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TECNOLOGIA: PARA TODOS, MATERIAIS E PROCESSOS1 Natalia Alves Lemos2 José Wilson Silva Costa3 1 DESCRIÇÃO DO CASO A computação gráfica (Computer Graphics) está presente em todas as áreas, desde os pequenos jogos eletrônicos até na concepção do equipamento mais moderno para a viagem espacial, tendo como passagem também a publicidade, com as vinhetas eletrônicas mais surpreendentes e pela medicina em imagens de órgãos internos para o corpo humano, permitindo o diagnóstico de doenças, uma vez que só seria possível com a cirurgia complicada e comprometedoras. Conceitualmente, “a Computação Gráfica pode ser definida como ^B^Y o conjunto de métodos e técnicas utilizados para converter dados para um dispositivo gráfico, via computador”, segundo a ISO ("International Standards Organization"). Com isso, a computação gráfica é muito usada para a construção de figuras e produção de imagens, especialmente a representação de objetos em 3 dimensões (3D). Para a construção desses objetos utiliza-se combinações matemáticas, para assim descrever as superfícies do objeto em questão, essas combinações são suficientemente simples (formas simples para primitivas: pontos, segmentos de reta, linhas poligonais, polígonos, poliedros), a ponto de poderem ser implementadas computacionalmente. Em um computador são obtidos por representações numéricas armazenadas em sua memória e transformadas através de operações matemáticas, projetadas no monitor em uma forma reconhecível, para os objetos criados. Uma das operações matemáticas que pode ser destacada é o uso das matrizes e das transformações lineares. Para a realização de polígonos e suas vistas temos que ter conhecimento da matriz de rotação no R³. Uma matriz de rotação é uma transformação linear que quando multiplicada 1 Case apresentado à disciplina de Álgebra Linear e Geometria Analítica, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB. 2 Aluna do 2º Período, do Curso de Engenharia Civil, da UNDB. 3 Professor, Orientador. por um qualquer vetor provoca uma rotação desse vetor segundo um eixo mantendo a sua norma(comprimento). Rotação sobre os eixos ortonormados x, y e z Ao rodarmos um vector sobre um eixo, a sua posição em relação a esse eixo não sofre alteração. Uma rotação em é uma operação que faz rodar cada vetor em em torno de algum eixo de rotação por um ângulo qualquer. Assim as equações lineares que definem uma rotação no sentido anti-horário de um vetor em torno dos eixos coordenados positivos são: Rotação em torno do eixo x: w1 = x w2 = ycosβ − zsinβ w3 = ysinβ + zcosβ Rotação em torno do eixo y: w1 = xcosβ + zsinβ w2 = y w3 = − xsinβ + zcosβ Rotação em torno do eixo z: w1 = xcosβ − ysinβ w2 = xsinβ + ycosβ w3 = z Diante de todas as noções básicas de computação gráfica, construa um poliedro qualquer, com no mínimo 10 vértices, nos eixos coordenados xyz e a sua Matriz coordenadas. Representando o poliedro e a Matriz Coordenada das vistas: vista frontal, vista lateral esquerda, vista Superior. Conforme indica a figura 1: Figura 1. Fonte: Profª. Marta Mitiko K. Siqueira 2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO 2.1 Descrição das decisões possíveis Para desenvolvermos o projeto é preciso que seja feito a: a. Construção de um polígono de 16 vértices; b. Utilização da matriz de rotação para representar a vista frontal; c. Utilização da matriz de rotação para representar a vista Lateral esquerda; d. Utilização da matriz de rotação para representar a vista superior. 2.2 Argumentos capazes de fundamentar cada decisão 2.2.1 Construção de um polígono de 16 vértices; Diante da situação colocada na descrição do caso, o poliedro que será aplicado no trabalho consiste em um poliedro de 16 vértices com aplicação no ℝ³, evidenciado pela letra P, que representava o ponto de cada vértice. Quadro 1 – relação entre os pontos e suas coordenadas: PONTO NO VÉRTICE COORD. PONTO NO VÉRTICE COORD. Ponto 1 (P1) (6, -2, 2) Ponto 9 (P9) (6, -2, -2) Ponto 2 (P2) (6, 6, 2) Ponto 10 (P10) (6, 6, -2) Ponto 3 (P3) (2, 6, 2) Ponto 11 (P11) (2, 6, -2) Ponto 4 (P4) (2, 2, 2) Ponto 12 (P12) (2, 2, -2) Ponto 5 (P5) (-6, 2, 2) Ponto 13 (P13) (-6, 2, -2) Ponto 6 (P6) (-6, -6, 2) Ponto 14 (P14) (-6, -6, -2) Ponto 7 (P7) (-2, -6, 2) Ponto 15 (P15) (-2, -6, -2) Ponto 8 (P8) (-2, -2, 2) Ponto 16 (P16) (-2, -2, -2) Fonte: Elaborada pelo autor. Ao se fazer a ligação dos seguimentos, temos: P1P2, P2P3, P3P4, P4P5, P5P6, P6P7, P7P8, P8P9, P9P10, P10P11, P11P12, P12P13, P13P14, P14P15, P15P16, P1P9, P2P10, P3P11, P4P12, P5P13, P6P14, P7P15, P8P16. Ao ser aplicada no GeoGebra temos: Imagem 1 – Plano x= 0: Fonte: Elaborada pelo autor Seja N a matriz coordenadas cujas colunas são as coordenadas dos vértices do poliedro, conforme segue: 2.2.2 Utilização da matriz de rotação para representar a vista frontal Para a obtenção da vista frontal será utilizado os seguintes pontos: Quadro 2: PONTO NO VÉRTICE COORD. PONTO NO VÉRTICE COORD. Ponto 1 (P1) (6, -2, 2) Ponto 9 (P9) (6, -2, -2) Ponto 2 (P2) (6, 6, 2) Ponto 10 (P10) (6, 6, -2) Ponto 3 (P3) (2, 6, 2) Ponto 11 (P11) (2, 6, -2) Ponto 4 (P4) (2, 2, 2) Ponto 12 (P12) (2, 2, -2) Ponto 5 (P5) (-6, 2, 2) Ponto 13 (P13) (-6, 2, -2) Ponto 6 (P6) (-6, -6, 2) Ponto 14 (P14) (-6, -6, -2) Ponto 7 (P7) (-2, -6, 2) Ponto 15 (P15) (-2, -6, -2) Ponto 8 (P8) (-2, -2, 2) Ponto 16 (P16) (-2, -2, -2) Fonte: Elaborada pelo autor. Enquanto aos segmentos, temos: P1P2, P2P3, P3P4, P4P5, P5P6, P6P7, P7P8, P8P9, P9P10, P10P11, P11P12, P12P13, P13P14, P14P15, P15P16, P1P9, P2P10, P3P11, P4P12, P5P13, P6P14, P7P15, P8P16. Já a matriz, temos: Ao ser aplicado no GeoGebra: Imagem 2 – Vista frontal: Fonte: Elaborada pelo autor Imagem 2 – Plano x=0: Fonte: Elaborada pelo autor 2.2.3 Utilização da matriz de rotação para representar a vista Lateral esquerda Para a obtenção da vista lateral esquerda, teremos que rotacionar 90º o polígono em relação ao eixo z. A matriz de rotação do eixo z no sentido anti-horário, temos: [ 𝑐𝑜𝑠𝛽 𝑠𝑒𝑛𝛽 − 𝑠𝑒𝑛𝛽 0 𝑐𝑜𝑠𝛽 0 0 0 1 ] Logo, teremos que multiplicar a matriz de rotação do eixo Z pela matriz de seus pontos; [ 𝑐𝑜𝑠𝛽 𝑠𝑒𝑛𝛽 − 𝑠𝑒𝑛𝛽 0 𝑐𝑜𝑠𝛽 0 0 0 1 ] x [ 𝑥1 𝑥2 𝑥3 ] Quando fazemos a multiplicação da matriz de rotação do eixo z com a matriz de cada ponto e rotacionarmos 90º, teremos novos pontos que indicarão a posição da vista lateral esquerda para nossa visão, como se o eixo x estivesse furando a tela: Quadro 3 – Ponto após a multiplicação: PONTO NO VÉRTICE COORD. PONTO NO VÉRTICE COORD. Ponto 1 (P1) (2, 6, 2) Ponto 9 (P9) (2, 6, -2) Ponto 2 (P2) (-6, 6, 2) Ponto 10 (P10) (-6, 6, -2) Ponto 3 (P3) (-6, 2, 2) Ponto 11 (P11) (-6, 2, -2) Ponto 4 (P4) (-2, 2, 2) Ponto 12 (P12) (-2, 2, -2) Ponto 5 (P5) (-2, -6, 2) Ponto 13 (P13) (-2, -6, -2) Ponto 6 (P6) (6, -6, 2) Ponto 14 (P14) (6, -6, -2) Ponto 7 (P7) (6, -2, 2) Ponto 15 (P15) (6, -2, -2) Ponto 8 (P8) (2, -2, 2) Ponto 16 (P16) (2, -2, -2) Fonte: Elaborada pelo autor. Enquanto aos segmentos, temos: P1P2, P2P3, P3P4, P4P5, P5P6, P6P7, P7P8, P8P9, P9P10, P10P11, P11P12, P12P13, P13P14, P14P15, P15P16, P1P9, P2P10, P3P11, P4P12, P5P13, P6P14, P7P15, P8P16. Teremos a seguinte matriz de coordenadas, onde as colunas são as coordenadas dos vértices do poliedro:No GeoGebra: Imagem 3 – Vista Lateral esquerda: Fonte: Elaborada pelo autor Imagem 4 – Plano x=0: Fonte: Elaborada pelo autor 2.2.4 Utilização da matriz de rotação para representar a vista superior. Para a obtenção da vista superior, teremos que rotacionar 90º o polígono em relação ao eixo y. A matriz de rotação do eixo y no sentido anti-horário, temos: [ 𝑐𝑜𝑠𝛽 0 0 𝑠𝑒𝑛𝛽 1 0 −𝑠𝑒𝑛𝛽 0 𝑐𝑜𝑠𝛽 ] Logo, teremos que multiplicar a matriz de rotação do eixo y pela matriz de seus pontos; [ 𝑐𝑜𝑠𝛽 0 0 𝑠𝑒𝑛𝛽 1 0 −𝑠𝑒𝑛𝛽 0 𝑐𝑜𝑠𝛽 ] x [ 𝑥1 𝑥2 𝑥3 ] Quando fazemos a multiplicação da matriz de rotação do eixo y com a matriz de cada ponto rotacionando 90º, teremos novos pontos que indicarão a posição da vista superior para nossa visão de frente para ela, como se o eixo x estivesse furando a tela: Quadro 4 – Ponto após a multiplicação: PONTO NO VÉRTICE COORD. PONTO NO VÉRTICE COORD. Ponto 1 (P1) (2, -2, -6) Ponto 9 (P9) (-2, -2, -6) Ponto 2 (P2) (2, 6, -6) Ponto 10 (P10) (-2, 6, -6) Ponto 3 (P3) (2, 6, -2) Ponto 11 (P11) (-2, 6, -2) Ponto 4 (P4) (2, 2, -2) Ponto 12 (P12) (-2, 2, -2) Ponto 5 (P5) (2, 2, 6) Ponto 13 (P13) (-2, 2, 6) Ponto 6 (P6) (2, -6, 6) Ponto 14 (P14) (-2, -6, 6) Ponto 7 (P7) (2, -6, 2) Ponto 15 (P15) (-2, -6, 2) Ponto 8 (P8) (2, -2, 2) Ponto 16 (P16) (-2, -2, 2) Fonte: Elaborada pelo autor. Enquanto aos segmentos, temos: P1P2, P2P3, P3P4, P4P5, P5P6, P6P7, P7P8, P8P9, P9P10, P10P11, P11P12, P12P13, P13P14, P14P15, P15P16, P1P9, P2P10, P3P11, P4P12, P5P13, P6P14, P7P15, P8P16. Teremos a seguinte matriz coordenadas onde as colunas são as coordenadas dos vértices do poliedro: No GeoGebra: Imagem 5 – Vista superior: Fonte: Elaborada pelo autor Imagem 5 – Plano x=0: Fonte: Elaborada pelo autor 2.3 Descrição dos Critérios e Valores Contidos em Cada Decisão Possível Para que houvesse a construção do polígono com 16 vértices e as vista frontal, lateral e superior, é necessário o conhecimento de desenho técnico e álgebra linear para que seus pontos possam ser criados de acordo com o ℝ 3. REFERÊNCIAS ANDRADE, Lenimar Nunes de. Rotações no espaço tridimensional: Rotação R3. 2000. Disponível em: <http://www.mat.ufpb.br/lenimar/cgraf/aplic.htm>. Acesso em: 20 abr. 2016. AQUINO, Luiz C. M.. Curso de GeoGebra. 2010. Disponível em: <http://www.lcmaquino.org/>. Acesso em: 20 abr. 2016. CRUZ, Dennis Coelho. Sistema de Projeções Universidade Federal da Bahia – UFBA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL IADB79 - Desenho Técnico: Aula 02: Sistema de Projeções. Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/378691/>. Acesso em: 08 mar. 2016. SIQUEIRA, Marta Mitiko K.. Desenho técnico: Sistemas De Representação Gráfica. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAbIkAC/desenho-tecnico#>. Acesso em: 20 abr. 2016. ZANELLA, Lucas. Curso de matrizes e vetores - MA. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=taONqdeSnpc>. Acesso em: 20 abr. 2016.
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