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programa 2013.1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE
1o SEMESTRE: 2013.1
INTRODUÇÃO AO CAMPO DA SAÚDE 
Ementa 
Os conceitos de saúde. A expressão conceitual "campo da saúde" e os elementos formadores desse campo. Instituições, políticas e práticas de saúde. Os conceitos de promoção de saúde, risco e vulnerabilidade. Principais movimentos organizadores do campo de saúde, com ênfase na Reforma Sanitária. Seleção e debate de temas numa perspectiva interdisciplinar.
Objetivos 
Discutir as diversas acepções do termo saúde, problematizando as múltiplas dimensões do conceito;
Discutir os conceitos de risco, vulnerabilidade, prevenção da doença e promoção da saúde;
Discutir o processo saúde-doença;
Discutir a expressão conceitual “campo da saúde”;
Discutir o movimento da Reforma Sanitária Brasileira.
Conteúdo programático 
Os conceitos de saúde
Os conceitos de risco e vulnerabilidade
Os conceitos de prevenção da doença e promoção da saúde 
O processo saúde-doença 
O movimento da Reforma Sanitária Brasileira.
Metodologia de trabalho
O conteúdo programático do componente curricular será trabalhado mediante o uso das seguintes estratégias pedagógicas: exposições seguidas de debate com a presença dos docentes; leitura e discussão de textos e trabalhos de grupo. As exposições serão utilizadas para introduzir os conteúdos básicos do componente curricular aos alunos. Haverá textos de leitura obrigatória, que serão discutidos em grupos menores e, posteriormente, em plenária. Os trabalhos de grupo serão utilizados para a produção do conhecimento dos alunos a respeito do tema específico escolhido para ser problematizado durante o semestre. Os grupos de alunos escolherão seu tema a partir da seguinte oferta: a) sexualidade e saúde; b) subjetividade e saúde; c) arte e saúde; d) ciência, tecnologia e saúde; e) corpo e saúde; f) identidades, diversidade cultural e saúde. Esse tema será pesquisado pelos alunos nos seguintes campos: mídia (jornais, revistas, programas de televisão), ciência (bases de dados bibliográficos: Scielo, Bireme, Google acadêmico, etc.) e artes (cinema, teatro, música e literatura). Visitas de campo poderão enriquecer o trabalho, mediante a utilização de roteiros, cujo conteúdo será discutido em sala de aula com o apoio do docente responsável pelo grupo. Ao final do semestre cada grupo de alunos apresentará o seu trabalho oralmente e por escrito, com metodologia de apresentação oral a ser escolhida por cada grupo e documento escrito segundo as normas da ABNT. As Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC – serão empregadas na medida do possível.
Programação de atividades
	No
	Conteúdo
	Atividade
	Referências
	1
	A universidade e o BI Saúde: formação geral e formação profissional 
	a) Apresentação do Projeto Político-Pedagógico do BI Saúde 
b) Aplicação de questionários de pesquisa
c) Apresentação do Programa do Componente Curricular
	UFBA. IHAC. Projeto político-pedagógico do BI Saúde.
	2
	A historicidade dos conceitos de saúde
	Aula participativa 
	- Fonseca, p.25-49 (Batistella)
- Scliar, 2007
	3
	O nascimento da medicina social e do hospital
	Aula participativa 
	- Foucault, 2002 
	4
	Abordagens contemporâneas da saúde
	Aula participativa 
	- Fonseca, p.51-86 (Batistella)
- Canguilhem, 1943/1995
	5
	O campo da saúde
	Aula participativa 
	-Ortiz, 2003
-Bourdieu, 1983
	6
	
	Prova 1
	
	7
	
	Orientação para os seminários
	
	8
	Os conceitos de risco e vulnerabilidade
	Aula participativa 
	Czeresnia e Freitas, 2003, p.117-139 (Ayres)
	9
	Prevenção da doença e promoção da saúde
	Aula participativa 
	- Czeresnia e Freitas, 2003, p.39-53 
- Buss, 2009
	10
	Indicadores de saúde
	Aula participativa 
	- Meneghel, 2008
	11
	Processo Saúde-doença e Determinantes Sociais em Saúde (DSS)
	Aula participativa 
	- Buss, 2000
- Paim, 2008a
	12
	O movimento da Reforma Sanitária 
	Aula participativa 
	- Paim, 2008b
	13
	
	Prova 2 
	
	14
	Seminários 1 e 2
	
	
	15
	Seminários 3 e 4
	
	
	16
	Seminários 5 e 6
	
	
	17 
	Entrega de notas e avaliação
	
	
Avaliação
As avaliações são momentos tanto de demonstração da aquisição das habilidades e competências almejadas, quanto de aprendizagem do que não foi devidamente apreendido durante as aulas. Por isso, trata-se de um processo, não apenas de um momento pontual, em que a revisão dos conteúdos ensinados, a discussão do que é apresentado e dos resultados das avaliações são da maior importância. A avaliação discente realizada pelos docentes responsáveis pelo componente curricular atenderá às normas da UFBA. A aprovação do aluno na disciplina estará condicionada à presença mínima de 75% e a obtenção de nota final igual ou maior a 5,0 (cinco). A nota final do aluno será a média ponderada das notas referentes às provas escritas (peso 2,5 cada uma), seminário em grupo (apresentação oral, peso 2,5), seminário em grupo (trabalho escrito em grupo, peso 2,5). A avaliação dos seminários terá como critérios:
a) Domínio do conteúdo, através da escrita e da fala;
Reflexão crítica acerca dos temas abordados;
Enriquecimento do conteúdo através de atividade de pesquisa;
Entrosamento grupal.
Bibliografia básica
BOURDIEU, P. Questões de Sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983. p. 89-94.
BUSS, P.M. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência & Saúde Coletiva, 5(1):163-177, 2000.
BUSS, P.M.; CARVALHO, A.I. Desenvolvimento da promoção da saúde no Brasil nos últimos vinte anos (1988-2008). Ciência e Saúde Coletiva, 14(6), 2305-2316, 2009.
CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1943/1995.
CZERESNIA, D., FREITAS, C. M. (orgs.) Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2003, p.39-53, 117-139. 
FONSECA, A.F. (org.). O território e o processo saúde-doença. Rio de Janeiro: EPSJV, FIOCRUZ, 2007, p.25-49, 51-86. 
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2002, p.79-111.
MENEGHEL, S. N. Epidemiologia: exercícios e anotações. Escola de Saúde Pública, Porto Alegre, 2008. 
ORTIZ, R. (Org). A sociologia de Pierre Bourdieu. São Paulo: Olho d’Água, 2003, p.113-143.
PAIM, J.S. Determinantes sociais da saúde. CNDSS, 2008a.
PAIM, J.S. Reforma Sanitária Brasileira: contribuição para a compreensão e crítica. Salvador: EDUFBA; Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2008b. p.153-174.
SCLIAR, M. História do conceito de saúde. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):29-42, 2007.
Bibliografia complementar
ALMEIDA-FILHO, N. Qual o sentido do termo saúde? Editorial Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 16(2):300-301, abr-jun, 2000.
ALMEIDA-FILHO, N.M. e Coutinho, D. Causalidade, contingência, complexidade: o futuro do conceito de risco. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):95-137, 2007.
ALMEIDA FILHO, N. Des-construindo o conceito de risco. In: A Clínica e a Epidemiologia, 2ª Edição APCE-ABRASCO, Salvador-Rio de Janeiro-São Paulo, 1997, p.123-152.
AYRES, J.R. Uma concepção hermenêutica de saúde. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):43-62, 2007.
BACKES, M.T.S.; ROSA, L.M.; FERNANDES, G.C.M. et al. Conceitos de saúde e doença ao longo da história sob o olhar epidemiológico e antropológico. Rev. enferm. UERJ; 17(1):111-7, 2009.
CAPONI, S. A saúde como abertura ao risco. In: Czeresnia, D., Freitas, C. M. (orgs.) Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2003, p. 55-77.
CEBES – CENTRO BRASILEIRO DE ESTUDOS DE SAÚDE. Determinação Social da Saúde. Revista Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v.33, n.83, set./dez. 2009. Disponível em: http://www.cebes.org.br/media/file/SDv33n83.pdf 
COELHO, M.T.A.D. e Almeida-Filho, N. Normal-patológico, saúde-doença: revisitando Canguilhem. PHYSIS, Rio de Janeiro, 9(1): 13-36, Jun 1999.COELHO, M.T.A.D.; ALMEIDA FILHO, N. Conceitos de saúde em discursos contemporâneos de referência científica. Hist, cienc. saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, 9(2): 315-333, Ago 2002.
GARCIA, M.M.A. O campo das produções simbólicas e o campo científico em Bourdieu. Cad. Pesq., n.97, maio 1996.
ROUQAUYROL, Z. Contribuição da Epidemiologia. In: CAMPOS, G.W. et al.(Orgs). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec/ Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006, p.319-373.

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