendo com que ele tenha um espírito crítico, então, apesar desses objetivos serem para professores e alunos de ciências, o PCN sugere colocar como objetivo que se tem que auxiliar na formação crítica do aluno-cidadão-aluno.
3 ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIENCIAS NATURAIS NO PRIMEIRO CICLO
A criança chega a escola com conhecimentos prévios que devem ser considerados e poderão ser ampliados, transformados e sistematizados com a ajuda do professor. É papel da escola e do educador estimular os alunos a perguntarem e a buscarem resposta sobre a vida humana, sobre os ambientes e recursos tecnológicos que fazem parte do dia a dia ou que estejam distantes no tempo e no espaço, por permitirem diferentes formas de expressão. Não se trata somente de ensinar a ler e a escrever para que os alunos possam aprender Ciências, mas também de fazer usos das Ciências para que os alunos posam aprender a ler e escrever. Essa fase é marcada por um grande desenvolvimento da linguagem oral, descritiva e narrativa, das nomeações de objetos e seres vivos, suas partes e propriedades. Esta característicapermite que os alunos possam enriquecer relatos sobre observações e comunicá-las aos colegas
A capacidade de narrar ou descrever um fato, é enriquecida pelo desenho que incorpora detalhes do objeto ou do fenômeno. O desenho é uma importante possibilidade de registro de observações, além de um instrumento d informação da própria Ciência. Conhecer desenhos informativos, elaborados por adultos, em livros, enciclopédias ou o desenho do professor, contribui para a valorização desse instrumento de comunicação das informações. Outras formas de registro se configuram como possibilidades nessa fase: listas, tabelas, pequenos textos, utilizando conhecimentos adquiridos em língua Portuguesa e Matemática.
Muito importante no ensino de Ciências é a comparação entre fenômenos ou objetos de mesma classe, por exemplo: diferentes fontes de energia, alimentação dos animais, objetos de mesmo uso. Orientados pelo professor, os alunos realizam comparações e estabelecem regularidades que permitem algumas classificações e generalizações, podendo compreender que existem diferentes fontes de calor, que os animais se alimentam de plantas ou de outros animais e que objetos são feitos de determinados materiais apropriados ao seu uso.
Outra característica deste momento da criança é o desenvolvimento da linguagem causal. A criança é capaz de estabelecer sequências de fatos, identificando causas e consequências relacionadas a essas sequências, mas ainda não associa a princípios ou leis gerais das Ciências. Essa característica possibilita o trabalho de identificação e registro de encadeamento de eventos ao longo do tempo, estabelecendo-se a distinção entre causas e consequências. Também é de grande importância que o professor incentive o aluno a formular suposições e perguntas, pois esse procedimento permite conhecer as representações e conceitos intuitivos dos alunos.
Observar, comparar, descrever, narrar, desenhar e perguntar são modos de buscar e organizar informações sobre temas específicos, alvos de investigação. Agora, tais procedimentos por si só não permitem a aquisição do conhecimento conceitual sobre o tema, mas são recursos para que a dimensão conceitual, a rede de ideias que confere significado ao tema, possa ser trabalhada pelo professor.
4 ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS NATURAIS NO SEGUNDO CICLO
No segundo ciclo os alunos estão em uma fase que qualitativamente e quantitativamente o repertorio der ideias e imagens estão mais desenvolvidos que o primeiro. Nem todos os alunos iniciam esse ciclo sabendo ler e escrever efetivamente, mas, isso não pode ser de maneira alguma um impedimento à aprendizagem de Ciências Naturais, mas, a mesma pode ser usada para incentivar o aluno a ler e escrever.
Com orientação do professor o aluno do segundo ciclo consegui desenvolver e registrar as informações detalhadamente, coisas que alunos do primeiro ciclo não conseguem. Amplia-se possibilidades de estabelecer relações podendo trabalhar com variedade de informações.
Nota-se que o aluno do segundo ciclo compreende melhor com desenvoltura as explicações que lhes foram dadas, podendo até realizar desenhos informativos, ou seja, de forma mais clara e detalhada, isso é uma das características da Ciência.
Pode ser sistematizada em relatórios as descrições das etapas, tais como: materiais utilizados, procedimentos e dados obtidos.
Observar, comparar, descrever, narrar, desenhar e perguntar são modos de buscar e organizar informações sobre temas específicos, alvos de investigação pela classe. 
Tais procedimentos não permitem a aquisição do conhecimento conceitual sobre o tema, mas são recursos para que a dimensão conceitual, a rede de ideias que confere significado ao tema, possa ser trabalhada pelo professor. 
A partir do segundo ciclo os alunos são capazes de trabalhar com uma variedade de informações progressivamente maiores, generalizações mais abrangentes, aproximando-se dos modelos oferecidos pelas Ciências.
4.1 OBJETIVOS DE CIÊNCIAS NATURAIS PARA O SEGUNDO CICLO
Identificar e compreender as relações entre solo, água e seres vivos nos fenômenos de escoamento da água, erosão e fertilidade dos solos, nos ambientes urbano e rural. 
Caracterizar causas e consequências da poluição da água, do ar e do solo.
Caracterizar espaços do planeta possíveis de serem ocupados pelo homem, considerando as condições de qualidade de vida.
Compreender o corpo humano como um todo integrado e a saúde como bem-estar físico, social e psíquico do indivíduo.
Compreender o alimento como fonte de matéria e energia para o crescimento e manutenção do corpo, e a nutrição como conjunto de transformações sofridas pelos alimentos no corpo humano: a digestão, a absorção e o transporte de substâncias e a eliminação de resíduos.
Estabelecer relação entre a falta de asseio corporal, a higiene ambiental e a ocorrência de doenças no homem.
Identificar as defesas naturais e estimuladas (vacinas) do corpo.
Caracterizar o aparelho reprodutor masculino e feminino, e as mudanças no corpo durante a puberdade, respeitando as diferenças individuais do corpo e do comportamento nas várias fases da vida.
Identificar diferentes manifestações de energia — luz, calor, eletricidade e som — e conhecer alguns processos de transformação de energia na natureza e por meio de recursos tecnológicos.
Identificar os processos de captação, distribuição e armazenamento de água e os modos domésticos de tratamento da água — fervura e adição de cloro —, relacionando-os com as condições necessárias à preservação da saúde.
Compreender a importância dos modos adequados de destinação das águas servidas para a promoção e manutenção da saúde.
Caracterizar materiais recicláveis e processos de tratamento de alguns materiais do lixo — matéria orgânica, papel, plástico, etc.
Formular perguntas e suposições sobre o assunto em estudo.
Buscar e coletar informações por meio da observação direta e indireta, da experimentação, de entrevistas e visitas, conforme requer o assunto em estudo e sob orientação do professor.
Confrontar as suposições individuais e coletivas com as informações obtidas, respeitando as diferentes opiniões, e reelaborando suas ideias diante das evidências apresentadas.
Organizar e registrar as informações por intermédio de desenhos, quadros, tabelas, esquemas, gráficos, listas, textos e maquetes, de acordo com as exigências do assunto em estudo, sob orientação do professor.
 Interpretar as informações por meio do estabelecimento de relações de dependência, de causa e efeito, de sequência e de forma e função.
Responsabilizar-se no cuidado com os espaços que habita e com o próprio corpo, incorporando hábitos possíveis e necessários de alimentação e higiene no preparo dos alimentos, de repouso e lazer adequados.
Valorizar a vida em sua diversidade e a preservação dos ambientes.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Dado o exposto acima conclui-se que a disciplina de Ciências, quando bem trabalhada na escola, ajuda os alunos a encontrar respostas para muitas questões e faz com que eles estejam em permanente exercício de raciocínio. Portanto, é importante que as crianças tenham contato com diferentes elementos, fenômenos e acontecimentos do mundo, sejam instigadas por questões significativas para observá-los e explicá-los e tenham acesso a modos variados de compreendê-los e representá-los.
Contudo, o ensino de Ciências Naturais é essencial, pois proporciona o contato do aluno com o conhecimento científico historicamente construído, a criança pode tomar consciência de sua relação com a natureza, de sua capacidade de nela intervir e da interdependência homem-natureza.
Em virtude do que foi mencionado é imprescindível que todos se conscientizem de que a disciplina de Ciências, nos primeiros anos de vida, deve provocar um encontro com o desconhecido, convidando as crianças a navegar nesse mundo utilizando as ferramentas com as quais poderão enfrentar a ciência com um olhar mais aguçado, que as incentivará a buscar respostas e a compreender o porquê das coisase das ações que há por trás delas.
REFERÊNCIAS
Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais/ Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. – 3ª Ed – Brasília: A Secretaria, 2001.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais/ Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. – 3ª ED – Brasília: A Secretaria, 2001.
Práticas pedagógicas em Ciências: espaço, tempo e corporeidade / Eunice Aita Isaia Kindell ; ilustrações de Eloar Guazzelli. – Erechim: Edelbra, 2012.
KAMII, C. e DEVRIES, R. O conhecimento físico na educação pré-escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
KNELLER, G. F. A Ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar Editores/Edusp, 1980.
KRASSILCHICK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: Ed. Pedagógica e Universitária/ Edusp, 1987.
DELIZOICOV, D. e ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 1990.
DRIVER, R., GUESNE, E. e TIBERGHIEN, A. Ideas científicas en la infancia y la adolescencia.
Madri: Ediciones Morata, 1989.
FIGUEIREDO, M. T. É importante ensinar ciências desde as primeiras séries. Revista de E nsino de Ciências. Funbec, nov. 1989.

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