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Crhistiano Cassetari partegeral 01

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Sumário 
O Código Civil é divido em duas partes: 
I. Parte geral: 
Sujeitos: 
· pessoas naturais 
· pessoas jurídicas 
Objeto: 
· bens 
Forma: 
· negócio jurídico 
 
II. Parte Especial: 
1. Obrigações 
2. Empresa (não será objeto de estudo) 
3. Direito das Coisas 
4. Direito de Família 
5. Direito das Sucessões 
 
*** 
 
1. Pessoa natural: é o ser humano sujeito de relação jurídica. Para tanto, deve ser pessoa natural 
ou pessoa jurídica. O indivíduo ganha esse status quando adquire personalidade civil (aptidão 
genérica para contrair direitos e deveres) - art. 2º do CC/02: o início da personalidade se dá com o 
nascimento com vida (Resolução n. 1 de 13.06.1988 - Conselho Nacional de Saúde - art. 29, item 6: 
é a expulsão ou extração completa do produto da concepção, havendo respiração e batimento 
cardíaco próprio). Dessa forma, não é necessário a forma humana. Se a criança nasce e morre na 
sequência, deve ser lavrados dois registros (de nascimento e de óbito), caso contrário, será feito o 
registro único de natimorto (demonstra que a criança não adquiriu a plenitude da personalidade). 
Em relação ao natimorto, é importante ressaltar o Enunciado n. 1 do Conselho da Justiça Federal - 
CJF (órgão ligado ao STJ que, mediante jornadas de Direito Civil, elabora enunciados sobre 
posicionamentos doutrinários, não se confundindo com as súmulas oriundas do judiciário), o qual 
ressalta não ser necessário o corte do cordão umbilical para considerar o nascimento com vida (art. 
53, § 2º, Lei de Registros Públicos). 
Quanto ao nascituro que não nasceu com vida, este já tem os direitos protegidos, desde a 
concepção. Quais são esses direitos? O nascituro tem ou não personalidade jurídica? Apresentam-
se várias teorias, dentes elas destacam-se: 
 
 
 
 
 
 
I. Teoria Natalista: a personalidade jurídica começa do nascimento com vida. Assim, o nascituro 
não tem personalidade. Porém, essa teoria não consegue explicar a situação do nascituro, 
promovendo a coisificação deste. Outra questão que a presente teoria não explica é a reprodução 
assistida. Nesse caso, o embrião teria personalidade jurídica? Para essa situação, apresenta-se a Lei 
de Biosegurança n. 11.105/2005, que estabeleceu o regramento para descarte dos embriões que 
"sobram" do processo de fertilização, destinando-os para pesquisas com célula tronco, para 
desenvolvimento da vida humana. Em razão disso, foi proposta uma ADI, objetivando a 
inconstitucionalidade do referido dispositivo legislativo. Esse tema deu ensejo à discussão sobre o 
início da vida humana. Esse julgamento demonstra que o embrião já possui vida. Em razão dessa 
constatação, esse teoria foi afastada. 
II. Teoria Concepcionista: a personalidade se inicia com a concepção. Em face disso, o nascituro já 
terá personalidade. A personalidade plena = personalidade formal (direitos da personalidade) + 
personalidade material (direitos patrimoniais). A personalidade formal é adquirida com a 
concepção, enquanto que a personalidade material é adquirida com o nascimento com vida, 
conforme o art. 2º do CC\02. Consoante o art. 542 do CC/02, é possível a doação ao nascituro, a 
qual é ineficaz, pois depende do nascimento com vida. No que tange ao embrião, a aludida teoria 
estende para este os direitos da personalidade formal, tanto o in vivo como o in vitro (criado para 
ser armazenado). 
 
2. Capacidade Civil: subdivide- se em: 
I. capacidade geral ou genérica: vale para todos os atos da vida civil. (parte geral); 
II. capacidade especial - legitimação: destina-se para a prática de certo e determinado ato. (parte 
especial): art. 1860 - capacidade testamentária ativa; § único: podem testar os maiores de 16 anos 
(relativamente incapaz). Nesse caso, o legislador conferiu essa capacidade para o relativamente 
incapaz testar sem assistência. 
Ainda, divide-se em: 
a. capacidade de direito: é a medida jurídica da personalidade. É a que permite a pessoa participar 
das relações jurídicas (art. 1º do CC\02). Por exemplo: uma criança de três anos pode adquirir um 
bem, mediante representante legal, sendo parte da relação jurídica. Esta não pode ser recusada. É 
perdida com a morte. 
b. capacidade de fato: serve para a prática pessoal dos atos da vida civil. É concedida, consoante o 
art. 5º, caput, pela maioridade civil, ou seja, aos 18 anos de idade. É possível abreviar essa 
situação, pelo instituto da emancipação, o qual possibilita a aquisição da capacidade de fato antes 
da maioridade civil, ou seja, existe a figura do menor capaz (incidência do Estatuto da Criança e do 
Adolescente - ECA). 
 
Espécies de Emancipação: 
· Voluntária: por ato dos pais, mediante escritura pública (Tabelionato de Notas). O art. 9º 
do CC/02 - necessidade de registro no 1º Cartório do Registro Civil do domicílio do 
emancipado. Idade mínima: 16 anos. 
 
· Judicial: ocorre por sentença, no caso do pupilo - tutelado. Assim, o tutelado não é 
emancipado pelo seu tutor. Idade mínima: 16 anos. 
 
 
 
 
 
 
· Legal: decorre da lei. Se houver um fato descrito na lei, a pessoa estará emancipada. São 
eles (incisos II a V do § ú do artigo 5º do CC): 
 
_casamento, sem a idade mínima de 16 anos, conforme o art. 1520 do CC/02, 
excepcionalmente, é possível, no caso de gravidez. A emancipação é um ato irrevogável. 
Todavia, somente haverá a sua revogação, na hipótese de casamento putativo; 
_exercício de emprego público efetivo (não pode ser temporário); 
_colação de grau no ensino superior; 
_economia própria por emprego ou estabelecimento comercial (condições de se 
sustentar); 
 
2.1. Teoria das Incapacidades: 
 
I. Incapacidade absoluta (art. 3º): não tem vontade jurídica relevante. Deve ser representado, 
surgindo o instituto da representação, sob pena de ocorrer uma nulidade. Quem pratica o ato por 
ele é seu representante legal. 
 
II. Incapacidade Relativa (art. 4º): o relativamente incapaz pratica o ato assistido pelo seu 
assistente, mediante o instituto da assistência, sob pena de ocorrer um ato anulável (sujeito a um 
prazo: 4 anos de quando cessar a incapacidade). Em relação ao índio não socializado, este é 
assistido pela FUNAI, sob pena de nulidade do ato em questão. 
 
Observa-se que não é necessário haver a interdição para constatar a incapacidade, basta tão 
somente o fato descrito na lei. A interdição serve para dar publicidade erga onmes, a qual deve ser 
registrada (art. 9º do CC/02) no 1º Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais do domicílio do 
interditado. 
 
3. Domicílio 
 
· residência: é um conceito fático, pois não está previsto em lei. É verificada no local em que 
a pessoa é encontrada. 
 
· domicilio: é um conceito jurídico, estando previsto no art. 70 do CC/02. Domicílio = 
residência + ânimo definitivo (preceito legal indeterminado: é subjetivo) É o local onde a 
pessoa realiza a maioria de suas relações jurídicas obrigacionais dentro de uma 
determinada circunscrição municipal. Ser dono de um imóvel confere ânimo definitivo.O 
art. 71 do CC autoriza a pluralidade de domicílios. Ainda, o art. 72 trata do domicílio 
profissional - local onde as atividades profissionais são exercidas. O art. 73 fala sobre as 
pessoas que não têm residência habitual, sendo considerada onde for localizada. 
 
 
Espécies de domicílio: 
 
I. domicílio voluntário: é aquele escolhido voluntariamente pelo sujeito. 
 
II. domicílio necessário (legal): é aquele imposto pela lei. Exemplos: 
 
· do incapaz: é o domicílio de seu representante ou assistente; 
· do servidor público: é o local em que este exerce permanentemente as suas funções; 
 
 
 
 
 
· do militar: é o local onde ele servir, mas, sendo da aeronáutica ou marinha será a sede do 
comando a que se encontrar subordinado; 
· do marítimo: é o do local em que o navio está matriculado; 
· do preso: éo local em que ele cumpre sentença. Obs.: o preso temporário ou provisório 
não tem domicílio necessário, já que estes não estão cumprindo sentença. 
 
 
III. Domicílio de eleição (art. 78 do CC): pode ser fixado por contrato. 
 
4. Direitos da Personalidade (art. 11 e seguintes do CC): serão dados à pessoa natural, nascituro - 
embrião, ao natimorto e à pessoa jurídica (art. 52 do CC). 
 
Exemplos: direito à vida, direito de imagem, honra, ao nome, à vida privada, intimidade, alimentos, 
partes do corpo vivo, partes do corpo morto. 
 
Art. 11 - características dos direitos da personalidade: são intransmissíveis (deriva a 
impenhorabilidade, a incomunicabilidade, inalienabilidade e imprescritibilidade) e irrenunciáveis. A 
lei pode estabelecer exceções, por exemplo: lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais, art. 28. 
 
Art. 12 - Ações judiciais: tutela a ameaça (por ação cautelar) e a lesão (por ação indenizatória - 
prazo prescricional de três anos; podendo buscar o dano material, moral ou estético; legitimidade: 
titular do direito ou seus herdeiros - cônjuge, ascendentes, descentes e colaterais de 4º grau) a 
direitos da personalidade. 
 
Obs.: o companheiro é legitimado, por equiparação, para ingressar com essas espécies de ações 
judiciais, conforme o Enunciado n. 275 do CJF. 
 
Art. 13 - Doação Irregular de Órgãos: proibição de disposição do próprio corpo, salvo por exigência 
médica. Objetiva inibir a comercialização de órgãos. § único: não afastou o regramento da Lei de 
Transplante (n. 9434/97). Esse artigo acabou autorizando a cirurgia de transgenitalização. 
 
Art. 14 - Doação pós morte do corpo inteiro ou em parte: é necessário ter um objetivo altruístico 
ou científico e ser de forma gratuita. § único: o ato de vontade pode ser revogado a qualquer 
tempo. Deve-se lembrar que há algumas entidades de classe que inserem o ato de consenso 
afirmativo no documento de identificação, por exemplo, a OAB. Vide Enunciado n. 277 do CJF. 
 
Art. 15 - Autorização para a Ortotanásia: é a escolha por uma morte digna. É realizado através de 
um documento médico, momento e que o paciente opta pelo tratamento que gostaria de seguir 
(consentimento informado).

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